SEGUNDA EDIÇÃO DE 28-6-2017 DO DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NO O ANTAGONISTA
Não cabe à Câmara impedir a admissibilidade da denúncia"
Brasil Quarta-feira, 28.06.17 07:41
O placar do PSDB está em 15 a 7.
O Estadão ouviu 31 deputados do partido (de um total de 46).
“Destes, 15 afirmaram que votarão pela admissibilidade da denúncia da PGR, sete contra e nove se disseram indecisos ou não quiseram opinar”.
Eduardo Barbosa disse claramente:
“Vou votar favoravelmente. Não cabe à Câmara dos Deputados impedir a admissibilidade. O PSDB precisa de uma atitude independente em relação ao governo Temer”.
O sindicato de Temer
Brasil 28.06.17 07:33
O imposto sindical será mantido porque Michel Temer precisa comprar uns votos.
Diz a Folha de S. Paulo:
“Os tucanos viram na mudança de escalação para a CCJ um sinal de que Michel Temer avançou nas negociações com a Força sobre a reforma trabalhista. Acham que o Planalto pode manter o imposto sindical”.
Excesso de provas
Brasil 28.06.17 07:07
Para absolver Michel Temer, é preciso imitar o TSE e jogar fora todas as provas contra ele.
É o que diz Merval Pereira, em O Globo:
“O excesso de provas anda prejudicando a efetividade de nosso sistema judicial. Já aconteceu antes no julgamento da chapa Dilma-Temer pelo TSE, está acontecendo agora na Câmara em relação ao processo apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente Temer.
Nesse caso, temos não apenas as delações dos executivos da JBS, mas, também, a gravação do próprio presidente combinando, de viva voz, encontros clandestinos ‘sempre pela garagem, viu’?, manobras escusas para garantir o silêncio de um preso (‘O Eduardo também?’) e a indicação de um intermediário, o ex-assessor Rodrigo Rocha Loures (‘Pode passar por meio dele, viu?’). Passar o que, cara-pálida?
Dias depois, aparece o mesmo Rodrigo, ‘da minha mais estrita confiança’, segundo Temer, correndo apressado com uma mala pelas ruas de São Paulo, mala que, devolvida depois que soube que havia sido filmado pela Polícia Federal, continha R$ 500 mil, primeira parcela de muitas, negociação que a Polícia também gravou, para que a JBS pudesse comprar diretamente gás da Bolívia para uma termelétrica cujo fornecimento era exclusivo da Petrobras.
O presidente Temer foi à televisão para dizer que a denúncia está baseada em ‘ilações’… Mas os novos diálogos surgidos da perícia no áudio são mais do que reveladores.
Quando o empresário Joesley Batista diz que zerou as pendências, aparece pela primeira vez Temer dizendo ‘tudo’. Antes de dizer a famosa frase onde tudo começou (‘tem de manter isso, viu?’), Temer diz: ‘Muito bem’, para comemorar o relato de que tudo estava acertado, de que estava bem com o Eduardo (Cunha). E pela primeira vez surge a voz de Temer perguntando, quando Joesley relata que todo mês está dando um dinheiro para manter o doleiro Funaro calado na prisão: ‘O Eduardo também?’, o que o interlocutor confirma.
Depois, tem Temer falando sobre os juízes, que Joesley diz que está controlando: ‘Essa situação é perigosíssima’, como que ensinando. E aparece pela primeira vez Temer dando o nome de ‘Rodrigo’ como o interlocutor da mais estrita confiança. Antes sabíamos que era o Rodrigo apenas pela pergunta do Joesley: ‘É o Rodrigo?’
Para fechar a conversa, em um trecho do áudio entre Michel Temer e Joesley Batista periciado pela Polícia Federal, o presidente recomenda ao executivo da JBS que sempre entre pela garagem do Palácio do Jaburu. Temer: ‘Pela garagem’. Joesley: ‘Pela garagem’. Temer: ‘(lninteligível) ...Sempre pela garagem, viu?’ (…).
Não é preciso muita ilação para entender o que se passou naquela noite nos porões do Jaburu que suscitou o processo da Procuradoria-Geral da República”.
"A denúncia mereceria ser posta à prova perante o STF"
Brasil 28.06.17 06:58
As provas contra Michel Temer podem ser discutidas à vontade.
Mas é claro que, em vez de engavetá-las, o Congresso Nacional deveria encaminhá-las ao STF.
Leia o comentário de Hélio Schwartsman, da Folha de S. Paulo:
“Por que Michel Temer não cai? Moralmente, ele já está liquidado. Deixou-se apanhar numa gravação em que se comporta de modo incompatível com o cargo. O caso jurídico contra ele também é sólido. Talvez não seja tão apodítico quanto quer Rodrigo Janot, mas a denúncia oferecida nesta segunda-feira certamente mereceria ser posta à prova num julgamento perante o STF.
O presidente, porém, vai se agarrando ao cargo. Ele tem o apoio do empresariado, ainda que este se torne cada vez mais tíbio, à medida que fica claro que o governo não conseguirá entregar um pacote de reformas à altura da encrenca fiscal.
Temer também encontra sustentação num grupo relativamente coeso de parlamentares. E bastam 172 deputados — um terço da Casa — para assegurar que a denúncia de Janot contra o presidente não avance e também para bloquear um eventual processo de impeachment. Esses congressistas acreditam, a meu ver erroneamente, que a manutenção de Temer será capaz de estancar a sangria da Lava Jato.
O fator mais notável a dar sobrevida a Temer, porém, é uma ausência. Não há, pelo menos até aqui, um movimento popular forte exigindo sua saída.
Se não houver mudanças nesse quadro, teremos de aturar Temer até 2019”.
O caminho do dinheiro de Loures a Temer
Brasil 28.06.17 06:45
Uma reportagem da Folha de S. Paulo diz que o maior problema da denúncia de Rodrigo Janot é a falta de provas de que Michel Temer seria o destinatário final dos 500 mil reais recebidos por Rodrigo Rocha Loures.
Leia aqui:
“Uma das consequências da pressa em concluir o caso – a justificativa é que há um investigado preso, Loures, e por isso os prazos são mais curtos – é a ausência, na denúncia, de laudos bancários ou tributários para comprovar conexões financeiras entre Loures e Temer. O ‘caminho do dinheiro’ não foi desenhado na denúncia”.
Na verdade, o crime existe, mesmo que o dinheiro tenha sido embolsado por um terceiro.
Joesley Batista, por exemplo, disse que negociou diretamente com Dilma Rousseff o pagamento de 30 milhões de reais em propinas para seu aliado Fernando Pimentel.
Ela não pegou o dinheiro, mas cometeu um crime mesmo assim.
Ou não?
TRF-4 rejeita pedidos de suspeição de Moro
Brasil Terça-feira, 27.06.17 18:37
A Oitava Turma do TRF da 4ª Região negou hoje, por unanimidade, três exceções de suspeição contra Sergio Moro, movidas pelas defesas de Antônio Palocci, Eduardo Cunha e Branislav Kontic.
O colegiado da corte também negou um pedido da defesa de Branislav, que queria trancar a ação penal que o envolve.
Todos esses processos já haviam sido negados liminarmente em outubro do ano passado.

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