SEGUNDA EDIÇÃO DE 25-10-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO DIÁRIO DO NORDESTE
Rombo com cargos acumulados é de R$ 494 milhões por ano
Em um dos casos observados pela auditoria do TCE, um servidor tem jornada de 251 horas por semana

Quarta-feira, 00:00 · 25.10.2017 / atualizado às 00:28
Por Honório Barbosa - Colaborador
Iguatu. Um levantamento pioneiro realizado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) a partir de cruzamento de números de Cadastro de Pessoa Física (CPF) de ocupantes de funções em comissão nos 184 municípios cearenses identificou indícios de acumulação ilícita de 5.495 cargos de servidores nos municípios cearenses, capazes de gerar um prejuízo ao cofres públicos de R$ 494,4 milhões por ano.
"É uma situação fora de controle e que nos deixou muito surpresos mediante a quantidade de acumulação de cargos", observou o secretário de Controle Externo do TCE, Raimir Holanda. "Fizemos cruzamento de dados com base no CPF de ocupantes de cargo nos Municípios, no Estado e na União e podemos concluir que essas acumulações geram prejuízos ao erário, resulta na falta de prestação do serviço contratado, afetando a população, além de ocupar vaga de outros profissionais que estão desempregados".
O levantamento inicial mostra que há pelo menos 17 servidores públicos lotados ao mesmo tempo em três Estados - Ceará, com Paraíba e Pernambuco e Ceará com Pernambuco e Rio Grande do Norte. Na situação de dois Estados, há centenas de nomeações: Ceará com o Distrito Federal são 261; Ceará e Pernambuco são 196; Ceará e Paraíba são 115; e Ceará com Rio Grande do Norte, 101.
Na próxima semana, o TCE vai expedir ofícios aos 184 prefeitos com o objetivo de mostrar os dados do levantamento e solicitar dos gestores explicações e as medidas necessárias, como exonerações. "Pode ser que em alguns casos ocorram as exceções previstas na Constituição Federal de acúmulo de cargo ou mesmo que já tinha sido feita a exoneração daquele que acumulava função gratificada", disse Raimir Holanda.
O secretário de Controle Externo do TCE observou que o esforço do órgão é para moralizar o serviço público. "Infelizmente, é uma prática que se observa em todos os municípios", disse. "Pode até ser que o gestor não tenha conhecimento de que aquele nomeado ocupe outro cargo em outra cidade".
Em um dos casos observados pela auditoria do TCE, um servidor tem jornada totalizada de 251 horas por semana. "Não tem hora suficiente para isso, mesmo que trabalhasse 24 horas por sete dias, sem folga", disse. "Outro chega a ganhar mais de R$ 62 mil em decorrência da acumulação de cargo".
De acordo com a Gerência de Fiscalização de Pessoal, da Secretaria de Controle Externo, foi constatado um risco de que os entes auditados tenham considerado legal a investida de servidor já ocupante anteriormente de cargo público inacumulável, seja pela natureza do vínculo ou pela incompatibilidade da carga horária.
O Tribunal visa, com essa auditoria, a garantir a prestação de serviços eficientes ao cidadão, sem o prejuízo que pode ser causado com a sobrecarga de jornadas, ocasionada pela acumulação indevida de cargos públicos. Além do comprometimento da qualidade dos serviços, o TCE-Ceará ressalta o dispêndio irregular de dinheiro público para o pagamento de servidores.
Para o órgão, a fiscalização tem extrema relevância, tendo em vista que os sistemas de controle interno, muitas vezes, apresentam sérias deficiências, notadamente pela falta de ferramentas efetivas de acesso a bases de dados funcionais nos diversos níveis federativos, capazes de viabilizar esse controle de vínculos e acumulação de cargos.
Exceções
De acordo com o art. 37, incisos XVI e XVII, da Constituição Federal, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, empregos e funções, excetuando, quando houver compatibilidade de horários, a acumulação de dois cargos de professor, de um cargo de professor com outro técnico ou científico e de dois cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde com profissão regulamentada.
O texto constitucional trouxe, ainda, outras exceções. Em seu art. 38, inciso III, permitiu-se a acumulação remunerada de cargos públicos quando um deles for de vereador, mediante a verificação da compatibilidade da carga horária. Ainda nesse passo, nos art. 95, parágrafo único, inciso I, e art. 128, §5º, inciso II, alínea "d", a Constituição Federal, possibilitou aos magistrados e aos membros do Ministério Público a acumulação dos respectivos cargos apenas com outro de magistério.
Selecionados
Os municípios cearenses foram selecionados, por critérios de materialidade, para serem auditados pela Gerência de Fiscalização de Pessoal, unidade técnica encarregada de desempenhar tal atribuição. A Auditoria de Conformidade que verifica indícios de irregularidades relacionadas ao acúmulo de cargos por parte de agentes públicos dos Municípios do Estado do Ceará está sob o processo nº 05437/2017-9.
O assessor técnico da Aprece, Expedito José do Nascimento, reafirmou que o órgão defende todas as ações de fiscalização e que na próxima segunda-feira, haverá uma reunião entre a presidência da entidade com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) com o objetivo de celebrar um entendimento entre os dois órgãos.
"O TCE é um órgão que já atuava na fiscalização das contas do Estado, mas agora começa nos municípios, com a extinção do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e precisamos conhecer as ações, a linguagem, a dinâmica. Vamos buscar esclarecimentos e depois a Aprece vai se pronunciar sobre qualquer fiscalização ou auditoria".
Expedido do Nascimento pediu cautela na divulgação de informações sobre possíveis irregularidades em casos de licitações, transporte escolar e em outras situações. "Precisamos ter cuidado, porque os primeiros levantamentos podem mostrar apenas inconsistências técnicas", frisou. "Surgem informações sem que o gestor tenha ainda sido notificado", concluiu.

NO BLOG DO MERVAL PEREIRA
Síndrome do Pato Manco

Por Merval Pereira
Quarta-feira, 25/10/2017 05:56
O presidente Michel Temer, mesmo que se confirme hoje, como tudo indica, a maioria necessária para superar a segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República contra ele, não escapará de ser um “pato manco” até o fim de seu governo, o que muito o constrange neste momento em que as forças políticas se mobilizam para sua sucessão.
"Pato manco" (lame duck), é uma expressão usada principalmente na política norte-americana que define o político que continua no cargo, mas por algum motivo não pode disputar a reeleição e perde a expectativa de poder. A expressão nasceu na Bolsa de Valores de Londres, no século XVIII, em referência a investidor que não pagou suas dívidas, e ficava exposto à pressão dos credores. A ave (e o político) com problemas torna-se presa fácil dos predadores.
A expressão surgiu de um velho provérbio de caçadores que diz: "Never waste powder on a dead duck", isto é, “Nunca desperdice pólvora com pato morto”. Temer, a exemplo de Sarney no final de seu governo, não terá mais força política para levar adiante seu projeto econômico, embora vá tentar evitar a síndrome do "pato manco", justamente para não se tornar um presidente sem influência na sua sucessão.
O governo quer voltar à agenda econômica depois da votação da denúncia contra o presidente Michel Temer na Câmara, mas reformas como a da Previdência, que precisam de um quorum mais alto para serem aprovadas, vai ser muito difícil passar. Talvez o governo consiga aprovar outras medidas que podem ser feitas por projetos de lei, como controle de gastos.
Mas a um ano da eleição - quinta-feira já entramos no ano eleitoral - nenhum político vai querer entrar em algum assunto polêmico, que possa prejudicar uma reeleição. Nada que provoque muita discussão vai passar no Congresso. Antes da crise política que paralisou o governo Temer, com a gravação de sua conversa com o empresário da JBS, Joesley Batista, já estava muito difícil aprovar a reforma da Previdência, a joia da coroa da proposta econômica do governo.
Agora, provavelmente não haverá mais tempo útil nem meios para negociar o apoio necessário à sua aprovação. É possível que a fixação de uma idade mínima acabe sendo aprovada, pois já existe um consenso na sociedade em torno desse item da reforma. Mas a complexidade da reforma integral da Previdência não tem mais espaço político para uma negociação exitosa.
Além da dificuldade crescente que o governo tem para pagar dívidas contraídas nas duas votações para livrar Temer do processo no Supremo Tribunal Federal, há necessariamente o receio do contágio da impopularidade do presidente na próxima eleição geral de 2018.
Na tramitação inicial do projeto de emenda constitucional havia ainda o argumento político de que a aprovação da reforma alavancaria a economia, fazendo com que a eleição de 2018 fosse disputada em um ambiente econômico mais promissor, ajudando a melhorar a imagem do governo e, consequentemente, a de seus aliados.
Já não há mais tempo útil agora para esse tipo de especulação, e ninguém vai querer arriscar um movimento tão polêmico sem a garantia de que haverá uma reviravolta na economia. O presidente Temer tem toda razão de tentar até o fim, assim como o ex-presidente Lula também insiste em uma candidatura presidencial praticamente inviável.
Mas os dois jogam seus futuros nas eleições. Se Temer ganhar musculatura para se tornar um eleitor de peso da sua própria sucessão, pode ter esperança de apoio do futuro presidente para se salvar do processo a que responderá sem o foro privilegiado. Foi-se o tempo em que era possível cogitar ele próprio como o candidato à reeleição.
Uma anistia direta, ou mesmo indireta, com alguma decisão que atinja todos os ex-presidentes (beneficiando até mesmo Lula) pode ser uma saída. Assim como Lula vê na presidência a salvação pessoal e de seu projeto político.
Os dois correm o risco de morrer na praia. 

NO BLOG DO NOBLAT
Depende de Nós!

Quarta-feira, 25/10/2017 - 04h33
Por Ricardo Noblat
A política do é 'dando que se recebe' não foi inventada pelo presidente Michel Temer. O que mais choca no comportamento de Temer é que ele faz às claras, e aparentemente sem nenhum constrangimento, o que seus antecessores no cargo sempre fizeram às escondidas ou com mais discrição.
Deputado à Assembleia Constituinte de 1988, Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Congresso abrigava pelo menos “300 picaretas”, aqueles que cobram caro para apoiar o governo. Presidente da República, Lula governou com os 300 picaretas e ajudou a multiplicá-los.
Pagar mensalão a deputados e senadores para que votassem como o governo queria não foi uma invenção do PT de Lula. A compra de votos, ali, é antiga. Há registro de que deputados foram comprados para aprovar a emenda que permitiu a reeleição de Fernando Henrique.
Deputados e senadores receberam grana para votar em Tancredo Neves, elegendo-o presidente da República em janeiro de 1985. Paulo Maluf, adversário de Tancredo, ficou com a fama de o maior comprador de votos naquela eleição ainda indireta.
A ditadura militar de 1964 não precisou pagar em dinheiro para aprovar no Congresso tudo o que quis. Mas pagou, em escala menor, com cargos e outras sinecuras. Do governo Sarney para cá, a compra de apoio só fez crescer e sofisticar-se. Todos os escrúpulos foram mandados às favas.
O que sempre houve só virou escândalo graças à Lava Jato. Temer só foi alçado à condição inédita de presidente denunciado por corrupção no exercício do cargo porque acabou gravado por um empresário amigo dele, e caixa de campanha do PMDB e de outros partidos.
Nada do que Temer tem feito para manter-se no poder e livrar-se de acusações é estranho aos costumes políticos nacionais. Nada. E essa é a tragédia maior. A Lava Jato escancarou a podridão da política entre nós. Mas não é sua tarefa acabar com ela ou reduzi-la, é nossa. Se quisermos.

Custo de denúncias contra Temer alcança R$ 32,1 bi

Quarta-feira, 25/10/2017 - 08h57
Por Felipe Frazão,  no Estadão
A negociação política para barrar duas denúncias criminais contra o presidente da República, Michel Temer, tem um custo que pode chegar a R$32,1 bilhões. Essa é a soma de diversas concessões e medidas do governo negociadas com parlamentares da Câmara entre junho e outubro, desde que Temer foi denunciado pela primeira vez, por corrupção passiva, até a votação da segunda acusação formal, pelos crimes de organização criminosa e obstrução à Justiça – o que está previsto para esta quarta-feira.
O preço para impedir o prosseguimento das denúncias supera em R$6 bilhões os recursos previstos por Temer para pagar parcelas de famílias beneficiárias do programa Bolsa Família ao longo do ano que vem. O programa de complementação de renda foi orçado em R$26 bilhões, em 2018. Também é maior do que o custo total para a construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte, atualmente estimado em cerca de R$30 bilhões.
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Custo de denúncias contra Temer alcança R$ 32,1 bi


NA VEJA.COM
Moradores de São Petersburgo ainda vivem em apartamentos comunitários
Cidade tem muitos 'Kommunalkas', onde banheiro e cozinha são compartilhados
Por Vivian Oswald, enviada especial
Quarta-feira, 25/10/2017 4:30
Dividir apartamento em prédios antigos sai mais barato - Reprodução

MOSCOU — Vladimir Sizov, de 27 anos, vive uma experiência que é cada vez mais rara para um russo, sobretudo de sua idade. Mora em um “kommunalka” — apartamentos comunitários em que os moradores ocupam os quartos e compartilham a cozinha e o banheiro em São Petersburgo. A antiga capital imperial ainda tem um percentual grande destes tipo de imóvel em relação ao resto do país. Em Moscou, eles quase não existem mais. Em um momento em que a Rússia é tomada por novos empreendimentos imobiliários, que movimentam a economia sob sanções do Ocidente, há três anos Vladimir optou pelo velho modelo soviético, criado para dar vazão a quantidade de pessoas que ocupavam as cidades, saídas do campo.
— Decidi viver aqui porque não é caro. Pago mais ou menos 12 mil rublos (R$ 675) por mês, o que é bastante conveniente para mim, porque também é muito central e um prédio muito bonito. O centro de São Petersburgo é cheio de “kommunalkas”. Se quiser viver no centro, tem mais chances de alugar um quarto. Em geral, são de três a cinco, e até 20 quartos em um “kommunalka” — disse.
Durante a URSS, os “kommunalkas” foram cenários de muitas brigas. Vizinhos que se desentendiam e até denunciavam uns aos outros, se quisessem se livrar de um desafeto ou apenas ocupar um quarto maior. Mas também foram palco de grandes amizades e cumplicidade nas conversas de cozinha, o único lugar considerado livre para conversas de qualquer natureza (desde que com a torneira de água aberta para os microfones não captarem o que se falava). Uns participavam da intimidade dos outros, sabiam a que horas o camarada da cota ao lado ia ao banheiro, quando recebia visitas, ou esse tinha namorada nova.
— Não sinto falta de privacidade, porque é raro que alguém me incomode no meu quarto. Meu vizinho é cozinheiro e, de vez em quanto, prepara coisa para mim também. É bem legal.
Mas na era dos empreendimentos imobiliários que têm endividado os cidadãos, afugentando-os de contrair novas dívidas Rússia afora, surgem os kommunalkas do século XXI. A nova moda agora é transformar os grandes apartamentos, sobretudo em prédios tradicionais, que certamente terão sido kommunalkas um dia e em mini hotéis pela cidade. Uma estratégia capitalista para ocupá-los bem diferente da alternativa comunista encontrada pela União Soviética para garantir moradia a todos. Já há vários hotéis deste tipo por Moscou.
— Meu apartamento num prédio bem tradicional no centro de Moscou, a poucos passos da Tvversakya (avenida que termina na Praça Vermelha) está vazio. Recebi uma proposta para alugá-lo como um mini hotel de luxo. Mas os empreendedores me disseram que eu precisaria construir cinco banheiros, além do que já existe — disse Nikolai Nikolaievitch.
Antes, para alugar um apartamento com esta localização, proprietários como ele não tinham qualquer dificuldade. Rejeitavam qualquer oferta que consideravam um pouco mais baixa do preço que pediam. Hoje, com a crise na economia, a situação mudou. Não metrô deu Moscou, há vários anúncios de novos prédios pela cidade. Bairros inteiros têm sido desenvolvidos e oferecem sonho da casa própria. Nada mal para uma sociedade que viveu por sete décadas sem o conceito o propriedade privada. “Quer ter o seu imóvel?”, pergunta um dos outdoors na estação VDNKh. “Quero meu apartamento deu 20 metros quadrados por dois milhões de rublos”, diz o outro em Prospekt Mira.

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Na caravana mineira, Lula experimenta o repúdio popular com coro de “Ladrão” (veja o vídeo)
Da Redação
Terça-feira, 24/10/2017 às 18:19
Mesmo com todo o aparato montado pelo governador Fernando Pimentel em torno do ex-presidente Lula, com a contratação de todo um esquema para dar a impressão de grande apelo popular, não foi possível conter o repúdio da população mineira.
O coro de ‘ladrão’ tem ecoado forte, vencendo a megaestrutura providenciada pelo governador petista.
Um absurdo que Lula, um réu condenado, respondendo a inúmeros processos crimes, tenha a desfaçatez de fazer campanha política fora de época usando uma estrutura montada com dinheiro público.
Inaceitável que a Justiça Eleitoral se mantenha inerte.
Abaixo, o vídeo com a calorosa recepção proporcionada ao meliante petista.

A descoberta de uma mensagem secreta deixada na Câmara Federal há 58 anos (veja o vídeo)
Quarta-feira, 25/10/2017 às 09:56
A mensagem foi deixada na época da construção do prédio que hoje abriga a Câmara Federal. Foi encontrada por acaso. O autor, um operário que trabalhou na obra, de nome José da Silva Guerra. A mensagem:
“Que os homens de amanhã tenham compaixão de nossos filhos, e que a lei aqui se cumpra. José da Silva Guerra. 22/04/59.”
Embaixo da mensagem, seu José complementou:
“Dura lex, sed lex" (A lei é dura, mas é a lei).
A filha, Francisca Guerra, emocionada, reconheceu a letra do pai e disse “o seu José sempre foi esperançoso por um País melhor".
Uma outra frase encontrada:
“Se todos os brasileiros fossem dignos de honra e honestidade, teríamos um Brasil bem melhor”.
Parece, infelizmente, que o desejo daquele operário não foi atendido.
Abaixo, veja o vídeo:

Família de Bretas está preocupada e de sobreaviso
Quarta-feira, 25/10/2017 às 08:44
Márcio Bretas, o irmão do juiz Marcelo Bretas, que ao lado do pai administra a loja de bijuterias da família, sobre a relação feita pelo ex-governador Sérgio Cabral disse, perplexo:
‘Com o valor de uma joia daquelas, ele consegue comprar a loja toda. Ficamos sem entender a comparação’.
É fácil entender, basta analisar como se age no mundo do crime.
Cabral quis deixar claro que conhece detalhes da vida pessoal e familiar do magistrado. Foi um ameaça, gravíssima por sinal.
Em contrapartida, reportagem publicada pelo jornal ‘O Globo’ descreve com precisão o estabelecimento comercial da família Bretas, uma loja localizada em dois andares de um prédio numa das principais ruas do Saara, no Rio de Janeiro.
“A loja reúne milhares de pequenos pacotes de plástico com miçangas e artigos para produção de peças de bijuteria. Os 20 funcionários são responsáveis por separar e empacotar as miniaturas que vêm, em sua maioria, da Rua 25 de Março, em São Paulo. Os pacotes mais caros custam R$ 30.”

A loja da família Bretas

Os valores das joias de Adriana ultrapassam a bagatela de R$10 milhões. Uma distância discrepante entre uma coisa e outra.

As mercadorias comercializadas pela família Bretas


Adenir Bretas, pai do juiz, começou o negócio há 45 anos.
A conversa de Cabral de que a loja ‘é a maior do Estado’ foi a tentativa de dar um ar de grandeza para o negócio da família Bretas, deixou no ar o questionamento ‘como conseguiram?’
Uma infâmia para um negócio praticamente familiar.
Sobre a ameaça:
“Quem está de fora sempre nos parabeniza e diz que devemos ser muito orgulhosos. Somos, mas ficamos com uma preocupação tão grande, que ela se torna muito superior ao orgulho” — diz o irmão do juiz.
Fonte: O Globo

NO BLOG ALERTA TOTAL
No Brasil temerário, amiguinho de ânus é o pênis
Quarta-feira, 25-10-2017
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Muito provavelmente ainda não será desta vez que Michel Temer será afastado do cargo. Também não será agora que o Supremo Tribunal Federal receberá autorização legislativa para processar o Presidente por vários crimes graves de corrupção dos quais a Procuradoria-Geral da República o acusa. No entanto, o desgaste temerário tende a se ampliar.
O titular do Palácio do Planalto deve receber pelo menos 30 votos a menos que na votação anterior que lhe salvou o mandato. A avaliação é do aliado-amigo da onça, Rodrigo Maia, que preside a Câmara, mas que ficaria mais feliz se pudesse presidir o Brasil ou, no ano que vem, ser eleito titular do Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, falido moralmente. Ontem, Maia soltou uma pérola que desenha a dimensão da infidelidade em relação ao governo: “Em política não tem amiguinho, muito menos para sempre”...
O grande problema temerário é como a ampliação do desgaste político irá influenciar os 14 meses restantes no trono palaciano. Persistem as dúvidas sobre como a situação temerária influenciará na condução da esperada recuperação econômica. A previsão é de que Temer consiga entre 260 e 270 votos para barrar a denúncia sobre obstrução judicial e participação em organização criminosa. Depois da votação, a missão quase impossível será recompor uma base aliada que é fiel apenas a negociatas. As incertezas incomodam os deuses rentistas do mercado.
O sobrevivente Temer promete afagos ao mercado, após a nova salvação. Ontem, já agradou gregos e baianos com a  sanção à Medida Provisória que permitia a renegociação de dívidas (inclusive dos deputados empresários) com o governo. Depois, as prioridades temerárias são os negócios que a turma do PMDB deseja com toda ansiedade. As privatarias da Eletrobras e na Petrobras, sobretudo na área da Petrobras Distribuidora. Com tais “negócios”, Temer espera conquistar um apoio total dos donos do dinheiro para, pelo menos, conseguir o milagre de terminar o mandato, mesmo que desmoralizado até a medula espinhal.
Enquanto Temer vai ficando, uma coisa é certa: nós vamos pagar a conta de todos os erros cometidos desde a gestão Dilma Rousseff, da qual Temer era parceirão até o momento da conveniente traição. Conta de luz mais cara é apenas o comecinho. A subidinha do dólar (mais por motivo externo que interno) tende a encarecer muitos produtos, dando uma subidinha na taxa de inflação.
O negócio é prestar atenção nos movimentos do Presidente de fato, Henrique Meirelles... A vontade permanente dele é subir ainda mais os impostos para impedir o sempre anunciado “risco fiscal” (a queda na arrecadação que sustenta o perdulário e corrupto Estado-Ladrão). Assim, prepare o bolso, pois a turma da Nova República continua mais viva do que nunca, mesmo que pareça um bando de zumbis...
Haja aprendizado
“A insegurança jurídica que atinge as empresas que firmaram Acordos de Leniência é causada por uma injustificável disputa de poder entre instituições do governo. Além de impedir o retorno das operações plenas das empresas e ignorar a contribuição que elas podem dar para a retomada do crescimento econômico, esse conflito coloca em dúvida os instrumentos de leniência e de colaboração com a Justiça”.
Palavras do empresário Emílio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração da Odebrecht, para uma plateia de 180 líderes que farão parte do novo conselho de personalidades globais do Grupo Odebrecht.
Odebrecht foi sincero com a realidade de seu conglomerado:
“Cometemos erros, é importante reconhecer. Erros que, em certa medida, provocaram esta crise. Já falamos sobre isso em comunicados anteriores e no nosso pedido público de desculpa. Temos a obrigação de aprender muito com os erros e também com o sofrimento que passamos e com esta grave crise”.
(...)

NO O ANTAGONISTA
Do bolso para o sapato de Temer
Brasil Quarta-feira, 25.10.17 11:24
Michel Temer disse ontem em jantar com aliados que tem “pena” daqueles deputados que o elogiam, mas não votam com ele, segundo Andreia Sadi.
“O único sentimento que tenho é de pena. Aquela figura, que, às vezes, é até maior do que eu, vai se apequenando, e a impressão que tenho é que é do tamanho do meu sapato”, disse.
Quem não está no bolso de Temer será pisoteado.
Regime de terror
Brasil 25.10.17 11:16
O advogado Antônio Pitombo, ao defender Moreira Franco, pediu aos deputados que rejeitem a denúncia, não pela estabilidade econômica, mas para “dizer não ao regime de terror”.
Lula já ensinou que a esperança sempre vence o medo.
STF fatiado
Brasil 25.10.17 10:16
Depois de soltar o goleiro Bruno, Marco Aurélio Mello soltou também Eliseu Padilha e Moreira Franco.
Ele acaba de rejeitar um pedido para fatiar a denúncia contra Michel Temer, separando-o de seus ministros.
DERROTA DE LULA NO STJ
Brasil 25.10.17 09:45
O STJ negou o pedido de Lula para afastar Sergio Moro do processo sobre o triplex.
A decisão do ministro Felix Fischer foi referendada por todos os membros da Quinta Turma.
Tirem as criancinhas da sala
Brasil 25.10.17 09:10
Caetano Veloso perdoa os crimes de Lula porque, de acordo com ele, o condenado enfrentou a desigualdade.
Ele disse para O Globo:
“Os brasileiros têm o direito, talvez o dever, de desconfiar de moralizações que podem esconder evitação do enfrentamento do problema da desigualdade.”
Tirem as criancinhas da sala.
Visão do além
Brasil 25.10.17 08:56
Madonna se ajoelhou para Caetano Veloso.
Ela deve ter pensado que ele estivesse morto.
Nós também.
A pilantragem de Caetano Veloso
Brasil 25.10.17 08:28
O MBL desenterrou Caetano Veloso.
Depois de sair da cova, ele passou a apavorar os moradores de Ipanema.
Nesta quarta-feira, O Globo resolveu entrevistá-lo.
Ele defendeu Lula e insinuou que o verdadeiro chefe da ORCRIM era Antonio Palocci.
Leia aqui:
“Votei em Lula contra Collor no segundo turno. E voltei a votar nele em 2002, quando ele virou presidente. Cheguei a chorar de emoção dentro da cabine de votação (…). Mas não me surpreenderam as notícias sobre o Mensalão e a corrupção maior que se desvelou depois. Aprendi aos 12 anos, quando Getúlio morreu, a não ser moralista em política. Não me entenda mal: acho que devemos ser exigentes eticamente. E vejo a novidade de poderosos empresários e políticos serem presos como um avanço da nossa sociedade, que, em princípio, só prendia pobres, quase todos pretos.
Mas o Palocci, que foi o talento centralizador das vitórias econômicas do governo Lula, sempre teve cara de pilantra para mim.”

Isso é muito mais indecente do que homem pelado em museu.



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