SEGUNDA EDIÇÃO DE 20-6-2017 DO DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NO O ANTAGONISTA
As contas de Fachin
Brasil 20.06.17 09:39
Pelas contas de Edson Fachin, ele tem “entre seis e sete votos a favor de sua manutenção como relator da delação da JBS no Supremo”, diz a Folha de S. Paulo.
“Consolidada uma maioria, crê até ser possível obter o apoio de todo o plenário na sessão desta quarta-feira”.
LÉO PINHEIRO CONFIRMA TUDO
Brasil 20.06.17 09:05
O Antagonista foi informado de que Léo Pinheiro, em suas alegações finais, vai confirmar tudo o que disse sobre o triplex de Lula.
Tudo: que o triplex foi reservado para Lula, que ele foi reformado de acordo com suas exigências, que o valor do imóvel foi descontado do caixa de propinas do PT e que a OAS participava do cartel de empreiteiras que saqueou a Petrobras em troca do pagamento de propinas para o partido.
O triplex da JBS
Brasil 20.06.17 08:47
O caso do triplex de Lula está chegando ao fim.
Mas há um elo entre o triplex de Lula e a JBS que ainda não foi esclarecido.
Um ano e meio atrás, O Antagonista revelou que o triplex vizinho ao de Lula foi registrado em nome de uma offshore que dividia sua sede com uma empresa de Wesley Batista.
Como se sabe, a JBS tinha uma conta em Nova York usada por João Vaccari Neto e os petistas dos fundos de pensão.
É preciso interrogar Wesley Batista sobre esse fato.
Ficção jurídica
Brasil 20.06.17 08:39
Há uma tonelada de provas sobre o triplex de Lula: fotografias, contratos rasurados, recibos da Kitchens, mensagens de e-mail, planilhas da OAS.
Todas essas provas foram corroboradas nos depoimentos da OAS. Em particular, no depoimento de Léo Pinheiro, que descontou o valor do imóvel da propina destinada ao PT.
Os advogados de Lula sabem que esse depoimento é devastador, sobretudo porque se baseia em provas materiais anexadas ao processo.
Por isso mesmo, tentaram desacreditar Léo Pinheiro na Folha de S. Paulo:
“Ao depor ao juízo da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba e omitir a cessão integral dos direitos econômicos do tríplex, Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, produziu uma farsa para negociar benefícios penais com a acusação. O que o réu admitiu foi uma realidade pré-fabricada. A mentira tinha o objetivo de incriminar Lula e fazer vicejar a fábula do ‘caixa geral de propinas’, ficção contábil sem lastro nos fatos”.
O Antagonista vai reproduzir as alegações finais da defesa de Léo Pinheiro.
Elas são muito mais importantes do que a ficção jurídica sem lastro nos fatos produzida pela defesa de Lula.
Temer contra a PF
Brasil 20.06.17 07:44
A PF concluiu que Michel Temer é corrupto.
A campanha imunda que está sendo orquestrada pelo Palácio do Planalto tem de alvejar mais um inimigo: depois de Rodrigo Janot e Edson Fachin, é a vez do chefe da PF, Leandro Daiello.
Responda, Joesley
Brasil 20.06.17 07:15
Depois de admitir que intermediou o encontro entre Lula e Eduardo Cunha para discutir o impeachment, Joesley Batista tem de explicar o que eles conversaram.
Joesley Batista era o maior pagador de propinas para as quadrilhas do PT e do PMDB.
Lula prometeu manter o esquema da ORCRIM peemedebista se Eduardo Cunha enterrasse o impeachment? O que mais ele ofereceu? Michel Temer deu o aval para o encontro?
O nome disso é jornalismo
Brasil 20.06.17 07:10
O Antagonista sempre soube que o esquema de Joesley Batista envolvia Michel Temer.
Leia o que publicamos em janeiro deste ano:
O Antagonista sempre soube também que Joesley Batista era o ponto central de dois esquemas criminosos que saquearam o Estado.
Leia o que publicamos um ano atrás:
O que foi revelado pela JBS confirmou tudo aquilo que investigamos nos últimos anos. O nome disso é jornalismo.
O elo da ORCRIM
Brasil 20.06.17 07:01
Joesley Batista admitiu que intermediava encontros entre dirigentes do PT e Eduardo Cunha.
Por qual motivo?
Ele era o ponto central do esquema criminoso que saqueava o Estado e pagava propinas para os dois lados.
O trio barra-pesada
Brasil 20.06.17 06:15
O encontro clandestino entre Lula, Eduardo Cunha e Joesley Batista tem de ser esclarecido.
Eliane Cantanhêde, do Estadão, fez duas perguntas:
“Depois de tudo o que a gente já sabe, o que um trio barra-pesada como esse andava conversando – ou negociando – sobre Dilma e o impeachment? E, afinal, o que Joesley tinha a ver com isso, se ele mal conhecia Lula?”
Moro impediu o golpe do trio barra-pesada
Brasil 20.06.17 06:50
A data do encontro clandestino entre Lula, Eduardo Cunha e Joesley Batista é fundamental para se compreender o que eles discutiram.
Eles se reuniram em 26 de março de 2016.
Dez dias antes do encontro, em 16 de março, Dilma Rousseff nomeou Lula para a Casa Civil, a fim de que ele obtivesse o foro privilegiado e escapasse da Lava Jato, que se preparava para prendê-lo.
No mesmo dia, o juiz Sergio Moro divulgou o grampo em que Lula e Dilma Rousseff combinavam a tramóia.
Em 17 de março, a Câmara dos Deputados elegeu os integrantes da Comissão Especial do impeachment.
Um dia depois, Gilmar Mendes suspendeu a nomeação de Lula para a Casa Civil.
O trio barra-pesada, portanto, reuniu-se para coordenar as manobras dos vários ramos da ORCRIM. O plano era enterrar a Lava Jato e negociar uma saída para o impeachment.
Joesley intermediou encontros de petistas com Eduardo Cunha
Brasil 20.06.17 06:07
Lula, Eduardo Cunha e Joesley Batista se reuniram para discutir o impeachment.
A conspirata foi revelada por Eduardo Cunha e confirmada pelo próprio Joesley Batista.
O advogado do dono da JBS disse:
“O empresário (…) não apenas esteve em outras ocasiões com o ex-presidente Lula como também intermediou encontros de dirigentes do PT com Eduardo Cunha”.
DINHEIRO DA 'CONTA LULA' FOI PARA BANCO QUE CRIOU BLESSED
Brasil Segunda-feira, 19.06.17 21:07
O Estadão noticiou dias atrás que o Banco Julius Baer fechou as contas usadas por Joesley Batista para guardar propina de Lula e Dilma, e comunicou às autoridades suíças as movimentações suspeitas.
O dinheiro que ainda restava nessas contas foi transferido para o JP Morgan de Nova York, mesmo banco que estruturou a Blessed Holdings.
A offshore tem como 'gerente' o advogado suíço Andrea Amedeu Prospero e como 'representante' no Brasil o corretor Gilberto Biojone Filho, nomeado no governo Dilma para o comitê de investimento do FI-FGTS.
O Antagonista apurou ainda que Joesley Batista se relacionava no JP Morgan com a executiva Patrícia de Moraes, filha do ex-ministro Marcus Vinícius Pratini de Moraes - que, até 2015, era membro do conselho de administração e do comitê de auditoria da JBS.
Lula arrolou Patrícia de Moraes como testemunha de defesa em uma das ações criminais que responde em Curitiba e o nome de seu pai surgiu associado a doações eleitorais na agenda de Natalino Bertin, alvo da Operação Passe Livre que prendeu José Carlos Bumlai - o amigão de Lula.
O JP Morgan é considerado o grande parceiro da JBS em seu processo de internacionalização.
Os cheques para Henrique Alves
Brasil 19.06.17 19:38
A GloboNews obteve cópia dos cheques da OAS e da JBS, no valor de R$ 500 mil cada, que passaram pela conta da campanha de Michel Temer em 2014. Eles foram anexados à prestação de contas.
Foram-se os anéis, brincos e colares...
Brasil 19.06.17 19:36
Na 11ª denúncia contra Sérgio Cabral, o MPF no Rio mostrou como o ex-governador lavou propina na compra de R$ 4,5 milhões em jóias. Adriana Ancelmo também foi denunciada.
Nos depoimentos, funcionários das joalherias confirmaram que Cabral e Adriana faziam questão do sigilo nas compras, pagavam em dinheiro a maior parte dos valores e não queriam emissão de nota fiscal.
Uma das peças reproduzidas na denúncia é um anel de R$ 1,1 milhão. Confira a íntegra da denúncia AQUI.
É São João a semana inteira
Brasil 19.06.17 18:10
O Antagonista sabe que boa parte dos líderes de partidos na Câmara não está em Brasília nem pretende estar ao longo desta semana.
Rodrigo Maia, presidente da República interino, deixou os trabalhos da Casa nas mãos do vice-presidente, Fabinho Ramalho -- o Fabinho do apê --, que está disposto a não pautar nada.
"É semana livre total", resumiu um deputado.
Presidente da UNE não é estudante?
Brasil 19.06.17 17:35
Ao contrário do que a União Nacional dos Estudantes divulgou durante as eleições, no último sábado, Marianna Dias, de 25 anos, a nova presidente da entidade, não estuda pedagogia na Universidade do Estado da Bahia (UNEB).
A informação foi confirmada pela instituição de ensino a O Antagonista. De acordo com a assessoria, Marianna passou no vestibular no segundo semestre de 2009 e desligou-se do curso no segundo semestre de 2015, sem concluí-lo.
GSI VAZA IDENTIDADE DE OFICIAL DA CIA
Brasil 19.06.17 16:20
O Antagonista apurou que a embaixada dos EUA em Brasília está consultando o Departamento de Estado para se pronunciar sobre o vazamento da identidade do oficial da CIA, Duyane Norman, que trabalhava no Brasil sob a cobertura de "political officer".
Ele foi identificado na agenda oficial do general Sérgio Etchegoyen como "chefe da CIA em Brasília". Por causa da falha do chefe do GSI, o americano está "queimado" para sempre no setor de inteligência.

NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Tony Ramos, arrependido e transtornado rompe definitivamente contrato com a Friboi 
Da Redação
Terça-feira, 20/06/2017 às 05:51
O ator Tony Ramos confidenciou a alguns amigos que o episódio lamentável envolvendo ‘os canalhas da Friboi’ é uma mácula inapagável em sua carreira.
O artista da Rede Globo sustenta que agiu de boa fé e que realmente acreditava na boa procedência dos produtos que fazia propaganda.
Tony ainda comentou que ‘está se sentindo usado por pessoas inescrupulosas’.
Ele não descarta a possibilidade de acionar a Justiça em nome de sua honra.
O contrato com a empresa, que lhe rendeu R$ 5 milhões, já foi rompido.
O ator está muito triste, sentindo-se atingido em sua reputação, mas tem recebido o amparo e a solidariedade de diversos amigos e da família.

Revela-se mais uma reprovável situação aética envolvendo o advogado Cristiano Zanin
Por Gonçalo Mendes Neto - goncalo@jornaldacidadeonline.com.br
Segunda-feira, 19/06/2017 às 22:25
Mal educado, desrespeitoso e indecoroso. Sua atuação processual é medíocre, demonstrando um absoluto desconhecimento da ética e da decência.
Incapaz de conseguir êxito com os inúmeros recursos que interpõem, todos eles visivelmente protelatórios, o advogado de Lula está se utilizando de meios mesquinhos e deploráveis para ganhar tempo e alongar o processo.
Recentemente criou-se uma grande celeuma quando arrolou 87 testemunhas de defesa, num dos processos contra Lula, na República de Curitiba.
Notadamente uma atitude desnecessária e meramente oportunista, que fez a 13ª Vara Criminal da capital paranaense movimentar toda uma estrutura de trabalho e de tempo para intimar todas as pessoas declinadas por Zanin.
A empreitada foi rapidamente cumprida pelo zeloso cartório da Vara comandada pelo Juiz Moro.
Eis que agora, após fazer toda uma estrutura trabalhar para atender o seu ‘capricho’, o advogado está desistindo das testemunhas por ele próprio arroladas.
Só esta semana ele requereu a dispensa de 10 testemunhas que já estavam devidamente intimadas.
Fica claro que a intenção do inusitado e longo rol de testemunhas era tão somente protelar a fase de instrução processual, retardando o julgamento.
É uma prática que caracteriza o ‘modus operandi’ de quem não tem argumentos para sustentar uma discussão jurídica e não tem preparo ético e profissional.
Empurra o processo sem qualquer estratégia para ver no que vai dar.
É uma pena que a Ordem dos Advogados não fiscalize esse tipo de conduta.

NO BLOG DO NOBLAT
À espera do fato novo
Terça-feira, 20/06/2017 - 03h49
Por Ricardo Noblat
O ex-deputado Ulysses Guimarães, presidente nos anos 80 do século passado do PMDB, da Câmara e da Assembleia Nacional Constituinte, costumava chamar de “Vossa Excelência” o fato político relevante. "Com a palavra, Vossa Excelência, o Fato", dizia Ulysses. E ensinava:
- O fato é tão ou mais importante do que qualquer autoridade que mereça ser chamada de Vossa Excelência. Um fato só pode ser revogado por um fato novo. Que, por sua vez, só pode ser revogado por um fato consumado.
No momento, “Sua Excelência, O Fato” é o estado de fraqueza de Michel Temer atingido há mais de um mês pela delação do empresário Joesley Batista, dono do Grupo JBS, e a gravação da conversa travada entre os dois no porão do Palácio do Jaburu, em Brasília.
Temer sangra desde então, e só se mantém no cargo porque a crise econômica descolou-se da crise política, e nenhum partido se considera apto para enfrentar a eleição repentina de um novo presidente. Todos os partidos, inclusive o PT, preferem eleição em 2018, como manda a lei.
Isso não significa, todavia, que Temer completará o mandato herdado de Dilma ou subtraído dela. Um fato novo não só pode revogar o fato anterior, como também agravá-lo. E é à espera de um novo fato que a República tem respirado nas últimas semanas, e respirará as próximas.
Só quem tem conhecimento prévio das cartas a serem postas na mesa são a Polícia Federal e o Ministério Público. Quem mais participa do jogo fica no escuro até o surgimento das primeiras pistas sobre as cartas que receberá. Aí mal dá tempo para refletir sobre o que fazer em seguida.
Derrubar Dilma foi tarefa mais fácil do que derrubar Temer. Primeiro, porque ela afundou o País na maior recessão econômica de sua História. Segundo, porque perdeu o apoio do Congresso. Terceiro, porque a crise econômica e a política caminhavam juntas.
Por menos que tenha melhorado, a situação econômica melhorou. Entre os aspirantes à sucessão de Temer, nenhum dá sinais de que pretenda dar uma guinada de 180 graus na condução da atual política econômica. Se Temer cair amanhã, o ministro Henrique Meirelles, da Fazenda, não cairá.
O chamado “mercado” já se convenceu disso. Portanto, para ele, que muito importa nas decisões dos políticos, não fará diferença se Temer ficar ou se sair. Ninguém alimenta mais esperança de que as reformas avancem como se desejava. Poderão ficar para depois.
A sorte de Temer, pois, só depende dele. Somente ele sabe o que fez ou o que deixou de fazer, o que está para ser descoberto e o que jamais será. Os dias por vir serão assim.

NO BLOG DO MERVAL PEREIRA
Separar o joio do trigo
POR MERVAL PEREIRA
Terça-feira, 20/06/2017 08:00
A Procuradoria-Geral da República está anunciando informalmente uma decisão que deveria ter sido tomada desde o início do processo de investigação da Operação Lava Jato: a separação, para fins de punição, dos políticos que receberam dinheiro de Caixa 2 para financiamento de campanha eleitoral e os demais, que receberam propina, muitos até mesmo usando o Caixa 1 como maneira de limpar a propina nas declarações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A chamada “Lista de Fachin” tinha, quando foi anunciada, 98 políticos com foro especial mencionados nas delações de Marcelo Odebrecht e de executivos da empreiteira, dos quais cerca da metade poderia se enquadrar no exercício de Caixa 2 puro e simples.
Ao misturar o joio com o trigo, como se classificou na época, a denúncia do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, ganhou em impacto e aumentou seu poder de fogo, mas colaborou decisivamente para a demonização da classe política, o que não ajuda a democracia.
Se fizesse uma triagem antes de anunciar a lista, poderia perder tempo, mas faria uma denúncia mais acurada, pois havia condições de definir através das delações quais políticos ofereceram contrapartidas em troca do financiamento ilegal: a aprovação de uma lei determinada, um penduricalho colocado em uma medida provisória, a atuação em órgãos governamentais. 
Com relação ao Caixa 2, aliás, já há posições definidas desde o julgamento do Mensalão, já amplamente discutidas aqui na coluna. A presidente do Supremo, ministra Carmem Lucia, registrou sua indignação com a tentativa de banalizar a prática, a começar do ex-presidente Lula, que disse na ocasião que o PT havia feito o que todos os partidos brasileiros faziam.
O Petrolão veio a provar que o PT foi muito mais longe, mas Carmem Lucia não tergiversou quando falou do Caixa 2: “É crime”. Os ministros do Supremo Gilmar Mendes e Luis Roberto Barroso, cada qual a seu modo, também trataram do assunto. Mendes disse, com razão, que nem sempre a doação através de Caixa 2 deve-se à corrupção, ela pode ter razões políticas, como o empresário não querer que o governante da vez saiba que também está doando para seu adversário, e quanto.
Mas Barroso advertiu: “As razões podem ser diferentes, mas são crimes da mesma forma”. Também no Mensalão o então presidente do Supremo, ministro Ayres Britto definiu a questão: “Não existe Caixa 2 com dinheiro público. Nesse caso, é peculato”. 
Já o Supremo terá que ratificar ou não a maioria da 2ª Turma, que, no caso do senador Valdir Raupp, decidiu que ele praticou corrupção passiva e lavagem de dinheiro ao aceitar que o dinheiro de propinas de obras públicas fosse doado através do Caixa 1 e legalizado na Justiça Eleitoral. A questão poderia ter sido decidida agora, no julgamento da chapa Dilma/Temer, mas como o TSE se recusou a usar as provas de financiamento ilegal, tudo ainda depende de uma definição judicial.
A tentativa de separar o joio do trigo, isto é, a diferenciação entre o uso de Caixa 2 para fins puramente eleitorais e o beneficiamento pessoal do dinheiro ilegal, já fora proposta no início pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas é de difícil execução. Caberá, no final das contas, ao Supremo Tribunal Federal (STF) definir legalmente o divisor de águas entre todos os crimes cometidos por nossos políticos, e o de Caixa 2 deve começar pela definição da contrapartida exigida do político pelo doador.
A tendência é propor a suspensão do processo, um acordo jurídico feito no momento da apresentação da denúncia, em troca de uma pena alternativa, seja multa ou serviços sociais. Para receber o benefício da suspensão do processo, o acusado não pode esta respondendo a outro processo ou ter uma condenação anterior. Essa definição de culpas vai clarear um pouco a situação política. Assim como não pode haver crime sem que esteja previamente previsto na legislação, todo crime deve ser punido de acordo com a sua gravidade.
Interpretação
O historiador José Murilo de Carvalho, meu colega na Academia Brasileira de Letras, citado pelo ministro Gilmar Mendes em seu voto no julgamento do TSE, me mandou o seguinte comentário: “Não assisti ao julgamento no TSE da eleição da chapa Dilma/Temer. Só mais tarde fui alertado de que fora citado em seu voto pelo ministro Gilmar Mendes. 
Ouvi a gravação e confirmei a referência a trabalho meu que diagnosticava a crônica instabilidade de nossas instituições. Mas não usei, nem nunca usaria, essa premissa, como fez o Ministro, como argumento para justificar a absolvição de políticos praticantes de malfeitos, mesmo em se tratando da presidente e do vice-presidente da República”.




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