PRIMEIRA EDIÇÃO DE 16-6-2017 DO DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEXTA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2017
Sondado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não gostou da ideia em gestação na Câmara e no Senado de aprovar no plenário a suspensão de ações penais contra deputados federais e senadores no Supremo Tribunal Federal, inclusive da Lava Jato. Parlamentares segredaram a impressão de que Maia teme a “patrulha da mídia”, mas não conseguirá resistir à pressão dos colegas para aprovar a medida.
Na Câmara, ao menos 160 dos 513 deputados são investigações na Lava Jato e outras operações. No Senado, são mais de um terço de 81.
Suspender ações penais é prerrogativa de deputados e senadores, segundo o artigo 53, parágrafo 3º da Constituição.
O art. 53, que tornou parlamentares invioláveis e prevê a suspensão de ações penais contra eles, foi alterado pela emenda nº 35, de 2001.
O presidente da Câmara teria 45 dias para levar ao plenário da Casa qualquer requerimento de partido político para suspender ação penal.
Responsável por intermediar a cessão de médicos, junto ao governo de Cuba, para trabalhar no programa Mais Médicos, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) já recebeu R$ 1,3 bilhão do governo brasileiro este ano. O dinheiro, como sempre, vai para o governo do ditador Raúl Castro, irmão de Fidel, que repassa menos de um terço do valor (só R$3 mil dos R$11,5 mil) para o profissional médico no Brasil.
Ao contrário de médicos de qualquer outro país, no Brasil profissionais cubanos recebem menos de 30% do salário pago pelo governo.
Em abril, o Ministério da Saúde abriu 2,4 mil vagas com prioridade para brasileiros no Mais Médicos. A ideia é reduzir a participação da Opas.
Médicos que se livraram das amarras da ditadura devem ficar oito anos sem pisar em Cuba. “É o preço da escolha de ser livre”, diz um deles.
Tem previsão para ser aprovada em primeiro turno a PEC que autoriza o Congresso Nacional a entrar em recesso mesmo sem aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), como prevê a Constituição.
Aliados do presidente Temer têm dito no Congresso que o Planalto não teme o impacto de duas CPIs do BNDES. E ainda faltam as indicações dos nomes da base para compor o colegiado misto.
Na saída do elevador do Senado há um banco onde sentam repórteres à espera do presidente da Casa. Há também segurança que pede às pessoas que o utilizam para se levantarem, à passagem de senadores.
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado marcou a votação do relatório favorável ao texto da reforma trabalhista para a próxima terça-feira (20). Só quatro senadores se opõem às mudanças propostas.
A maior parte do custo da Justiça do Trabalho é com os seus 60.200 servidores, entre eles 3,6 mil são magistrados. O custo de R$21 bilhões da Justiça do Trabalho é, de longe, o maior do Judiciário do Brasil.
Comissão da Câmara rejeitou criar ‘teste de integridade’ para agentes públicos, que averiguaria a honestidade e a “predisposição do servidor para crimes”; espécie de versão pública do famoso ‘teste de fidelidade’.
A MP da renegociação de débitos tributários vai caducar e o governo enviará novo texto com descontos baixos. Erro grave, diz o tributarista Marcelo Prado: “É o inverso. Quanto mais desconto, maior a adesão”.
Via Facebook, Alex Ferreira pergunta, bem-humorado: sobre a possível prisão de Aécio Neves, “o Ibama permite tucanos na gaiola?”

NO DIÁRIO DO PODER
TUTTI BUONA GENTE
'ITALIANO' REVELA QUE MANTEGA VENDIA INFORMAÇÕES SOBRE JUROS E CÂMBIO
MANTEGA VENDIA INFORMAÇÕES PRIVILEGIADAS A BANCOS, DIZ PALOCCI
Publicado: sexta-feira, 16 de junho de 2017 às 00:26 - Atualizado às 01:52
Redação
O ex-ministro do Planejamento e depois da Fazenda, Guido Mantega, o "pós-italiano" da lista de subornados da Odebrecht, vendia informações privilegiadas ao mercado financeiro sobre operações de juros e mudanças de câmbio, segundo revelou em depoimento ao Ministério Público Federal ninguém menos que outro ex-ministro petista ilustre, Antônio Palocci, o "Italiano", que foi ministro da Fazenda do governo Lula e ministro-chefe da Casa Civil do governo Dilma. "Tutti buona gente", expressão usada pelos italianos para ironizar os bandidos que integravam a máfia. Palocci fez acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato.
Palocci contou ainda que o esquema funcionava desde 2003, quando Mantega era ministro do Planejamento, e continuou em 2004 quando ele assumiu a presidência do BNDES. Mantega teria recebido benesses com a vigência dos programas de desoneração de impostos na indústria automobilística, mas não as detalhou. A delação já conta com 16 anexos, segundo revelou o repórter Paulo de Tarso Lyra, do Correio Braziliense, no blog do editor Vicente Nunes. Os advogados trabalham na expectativa de obter prisão domiciliar para Palocci. 
Palocci também afirmou que Mantega era quem autorizava pagamentos ilegais da Odebrecht na conta do marqueteiro João Santana na Suíça. “Os valores constantes da planilha ‘italiano’ não eram destinados ao acusado, mas sim ao partido, de forma que, após Antonio Palocci deixar o governo, o montante passou a ser gerido por uma terceira pessoa”, disse em referência a Mantega a defesa de Palocci nas alegações finais encaminhadas ao juiz Sérgio Moro.
No mesmo processo de Palocci também são acusados Branislav Kontic, ex-assessor dele, o empreiteiro Marcelo Odebrecht e outros 12 investigados por corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro. A força-tarefa da Lava Jato acusa Palocci de manter uma “conta-corrente” de propinas com a Odebrecht. O ex-ministro foi preso na Operação Omertà, 35ª fase da Lava Jato, em 26 de setembro de 2016.

CORRUPÇÃO
EQUADOR EXIGE INDENIZAÇÃO MILIONÁRIA PELA CORRUPÇÃO DA ODEBRECHT
R$200 MILHÕES COMPENSARIAM O SUBORNO DE SERVIDORES PÚBLICOS
Publicado: quinta-feira, 15 de junho de 2017 às 21:18 - Atualizado às 23:55
Redação
Quito - O Equador estimou em US$ 200 milhões a indenização que exigirá da Odebrecht como compensação pelos prejuízos causados pelos subornos que deu a funcionários públicos em troca de concessões em obras públicas.
O diretor do Serviço de Receitas Internas, Leonardo Orlando, disse que "estamos falando da indenização, sem prejuízos trabalhistas, ambientais ou de outras questões". O valor foi estimado com base nos US$ 33,5 milhões em subornos que a Odebrecht reconheceu que distribuiu no Equador.
Em declarações à agência oficial de notícias Andes, Orlando antecipou novos e mais rigorosos controles sobre a revisão de "pagamentos, especialmente no exterior, fluxos financeiros, e ativação de acordos de intercâmbio de informações para verificar que esses desembolsos tenham essência econômica e estejam relacionados com a atividade contratual".

SUCESSÃO NA PGR
REVISTA 'ISTOÉ' MOSTRA PROCURADORES DENUNCIANDO QUE 'TÁTICA DE JANOT É APAVORAR'
'ISTOÉ' DENUNCIA PERSEGUIÇÃO A QUEM APÓIA A RIVAL RAQUEL DODGE
Publicado: quarta-feira, 15 de junho de 2017 às 19:26 - Atualizado às 01:54
Debora Bergamasco, de "IstoÉ"
Em gravações obtidas com exclusividade pela revista IstoÉ, já nas bancas, dois procuradores da República reclamam das perseguições de Rodrigo Janot a adversários e políticos. Os áudios indicam que o chefe da PGR pode estar colocando interesses pessoais acima da lei. Confira a reportagem de Debora Bergamasco:
As mais recentes ações do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, muitas das quais controversas, revelaram que ele vinha trafegando numa linha tênue e perigosa que separava a boa e necessária liturgia jurídica de seus interesses pessoais e políticos. O que IstoÉ traz agora em suas páginas indica que Janot pode ter ultrapassado e muito essa fronteira. Trata-se de duas ligações telefônicas, ainda sob sigilo judicial, interceptadas pela Polícia Federal, no âmbito da operação Lava Jato, obtidas com exclusividade pela reportagem de IstoÉ. Na gravação, com pouco mais de 13 minutos de duração, a procuradora da República, Caroline Maciel, chefe da PGR no Rio Grande do Norte, mantém uma conversa estarrecedora com o colega Ângelo Goulart. No diálogo, Caroline o alerta sobre os perigos de um eventual apoio dele a Raquel Dodge, candidata à sucessão do procurador-geral da República e tida como “inimiga” de Janot. De acordo com Caroline, “a tática de Janot é apavorar quem está do lado de Raquel”. Sete dias depois da conversa, ocorrida em 11 de maio deste ano, Ângelo teve sua prisão decretada pelo próprio Rodrigo Janot. “A conversa que rola é que você estaria ajudando Raquel. Estou te avisando porque parece que a guerra está num nível que eu não consigo nem imaginar porque eu não sou desse tipo de coisa. Inclusive, pelo que eu senti, a tática de Janot é apavorar quem estiver do lado de Raquel”, afirmou.
(..)
Outro trecho é ainda mais revelador sobre um possível – e impróprio – modus operandi na PGR. Guarda relação com as investidas da procuradoria-geral da República contra parlamentares. Deixa claro que as ações envolvendo políticos nem sempre estão assentadas, como deveriam, no estrito exame da lei. Sugerem que investigações podem estar contaminadas por ambições tão individuais quanto inconfessáveis. Em tom de desespero, devido ao clima beligerante instalado na procuradoria, Caroline afirma que, por ter franqueado apoio a Raquel Dodge, o presidente do DEM e senador José Agripino Maia (RN) entrou na alça de mira da Procuradoria-Geral da República. Segundo Caroline, outro procurador da Lava Jato compartilha da mesma apreensão. “É o seguinte. O Rodrigo (Rodrigo Telles de Souza, procurador da Lava Jato no STF) está muito preocupado porque ouviu (...) ele disse que se fala lá nessa história de (senador) José Agripino(DEM-RN) ter prometido apoio a Raquel. E querem de alguma forma agora lascar José Agripino. (...) Aí Rodrigo é um que está apavorado. ‘É, estou com medo de acontecer alguma coisa, agora Janot vai partir pra cima e não sei o quê...’ Eu disse: Meu Deus do céu, ele tá apavorado, senti que ele está apavorado. Porque Rodrigo (Teles), coitado, ele não é ligado a ninguém”.
Os áudios são devastadores e tisnam a imagem do procurador-geral da República num momento crucial para a Lava Jato e de suma importância para o País, a três meses do encerramento do seu mandato. Mostram que Janot pode estar se movimentando ao sabor de suas conveniências particulares e políticas, o que coloca em suspeição não só as ações pretéritas do procurador-geral como as futuras. Não foram leves as últimas munições disparadas por Janot, como o controverso acordo com os donos da JBS, – celebrado no afogadilho e marcado pela condescendência com os delatores investigados – as prisões de Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) e de Andrea Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG), e a própria denúncia contra o ex-presidente do PSDB. Como não é nada desprezível o arsenal que Janot vem preparando para breve. Nos próximos dias, ele deve denunciar o presidente da República, Michel Temer, por corrupção passiva e organização criminosa. A questão que se impõe agora, diante das revelações trazidas por IstoÉ, é: terá o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, legitimidade para levar adiante ações de tamanha envergadura com potencial para influir não só na atual disposição das peças do tabuleiro do poder político, como na sucessão presidencial de 2018?
(...)
Vícios de origem
Assim como Agripino Maia, Temer também inclina-se por Raquel Dodge para substituir Janot. Ela é a candidata preferida não só de Temer, como de auxiliares do presidente – tudo o que o procurador-geral menos quer, como demonstram claramente os áudios. Se, como dizem as gravações, Agripino seria perseguido pela PGR por articular apoio à arqui-inimiga de Janot na procuradoria-geral, por que o mesmo não poderia estar acontecendo com outros políticos, o presidente da República incluído? Janot, nesse contexto, pode ter declarado guerra aberta ao presidente Temer por sua inclinação a favor de Raquel. Em qualquer país sério do mundo, as deliberações de Janot seriam seriamente questionadas, para dizer o mínimo, por conter vícios de origem. A própria prisão do procurador Ângelo Goulart foi precedida de eventos nebulosos. Como é notório, Goulart é o procurador que foi preso em 18 de maio deste ano, acusado de receber dinheiro para repassar informações ao empresário Joesley Batista, dono do frigorífico JBS, a respeito de investigações que o envolviam. A prisão foi decretada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF, a pedido da Procuradoria-Geral da República. Fachin, a propósito, ainda deve explicações a respeito de um suposto jantar com a presença de Joesley e Ricardo Saud, executivo da JBS, durante sua campanha à vaga de ministro. A informação sobre os vazamentos de Goulart foi passada à PGR pelo próprio Joesley Batista em delação premiada. Na famosa conversa mantida entre Joesley e Temer, o empresário comunica ao presidente sobre a ‘compra’ de um procurador da República para ajudar os acionistas da holding com informações sobre as investigações em andamento. Segundo o dono da JBS, Goulart recebeu suborno para repassar informações sigilosas sobre a Operação Greenfield, que investiga corrupção, lavagem de dinheiro e fraudes em fundos de pensão de funcionários de estatais. Ocorre que, inicialmente, Joesley negou aos procuradores que o aliciamento ao procurador fosse para valer. Classificou-o como “blefe” e “bravata”. Dias depois, quando as negociações com a Procuradoria avançaram, ele resolveu mudar o depoimento e asseverou que, sim, a compra do informante era real. Diante das revelações trazidas à baila agora por IstoÉ é licito indagar: o que pode ter provocado a reviravolta? Mais: o possível apoio de Goulart a Raquel Dodge pode ter sido determinante para a mudança de versão e a conseqüente prisão do procurador, uma vez que Joesley e a equipe de Janot estavam indiscutivelmente afinadas e interessadas em correr com uma delação “boa para ambas as partes”?
ESTES SÃO OS CANDIDATOS A PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Clima de guerra
A julgar pelas palavras da procuradora Caroline Maciel, identificada na conversa como “Carol”, trata-se de um cenário plausível. Durante toda conversa, ela demonstra sua angústia em relação à guerra interna responsável por incendiar a PGR nos meses que antecedem a nova eleição ao cargo de procurador-geral da República, que terá novo ocupante em setembro. Desde março, as movimentações para a disputa vêm se intensificando e o clima se deteriorando na mesma proporção. O diálogo indica que a atmosfera na Procuradoria é de caça às bruxas, em que os procuradores têm medo de serem associados a algum candidato específico e sofrer retaliações após o resultado – um temor que deveria passar a léguas de distância de um órgão como o Ministério Público Federal, criado exatamente para denunciar abusos e atos criminosos contra a sociedade. “Esse negócio é muito ruim, esse ambiente”, lamenta Ângelo em dado momento do diálogo. A procuradora corrobora: “Muito ruim. Eu estou te falando porque eu adoro você. E vi seu nome virando pelos meios lá. Ficou tipo assim, como inimigo (de Janot). Eu não gosto dessas coisas não, Ângelo”. Ela volta ao tema ao dizer que “os ânimos estão muito piores do que se pensava. “Eu tô apavorada, que eu não gosto disso, não.” Quando o diálogo aconteceu, ainda não havia se encerrado o prazo de apresentação das candidaturas para a eleição pelo comando da PGR, o que só se concretizou no dia 24 de maio – 13 dias depois. Àquela altura, Janot ainda cogitava concorrer a um terceiro mandato consecutivo. Por isso, num trecho da conversa, Caroline fala numa “estratégia de guerra” para Janot se manter no cargo. “Tô te dizendo isso porque a coisa lá parece que vai ser pesada, pelo menos a estratégia de guerra, e tá se falando lá pelo gabinete que Janot vai tentar ficar só pra Raquel não ficar”, afirma ela, para logo em seguida reforçar. “Se você quiser apoiar que você quiser, você pode apoiar. Isso tem que ser uma coisa democrática. Meu Deus do céu. Mas parece que tá assim: se você está com um você é inimigo do outro. Ai, meu Deus, isso não existe para mim”. Procurada por IstoÉ na quinta-feira 15, a procuradora-chefe da PGR no Rio Grande do Norte, Caroline Maciel, reiterou as afirmações extraídas do áudio. “Não estava defendendo nem a candidatura de Raquel nem de Janot”, quis deixar claro. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acabou recuando da ideia de um novo mandato, principalmente depois do esgarçamento da relação com Temer, em consequência da divulgação do acordo de delação premiada com os irmãos Wesley e Joesley Batista, da J&F. Mesmo assim, Janot permanece empenhado, mais do que nunca, em evitar a ascensão de Raquel Dodge. Em 2015, ela obteve 402 votos dos colegas e ficou em terceiro lugar na preferência para ocupar o posto. A escolha dela pelo presidente da República pode representar o ponto final da era Janot na PGR. Concorrem contra ela, Nicolao Dino e Mário Bonsaglia (ver quadro acima), hoje os preferidos do procurador-geral. Janot receia sobretudo que Raquel, uma das responsáveis pela Operação Caixa de Pandora, contrarie interesses de seu grupo na procuradoria. Por “contrariar interesses” leia-se abrir uma série de investigações internas e instaurar processos administrativos capazes de colocar em xeque as ações de Janot – muitas das quais nadas republicanas, como indicam as gravações reveladas agora por IstoÉ – à frente do órgão.
Colaborou: Eduardo Militão
TELEFONEMAS GRAVADOS
A reportagem de IstoÉ transcreve as gravações, ás quais teve acesso, realizadas pela Polícia Federal com autorização judicial.
O alerta a Ângelo Goulart
Em conversa mantida no dia 11 de maio deste ano com o procurador da República Ângelo Goulart, a colega Caroline Maciel mostra grande preocupação com o eventual apoio dele a Raquel Dodge, arqui-inimiga e candidata à sucessão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Segundo ela, Janot quer “destruir todo mundo nos arredores” e que sua “tática é apavorar quem está do lado de Raquel”. Sete dias depois da conversa, Ângelo teve sua prisão decretada.
Caroline Maciel – Eu soube da informação que (Rodrigo) Janot está pensando em ficar, em tentar permanecer, e quer destruir todo mundo nos arredores. A conversa que rola é que você estaria ajudando Raquel (Dodge, candidata à PGR e opositora de Rodrigo Janot).
Goulart – Eu?
Caroline Maciel – Estou te avisando porque parece que a guerra está num nível que eu não consigo nem imaginar porque eu não sou desse tipo de coisa.
Goulart – Mas da onde apareceu isso, gente? Nem contato com a Raquel eu tenho?
Caroline Maciel – Inclusive, pelo que eu senti, a tática de Janot é apavorar quem estiver do lado de Raquel. Claro que tem gente que nem liga. Mas tem gente que... Caroline Maciel – Parece que o negócio tá...
Goulart – Incoerente. Ontem ele (Janot) pediu um favor para ver um negócio no TSE para ele (Goulart atuava na vice-procuradoria-geral eleitoral, com uma mesa de trabalho no TSE, inclusive).
A perseguição a Agripino
A procuradora da República, Caroline Maciel diz a Ângelo Goulart que, por ter prometido apoio a Raquel Dodge, o senador José Agripino maia (RN), presidente do DEM, virou alvo da Procuradoria-Geral da República. “Querem de alguma forma agora lascar José Agripino”, revelou ela.
Goulart – Olha, na boa, Carol, eu estou c. (palavrão) e andando para isso. Eu tenho consciência do que eu faço. Então, quer achar? Acha. Não fiz nada demais, nada demais.
Caroline Maciel – É o seguinte. O Rodrigo (Rodrigo Telles de Souza, outro procurador da Lava Jato no STF) está muito preocupado porque ouviu (...) ele disse que se fala lá nessa história de (senador) José Agripino (DEM-RN) ter prometido apoio a Raquel. E querem de alguma forma agora querem lascar José Agripino (Agripino responde a inquérito no STF e teve seus sigilos quebrados em apuração sobre suspeita de propina paga a ele pela OAS).
Goulart – Então, tô nem aí.
Caroline Maciel – Agora, Rodrigo (Teles), coitado, acho que estão fazendo aquela tática tipo assim: “Raquel vai destruir todo mundo”, sabe? Aí Rodrigo é um que está apavorado. “É, estou com medo de acontecer alguma coisa, agora Janot vai partir pra cima e não sei o quê...” Eu disse: Meu Deus do céu, ele tá apavorado, senti que ele está apavorado. Porque Rodrigo (Teles), coitado, ele não é ligado a ninguém.
Goulart - Mas isso aí... o que ele vai poder prejudicar? Vai prejudicar em que, cara?
Caroline Maciel - Não sei, sei lá. Enfim, fico apavorada com esses negócios. Mas estamos lá: seu santo nome em vão no meio e o meu também.

NA VEJA.COM
Funaro à PF: Temer articulava esquemas de corrupção em favor do PMDB
Depois de onze meses de prisão, doleiro começou a revelar seus segredos
Por Rodrigo Rangel
Quinta-feira, 15 jun 2017, 22h22 - Publicado em 15 jun 2017, 22h21
Há tempos o doleiro Lúcio Funaro paira como uma espada de Dâmocles sobre a cabeça de políticos de diferentes partidos. No Mensalão, ele era um dos responsáveis por gerenciar uma parte do dinheiro que movia as engrenagens montadas para comprar apoio ao governo Lula no Congresso. Pilhado, fechou um acordo de delação com o Ministério Público e ajudou a pôr na cadeia figurões do PT e de outros partidos. Mas não se emendou: considerado um exímio especialista em operações de lavagem de dinheiro, o doleiro apenas atualizou a carteira de clientes, até ser fisgado de novo em 2016. Os primeiros indícios apontavam para uma sociedade com o notório ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Mas ele tinha parceiros muito mais importantes. Na semana passada, depois de onze meses de prisão, Funaro começou a revelar seus segredos. Intimado a prestar depoimento no inquérito que investiga Michel Temer, o doleiro afirmou que o presidente da República tinha pleno conhecimento de como funcionavam os esquemas de corrupção que abasteciam o cofre do PMDB. Em outras palavras, Temer sabia que o partido financiava suas campanhas com dinheiro oriundo de propinas. Não foi a única revelação. Funaro contou também que já se encontrou pessoalmente com Michel Temer, que chegou a tratar com ele de questões referentes ao financiamento do partido. O presidente garante que nem sequer conhece Funaro.

A barca furada de Temer, Aécio e Lula contra a Lava-Jato
Com seus líderes na mira, PMDB, PSDB e PT selam um pacto de sobrevivência. O sonho impossível: frear a mais bem-sucedida operação de combate à corrupção
Por Da redação
Quinta-feira, 15 jun 2017, 19h42
A Operação Lava-Jato descobriu que a Petrobras era hospedeira de um monumental esquema de corrupção montado no governo do ex-presidente Lula. O dinheiro roubado financiou campanhas eleitorais, abasteceu contas secretas no exterior e bancou pequenos e grandes luxos de mais de uma centena de políticos. O avanço das investigações mostrou que a simbiose entre política e corrupção não se limitava à estatal, envolvia outros grandes grupos empresariais e atraiu praticamente todos os partidos. As entranhas do poder enlameado estão sendo espetacularmente expostas — numa sucessão de assustadoras novidades. Com seus líderes na mira, PMDB, PT e PSDB selaram um pacto surdo de sobrevivência. O PMDB quer levar o presidente Michel Temer ao fim de seu mandato e frear as investigações. O PSDB sonha em voltar ao poder no ano que vem e, de quebra, salvar o mandato de Aécio Neves. O PT, praticamente dizimado, pretende salvar Lula da cadeia e, por meio dele, reerguer o partido. As três grandes forças políticas do Brasil estão, portanto, numa mesma canoa furada. Têm um sonho impossível: impedir que a Lava-Jato se consolide como a mais bem-sucedida operação de combate à corrupção da História do País.
(Para ler a reportagem na íntegra, compre a edição desta semana de VEJA no iOS, Android ou nas bancas. E aproveite: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no Go Read).


NO BLOG DO JOSIAS
Temer tem pressa, mas Janot agora quer calma
Josias de Souza
Sexta-feira, 16/06/2017 02:08
Prestes a ser acusado formalmente de corrupção pela Procuradoria-Geral da República, Michel Temer articula o sepultamento da denúncia na Câmara para antes do início das férias do Legislativo, em 18 de julho. Mas um enterro assim, a toque de caixa, tornou-se uma hipótese remota. Responsável pela denúncia, o procurador-geral Rodrigo Janot, que corria contra o relógio, já não exibe tanta pressa. Em privado, afirma que a peça acusatória pode ser enviada para o Supremo Tribunal Federal apenas na última semana de junho. Respeitados todos os prazos processuais e legislativos, a deliberação dos deputados seria fatalmente empurrada para o segundo semestre.
Guiando-se pelas normas do Supremo, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, terá de conceder 15 dias para a manifestação das defesas de Temer e do seu ex-assessor Rodrigo Rocha Loures, o homem que recebeu a mala com propina de R$ 500 mil da JBS. Na sequência, a Procuradoria terá cinco dias para se manifestar. Só então, decorridos 20 dias, o papelório seria organizado e enviado à Câmara, que tem a prerrogativa de autorizar ou não a abertura de ação penal contra o presidente.
Antes de chegar ao plenário da Câmara, a encrenca transitará pela Comissão de Constituição e Justiça. Ali, a defesa terá prazo de dez sessões para se manifestar. A decisão do colegiado virá nas cinco sessões subsequentes. Entre manobras e tumultos, a análise da denúncia invadirá facilmente o mês de agosto — mesmo que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cancele as férias legislativas do meio do ano, como acenou em reunião com Temer, nesta quinta-feira.
Conforme já noticiado aqui, o Planalto está bastante seguro de que a Câmara enterrará a denúncia contra Temer. Um auxiliar do presidente declarou ao blog: “Pode anotar para me cobrar depois: não há a menor hipótese de o Rodrigo Janot conseguir na Câmara os 342 votos de que precisa para abrir uma ação penal contra o presidente da República no Supremo Tribunal Federal.” Para evitar o pesadelo, basta que o governo convença 172 deputados a votar contra, se abster ou faltar à sessão.
O próprio Temer reiterou nesta quinta-feira, em conversa com os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Mendonça Filho (Educação) sua convicção de que prevalecerá na Câmara. Entretanto, a pressa do presidente contrasta com seu otimismo. Temer parece viver a neurose das delações que estão por vir. O doleiro Lúcio Funaro, operador financeiro de Eduardo Cunha e do próprio PMDB, já começou a abrir seu baú de segredos para a equipe de Janot. O nome de Temer consta do cardápio do candidato a delator, preso na penitenciária brasiliense da Papuda.
Embora a defesa negue, também Rocha Loures, o homem da mala, preso na carceragem da Polícia Federal, em Brasília, frequenta a cena política como potencial colaborador da Justiça. É para evitar surpresas que Temer se agita. O diabo é que, nesta fase, o relógio que vale é o de Janot. Depois, o de Fachin. Para desassossego do Planalto, a Procuradoria avalia que reunirá matéria-prima para mais de uma denúncia contra Temer. O que tornaria a pressa de Temer inútil.

Vaivém de FHC mostra que tucanato está zonzo
Josias de Souza
Quinta-feira, 15/06/2017 21:15
Três dias depois que o PSDB renovou seu apoio a Michel Temer, Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra dos tucanos, defende a antecipação de eleições gerais. Há menos de um mês, FHC dizia que antecipar eleições, uma bandeira do PT, seria um “golpe”. Mas o líder máximo dos tucanato mudou de ideia. Ele agora avalia que, pelo andar da carruagem, pode haver uma erosão do poder, que levaria as ruas a exigirem a antecipação do voto.
Está difícil de entender. O PSDB ameaçou desembarcar do governo. Terminou confirmando o casamento com um presidente prestes a ser denunciado por corrupção, cujo staff político é composto de presos ou investigados. FHC apoiou a decisão. Agora, diz que “preferiria atravessar a pinguela, mas se ela continuar quebrando será melhor atravessar o rio a nado…”
FHC cobra espírito público e grandeza dos outros sem dizer nenhuma palavra sobre o correligionário Aécio Neves, com a estatura já rente ao chão. A crise deixou o PSDB zonzo. Hegel, um autor que FHC aprecia muito, certa vez comparou a Filosofia com a coruja da deusa Minerva. Ela carrega toda a sabedoria do mundo, mas só voa ao anoitecer, depois que tudo já aconteceu. No fundo, os tucanos estão virando corujas inúteis. Especializam-se na lamentação depois do fato.

NO O ANTAGONISTA
Pequenos reparos
Brasil Sexta-feira, 16.06.17 07:11
Michel Temer tem mais medo de Arlon Vianna e do coronel João Baptista Lima do que de Eduardo Cunha ou Lúcio Funaro.
Eduardo Cunha e Lúcio Funaro operavam o esquema peemedebista.
Arlon Vianna e o coronel Baptista resolviam os pepinos pessoais de Michel Temer, como as reformas dos imóveis de sua filha e de sua sogra.
Nos últimos dias, o presidente tem se reunido com os protagonistas desse arranjo doméstico para montar sua defesa.
Diz Andréia Sadi:
“Na rápida visita que fez na noite desta quarta-feira a São Paulo, com o ministro Moreira Franco, o presidente Michel Temer recebeu em seu escritório a filha, Maristela Temer, e Arlon Vianna, chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo.
Arlon Vianna  é, também, tesoureiro do PMDB de São Paulo. Em 2014, Michel Temer escalou Vianna para serviços particulares: selecionar os profissionais para trabalhar em uma reforma na casa de Norma Tedesco, sogra de Michel Temer. À época, Arlon Vianna era assessor da Vice-presidência.
Arlon foi o responsável pela indicação de profissionais para a pintura, limpeza e reparos no imóvel alugado. O Planalto confirmou que ele somente indicou profissionais para "pequenos reparos".
Sobre quanto custou a reforma, a assessoria presidencial disse que está fazendo um levantamento. Arlon não soube informar.
Auxiliares do presidente afirmam que Temer pagou a reforma. Perguntado se Arlon fez pagamentos pelos serviços a pedido de Temer, o Planalto disse que, se fez, foi com o dinheiro do presidente. Arlon disse ao Blog que não fez pagamentos”.
Minha Filha, Minha Sogra
Brasil 16.06.17 06:50
Michel Temer é igual a Lula.
Um será condenado pelas reformas no triplex e no sítio, o outro será condenado pelas reformas nos apartamentos da filha e da sogra.
Esse é o motivo da guinada de FHC, segundo Eliane Cantanhêde, do Estadão:
“Como parecia claro desde o início, o que vai se configurando como mais grave e concreto contra o presidente Michel Temer é a relação dele com o coronel PM João Baptista Lima, o ‘coronel Lima’ das delações da JBS (…).
Tudo parece indicar que foi a JBS quem pagou a reforma da casa de uma das filhas de Temer, em São Paulo. O dinheiro sairia da empresa sob pretexto de doação de campanha, iria parar na empresa do coronel Lima e dali sairia para o pagamento de arquitetos e fornecedores de material para a obra (…).
Dinheiro de empresa privada em campanha era legal. No bolso dos candidatos, não.
Assim como as obras no sítio e no triplex criam um link direto entre Odebrecht e OAS e o ex-presidente Lula, a da casa da filha é considerada o link entre a JBS e Temer (…).
Com o coronel Lima entrando em cena como protagonista, as reações são contundentes. Temer quer pressa na votação do pedido da PGR na Câmara, Maia acena até com o cancelamento do recesso de julho e o ex-presidente Fernando Henrique dá uma guinada importante, que pode mudar a disposição do PSDB e do Congresso.
Entre a reunião do ‘fico’ e a defesa de eleições antecipadas, o que houve? Certamente, o avanço das investigações sobre os vínculos entre Temer, o coronel Lima e papéis rasgados na casa deste. Quem tem provas a destruir é porque tem culpa no cartório. A culpa de um coronel aposentado é uma coisa, a de um presidente da República é outra. Ainda mais com crise, tensão e futuro incerto”.
"Mimimiriam Leitão"
Brasil 16.06.17 06:10
Um imbecil petista importunou Alexandre Garcia no aeroporto, dizendo-lhe:
“Golpista! Vai ter Mimimiriam Leitão. Alexandre, você também vai soltar notinha se vitimizando igual à Miriam Leitão? Vocês que incentivam o ódio contra o PT, o PCdoB, contra a esquerda, vai ter mimimi também?”
O próprio imbecil petista reproduziu as imagens no YouTube.
Até recentemente, só os criminosos eram importunados em aeroportos e restaurantes.
Agora, as pessoas se cansaram da Lava Jato e os criminosos passaram a perseguir procuradores e jornalistas.
Vamos acabar na cadeia.
TEMER USOU ASSESSOR EM REFORMA DE IMÓVEL
Brasil Quinta-feira,15.06.17 22:05
O JN informou que o chefe de gabinete da Presidência em São Paulo e tesoureiro do PMDB de São Paulo, Arlon Vianna, foi escalado por Michel Temer para escolher profissionais para a reforma da casa da sogra.
À época, Arlon Vianna era assessor da Vice-presidência. Temer se reuniu nesta quarta-feira, 14, em seu escritório em São Paulo com Arlon Vianna, o ministro Moreira Franco e sua filha, Maristela Temer.
Arlon mentiu ao JN, mas depois admitiu o serviço.
"Não indiquei empresa. Indiquei, se não me falha a memória, um pintor. Que nem sei aonde está. Estou até procurando ele para ele esclarecer. Um pintor, um pedreiro, uma coisa assim. Parou aí. Nem me recordo direito. Pintor ou pedreiro. É a mesma pessoa. Se você vai fazer uma reforminha, tapar buraco, uma pessoa só. Foi até junto com o pai dele. Me parece", disse.
DELATOR DETALHA REPASSES A CUNHA E FUNARO
Brasil 15.06.17 20:10
O delator Francisco de Assis, ex-diretor da JBS, deu detalhes à PF sobre os repasses para a irmã de Lúcio Funaro, Roberta, e um operador de Eduardo Cunha.
No novo depoimento, revelado pelo SBT Brasil e também obtido por O Antagonista, Assis diz que Roberta transmitiu mensagem de Lúcio a Joesley Batista de que "estaria aguentando firme" e pedindo que não "abandonasse ele e sua família".
O delator detalhou também os pagamentos a Eduardo Cunha por meio de Altair, conhecido maleiro do ex-deputado. Segundo Assis, "foram realizados dois pagamentos após a prisão de Cunha, um de R$ 2,8 milhões e R$ 2,2 milhões".
Assis afirmou que Geddel Vieira Lima era quem fazia a interface de Joesley Batista com Michel Temer e que o presidente escalou Eliseu Padilha para "cuidar do processo de Lúcio Funaro junto ao STF".
Nota da PGR
Brasil 15.06.17 18:53
A PGR divulgou a seguinte nota a respeito da matéria da IstoÉ Dinheiro
"A leviana matéria da revista IstoÉ ("O jogo político de Janot") tem como único objetivo tumultuar o processo de elaboração da lista tríplice para a escolha do próximo chefe do Ministério Público da União e desgastar a imagem do Procurador-Geral da República em meio às mais graves investigações sobre corrupção já vistas na História do Brasil.
A matéria vale-se de ilações fantasiosas, tendenciosas e alimentadas por interesses espúrios, de deplorável conteúdo difamatório, muito distanciado da boa prática jornalística. É, sobretudo, um vil ataque à autonomia do Ministério Público, com a clara intenção de interferir na escolha a ser feita nos próximos dias sobre quem será responsável pelo destino do MPU nos próximos dois anos.
Esclarece a PGR que a divulgada conversa entre os membros do MPF não está mencionada no auto circunstanciado (relatório) da PF, juntado ao processo que hoje se encontra no Tribunal Federal da 3ª Região. Trata-se de conversa privada, irrelevante para a apuração dos graves crimes revelados nos autos. 
Deliberadamente, a revista omitiu as informações da PGR acerca dos fatos que estavam em apuração, apesar de a resposta ter sido enviada dentro dos prazos jornalísticos estipulados pelo veículo de comunicação. 
O procurador-geral da República Rodrigo Janot pauta-se por uma atuação técnica, no estrito rigor da lei, tanto na esfera judicial quanto na administrativa. Espera ser sucedido por qualquer um dos três integrantes da lista tríplice a ser enviada ao presidente da República, conforme anseio dos membros do MPF de todo o País.
É descabida a afirmação de que houve perseguição ao procurador Ângelo Villela. O membro do MPF teve prisão decretada pelo STF por grave risco à investigação da Operação Greenfield, como comprovado por meio de ação controlada. Os fatos são objeto de denúncia contra ele e o advogado Willer Tomaz de Souza, oferecida pela Procuradoria Regional da República da 3a Região.
Da mesma forma, não há perseguição a parlamentares. O procurador-geral da República não tem preferências políticas, não atua contra ou a favor de nenhum político ou partido. Deve obediência à Constituição e às leis, normativos que dão norte à sua atuação. O STF, pelo seu Ministro Relator ou pelo Colegiado, avalia todas medidas requeridas pelo PGR, na forma constitucional vigente. 
A Procuradoria-Geral da República, repudia, por fim, a impressionante e não menos leviana versão de que sua atuação tenha sido motivada por suposto apoio de políticos a candidatos à sucessão do PGR. Os indícios de fatos criminosos é que orientam as investigações do Ministério Público Federal. A Instituição não dá e nem dará tratamento diferenciado para investigados por estes terem ou deixarem de ter ligação de qualquer espécie com membros da Instituição."
É só isto?
Brasil 15.06.17 18:35
A IstoÉ Dinheiro traz matéria afirmando que Rodrigo Janot usa a PGR para perseguir rivais e, para provar, traz diálogo em que uma procuradora faz acusações sem pé nem cabeça.
Do outro lado da linha, o procurador Ângelo Goulart, preso por vender informações sigilosas a Joesley Batista, trata a fala da colega com descaso e menciona a boa relação com Janot.
Fachin tira irmão de Lula de Moro
Brasil 15.06.17 17:20
Edson Fachin acatou recurso da defesa de Frei Chico, irmão de Lula, e transferiu para São Paulo inquérito sobre a mesada que ele recebia da Odebrecht, de acordo com a empreiteira
Os pagamentos a Frei Chico começaram antes de Lula chegar ao poder e tiveram origem na atividade de interlocução com sindicatos, segundo a Odebrecht.
PT e PSDB, coadjuvantes do PMDB
Brasil 15.06.17 17:02
Michel Temer está operando forte contra a PGR e "em favor do Estado de Direito".
A farsa peemedebista tem PT e PSDB como coadjuvantes.

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