SEGUNDA EDIÇÃO DE 16-6-2017 DO DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NO BLOG DO NOBLAT
FHC joga para a plateia
Não há no Congresso clima para que isso possa ocorrer. Dificilmente se conseguiria, ali, dois terços dos votos para aprovar uma emenda à Constituição com tal propósito
Sexta-feira, 16/06/2017 - 03h40
Por Ricardo Noblat
Testemunha de defesa de Lula em um dos processos em que ele é réu na Lava Jato, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso descolou-se da posição do seu partido de continuar apoiando o governo e sugeriu a Michel Temer que renuncie ao mandato ou proponha ao Congresso a antecipação das eleições gerais marcadas para o próximo ano.
Da boca para fora, Lula e o PT pregam Diretas, já!, para a escolha de um novo presidente que governe no lugar de Temer e conclua o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff. Mas, entre quatro paredes, Lula e o PT preferem que Temer siga governando, cada vez mais fraco. Isso poderia facilitar uma possível volta do PT a partir de janeiro de 2018.
Fernando Henrique faltou à reunião da cúpula do seu partido que no início desta semana, pela maioria dos seus membros, decidiu não abandonar Temer a pretexto da necessidade de se aprovar as reformas trabalhista e da Previdência Social no Congresso. Estava gripado. Uma vez curado, surpreendeu Temer, o PSDB e o PT com o que disse ontem.
Alegou que sua percepção sobre a situação do País tem sofrido “fortes abalos”. Se no passado recente havia dito que seria um golpe a convocação de eleições antes que Temer terminasse seu mandato, agora mudou de opinião. E não está sequer seguro de que Temer, mesmo que ceda à ideia de eleições gerais antecipadas, consiga manter-se no poder até lá.
- Se eu me pusesse na posição de presidente e olhasse em volta reconheceria que estamos vivendo uma quase anomia. Falta o que os políticólogos chamam de ‘legitimidade’ – justificou Fernando Henrique.
É da natureza do ex-presidente ora falar como um líder político, ora como um aclamado sociólogo. Tudo indica que foi o sociólogo que falou desta vez. A aprovação pelo Congresso de uma emenda que antecipe as eleições gerais demandaria muito tempo. E mais tempo demandariam os preparativos, as campanhas e a realização afinal das eleições.
Não há no Congresso clima para que isso possa ocorrer. Dificilmente se conseguiria, ali, dois terços dos votos para aprovar uma emenda à Constituição com tal propósito. Presidente, senadores, deputados e governadores eleitos este ano teriam mandatos mais longos do que seus antecessores, e também mais longos dos que viessem a sucedê-los.
Fernando Henrique, o sociólogo ou o líder político, está jogando para a plateia. E polindo sua biografia.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sexta-feira, 16 de junho de 2017
Temer fica, e Lula não vai preso?
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Ventos recebidos de um vivido analista com acesso direto aos Gabinetes de Inteligência em Brasília: “Já está tudo combinado e dominado. PMDB/PSDB já acertaram com o arco dos partidos de situação e oposição ao governo que Temer permaneça, sob “prestígio” do Judiciário. Daí é certo que Mister da Silva não seja preso e, se não perder os direitos políticos (e tiver saúde), será um forte candidato à Presidência em 2018. Assim, as reformas passarão a gosto de Temer e Meirelles. Observemos e confirmemos”.
O cenário é perfeitamente previsível. Se depender da grande maioria da Câmara, a Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal não receberão autorização para processar Michel Temer pelos crimes de corrupção passiva, obstrução da Justiça e organização criminosa. Se Rodrigo Janot enviar a denúncia contra Temer até sexta-feira, dia 23, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, filho de César Maia e genro de Moreira Franco, fará de tudo para que Temer seja salvo dentro de 10 ou 15 dias. Rodrigo Maia cogita até atrasar ou suspender o recesso do legislativo em julho, para garantir rapidez na salvação temerária. Depois, o foco volta a ser “reforma”.
Semana que vem, Rodrigo assume a Presidência da República, de segunda-feira a sexta-feira, em função da viagem de Temer à Rússia e Noruega. Rodrigo é um dos 64 deputados investigados pela Lava Jato. Eles formam o grupo que fará o que puder para salvar Temer – que precisa apenas de 172 votos para não ser processado. O governo calcula que teria uns 300 votos para escapar das garras da PGR e do STF. O Palácio do Planalto tem certeza de que várias broncas contra Temer vão estourar na imprensa. A onda de desmoralização, no entanto, não altera a disposição dos deputados em votarem a favor dele.
A guerra real de Temer é para aprovar a Reforma da Previdência. Garantidos, o governo teria 278 votos. São insuficientes. O mínimo necessário é 308. Correr atrás dos 40 é a prioridade. Ainda tem muito parlamentar “jogando para a galera”. Quem não tem coragem de saltar do barco do governo, deixa no ar a dúvida sobre como votar o remendo previdenciário. Não será fácil enganar o eleitorado. No entanto, é facinho obter vantagens de um presidente desesperado e com vários assessores próximos com a Lava Jato fungando no cangote. A torcida é para que alguém fale besteira e permita vir à tona alguma operação de compras de voto.
Novidade contra Temer? Só a de que Eduardo Cunha volta a cogitar uma temerária delação premiada. O criminalista Délio Lins e Silva já foi escalado para cuidar da missão que interessa ao Procurador-Geral Rodrigo Janot na ofensiva pessoal contra Michel Temer. Cunha tem a preocupação concreta de que, se demorar a delatar, o Ministério Público não precisará mais do que ele tem a revelar. O doleiro Lúcio Funaro – que operava para ele e para todos – pode contar tudo antes, sem deixar fato novo para Cunha, cuja única moeda valiosa de troca é dedurar peixes grandes, maiores que ele.
Fatos concretos? É gigantesca a quantidade de políticos agindo, nos bastidores, para sabotar a Lava Jato. Se vão conseguir? Provavelmente, não. No entanto, as conspirações favorecem a pizza a favor de Temer. O plano imediato da politicagem – incluindo o réu-Lula, é ganhar tempo. A sorte deles é que, no Brasil da impunidade, tudo pode acontecer na normalidade institucional da corrupção sistêmica.
(...)

NO O ANTAGONISTA
As mentiras do Italiano
Brasil Sexta-feira, 16.06.17 09:25
Antonio Palocci tem de continuar na cadeia.
Ele está fazendo jogo duplo: ao mesmo tempo em que se oferece para a Lava Jato com o advogado Tracy Reinaldet, ele conserva em sua defesa o advogado Alessandro Silvério, que é ligado aos defensores de Lula.
Ontem, Alessandro Silvério tentou responsabilizar Guido Mantega pelos repasse de propina a Feira e Dona Xepa. Ele disse:
"Não por acaso, todos os pagamentos realizados em favor dos corréus Mônica Moura e João Santana no exterior foram realizados a partir de 19.07.2011, período em que o acusado já não mais exercia cargo público algum, e durante o qual o crédito existente a favor do Partido dos Trabalhadores por ele já não era mais gerido, segundo o próprio corréu Marcelo Odebrecht".
A planilha do departamento de propinas da empreiteira é clara: entre fevereiro e maio de 2011, quando Antonio Palocci ainda ocupava a Casa Civil, João Santana recebeu 3,5 milhões de reais em dinheiro sujo para cobrir as dívidas da campanha de Dilma Rousseff.
A lavagem do coronel
Brasil 16.06.17 09:01
Michel Temer, de acordo com a Folha de S. Paulo, “deverá ser acusado por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça.
Há quem aposte que é possível unir elementos para uma quarta acusação: lavagem de dinheiro.
Os repasses ao coronel João Baptista Lima Filho, ex-assessor de Temer, além de material ainda sob sigilo nas mãos de Rodrigo Janot, poderiam dar base para a queixa de lavagem”.
FHC se oferece para o PT
Brasil 16.06.17 07:44
O plano de FHC está mais claro: ele quer ser eleito indiretamente com o apoio do PT.
Leia um trecho de sua entrevista para a Veja:
“Na minha opinião, qualquer um que venha a ser o eleito indireto, ele terá de se comprometer com uma coisa. Fosse eu o indireto, o que poderia fazer lá? Chamar eleições. Claro que leva tempo. Mas tem de abrir uma janela de esperança para o País”.
E depois:
"Acho que, passada essa tormenta toda, teremos de reunificar o Brasil, não podemos mais continuar nessa luta odienta. E, quando eu falo em reunificar, não estou excluindo ninguém, nem o PT, nem o PSOL, nem a Marina".
Fatos devastadores contra Temer
Brasil 16.06.17 07:36
FHC se prepara para abandonar o navio peemedebista.
O motivo é um só: a suspeita de que Michel Temer vai acabar naufragando.
Diz a Veja:
“Dentro do PSDB são fortes os rumores de que a denúncia da PGR contra Temer trará fatos novos, e devastadores, para o peemedebista”.
Uma trinca de operadores
Brasil 16.06.17 07:12
Os dois operadores particulares de Michel Temer, Arlon Vianna e o coronel Baptista, temem ser presos pela PF.
O Antagonista foi informado de que há um terceiro nome sob suspeita, um certo André, que trabalhava para Arlon Vianna no escritório da Presidência da República em São Paulo.
Antes disso, eles se ocupavam dos interesses de Michel Temer na avenida Antonio Batuíra.
O desejo de Michel Temer de trocar toda a cúpula da PF se explica.

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