PRIMEIRA EDIÇÃO DE 26-10-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Quinta-feira, 26 de Outubro de 2017
Temer agora quer concluir 4.000 obras em 1 ano
O governo prepara a campanha de lançamento de um arrojado programa cujo objetivo é passar a sensação de recuperar o tempo perdido, com tantas denúncias, determinando a conclusão de mais de 4.000 obras inacabadas em todo o Brasil, no prazo máximo de um ano. Esse programa deve gerar milhares de empregos e deverá injetar na economia cerca de R$50 bilhões. Trata-se do “Agora é avançar”.
Sacudindo a poeira
A ordem do presidente é “sacudir a poeira”, após vencer na Câmara a votação que suspendeu a segunda denúncia contra ele.
Tempo perdido
Com esse programa de obras, o governo espera “retomar o tempo perdido” com denúncias que quase sufocaram o seu governo.
Ambição diminuiu
Os números ainda estão sendo fechados. Num primeiro momento, a intenção era concluir 6.600 obras, mas na prática seria impossível.
Agenda positiva
Antes de anunciar o programa de mais de 4.000 obras, Temer vai festejar boas notícias sobre o pré-sal, nesta sexta-feira, 27.
Meta da oposição era só TV no horário nobre
Líderes dos principais partidos de oposição, capitaneados pelo PT, sabiam que não havia a menor chance de evitar a rejeição da segunda denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente Michel Temer, por isso estabeleceu como meta postergar ao máximo o início da votação com o objetivo exclusivo de garantir exposição no horário nobre das emissoras de TV que transmitiriam a votação.
Olha eu aqui
Vice-líder petista admitiu que o objetivo não era impedir a votação, algo impossível, e sim aparecer nos telejornais ou nas transmissões ao vivo.
Torcida da figuração
Mesmos os governistas torciam para que a Globo novamente não exibisse o Jornal Nacional para mostrá-los no plenário, trabalhando.
Falem mal, mas...
Ao contrário dos que imaginam alguns “analistas”, mostrar como o deputado votou pouco importa. O que fica é a imagem.
Recuperando o tempo
Ao despertar da sedação, Michel Temer se viu ao lado da primeira-dama, Marcela. Pediu notícias da votação e foi logo avisando que sairia do hospital direto para o Planalto. “O sr. está de sonda”, lembraram. Ele respondeu, ainda meio grogue da anestesia: “Vou com sonda e tudo”.
Diagnóstico preciso
São recentes as queixas de Michel Temer sobre obstrução na uretra. É decorrente de infecção urinária, segundo o médico e deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), que também é vice-líder do governo na Câmara. Foi sedado no hospital para a desobstrução, que provoca fortes dores.
Tosa de porco
O deputado Carlos Marun (PMDB-MS) não se surpreendeu com o domínio do governo da votação da denúncia contra Temer: “Cálculo da oposição é como tosa de porco: muito grito e pouca lã”, ironizou.
Memória curta
O líder da Minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que Michel Temer “afundou o Brasil na maior crise da História”. Esqueceu que Dilma é o nome da crise.
Estratégia do governo
Em menos de 15 minutos, mais de 150 deputados invadiram o plenário da Câmara, ontem, logo antes da votação da segunda denúncia contra Michel Temer. Foi a estratégia do governo para concluir logo a votação.
Passou um boi
A oposição vendia uma força que não tinha. Assim que o número de deputados presentes se aproximou dos 342, o quórum, que subiu lentamente por horas, disparou de 310 a 435 em poucos minutos.
Rouba e não faz
Ao defender a denúncia contra Michel Temer, Miro Teixeira (Rede-RJ) lembrou que tudo começou com o escândalo do Mensalão. Aquele em que o governo Lula foi acusado de subornar deputados aliados.
É um começo
Na era da internet, a Imprensa Nacional encerrou a versão impressa do Diário Oficial da União para assinantes e compra avulsa. O gasto previsto para produzir e distribuir o DOU este ano: R$ 50 milhões.
Pensando bem...
...a estratégia da oposição de esvaziar a sessão plenária para dar força à denúncia contra Temer esvaziou a própria oposição.


NO DIÁRIO DO PODER
Julgamento sobre foro privilegiado deveria entrar logo na pauta, diz ministro
Análise sobre privilégio foi interrompida por Alexandre de Moraes
Publicado quarta-feira, 25 de outubro de 2017 às 15:11
Da Redação
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nesta quarta-feira (25) a continuidade do julgamento que poderá limitar o alcance da prerrogativa de foro privilegiado. Esse julgamento iniciou no dia 1º de julho e foi interrompido por um pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes, que informou no fim de setembro estar apto para proferir seu voto. Até o momento, o relator Luís Roberto Barroso e os ministros Marco Aurélio Mello, Rosa Weber e Cármen Lúcia votaram para estabelecer que os políticos só terão direito ao foro privilegiado se o crime do qual forem acusados tiver sido cometido no exercício do mandato e tiver relação com o cargo que ocupam.
“Já há quatro votos dados no sentido de restringir o alcance, mediante interpretação constitucional. Acho que esta é uma matéria importante e que deveria entrar logo na pauta”, disse Celso de Mello antes da sessão plenária do STF.
Até a publicação desta reportagem, a pauta de julgamentos do STF do mês de novembro não havia sido publicada. Quem decide que ações entram na pauta é a Presidência da Corte; no caso, a presidente Cármen Lúcia.
O ministro disse que, além do foro, uma outra questão importante para analisar é a da antecipação da execução prisão. Atualmente, o STF permite que uma pessoa condenada em segunda instância seja presa.
“São questões da maior importância. Temos que resolver esse problema, especialmente em matéria de prerrogativa de foro”, disse Celso, que a ainda não revelou de que lado se posicionará no julgamento sobre a prerrogativa do foro privilegiado.
Questionado sobre se o tema da prisão após condenação em segunda instância deveria vir logo ao plenário, o ministro desconversou.
“Eu não sei. A competência para pautar é da presidente. Eu entendo que talvez então a pergunta deveria ser dirigida a ela”, disse Celso. Sobre este tema, ele votou em outubro de 2016 para que as penas de prisão só pudessem começar a ser cumpridas após esgotados todos os recursos possíveis.
A primeira sessão sobre o foro privilegiado teve uma situação inusitada, em que mesmo após Alexandre de Moraes pedir vista, outros ministros adiantaram voto, em demonstração de apoio ao relator Barroso. Ainda não votaram Edson Fachin, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello, Cármen Lúcia e o próprio Moraes.
Normalmente, quando um ministro pede mais prazo para analisar um caso, o julgamento costuma ser suspenso na hora, sem que os outros ministros se manifestem. (AE)


NO BLOG DO JOSIAS
Temer já não dirige os fatos, é dirigido por eles

Por Josias de Souza
Quinta-feira, 26/10/2017 03:27
Admita-se que antes do enterro da segunda denúncia criminal contra Michel Temer na Câmara o presidente perseguia três objetivos: ampliar os 263 votos que garantiram o sepultamento da denúncia anterior, compensar o assanhamento do centrão com uma redução pela metade da dissidência de 21 votos do PSDB e retomar a pose de presidente reformista. No final do dia, Temer contabilizava 12 aliados a menos (251), dois dissidentes tucanos a mais (23), uma passagem pela emergência do Hospital das Forças Armadas e uma frase que destoava de sua condição política: “Tô inteiro”, disse, referindo-se à obstrução na uretra que o retirara de combate.
Virou fumaça a ideia de que Temer, livre do par de denúncias que a Câmara congelou, poderia voltar a dirigir os rumos do País nesta ou naquela direção. Nos próximos dias, o presidente se esforçará para demonstrar que ainda faz e acontece. Mas os fatos se encarregarão de revelar que, a despeito de ter permanecido ao volante, Temer já não dita o rumo às forças contraditórias que gravitam ao seu redor. Em vez de governá-las, é governado por elas.
Numa entrevista concedida após o fechamento do caixão da segunda denúncia, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, soou como se enxergasse na debilidade de Temer uma oportunidade a ser aproveitada. Revelou a intenção de colocar em pé uma ambiciosa agenda legislativa. Nela, há tópicos que interessam a Temer, como uma versão lipoaspirada da reforma da Previdência. Mas há um lote de projetos que entrarão na pauta à revelia do Planalto. Tratam de temas tão diversos como segurança pública, planos de saúde e políticas sociais direcionadas à juventude.
Por trás da ambição legislativa de Maia esconde-se outro fenômeno que contribuirá para o estreitamento da margem de manobra de Temer: 2018. A um ano das eleições gerais, os atores da política tendem a ajustar seus atos aos humores do eleitorado. Significa dizer que Temer terá maiores dificuldades para aprovar as medidas fiscais impopulares que a Casa Civil da Presidência engavetara à espera do enterro da segunda denúncia.
Com o tucanato em pé de guerra, o Planalto ficará nas mãos do PMDB e das siglas do centrão: PR, PP, PTB e PSD. Se a votação desta quarta-feira demonstrou alguma coisa foi que os membros dessas legendas já não aceitam cheques pré-datados de Temer. Só operam na base do pagamento antecipado. E o presidente parece não ter muito mais a oferecer. O centrão opera como se fosse um estômago hipertrofiado. Insaciável, passará a cobrar de Temer parte dos quatro ministérios do PSDB.
Oficialmente, o Planalto nega que os líderes do centrão e o ministro tucano da coordenação política, Antonio Imbassahy, estejam em pé de guerra. Alega-se que eles não discutem. Na verdade, nem se falam. Desde que o centrão desligou Imbassahy da tomada, a interlocução do Planalto com o antigo grupo político de Eduardo Cunha foi assumida pelo ministro Eliseu Padilha (Casa Civil). Temer gostaria de empurrar para abril a troca de cúmplices nos ministérios. O centrão irá azucriná-lo para antecipar a dança de cadeiras.
Impopular e fraco, Temer talvez não reúna forças para deter o centrão. Com seus 251 apoiadores, o presidente carrega uma cesta de votos menor do que os 257 que compõem a maioria absoluta dos 513 deputados. E está a quilômetros de distância dos 308 votos necessários à aprovação de emendas constitucionais — como a da reforma da Previdência, por exemplo. Sem as reformas — ou com reformas  meia-tigela —Temer perderá gradativamente o nexo. E vai a 2018 na condição de sparring. Terá de encontrar uma frase diferente da que pronunciou ao deixar o hospital na noite desta quarta-feira. Poderá dizer muitas coisas, menos ''tô inteiro''.

Temer não tem mais base governista. Governistas é que têm o presidente!
Por Josias de Souza
Quarta-feira, 25/10/2017 21:12
Já se sabia que a sessão da Câmara para enterrar a segunda denúncia criminal da Procuradoria-Geral da República contra Michel Temer seria um espetáculo deprimente. Sabia-se também que o apoio legislativo ao presidente da República tem um preço. Ninguém ignorava que Michel Temer faria qualquer negócio para retirar a corda do pescoço. Mas o Planalto e sua infantaria exageraram na promiscuidade. Esqueceram de maneirar.
Para segurar a alça do caixão da segunda denúncia, os governistas fizeram exigências novas. E cobraram faturas remanescentes do sepultamento da primeira denúncia. Esgotados os cargos e as emendas orçamentárias, foram levadas ao balcão outras mercadorias: o trabalho escravo, o perdão de multas ambientais, o parcelamento de dívidas tributárias, o diabo.
Algo se perdeu entre a votação da primeira denúncia e a análise da segunda. Perdeu-se o restinho que ainda havia de recato. Temer foi tratado por seus aliados como um devedor sem crédito. Teve de pagar a fatura antecipadamente até para obter o quórum mínimo exigido para o início da votação.
Ficou entendido que o presidente não tem mais uma base governista. Os governistas é que têm o presidente. Já não há fronteiras a separar o público e o privado. Brasília vive a apoteose do patrimonialismo.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
O que Gilmar tem a dizer sobre a insolência do quadrilheiro?
Tudo é possível quando está no palco o ministro da defesa dos bandidos de estimação

Por Augusto Nunes
Quarta-feira, 25 out 2017, 20h30 - Publicado em 25 out 2017, 20h28
Animado com o papel de gerente da cadeia que divide com parceiros da Turma do Guardanapo e comparsas menos íntimos, convencido de que daqui a alguns meses estará em liberdade, o delinquente Sergio Cabral fez o diabo durante a audiência com o juiz Marcelo Bretas. Nem seus colegas do PCC foram tão longe nas afrontas a um magistrado. Desde o começo da Lava Jato não se tinha visto um show de atrevimento, insolência e arrogância tão assombroso quanto o protagonizado pelo chefe da quadrilha que saqueou o Rio de Janeiro.
O ex-governador gatuno declarou-se “injustiçado”, acusou o juiz de querer projetar-se às custas de um benfeitor da população fluminense, redefiniu o conceito de propina, insinuou que sabe o suficiente para roubar também a segurança de Bretas e sua família. Foi punido com a transferência para um presídio menos exposto à influência da Famiglia Cabral. É pouco. O Flagelo do Rio merece ser transformado numa das evidências ambulantes de que o cumprimento da pena deve começar tão logo a sentença seja confirmada em segunda instância.
Por falar nisso, como reagiria Gilmar Mendes se estivesse no lugar do alvo de Bretas? Veria nas provocações intoleráveis um exemplar exercício do direito de ampla defesa? Ou a beleza que há no devido processo legal? É possível que apenas concluísse que Cabral, compreensivelmente aborrecido com a prisão alongada, incorreu num desabafo tão natural quanto o revezamento das estações do ano. Tudo é possível quando está no palco o ministro da defesa dos bandidos de estimação.
Ninguém se surpreenderia caso premiasse Cabral com um habeas corpus que lhe permita aguardar em liberdade o julgamento do último recurso na última instância. Não na segunda, mas na terceira. Ou na quarta, representada pelo STF. Ou numa quinta ainda por criar.

NA VEJA.COM
Conheça o produto que retira até 96% de agrotóxico da maçã
Um novo estudo mostrou que imergir a maçã por 15 minutos em solução de bicarbonato de sódio ajuda a retirar até 96% de agrotóxico

Por Da Redação
Quarta-feira, 25 out 2017, 20h57 - Publicado em 25 out 2017, 15h57
O bicarbonato de sódio, um produto comum de uso doméstico, acaba de ganhar mais uma incrível utilidade: retirar resíduos de agrotóxico na superfície de maçãs. De acordo com um estudo publicado nesta quarta-feira no periódico científico Journal of Agricultural and Food Chemistry, deixar a fruta 15 minutos imersa em uma solução da substância reduziu 80% do tiabendazol e 96% do inseticida phosmet.
De acordo com informações da versão on-line da revista americana Time, as maçãs estão no topo da lista de frutas com os maiores níveis de resíduos de pesticidas do Grupo de Trabalho Ambiental (EWG, na sigla em Inglês). Embora esses produtos sejam aprovados pela agência americana de proteção ambiental (EPA, na sigla em Inglês) e considerados seguros em doses baixas, algumas pesquisas sugerem que é difícil avaliar com precisão seu impacto sobre a saúde ao longo do tempo.
Bicarbonato x água x hipoclorito de sódio
Para avaliar a eficácia do bicarbonato, pesquisadores da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, compararam três métodos de limpeza: bicarbonato, água corrente e hipoclorito de sódio. Inicialmente, a equipe expôs, por 24 horas, maçãs ao phosmet e ao tiabendazol, dois pesticidas comuns.
Em seguida, as frutas contaminadas foram limpas de três formas diferentes: imersas em água misturada com bicarbonato (10 mg/ml) por 15 minutos, lavadas com água da torneira por dois minutos e mergulhadas em solução de hipoclorito de sódio (10 mg/ml) por 8 minutos.
Os resultados mostraram que, de longe, o bicarbonato foi o método mais efetivo. Após o período de imersão na solução, as maçãs tiveram 80% do tiabendazol e 96% do inseticida phosmet reduzidos em sua superfície e também em camadas mais profundas. O método menos efetivo foi lavar o produto com água corrente.
“Se a lavagem de fábrica [com alvejante] fosse efetiva, então não precisaríamos nos preocupar com a lavagem em casa, certo? Mas, verifica-se que a lavagem no nível da fábrica não é eficaz. Em casa, a maneira mais simples de lavar é com a água da torneira, mas também descobrimos que apenas a água da torneira não é tão eficaz. Para reduzir a exposição adicional aos pesticidas, sugerimos adicionar um pouco de bicarbonato de sódio”, disse Lili He, líder do estudo.
A diferença na redução da quantidade das substâncias se deu pelo alcance da penetração de cada composto. Enquanto o tiabendazol penetrou até 80 micrômetros de profundidade nas maçãs, o phosmet foi detectado a uma profundidade máxima de 20 micrômetros.
O importante é limpar
No entanto, os pesquisadores ressaltam que na ausência do bicarbonato ou de tempo, o ideal é pelo menos lavar a fruta em água corrente antes de consumi-la. Apesar de esse não ser o método mais efetivo, já ajuda a remover um pouco do agrotóxico. Outra maneira é descascar a maçã, mas isso significa retirar propriedades importantes presentes na casca, como as fibras.

NO O ANTAGONISTA
O turismo da PF
Brasil Quinta-feira, 26.10.17 08:03
A PF está no Ministério do Turismo.
Trata-se de um desdobramento da operação que, quatro meses atrás, prendeu Henrique Alves, homem de Michel Temer.
Ao todo, são cumpridos 27 mandados: 22 de busca e apreensão, 3 de prisão temporária e 2 de condução coercitiva.
A maior parte ocorre no Rio Grande do Norte, diz o G1.
Mil maravilhas
Brasil 26.10.17 07:57
O estado de saúde de Michel Temer ainda inspira cuidados.
Foi o que disse Eliane Cantanhêde, do Estadão:
“Temer, que se sente vitorioso e revigorado politicamente, aposta tudo nisso, mas a vitória na Câmara não significa que os problemas evaporaram e tudo está resolvido e às mil maravilhas. Nem a própria saúde do presidente.”
Temer salva LulaBrasil 26.10.17 07:20
Michel Temer se livrou da segunda denúncia de Rodrigo Janot.
Agora ele vai passar o resto do mandato tentando se livrar de Sergio Moro, seu juiz natural a partir de 1º de janeiro de 2019.
Lula é o maior interessado nisso.
Qualquer medida que salve Michel Temer deve salvar também o condenado.
O STF resolve
Brasil 26.10.17 07:47
Michel Temer e Lula podem se salvar com o foro especial para ex-presidentes ou com um projeto de lei que elimine a possibilidade de cadeia para condenados em segundo grau.
O petista Carlos Zarattini, homem de Lula, disse para o Valor que, hoje, uma PEC para estender foro privilegiado a ex-presidentes não passaria no Congresso Nacional, mas “ninguém pode prever o clima daqui a três, seis meses”.
Ele disse também que “a possibilidade de prisão só depois da última instância tem muito mais apoio”.
Na verdade, o Congresso Nacional nem precisa se desgastar aprovando a medida, porque o STF vai cuidar do assunto.
O foro especial de Temer e Lula
Brasil 26.10.17 07:31
Michel Temer tem de arrumar um jeito de se livrar da cadeia a partir de 1º de janeiro de 2019.
Quase todas as saídas favorecem Lula.
Leia a análise do Valor:
“A primeira hipótese, menos provável, é que Temer mantenha o foro privilegiado ao conquistar um novo mandato nas eleições do ano que vem (…).
A segunda alternativa, também com elevado grau de incerteza, seria ser nomeado, a partir de 2019, para funções não eletivas com foro privilegiado, como a de ministro ou secretário estadual. Mas isso dependeria, primeiramente, de uma vitória de um aliado à Presidência ou a governador (…).
A terceira saída é a aprovação, por meio de um amplo acordo entre forças políticas, de uma proposta de emenda constitucional que estendesse o foro privilegiado a ex-presidentes da República. A medida beneficiaria, além de Temer, Lula, Dilma, Fernando Collor e José Sarney. Tal projeto representaria uma bomba sobre o trabalho já realizado por Moro em relação a Lula e daria sinal verde à candidatura presidencial do petista (…).
A saída mais viável recairia sobre a revisão da possibilidade de prisão após condenação em segunda instância.”

“A crise voltará”
Brasil 26.10.17 06:30
Reformas, reformas, reformas.
É o que pedem os jornais nesta quinta-feira, depois que o Congresso Nacional decidiu manter Michel Temer no cargo.
Leia o editorial de O Globo:
“O melhor para o País é que tenha se encerrado ontem este período de turbulências. Não se duvida de que Temer escapa como ‘pato manco’, um mandatário, no jargão da política americana, sem força para ir além da agenda do cotidiano, no que lhe resta de tempo no poder. Pois continuam graves as denúncias sustentadas em provas, a serem examinadas em primeira instância, quando Temer e ministros perderem o foro privilegiado.
Mas não apenas Temer, também a base parlamentar, com destaque para os presidentes da Câmara e Senado, Rodrigo Maia e Eunício Oliveira, têm de desatolar agendas estratégicas paralisadas no Congresso. Com a vitória de ontem, governo e aliados precisam redirecionar toda a capacidade de trabalho mobilizada no resgate do presidente, para retomar a reforma da Previdência, debater de maneira efetiva a tributária, aprovar as medidas já desenhadas de ajuste fiscal, e assim por diante (…).
A equipe econômica, por meio de ações a seu alcance, tem conseguido melhorar o clima geral, daí os vários indicadores positivos, também ajudados por um bom momento da economia mundial. Mas, se o Congresso não fizer a sua parte, os horizontes continuarão nublados, e os projetos de investimentos, nas gavetas. A crise voltará.”



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