TERCEIRA EDIÇÃO DE 26-9-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO O ANTAGONISTA
O bilhete misterioso de Vaccarezza
Brasil Terça-feira, 26.09.17 14:41
A Polícia Federal encontrou um bilhete enigmático na casa do ex-líder petista na Câmara, Cândido Vaccarezza, informa Fausto Macedo.
Entre outras coisas, a mensagem diz: “Amigo. Outro assunto está sob controle total. (…) Não podemos nos contatar. Confirmado que aqui estou monitorado. No momento certo, marco reunião pelo mesmo canal. (…) Fique tranquilo.”
Vaccarezza sabia que estava na mira da Lava Jato, suspeitam os investigadores, que acreditam que o bilhete seja posterior a março de 2014.
Preso na Operação Abate, em agosto, o ex-líder de Lula e Dilma foi solto sob fiança.
Boi preto conhece boi preto
Brasil 26.09.17 14:01
Por falar em gente que gosta de bandido, Gleisi Hoffmann acaba de postar o seguinte no Twitter:
“O PT confia que também serão reconhecidas as injustiças contra o companheiro José Dirceu, que tem nossa total solidariedade.”
A solidariedade é só para quem não delata. Ai de quem quebra a omertà, como fez Antonio Palocci.
No mais, as manifestações de apoio do PT continuam a ser explicadas pelo axioma de Clodovil Hernandes – “boi preto conhece boi preto”.
Gente que gosta de bandido
Brasil 26.09.17 13:38
O Estadão noticia que estudantes e “juristas” brasileiros estão tentando impedir que a Lava Jato receba um prêmio no Canadá.
O Allard Prize será entregue nesta quinta-feira próxima na Universidade da Colúmbia Britânica, e a operação brasileira – representada por Deltan Dallagnol– é um dos três finalistas.
Um “coletivo” chamado Advogadas e Advogados pela Democracia, do qual faz parte o célebre Eugênio Aragão, mandou cartas para protestar contra a escolha. Eles criticam a operação por “abusos” e – adivinhem só – falhas na condução dos processos contra Lula.
Não se deixem enganar pela pompa de termos como “jurista” e “coletivo”. É tudo gente que gosta de bandido.
Marun responde por improbidade
Brasil 26.09.17 12:37
Carlos Marun, líder da tropa de choque de Michel Temer, está sendo processado por improbidade administrativa, segundo o Estadão.
Marun é acusado pelo MP estadual de integrar esquema que desviou R$ 16,6 milhões da Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul (Agehab).
Ele nega as acusações. Seu advogado é Paulo Tadeu Haendchen, ligado a André Puccinelli, hoje de tornozeleira eletrônica.
O “lucro” do guerreiro do povo brasileiro
Brasil 26.09.17 12:18
José Dirceu teve até sorte, ao ter aumentada a pena para 30 anos, 09 meses e 10 dias.
O desembargador João Paulo Gebran Neto, relator da Lava Jato no TRF4, queria aumentar a pena para 41 anos.
O “lucro” do guerreiro do povo brasileiro foi de 10 anos e quase 03 meses.
TRF-4 manda para a cadeia todo o esquema de José Dirceu
Brasil 26.09.17 11:26
O TRF-4 condenou José Dirceu e Renato Duque.
O assessor de José Dirceu, Bob Marques, teve sua pena aumentada, assim como o irmão do mensaleiro, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva.
João Vaccari Neto, incrivelmente, foi absolvido por insuficiência de provas.
O desembargador Leandro Paulsen, porém, destacou que isso não afeta a sua prisão preventiva, “porquanto está determinada em outra das nove ações penais que tramitam contra ele”.
Quem vai soltar Dirceu?
Brasil 26.09.17 11:18
José Dirceu, condenado pelo TRF-4, tem de ser preso imediatamente.
Ninguém sabe qual ministro do STF vai soltá-lo.
Como ficaram as penas de Dirceu e demais condenados
Brasil 26.09.17 11:13
Veja como ficaram as condenações de José Dirceu e demais condenados pelo TRF-4 na Lava Jato:
José Dirceu de Oliveira e Silva: corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena passou de 20 anos e 10 meses para 30 anos, 9 meses e 10 dias;
João Vaccari Neto: denunciado por corrupção passiva. Moro o sentenciou a uma pena de 9 anos, mas o ex-tesoureiro foi absolvido, por insuficiência de provas;
Renato de Souza Duque: corrupção passiva. A pena foi aumentada de 10 anos para 21 anos e 4 meses;
Gerson de Mello Almada: corrupção ativa e lavagem de dinheiro. A pena passou de 15 anos e 6 meses para 29 anos e 8 meses de detenção;
Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura: corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena passou de 16 anos e 2 meses para 12 anos e 6 meses de reclusão;
Júlio Cesar dos Santos: lavagem de dinheiro. A pena passou de 8 anos para 10 anos, 8 meses e 24 dias de detenção;
Roberto Marques: pertinência em organização criminosa. A pena passou de 3 anos e 6 meses para 4 anos e 1 mês;
Luiz Eduardo de Oliveira e Silva: lavagem de dinheiro. A pena passou de 8 anos e 9 meses para 10 anos, 6 meses e 23 dias de detenção;
Cristiano Kok: absolvido em primeira instância, teve a absolvição confirmada;
José Antunes Sobrinho: o MPF apelou contra a absolvição em primeira instância. A turma manteve a absolvição.
DIRCEU VAI VOLTAR PARA A CADEIA
Brasil 26.09.17 11:11
Além de ter sua pena aumentada em 10 anos, José Dirceu vai voltar para a cadeia. A execução da pena será determinada por Sérgio Moro assim que passados os prazos de recursos.
Cabem embargos de declaração (dois dias) e embargos infrigentes (dez dias).
URGENTE: TRF-4 AUMENTA PENA DE DIRCEU
Brasil 26.09.17 11:06
O TRF-4 aumentou a pena de José Dirceu de 20 anos e 10 meses para 30 anos e 9 meses de prisão, no processo da Engevix.
O desembargador Victor Laus, que havia interrompido o julgamento, escreveu:
“Além das informações prestadas por colaboradores, aqui, sim, há inúmeras provas de corroboração”.

NO DIÁRIO DO PODER
Odebrecht garante que pagamentos a Lula vão além dos registrados
Emílio tratava de dinheiroduto para Lula, diz o filho Marcelo

Publicado terça-feira,  26 de setembro de 2017 às 08:04 - Atualizado às 12:16
O empresário Marcelo Bahia Odebrecht destacou em novos depoimentos prestados à Polícia Federal, em Curitiba, em 8 e 21 de agosto de 2017, que os pagamentos a Luiz Inácio Lula da Silva acertados com seu pai e patriarca do grupo, Emílio Odebrecht, não se limitaram aos registrados no codinome "Amigo" da planilha de propinas "Italiano", que era gerenciada pelo ex-ministro Antonio Palocci e chegou a ter R$ 300 milhões à disposição do ex-presidente e do PT.
"Reitera que houve outros pagamentos a Lula, acertados por Emílio, que não transitaram pela conta 'Italiano' e nem tiveram o envolvimento do colaborador", registra a PF, no termo de depoimento de Marcelo, do dia 8. Delator desde janeiro e preso desde junho de 2015, o empresário foi novamente ouvido pela PF, desta vez no inquérito que apura propinas em doações ao Instituto Lula e pagamentos de palestras via Lils Palestras e Eventos.
Marcelo pontuou que, na conta "Italiano" houve "dois créditos decorrentes de pedidos de contrapartida específica: valores 'LM' e 'BK' que totalizaram 114 milhões". E que além destes, "houve outros créditos que, somados a estes, totalizaram cerca de R$ 300 milhões". "Mas que fazia parte de uma agenda mais ampla, sem vinculação específica, ou seja, sem contrapartida específica".
Para investigadores da força-tarefa, a distinção feita pelo empresário, entre créditos condicionados a contratos específicos e os que entraram em uma espécie de "conta geral" em troca de benefícios no governo, é retórica, tratando-se tudo de corrupção.
'Amigo'
Nos termos de sua delação premiada e nos dois novos depoimentos à PF, Marcelo explicou a planilha de 2013 apreendida pela Lava Jato e os valores registrados nela. Segundo o empresário, havia nesse acerto em que ele participou diretamente um crédito de R$ 15 milhões para o 'Amigo'.
"Nessa planilha constam retiradas que foram abatidas da subconta 'Amigo'", afirmou. "Seguramente, pode afirmar que as do 'Programa' B4, B5, B6 e também a do registro 'Doação Instituto 2014' foram abatidas da subconta."
O empresário diz que as "retiradas foram solicitadas por Palocci que solicitou que fossem abatidas da referida subconta 'Amigo'". Para ele, a destinação de R$ 12,4 milhões destinados à compra de um terreno para o Instituto Lula, debitada dessa subconta, também confirma que Lula era o "Amigo".
No dia 21, a defesa de Odebrecht entregou cópia de e-mails que ele trocou com executivos do grupo Alexandrino Alencar, que era o longa manus de Emílio nos tratos com Lula, e Hilberto Silva, que era o chefe do setor de propinas do grupo. Em um deles, de 2013, citam "doação ao Instituto Lula" de R$ 4 milhões, feita por via oficial, mas com dinheiro da "conta corrente" Italiano abatido da subconta "Amigo".
"Os valores doados ao Instituto Lula, total de R$ 4 milhões, foram lançados na planilha Italiano como 'Doação Instituto 2014 4.000', após o qual remanesceu o saldo de R$ 10 milhões, conforme a última atualização", informou Marcelo. Segundo ele, mais R$ 1 milhão foi abatido dessa subconta como "Programa B", que seria referência a Branislav Kontic, ex-assessor de Palocci, que retirava o dinheiro.
'Padrinho'
Marcelo afirmou nos novos depoimentos que todo acerto com Lula era "alinhado" com seu pai, o patriarca do grande acordo de delação da Odebrecht - que envolveu 77 executivos. É Emílio Odebrecht quem pode dar maiores detalhes sobre os pagamentos de palestras e doações ao Instituto Lula.
"Qualquer assunto diretamente ou indiretamente relacionado a Lula era alinhado com Emílio, com orientação deste, cuja interlocução com Lula no dia-a-dia era feita em geral por meio de Alexandrino de Alencar", explicou Marcelo. "Qualquer tratativa com Lula, o padrinho era Emílio, mesmo que a tratativa fosse por algum intermediário de Lula."
O empresário, único integrante do grupo ainda preso pela Lava Jato - pelo acordo de delação, Marcelo deve deixar a cadeia em 2018 -, afirmou que não se recorda se as palestras de Lula, feitas via empresa Lils Palestras e Eventos, também eram debitadas da planilha de propinas. (AE)

NO BLOG DO JOSIAS
TRF leva PT a tocar bumbo sob telhado de vidro

Por Josias de Souza, terça-feira, 26/09/2017 14:57
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região deixou o Partido dos Trabalhadores desnorteado. A absolvição do coletor João Vaccari Neto foi recebida pela legenda como evidência de que o Judiciário reconhece uma arbitrariedade de Sergio Moro quando a vê. A confirmação da sentença condenatória de José Dirceu foi tratada pelo petismo como prova de que, na “perseguição” ao PT, a Justiça não é apenas cega. Sua balança é desregulada. E a espada, seletiva.
O PT, como se sabe, não enxerga vigaristas no espelho. Daí os foguetes por Vaccari, absolvido por falta de provas. Aliviado, o petismo pode continuar botando a culpa em alguém. Todos exultam de indignação moral nas redes sociais. A elevação da pena de Dirceu de 20 anos para 30 anos de cadeia foi decidida pelos mesmos magistrados do TRF. Mas o PT critica. Inconformado, pode continuar fazendo pose de vítima de alguém.
Presidente do PT, a investigada Gleisi Hoffmann teve de fazer contorcionismo semântico para comentar as decisões do tribunal que julga os recursos contra sentenças do juiz da Lava Jato: “A segunda absolvição do companheiro João Vaccari no TRF-4 mostra que o Judiciário pode, sim, corrigir as arbitrariedades da Vara de Curitiba. O PT confia que também serão reconhecidas as injustiças contra o companheiro José Dirceu, que tem nossa total solidariedade.”
Gleisi puxou nas redes sociais uma corrente: #LiberdadeParaVaccari. Não houve quem se animasse a postar algo assim: #ReencarceramentoParaDirceu. Por um instante, Vaccari virou uma boia para o petismo. O diabo é que Dirceu foi mantido em cena como o PT que vai a pique. O personagem tem a solidariedade do partido não pela inocência, mas por ter resistido à ideia de expor todas as culpas numa delação. Virou um monumento de silente cinismo depois que Antonio Palocci abriu o bico.
Os escândalos tornaram o PT prisioneiro de uma fábula. Nela, justificativas improváveis são esgrimidas com uma fé inquebrantável no impossível. O TRF-4, com suas decisões, injeta perturbação ao universo paralelo do petismo. Ao celebrar a falta de provas contra Vaccari, lamentando o excesso probatório que devolverá Dirceu à cadeia, o PT deu uma lição de hipocrisia. O partido mostrou que consegue tocar bumbo sob seu imenso telhado de vidro.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Lula caiu na vida para entrar na história universal da infâmia
O ex-presidente pode duplicar rapidamente as chances de presidir não um país, mas um presídio

Por Augusto Nunes, terça-feira, 26 set 2017, 09h32
Para o PT, Lula é um perseguido político. Para o advogado Cristiano Zanin, atribuir ao cliente qualquer tipo de pecado é um despropósito que deve ser debitado na conta da parcialidade do juiz Sergio Moro. Para quem vê as coisas como as coisas são, o ex-presidente é um tremendo caso de polícia. E Lula enxerga no espelho uma cópia melhorada de Getúlio Vargas.
Caprichando na pose de herdeiro de Vargas, o chefão do bando voltou a comparar-se ao mítico antecessor. Haja vigarice. Getúlio foi um homem honrado. Lula é desprovido do sentimento da vergonha. Getúlio nunca teve prontuário. Lula é réu em sete processos, num dos quais já foi condenado a nove anos e meio de cadeia. Getúlio saiu da vida para entrar na História. Lula caiu na vida para entrar, em forma de asterisco, na história universal da infâmia.
Neste domingo, 24, uma reportagem do Estadão informou que o heptaréu da Lava Jato está longe dos limites que pode alcançar. Duas denúncias da Procuradoria-Geral da República podem aumentar para nove as ações penais protagonizadas pela alma viva mais pura do País. Como também avançam investigações sobre outras seis bandalheiras, o campeão pode dobrar as chances de presidir não um país, mas um presídio.


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