TERCEIRA EDIÇÃO DE 26-10-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO O ANTAGONISTA
51 MILHÕES DE GEDDEL É ‘FRAÇÃO DE UM TODO’
Brasil Quinta-feira, 26.10.17 16:12
O Ministério Público está convicto de que os R$ 51 milhões apreendidos no apê de Geddel Vieira Lima, em Salvador, é apenas parte de uma fortuna ilícita maior.
Os indícios levantados pela investigação corroboram a tese, que foi exarada por Raquel Dodge quando rejeitou o pedido de liberdade feito pela defesa do ex-ministro.
“Este dinheiro seria apenas uma fração de um todo, ainda maior e de paradeiro ainda desconhecido”, escreveu no documento obtido por O Antagonista.
Para Dodge, a absurda soma é prova da “elevada influência” da organização criminosa integrada por Geddel, Eduardo Cunha e Lúcio Funaro.
Ah, a prisão domiciliar…
Brasil 26.10.17 16:31
É interessante ver a argumentação de Raquel Dodge contra a prisão domiciliar, medida que tem sido largamente adotada por um STF caridoso.
No caso, Dodge fala de Geddel. Mas a situação pode ser aplicada em diversos outros casos.
“Se usufruir de prisão domiciliar, Geddel Quadros Vieira Lima poderá manter contatos, receber visitas, dar ordens e orientações que podem frustrar os objetivos das medidas cautelares nesta investigação.”
O programa de índio de Lula
Brasil 26.10.17 15:23
Lula esteve numa aldeia indígena em Coronel Murta, Minas, e foi benzido pela cacique Benvina Pankararu, 84, relata a Folha.
A cacique disse que Lula “precisa mesmo ser rezado”. Mas nem reza brava vai impedir a condenação em segunda instância do chefe da Orcrim.
Quadrilha quase drummondiana
Brasil 26.10.17 15:04
Eduardo Cunha, delatado, e Lúcio Funaro, delator, ficaram frente a frente em audiência na Justiça Federal, conta o BuzzFeed.
Não se cumprimentaram.
Ambos estavam assistindo ao depoimento de Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa, que delatou os dois.
É quase uma “Quadrilha” – aquela de Drummond. Fábio, que delatou Lúcio, que delatou Eduardo.
Urgente: comandante da PM é morto em atentado no Rio
Sociedade 26.10.17 14:02
A Polícia Militar do Rio de Janeiro confirma que o coronel Luiz Gustavo Teixeira, comandante do 3º BPM (Méier), morreu em um atentado nesta manhã.
Segundo O Globo, o carro dele teria sido atingido por pelo menos 17 disparos.
O coronel chegou a ser levado ao hospital.
Gleisi: ‘A grande mídia será regulamentada’
Brasil 26.10.17 13:45 

Gleisi Hoffmann ocupou a tribuna do Senado nesta manhã para dizer que a turma dela vai voltar ao poder.
A presidente do PT destacou que, se isso ocorrer, “a grande mídia será regulamentada”.
Cabral vai para Campo Grande “nos próximos dias”
Brasil 26.10.17 13:19
O Departamento Penitenciário Nacional, ligado ao Ministério da Justiça, acaba de divulgar uma nota em que informa que Sérgio Cabral será transferido para a penitenciária federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, nos próximos dias.
“Por questões de segurança, a data exata não será informada. O DEPEN divulgará informações sobre a transferência depois que o procedimento for finalizado.”

NO DIÁRIO DO PODER
Secretária-geral pede para deixar equipe de Raquel Dodge
Saída é segunda baixa na equipe formada pela procuradora-geral

Publicado  quinta-feira, 26 de outubro de 2017 às 14:53
Da Redação
A procuradora Zani Cajueiro comunicou a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que vai deixar o cargo de secretária-geral do Órgão. Ela formava cúpula do comando da Instituição por escolha de Raquel. Internamente, Zani manifestou discordâncias com o modelo de trabalho da procuradora-geral.
O pedido de demissão foi antecipado pelo portal da revista Época. Em mensagem aos membros do Ministério Público ela confirmou que solicitou a exoneração na última quinta-feira, 25, do cargo de secretária-geral do Ministério Público da União e desejou sucesso a quem assumir o posto.
O cargo de secretário-geral é considerado de grande importância dentro do Ministério Público, pois lida com orçamento e estrutura interna da Instituição. A saída rápida de Zani foi estranhada por procuradores da República.
Ela fica lotada originalmente na Procuradoria da República em Juiz de Fora, Minas Gerais, e deve aguardar até que Raquel oficialize o novo nome a ocupar o cargo para voltar ao seu posto original.
A saída de Zani Cajueiro configura a segunda baixa na equipe de Raquel Dodge após pouco mais de um mês da posse da procuradora-geral. O primeiro a deixar o núcleo de Raquel foi o procurador Sidney Madruga. Ele pediu exoneração da função de coordenador do Grupo Executivo Nacional da Função Eleitoral (GENAFE) após ser flagrado por reportagem do jornal Folha de S. Paulo dizendo que a "tendência" no órgão era investigar integrante da equipe de Rodrigo Janot, antecessor de Raquel.
A PGR não irá se manifestar enquanto não for oficializada a exoneração oficializada. Procurada por e-mail, Zani Cajueiro não retornou contato da reportagem. (AE)

PF indicia deputada por 25 crimes de peculato em Alagoas
Thaise Guedes teria usado pobres para desviar R$ 220 mil da ALE
Por Davi Soares
Publicado quinta-feira, 26 de outubro de 2017 às 13:25
A deputada estadual Thaise Guedes (PMDB-AL) foi a primeira parlamentar alagoana indiciada pela Polícia Federal, no âmbito da Operação Sururugate, deflagrada em março deste ano para investigar o rombo de R$ 150 milhões dos cofres da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE). Na noite de ontem (26), a deputada prestou depoimento na Superintendência da PF em Maceió e, na saída, seus assessores agrediram uma equipe de reportagem da TV Gazeta, afiliada à Rede Globo.
De acordo com o superintendente da PF em Alagoas, delegado Bernardo Gonçalves, a deputada foi indiciada pela prática de 25 vezes o crime de peculato, envolvendo o desvio de mais de R$ 220 mil de recursos públicos. E deverá responder a uma ação penal que será impetrada pelo procurador-geral de Justiça de Alagoas, Alfredo Gaspar de Mendonça.
As investigações constataram a participação da deputada Thaise Guedes no esquema de desvio de recursos públicos por meio do pagamento de salários a funcionários fantasmas da Assembleia. A parlamentar ganhou fama nacional em reportagem do Fantástico, em 2015, flagrada pelo Ministério Público Estadual usando documentos de duas lavadeiras para desviar recursos da ALE.
“Identificou-se uma servidora, por exemplo, que recebia Bolsa Família, porque realmente era pobre, e nunca recebeu esses salários. Foram aproximadamente R$ 140 mil em 13 meses. Ela sequer tinha conhecimento de que era servidora da Assembleia Legislativa. Essa testemunha contou que forneceu cópia de seus documentos pessoais para deputada, com o objetivo de conseguir um emprego no comércio local. Mas seus documentos foram utilizados sem o conhecimento dela, para a prática dessa fraude”, disse o superintendente da PF, em entrevista ao vivo à TV Gazeta.
Além do desvio de recursos usando documentos de pessoas que tentavam conseguir emprego, a PF diz ter provas de que a deputada tinha dois servidores vinculados ao seu gabinete, recebendo salários superiores aos valores efetivamente pagos. Nesse caso, a diferença foi de R$ 80 mil.
TODOS INDICIADOS
A PF confirmou ao Diário do Poder que todos os outros nove deputados e um ex-deputado estadual também deverão ser indiciados no inquérito que apura o crime de peculato e outros decorrentes da investigação que já constatou um desvio de mais de R$ 15 milhões através de pagamentos realizados a pessoas pobres, cadastradas no programa Bolsa Família. Muitas dessas pessoas tinham os documentos utilizados para ingressar na folha da Assembleia com salários que variavam de R$ 17 mil a R$ 24 mil, entre 2010 e 2013.
À TV Gazeta, a deputada lamentou a agressão à imprensa e disse ter ido prestar depoimento espontaneamente, “em respeito à investigação”. E disse que tudo será esclarecido ao final do processo.
A PF informou ao Diário do Poder que a deputada foi intimada através de seu advogado, por isso foi prestar depoimento.

Assessores e familiares ajudam Henrique Alves a ocultar propina, diz MPF
Três aliados do ex-ministro de Dilma e Temer foram presos hoje

Publicado quinta-feira,  26 de outubro de 2017 às 12:34
Da Redação
O Ministério Público Federal informou nesta quinta-feira, 26, que assessores e familiares do ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB – Governos Dilma e Temer/Turismo) ‘ajudavam e continuam a ajudar’ o peemedebista a ocultar propina. Deputado federal por onze mandatos consecutivos e ex-presidente da Câmara (2013/2015), Henrique Alves está preso desde 6 de junho. Nesta quinta-feira, 26, três assessores dele foram capturados pela Polícia Federal na Operação Lavat.
A ação é um desdobramento da Operação Manus e cumpre 27 mandados de busca e apreensão, três de prisão temporária e dois de condução coercitiva. As medidas foram determinadas pela 14.ª Vara da Justiça Federal no Rio Grande do Norte e têm como alvo, além dos assessores, familiares de Henrique Eduardo Alves.
Foram presos três ex-assessores do peemedebista: Aluísio Henrique Dutra de Almeida, Norton Domingues Masera e José Geraldo Moura Fonseca Jr.
Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão na sede da InterTV Cabugi em Natal, emissora na qual Henrique Alves tem participação societária.
As investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, após a deflagração da Manus, apontam que assessores e familiares de Henrique Alves, no Rio Grande do Norte e no Distrito Federal, ‘ajudavam e continuam a ajudar o ex-parlamentar na ocultação e dissimulação de valores provenientes do crime de corrupção passiva’.
Segundo a Procuradoria da República, informações obtidas com o monitoramento telefônico, aliadas a dados apreendidos em diligências de busca e apreensão na Manus, levaram à constatação de ‘efetiva existência de indícios da prática dos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa, por parte desses auxiliares’. A Procuradoria indica ainda ‘sinais do cometimento dos delitos de falsidade ideológica de documento particular e de fraude à licitação’.
Os mandados são cumpridos em Natal, Parnamirim (RN), Nísia Floresta (RN), São José de Mipibu (RN), Angicos (RN) e em Brasília (DF), nos endereços pessoais, funcionais e empresariais dos investigados. (AE)

NO BLOG DA LILLIAN WITTE FIBE
O juro caiu. Falso
Na era da pós-verdade. Assim como a família Bretas não entende de joias, o Banco Central não está reduzindo a Selic
Por Lillian Witte Fibe
Quinta-feira, 26 out 2017, 13h22
O espetáculo da votação da denúncia ontem contra Temer na Câmara dos Deputados não deixou dúvidas.
Os que defendem o governo se agarram ao argumento sobre a retomada do crescimento.
É falso pregar que a política econômica segue em rota decente e isolada das obscenidades praticadas a céu aberto para amealhar votos dos parlamentares.
Premiar quem já não paga impostos (medida provisória de parcelamento de dívidas tributárias sancionada ontem pelo presidente = Refis), incentivar o lucro obtido com mão de obra escrava, cancelar privatizações como a do aeroporto de Congonhas em troca de votos do partido de um dos mais célebres condenados no Mensalão (26 dos 39 deputados do PR de Valdemar Costa Neto votaram a favor de Temer), reduzir multa por crimes contra o meio ambiente.
Tudo isso é sinônimo não só de violação de direitos humanos e civis, mas também de irresponsabilidade fiscal.
Logo depois da vitória do governo ontem, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, abraçou o discurso da reforma da Previdência, música para os ouvidos do mercado e das agências de risco.
Disse que, do jeito que está, a Previdência tira dos pobres para dar aos ricos.
Bonito, né?
Acontece que são as organizações criminosas que roubam de todos nós para doar a alguns escolhidos, e não a Previdência, tampouco as leis trabalhistas, como também se convencionou propagandear.
É impressionante como tamanhas mentiras convenientemente colam na opinião pública.
Não existe política econômica decente em regime de governo indecente.
Assim como não existe queda de taxa de juro, outra “pós-verdade” divulgada também ontem depois da reunião do Banco Central.
Ora bolas, se a inflação é a mais baixa em 19 anos, e a Selic caiu a níveis de 4 anos atrás, que conclusão maluca é essa, baseada apenas nas taxas nominais?
Veja: de janeiro a setembro do ano passado, a inflação foi de 7,15%, e a Selic, de 10,44%. Juro real: 3%.
De janeiro a setembro de 2017, temos uma inflação de 1,42% e uma Selic, também acumulada nos primeiros nove meses do ano, de 8%. Juro real: 6,5%.
Assim como é falso que a família Bretas entenda de joias, como quis fazer acreditar o ex-governador Sérgio Cabral dia destes, também é falso que o juro esteja caindo.
Foi a inflação que despencou, e o mérito não é da celebrada equipe econômica.
Os preços caíram por causa da recessão e, principalmente, por causa da conjuntura internacional.
Mas essa é outra história.
Ah, sim: neste momento, o juro real do Brasil é o terceiro maior do mundo.
Só perde para a Turquia e para a Rússia.



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