PRIMEIRA EDIÇÃO DE 29-6-2017 DO DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUINTA-FEIRA, 29 DE JUNHO DE 2017
O presidente da Câmara tem garantido o sono de Michel Temer. Ele confia que Rodrigo Maia jamais se associaria a qualquer esquema para desestabilizá-lo, mesmo sendo o sucessor imediato. Maia se equilibra entre não precipitar a queda de Temer e preservar sua autoridade perante os deputados. Porém, outro fator retarda a cristalização de consenso em torno dele: o mercado teme que o seu pai, César Maia, não resista à tentação de influenciar a política econômica.
Como todo intelectual se acha “ó do borogodó”, Cesar Maia poderia meter o bedelho e provocar a saída de Henrique Meirelles de Fazenda.
A preocupação é preservar Henrique Meirelles na batuta da economia, como uma das últimas amarras de credibilidade do arranjo de poder.
Além de sucessor imediato, em eventual vacância da presidência, Rodrigo Maia é o mais cotado para suceder a Temer pela via indireta.
Na viagem de Temer a Moscou e Oslo, Rodrigo se esforçou muito para não demonstrar que estava adorando os encantos da interinidade.
A advogada-geral da União, Grace Mendonça, designou um grupo para ficar de prontidão durante toda a semana a fim de adotar providências imediatas, caso o direito de ir e vir da população sofra ameaça, durante a greve geral marcada para esta sexta-feira (30). O regime de plantão, segundo a chefe da AGU, tem por objetivo impedir que estradas sejam bloqueadas ou o transporte público deixe de ser oferecido à população.
A AGU avalia ajuizar ações preventivamente, para garantir o regular funcionamento das instituições, durante os protestos.
A greve de 24 horas acrescenta um novo feriadão ao calendário. Como é habitual, a maioria não vai às manifestações, apenas curte a folga.
A pelegada critica “as reformas”, mas está inconformada é com o fim do imposto sindical obrigatório, que lhes rende R$3,5 bilhões anuais.
Michel Temer se espantou, ontem, ao ser informado de que, só este ano, a suspeita decisão da Camex de autorizar a importação de álcool dos EUA sem pagar impostos fez o Brasil perder R$600 milhões.
Uma “assembleia” de apenas 18 pessoas decidiu que 27.000 bancários de Brasília farão greve geral nesta sexta (30), acrescentando um novo feriadão ao calendário. O sindicato há anos é controlado pela CUT/PT.
Fiscais do aeroporto de Brasília tratam com solene desprezo quem chega de Lisboa com queijo na bagagem. “Os pasteurizados usam água na Europa que podem contaminar a água brasileira". Hahahaha.
Também provocou risos a cena da ex-líder do agronegócio, Kátia Abreu (PMDB-TO), da bancada de três senadores de Renan, esgoelando-se contra a reforma trabalhista. Logo ela, La Pasionaria do latifúndio.
O deputado Rôney Nemer (PP-DF) não foi filmado recebendo dinheiro sujo na Caixa de Pandora, em Brasília, mas está sujeito a perder o mandato, caso o STF confirme sua dupla condenação por improbidade.
Em 29 de junho de 1949, a África do Sul proibia o casamento entre pessoas de raças diferentes e, oficialmente, começava a implantar o apartheid, o regime de segregação racial que dominou o país até 1994.
...não há grandeza em pedir para sair depois de destituído. Há oportunismo político.

NA COLUNA DO ESTADÃO
Gilmar jantou com Michel Temer, Moreira e Padilha 
Por Naira Trindade
Quarta-feira, 28 Junho 2017 | 21h11
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, serviu um jantar em sua casa para o presidente Michel Temer e os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha na noite desta terça-feira, 27. Oficialmente, o Planalto diz que o encontro já estava marcado há muito tempo e era para tratar de reforma política. Mas o jantar não foi informado na agenda oficial do presidente nem dos ministros. Um dia após o encontro, porém, Temer decidiu escolher a subprocuradora Raquel Dodge para suceder Rodrigo Janot na Procuradoria-Geral da República. A escolha dela tem o aval de Gilmar Mendes. 

NO BLOG DO JOSIAS
Sucessora de Janot avalia que faltou à colaboração da JBS reparação de dano
Josias de Souza
Quinta-feira, 29/06/2017 04:43
Indicada por Michel Temer para suceder Rodrigo Janot na Procuradoria-Geral da República, Raquel Dodge faz uma crítica à colaboração premiada firmada com executivos da JBS. Em conversas privadas, ela afirma que faltou ao acordo que converteu Temer em presidente denunciado uma exigência de reparação do dano causado ao erário.
Para Raquel Dodge, a imunidade penal concedida a Joesley Batista e aos demais delatores do grupo empresarial não deveria eximir o Estado de buscar a reparação integral do dano. Significa dizer que as verbas desviadas de cofres públicos e incorporadas ao patrimônio dos delatores teria de ser devolvida.
Defensora da Lava a Jato  e do instituto da delação premiada, Raquel Dodge sustenta, longe dos refletores, a tese segundo a qual a ausência da reparação do dano passa para a sociedade a má impressão de que o crime compensa. Sobretudo em casos como o da JBS, cujos sócios ostentam sinais de riqueza como iate, jato e apartamento em Nova York.
A sucessora de Janot vem evitando falar abertamente sobre o tema. Mas será questionada sobre JBS na sabatina a ser realizada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Até aqui, sempre que foi indagada sobre a delação da JBS, Raquel Dodge limitou-se a dizer que: 1) a legislação autoriza a redução ou perdão da sanção penal; 2) depois de celebrados pelo Ministério Público, os acordos são submetidos ao crivo do Judiciário.
O Supremo Tribunal Federal adiou para esta quinta-feira a decisão sobre a amplitude dos poderes do plenário da Corte e das suas Turmas sobre as cláusulas de acordos de delação. Já está entendido que cabe ao relator do processo decidir sozinho sobre a legalidade do acordo e a espontaneidade das delações. A dúvida é se o colegiado pode ou não alterar os termos do acordo na hora de proferir uma sentença nos casos em que o delator cumpriu todos os compromissos que assumira com o Estado.

Renan mostra que o torniquete virou hemorragia
Josias de Souza
Quarta-feira, 28/06/2017 18:57
Empurrado para fora da liderança do PMDB no Senado, Renan Calheiros saiu batendo a porta. Chamou Michel Temer de “covarde” e disse que Eduardo Cunha manda no governo a partir da cadeia. Como se fosse pouco, insinuou que é verdadeira a acusação do delator Joesley Batista de que Temer avalizou a compra do silêncio de Cunha.
Do alto da tribuna do Senado, Renan fez pose de benfeitor dos trabalhadores, atacando Temer por levar a ferro e fogo a reforma trabalhista. Em verdade, o senador se fantasia de militante da CUT porque sua reeleição ao Senado, em 2018, corre riscos. Ao se reposicionar em cena, Renan comporta-se como criança que brinca no barro depois do banho.
Réu no Supremo, Renan revela sua vocação para piada ao sugerir a saída de Temer. Há seis meses, pegou em lanças contra despacho judicial do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, ordenando que deixasse a poltrona de presidente do Senado. Investigado em 11 inquéritos, Renan corre o risco de provocar uma epidemia de risadas com suas críticas a Cunha.
A consolidação do rompimento de Renan com Temer desce à crônica da deterioração política do País como uma evidência de que a operação torniquete desandou. A turma que tramava “estacar a sangria”, na célebre definição de Romero Jucá, chega ao São João de 2017 como uma quadrilha hemorrágica.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Quinta-feira, junho 29, 2017
JOÃO VACCARI NETO, EX-TESOUREIRO DO PT PRESO NA LAVA JATO, CONTINUARÁ NA CADEIA
O juiz federal Sérgio Moro concedeu liberdade ao ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, nesta quarta-feira, 28. O petista, no entanto, vai continuar preso porque tem contra si outro mandado de prisão na Operação Lava Jato. A decisão do magistrado foi dada em decorrência do julgamento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, que, na terça-feira, 27, absolveu o ex-tesoureiro da condenação de 15 anos e 4 meses imposta a ele na 1ª Instância, por Moro.
Em despacho, Moro determina “à autoridade policial que, ao ser-lhe apresentado o presente alvará de soltura, indo por ele assinado, proceda à baixa do mandado de prisão número n.º 700000566665, expedido nos autos de Pedido de Prisão Preventiva nº 5012323-27.2015.404.7000/PR”.
Vaccari está preso desde abril de 2015, acusado pela força-tarefa do Ministério Público Federal dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O petista seria o arrecadador de propinas do PT no esquema de corrupção instalado na Petrobras entre 2004 e 2014.
Vaccari foi condenado por Moro em cinco ações criminais. As penas somavam 45 anos e 6 meses de prisão. A decisão do TRF4, que absolveu Vaccari em um dos processos e o livrou da pena de 15 anos e 4 meses, reduz o tempo de cadeia do ex-tesoureiro para 30 anos e 2 meses.
Ao dar baixa no primeiro mandado de prisão de Vaccari, recolhido no Complexo Médico-Penal de Pinhais, região metropolitana de Curitiba, o juiz Moro fez um alerta.
“Observação: O acusado cumpre o mandado de prisão n.º 700002932303, expedido no bojo da Ação Penal n.º 5013405-59.2016.4.04.7000, motivo pelo qual não deve ser colocado em liberdade”, afirmou.
“Evidentemente, se for o caso, caberá ao TRF4 estender ou não os efeitos da revogação da preventiva ao outro processo.” Do site de IstoÉ


NO JORNAL DA CIDADE ONLINE
Internação de Joesley pode ser mais uma 'jogada estratégica'
Da Redação
Quinta-feira. 29/06/2017 às 05:33
Inúmeros blogs divulgaram nesta quarta-feira (28) que o empresário Joesley Batista teria sido internado no hospital Albert Einstein em São Paulo, vítima de envenenamento. Ainda segundo o noticiário, o empresário teria dado entrada no hospital inconsciente.
Não é verdade. Joesley realmente está hospitalizado, mas a causa não é envenenamento, nem tampouco ele chegou inconsciente ao hospital.
O real motivo da internação, segundo o grupo JBS, são dores insuportáveis no nervo ciático, causadas por algum tipo de inflamação no canal espinhal.
Ainda não se sabe o grau de gravidade, mas, segundo a assessoria do grupo JBS, não há previsão de alta.
Porém, há quem diga que tudo isso pode ser mais uma jogada estratégica do empresário, que proibiu o hospital de se manifestar sobre o seu caso.
Faz sentido. Ora, num momento em que a pressão aumenta, nada como sair de cena com um atestado médico.
Joesley já demonstrou que não tem limites.


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