PRIMEIRA EDIÇÃO DE 13-6-2017 DO DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
TERÇA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2017
O ministro Gilmar Mendes voltou a encarar a Procuradoria Geral da República (PGR), chefiada por Rodrigo Janot até setembro, afirmando nesta segunda-feira (12) que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar o controle das ações e deixar de ser mero “chancelador” da PGR. O ministro, que também preside o TSE, disse ainda que “se é para ter medo da procuradoria, é melhor o Supremo fechar as portas”.
Gilmar considera que o STF “precisa de firmeza nessas matérias”, cumprindo sua função constitucional, sem demonstrar medo.
O ministro vê a tentativa de intimidar. Cita casos contra ministros do Superior Tribunal de Justiça cujo objetivo seria acovardar o STJ.
Ele citou investigações contra os ministros Francisco Falcão e Marcelo Navarro examinados na 2ª Turma. “São acusados de quê?”, desafia.
Gilmar registrou, na rádio Bandeirantes, que a ministra Cármen Lúcia incluiu a PGR entre os que não podem fazer investigações ilegais.
O Tribunal Regional Federal 1ª Região cassou a concessão e tirou do ar a Rádio Clube do Pará, do senador Jader Barbalho e de sua mulher, deputada Elcione, do PMDB, por descumprir do Art. 54 da Constituição, que proíbe concessões públicas para detentores de mandatos eletivos. Como tentaram esconder serem os donos, responderão por falsidade ideológica. Se não saísse do ar, pagariam multa diária de R$50 mil.
O desembargador Souza Prudente ressaltou, na decisão, a transferência da propriedade da rádio a parentes próximos.
O Art. 55 da Constituição é claro ao afirmar que “perderá o mandato o deputado ou senador que infringir qualquer das proibições” do Art. 54.
Procuradas, as assessorias de Jader Barbalho e Elcione Barbalho não responderam aos questionamentos da coluna.
Lula lidera pesquisas entre os baianos, seguido de Jair Bolsonaro, segundo levantamento do Paraná Pesquisas. Mas se ficar confirmado um dos cenários prováveis, com João Dória (PSDB) para presidente e ACM Neto (DEM) vice, a liderança muda de mãos na Bahia.
A OAB-DF protocolou um mandado de segurança contra o aumento de até 100% do IPTU, batizado malandramente de “realinhamento”. A OAB-DF considera o aumento arbitrário e viola o direito à propriedade.
O procurador Júlio Marcelo, do Ministério Público junto ao TCU, tem a melhor resposta contra a falaciosa defesa da leniência para “preservar” empresas e empregos: “O que gera emprego é obra, não empreiteira”.
Para o cientista político Murillo de Aragão, o problema não está na judicialização da política, mas na politização da Justiça, “a partir de episódios como a suspeita de fraude na estranha delação da JBS, instigada pela PGR e aceita como virtuosa pelo relator Edson Fachin.”
Substitutivo da senadora Ana Amélia (PP-RS) à PEC 44/12 troca a vitaliciedade dos ministros do STF por mandato de dez anos, sem recondução. Depois, teriam de cumprir 5 anos de quarentena.
Em Portugal, o Tribunal da Relação de Lisboa autorizou o Ministério Público a investigar o crime de lavagem de dinheiro (lá, “branqueamento de capitais”) contra Welwitschea José dos Santos, filha milionária do presidente de Angola, José Eduardo dos Santos.
O senador Eduardo Braga (PMDB-AM) afirma que sua ideia é isentar de imposto de renda de quem recebe até 5 salários mínimos e tributar os “altos rendimentos”, como lucros e dividendos. Hoje estão isentos os que ganham até R$1.999. Seu objetivo, diz, é a justiça tributária.
Deve ser votada no Senado nesta terça (13), a PEC que cria o Simples Municipal, regime simplificado de prestação de contas para pequenos municípios, que diminui a burocracia na liberação de verbas federais.
...PSDB preferiu continuar a observar a cena de cima do muro a terminar sua relação com o governo em pleno Dia dos Namorados.

NO DIÁRIO DO PODER
PARA A PAPUDA
MPF-RN APROVA TRANSFERÊNCIA DE HENRIQUE ALVES PARA BRASÍLIA
RELATÓRIO QUESTIONA A AUSÊNCIA DE FISCALIZAÇÃO RIGOROSA COM O EX-PRESIDENTE DA CÂMARA
Publicado: segunda-feira, 12 de junho de 2017 às 20:38
Redação
O Ministério Público Federal (MPF) no Rio Grande do Norte emitiu nesta segunda-feira (12) um parecer favorável à transferência do ex-ministro do Turismo Henrique Alves para Brasília, conforme solicitado pelo juiz da 10ª Vara Federal do Distrito Federal, Vallisney de Oliveira.
O ex-ministro Henrique Alves, preso preventivamente durante a Operação Manus, é suspeito de corrupção e lavagem de dinheiro por participar de desvios nas obras de construção da Arena das Dunas para a Copa de 2014. Ele é suspeito de receber propinas das empreiteiras OAS e Odebrecht na campanha eleitoral daquele ano, quando concorreu ao governo do Estado.
O MPF questiona a ausência de um controle rigoroso sobre visitas e contatos, "fato que destoa da própria finalidade da custódia cautelar, que é o de cortar vínculos do preso com o meio político e empresarial criminoso em que vivia". Nessas circunstâncias, avalia que é "plenamente razoável" a transferência para Brasília, onde há um sistema penitenciário melhor preparado para recebê-lo.
"Quanto à alegação de que a transferência traria custos ao Estado, trata-se de argumento curioso, em especial quando parte de quem é investigado - e até mesmo já acusado - exatamente por desviar recursos e receber milhões de reais em propina”, comenta parecer do MPF.

LAVA JATO
MPF DENUNCIA EX-GERENTE DA PETROBRAS POR PROPINA DE US$ 48 MILHÕES
EX-GERENTE DA ÁREA INTERNACIONAL, PEDRO BASTOS ESTÁ PRESO DESDE 26 DE MAIO
Publicado: segunda-feira, 12 de junho de 2017 às 20:29
Redação
A força-tarefa Lava Jato no Ministério Público Federal no Paraná denunciou nesta segunda-feira, 12, o ex-gerente da área internacional da Petrobras, Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo a acusação, o ex-gerente recebeu US$ 4,8 milhões em propinas na conta da offshore Sandfield, na Suíça, da qual era beneficiário e, em contrapartida, utilizou-se do cargo para dar amparo técnico a um negócio envolvendo a venda de um campo seco de petróleo em Benin, na África, da empresa Companie Beninoise des Hydrocarbures Sarl (CBH) para a Petrobras, em 2011.
Pedro Bastos está preso desde 26 de maio, quando foi deflagrada a Operação Poço Seco, fase 41 da Lava Jato.
A denúncia aponta que o ex-gerente esteve comprovadamente envolvido com a realização do negócio, praticando diversos atos de ofício que deram justificativa técnica falsa para a aquisição dos ativos. Um relatório da Comissão Interna de Apuração da Petrobras, que investigou os fatos, apontou que Bastos foi responsável por uma série de irregularidades, dentre as quais: orientar a manipulação de dados e informações com objetivo de melhorar o resultado econômico do projeto e por falta de supervisão de subordinado; não atender à recomendação da Diretoria Executiva quanto Doing Business e Parecer do Jurídico Internacional; omitir informações ao Comitê de Suporte à Decisão ao Comitê Integrado de Avaliação, à Diretoria Executiva e ao Conselho de Administração, relativas à capacidade financeira da empresa CBH (Relatório do GAPRE/SE/LCO e INTER-DN/IM), ao risco país do Benin e à realização e ao resultado do primeiro data-room em dezembro de 2009; renunciar à realização de due diligence e à obtenção de garantias da CBH, prevista em proposta vinculante da Petrobras para aquisição do bloco 4 em Benin, sem autorização da autoridade competente; e interferir na avaliação técnica da INTER-TEC/EXP do grau API do óleo de referência do projeto (32º API), provocando distorção positiva na avaliação econômica do projeto-VME.
Segundo a força-tarefa da Lava Jato, após as conclusões da Comissão Interna de Apuração, Pedro Augusto foi demitido por justa causa dos quadros da companhia estatal no segundo semestre de 2016.
Ouvido na fase de investigações, o ex-gerente declarou que era gerente da área internacional da Petrobras ao tempo dos fatos, e que trabalhou na análise e no projeto relativo a Benin. Além disso, ainda declarou que tinha conhecimento do envolvimento de João Augusto Rezende Henriques no negócio envolvendo o campo de Benin e que, como Henriques queria dar um "prêmio" ao depoente, foi aberta a conta da offshore Sandfield Consulting, que recebeu as aludidas transferências.
João Augusto Henriques está preso desde setembro de 2015. Na operação Lava Jato, Henriques já foi condenado a sete anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro, em decorrência dos mesmos fatos em outro processo, no qual também foram condenados o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha e o ex-diretor da Petrobras Jorge Luiz Zelada.
Investigação
As apurações começaram em agosto de 2015, quando documentos enviados pelo Ministério Público suíço ao Brasil comprovaram o pagamento de subornos num total de US$ 10 milhões, para concretizar a aquisição pela Petrobras de campo de petróleo em Benin, na África, por US$ 34,5 milhões.
A apuração revelou que, em 3 de maio de 2011, o preço da aquisição do campo de Benin (US$ 34,5 milhões) foi transferido pela Petrobras para a empresa CBH, de propriedade de Idalecio Oliveira. Na mesma data, US$ 31 milhões seguiram da companhia CBH para a Lusitania Petroleum LTD, outra empresa do mesmo grupo econômico da CBH.
No dia 5 de maio de 2011, a Lusitania depositou, em favor da offshore Acona, de propriedade de João Augusto Rezende Henriques US$ 10 milhões. Para dar aparência legítima para a transferência da propina, foi celebrado um contrato de comissionamento entre a Acona e a Lusitania. Em 19 de setembro de 2012, a conta da Acona ainda recebeu uma segunda transferência da Lusitania Petroleum no valor de US$ 11,75 milhões. A partir da Acona, a propina passou a ser distribuída para várias contas, a maior parte de titularidade de outras empresas offshores.
Em agosto de 2015, a documentação recebida da Suíça já permitiu rastrear US$ 4,8 milhões em favor da conta Sandfield, que, mais recentemente, foi identificada como pertencente a Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos.
Segundo o procurador da República, Diogo Castor de Mattos, integrante da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, "o mesmo esquema da venda do campo de petróleo de Benin envolveu o pagamento de propina a outros destinatários, além dos que já foram denunciados. Dessa forma, as investigações continuam para identificação de todos os envolvidos nos crimes cometidos".

CÂMARA DOS DEPUTADOS
COMISSÃO DISPENSA USO DOS FARÓIS EM RODOVIAS URBANAS DURANTE O DIA
AS ALTERAÇÕES PEDEM USO DE FAROL BAIXO EM TÚNEIS E DIAS DE CHUVA, NEBLINA OU CERRAÇÃO
Publicado: segunda-feira,12 de junho de 2017 às 19:36 - Atualizado às 20:14
Faby Rufino
A Comissão de Viação e Transportes (CVT) da Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (12) a proposta que exclui rodovias integradas a áreas urbanas da exigência do uso dos faróis durante o dia.
A Lei 13.290/16 alterou o Código de Trânsito Brasileiro (CTB, Lei 9.503/97) e tornou obrigatório o uso do farol em rodovias durante o dia e em túneis providos de iluminação pública.
Na proposta também está inclusa a obrigatoriedade da luz de rodagem diurna, acionada assim que o carro é ligado, nos veículos fabricados a partir do quarto ano de vigência da lei. Além da mudança na penalidade para veículos que trafegarem com os faróis desligados durante a noite, que passa de média para grave.
O texto do deputado Hugo Leal (PSB-RJ) substitui o projeto de lei 687/17, do deputado Marcelo Álvaro Antônio (PR-MG), que excluía apenas as exigências dos faróis dentro do perímetro urbano de rodovias e em rodovias duplicadas.
Outro ponto alterado por Leal foi a obrigatoriedade do uso do farol baixo em túneis, chuva, neblina e cerração. “É uma incongruência exigir o uso de faróis em rodovias, mas apenas luzes de posição sob circunstâncias mais perigosas, como no caso da chuva”, afirmou Leal.

CASSAÇÃO DILMA-TEMER
LEWANDOWSKI SERÁ RELATOR DE AÇÃO QUE PEDE ANULAÇÃO DO JULGAMENTO NO TSE
MINISTRO FOI SORTEADO PARA RELATAR AÇÃO, MAS NÃO HÁ PRAZO PARA APRECIAÇÃO
Publicado: segunda-feira, 12 de junho de 2017 às 18:59
Redação
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi sorteado relator do pedido de nulidade do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que absolveu a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer na última sexta-feira, 9. Não há prazo para a ação ser apreciada no plenário da Corte.
A Rede pediu nesta segunda-feira, 12, ao STF a concessão urgente de liminar e a realização de um novo julgamento que leve em consideração as provas apresentadas pelos delatores da Odebrecht. O partido pede também que o processo do TSE seja suspenso até que a reclamação seja julgada pelo plenário da Corte.
Na petição, a Rede critica o resultado do julgamento, por quatro votos a três, e nega que a apreciação dos depoimentos dos executivos da empreiteira representaria uma ampliação indevida do objeto demandado na fase instrutória do processo, como considerou a maioria dos ministros do TSE.
"Cumpre destacar, ainda, que a decisão reclamada teve por efeito deixar de considerar uma série de provas que apontavam para graves irregularidades e ilícitos eleitorais, representativos de graves práticas de abuso de poder econômico e político, cujo imperioso enfrentamento é dever da Justiça Eleitoral e dos partidos políticos", diz trecho da reclamação.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
#SanatórioGeral: Liberou geral
Gilmar jura que absolve culpados sem levar em conta a filiação partidária do réu
Por Augusto Nunes
Segunda-feira, 12 jun 2017, 20h07
“Eu absolveria a Dilma. Como a absolvi, pois se ação fosse julgada procedente, ela ficaria inelegível por oito anos. Recentemente eu fui voto de minerva na Segunda Turma, decidindo um habeas corpus em favor de José Dirceu”. (Gilmar Mendes, na entrevista à Folha, sobre seu desempenho no julgamento da chapa Dilma-Temer pelo TSE, lembrando aos brasileiros espantados com o desfecho do caso que quem absolve um José Dirceu é capaz de rigorosamente tudo)

NA VEJA.COM
Representação contra Temer por obstrução de Justiça chega à PGR
A ação pede a abertura de inquérito contra o presidente da República por acionar a Abin para investigar o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato
Por Marcela Mattos
Segunda-feira, 12 jun 2017, 18h20 - Publicado em 12 jun 2017, 16h42
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolizou nesta segunda-feira uma representação na Procuradoria-Geral da República pedindo a investigação do presidente Michel Temer sobre a possível prática de atos de obstrução das atividades da Justiça, abuso de autoridade e corrupção passiva.
A ação se dá após a revelação, feita por VEJA, de que o governo acionou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para fazer uma devassa na vida do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
O senador sustenta que o uso do aparato estatal de inteligência “transborda qualquer falsa aparência de motivação pública” e que a sua adoção “se dá com nítido propósito de promover constrangimento público a quem se encontra imbuído da prerrogativa institucional de investigar – caso do Procurador-Geral da República – ou julgar – caso do Ministro Fachin – o representado”.
“Essa ‘operação’, por parte da Abin, não possui qualquer razão de Estado aparente como motivadora que não seja o vil interesse de promover vingança pessoal em favor do representado e, ainda, obstar o andamento do inquérito contra si movido. Haveria, na confirmação dos fatos delitivos ora narrados, flagrante manobra de obstrução do trabalho investigativo através do uso do próprio aparelho estatal, que deveria ser utilizado em sentido diametralmente oposto, para a asseguração do devido processo legal e garantia de exercício de prerrogativas por parte de membros do Ministério Público e Judiciário”, escreveu Randolfe na representação.
Se acatar a representação, a Procuradoria-Geral da República deve pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a instauração de um inquérito contra Temer.
Atualmente, o presidente da República já é alvo de inquérito no STF no âmbito da Operação Lava Jato e que corre nas mãos de Edson Fachin, o ministro que entrou na mira da Abin. A Procuradoria deve apresentar denúncia contra o peemedebista nos próximos dias.

Manifestantes queimam prédio do Tribunal de Justiça na Venezuela
Jovens encapuzados entraram em confronto com funcionários do local e atiraram pedras e coquetéis molotov, provocando um incêndio na fachada
Por Da Redação
Segunda-feira, 12 jun 2017, 21h11more_horiz
Manifestantes atacam prédio administrativo do Tribunal Superior de Justiça da Venezuela - 12/06/2017 (Federico PARRA/AFP)

Manifestantes incendiaram nesta segunda-feira um prédio do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), durante violentos distúrbios em Caracas, em mais um dia de protestos contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Segundo o jornal local El Nacional, grupos de jovens encapuzados entraram em confronto com funcionários do local e atiraram pedras e coquetéis molotov, provocando um incêndio na fachada.
Três pessoas teriam ficado feridas por tiros disparados contra os manifestantes de dentro do edifício, informou o jornal. Em meio à ação dos bombeiros para apagar o fogo, a Guarda Nacional Bolivariana utilizou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar o protesto. Desde o início de abril, a dura repressão de Maduro já deixou 66 mortos e mais de mil feridos.
O prédio incendiado abriga a sede da Direção Executiva da Magistratura (DEM), um órgão auxiliar do TSJ, que anunciou nesta segunda-feira que mudará a instituição de local por considerar Chacao, a região em que fica o prédio e que tem sido local de frequentes protestos, “um território sem lei”.
Reforma na Constituição
O STJ rejeitou nesta segunda-feira o pedido da procuradora-geral do país para frear o processo de reforma da Constituição defendido pelo presidente Nicolás Maduro. “Por inepta acumulação de reivindicações, o Tribunal Supremo de Justiça declara inadmissível o recurso de Luisa Ortega Díaz”, informou a corte em seu perfil no Twitter.
Na quinta-feira, 08, Luisa havia solicitado a anulação da Assembleia Constituinte defendida pelo governo de Maduro, uma iniciativa fortemente criticada pela oposição no país e que desencadeou a onda atual de protestos.
Na ocasião, a procuradora-geral expressou que o futuro da democracia do país estava em jogo. “É o povo soberano que tem a prerrogativa de convocar uma constituinte”, afirmou Luisa, para quem o processo promovido por Maduro viola os direitos humanos.
(com AFP)

NO BLOG DO JOSIAS
PSDB fez uma opção preferencial pelo vexame
Josias de Souza
Terça-feira, 13/06/2017 04:30
Em política, uma reunião partidária serve apenas para tirar as fotografias de um consenso combinado previamente. O PSDB decidiu inovar. Transformou um encontro de cúpula num espetáculo de autodesmoralização. Presidente provisório da legenda, Tasso Jereissati desperdiçara o tempo alheio vendendo na semana passada a ilusão de que os tucanos saltariam da frigideira do governo Temer. Encerrada a reunião, descobriu-se que os tucanos, que já estavam fritos, resolveram esticar sua permanência no óleo quente.
''Minha posição foi vencida”, disse Tasso, lamentando a trinca. “A pior coisa para o Brasil e o partido é o PSDB se dividir”, declarou José Serra, tentando disfarçar a rachadura. Defensor do rompimento, o deputado Eduardo Cury (SP) escancarou a fenda ao antecipar que votará a favor da abertura da ação penal contra Temer quando o STF enviar à Câmara a denúncia da Procuradoria contra o presidente: “Eu não sou governo.”
O PSDB acorrentou sua reputação — ou o que resta dela — a um governo em franca erosão moral. Fez isso sob a alegação de que está preocupado com o País e com as reformas econômicas. O patriotismo reformador tornou-se uma espécie de pé-de-cabra ideológico. Abre as portas para todo tipo de aliança e maracutaia praticada em nome da ''governabilidade''.
Os diálogos de Aécio Neves com o delator Joesley Batista ofereceram ao tucanato 2 milhões de motivos para expulsá-lo. A presença de Geraldo Alckmin, de José Serra e do próprio Aécio no escândalo da Odebrecht já intimava a legenda a adotar providências saneadoras. Ao se fingir de morto, o PSDB repete o erro que cometera com Eduardo ‘Valerioduto’ Azeredo. E estimula na plateia a suspeita de que é a corrupção que aproxima o PSDB do PMDB, não o interesse público.
Num cenário decente, político pilhado em escândalo como a Lava Jato é expurgado do partido ofendido. Quando isso não acontece, é o partido que ofende o eleitorado. Se o partido vincula-se a outra legenda ainda mais apodrecida, o propósito não é o de combater a bandalheira, mas institucionalizá-la.
O PSDB ainda se considera a medida de todas as coisas. Mas as pesquisas presidenciais indicam que o eleitorado já está adotando outros sistemas de medição. O mais irônico é que os tucanos se abraçam a Temer sem levar em conta que o PSDB nasceu de uma dissidência que abandonou o PMDB para não chamar bandoleiro de companheiro. Ao fazer sua opção preferencial pelo vexame, o tucanato reforça dois ensinamentos:
1) Quem sai aos seus não endireita.
2) Em política, nada se cria, nada se copia, tudo se corrompe.

Sob Temer, país conhece a vivência no abismo
Josias de Souza
Segunda-feira, 12/06/2017 22:42
A crise brasileira atingiu um novo estágio. Depois do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral, que absolveu a chapa Dilma-Temer por excesso de provas, não há mais aquela sensação de que o governo e o sistema político estão à beira do abismo. O governo de Michel Temer é a vivência do abismo. Brasília atravessa uma conjuntura de impasse institucional, em que a pior hipótese sempre vence.
Uma das características da crise é a ausência de espanto. Roubaram até o ponto de exclamação. O governo assegura que o ambiente é de normalidade. E o anormal passa a ser visto com crescente naturalidade. Os ministros sob suspeição, o ex-assessor preso, os apoiadores e os opositores apodrecidos, o presidente investigado por corrupção… Tudo ganhou ares de hedionda normalidade.
Ninguém ignora que o governo Temer nivela a política por baixo. Mas os principais atores preferem mantê-lo no cargo a organizar a eleição indireta de um presidente decente. A decência na Presidência viraria opção automática para a reeleição em 2018. E isso não interessa ao sistema apodrecido.
Sujos, petistas pregam uma eleição direta que sabem ser inviável. Mal lavados, tucanos e peemedebistas se enrolam na bandeira das reformas enquanto providenciam os 172 votos de que Temer precisa para se livrar de uma ação penal no Supremo Tribunal Federal. Num ambiente assim. quando você ouvir alguém falando em patriotismo do seu lado, segure a carteira.

NO O ANTAGONISTA
A guinada autoritária de Temer
Brasil Terça-feira, 13.06.17 07:19
Michel Temer está usando o aparato estatal para estrangular a Lava Jato.
O Globo, em editorial, denunciou a guinada autoritária do presidente da República:
Não se pode menosprezar a capacidade do presidente Michel Temer e de seu grupo de atuarem nos desvãos de Brasília para se manter no poder. A vitória obtida no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por 4 a 3, contra o pedido de cassação da chapa que Temer formou com Dilma Rousseff, contou com dois votos de ministros indicados há pouco tempo pelo governo — Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira. Prova de clarividência e do faro estratégico do bunker em que se transformou o Planalto, para levar o presidente até 31 de dezembro de 2018, a salvo de perigos.
Se o julgamento desmoralizou a Justiça Eleitoral, diante do oceano de provas de uso de dinheiro sujo pela chapa, também sinalizou que a decisão de Temer e grupo de resistirem a qualquer custo parece não ter limites. Isso preocupa. Na própria sexta-feira, quando o tribunal inocentou Temer e Dilma, a revista “Veja” informou que, do contra-ataque desfechado pelo Planalto, constaria a Lava Jato como alvo. No caso, o ministro Edson Fachin, do Supremo, relator, na Corte, dos processos derivados da investigação, e responsável pela homologação da delação de Joesley Batista, do grupo JBS, que tantos danos causou ao presidente.
Esta grave faceta que a crise em torno de Temer revela não para aí. Por óbvio, os organismos de Estado devem agir diante das falcatruas relatadas por Joesley, mas há um movimento de braços do governo para estrangular o JBS como empresa — e este não é objetivo da legislação sobre acordos de leniência e de colaboração premiada.
Este jornal criticou a excessiva benevolência com que a Procuradoria-Geral da República premiou os irmãos Joesley e Wesley Batista por suas delações, sem um dia sequer de prisão, mesmo domiciliar, e com a permissão de viajarem para o exterior. Não se aceita é retaliação, própria do autoritarismo.
Petistas agridem Miriam Leitão
Brasil 13.06.17 06:57
Lula ataca todos os dias a TV Globo.
Ele já obteve um resultado: sua gangue, alguns dias atrás, agrediu Miriam Leitão.
Leia seu relato:
Sofri um ataque de violência verbal por parte de delegados do PT dentro de um voo. Foram duas horas de gritos, xingamentos, palavras de ordem contra mim e contra a TV Globo. Não eram jovens militantes, eram homens e mulheres representantes partidários. Alguns já em seus cinquenta anos. Fui ameaçada, tive meu nome achincalhado e fui acusada de ter defendido posições que não defendo.
Sábado, 3 de junho, o voo 6237 da Avianca, das 19h05, de Brasília para o Santos Dumont, estava no horário. O Congresso do PT em Brasília havia acabado naquela tarde e por isso eles estavam ainda vestidos com camisetas do encontro. Eu tinha ido a Brasília gravar o programa da Globonews.
Antes de chegar ao portão, fui comprar água e ouvi gritos do outro lado. Olhei instintivamente e vi que um grupo me dirigia ofensas. O barulho parou em seguida, e achei que embarcariam em outro voo.
Fui uma das primeiras a entrar no avião e me sentei na 15C. Logo depois eles entraram e começaram as hostilidades antes mesmo de sentarem. Por coincidência, estavam todos, talvez uns 20, em cadeiras próximas de mim. Alguns à minha frente, outros do lado, outros atrás. Alguns mais silenciosos me dirigiram olhares de ódio ou risos debochados, outros lançavam ofensas.
— Terrorista, terrorista — gritaram alguns.
Pensei na ironia. Foi “terrorista” a palavra com que fui recebida em um quartel do Exército, aos 19 anos, durante minha prisão na ditadura. Tantas décadas depois, em plena democracia, a mesma palavra era lançada contra mim.
Uma comissária, a única mulher na tripulação, veio, abaixou-se e falou:
— O comandante te convida a sentar na frente.
— Diga ao comandante que eu comprei a 15C e é aqui que eu vou ficar — respondi.
O avião já estava atrasado àquela altura. Os gritos, slogans, cantorias continuavam, diante de uma tripulação inerte, que nada fazia para restabelecer a ordem a bordo em respeito aos passageiros. Os petistas pareciam estar numa manifestação. Minutos depois, a aeromoça voltou:
— A Polícia Federal está mandando você ir para frente. Disse que se a senhora não for o avião não sai.
— Diga à Polícia Federal que enfrentei a ditadura. Não tenho medo. De nada.
Não vi ninguém da Polícia Federal. Se esteve lá, ficou na porta do avião e não andou pelo corredor, não chegou até a minha cadeira.
Durante todo o voo, os delegados do PT me ofenderam, mostrando uma visão totalmente distorcida do meu trabalho. Certamente não o acompanham. Não sou inimiga do partido, não torci pela crise, alertei que ela ocorreria pelos erros que estavam sendo cometidos. Quando os governos do PT acertaram, fiz avaliações positivas e há vários registros disso.
Durante o voo foram muitas as ofensas, e, nos momentos de maior tensão, alguns levantavam o celular esperando a reação que eu não tive. Houve um gesto de tão baixo nível que prefiro nem relatar aqui. Calculavam que eu perderia o autocontrole. Não filmei porque isso seria visto como provocação. Permaneci em silêncio. Alguns, ao andarem no corredor, empurravam minha cadeira, entre outras grosserias. Ameaçaram atacar fisicamente a emissora, mostrando desconhecimento histórico mínimo: “quando eles mataram Getúlio o povo foi lá e quebrou a Globo”, berrou um deles. Ela foi fundada onze anos depois do suicídio de Vargas.
O piloto nada disse ou fez para restabelecer a paz a bordo. Nem mesmo um pedido de silêncio pelo serviço de som. Ele é a autoridade dentro do avião, mas não a exerceu. A viagem transcorreu em clima de comício, e, em meio a refrões, pousamos no Santos Dumont. A Avianca não me deu — nem aos demais passageiros — qualquer explicação sobre sua inusitada leniência e flagrante desrespeito às regras de segurança em voo. Alguns dos delegados do PT estavam bem exaltados. Quando me levantei, um deles, no corredor, me apontou o dedo xingando em altos brados. Passei entre eles no saguão do aeroporto debaixo do coro ofensivo.
Não acho que o PT é isso, mas repito que os protagonistas desse ataque de ódio eram profissionais do partido. Lula citou, mais de uma vez, meu nome em comícios ou reuniões partidárias. Como fez nesse último fim de semana. É um erro. Não devo ser alvo do partido, nem do seu líder. Sou apenas uma jornalista e continuarei fazendo meu trabalho.
O PSDB quer eleger Lula
Brasil 13.06.17 06:53
O PSDB, mais uma vez, está fazendo de tudo para eleger Lula.
O primeiro passo é afundar a Lava Jato.
O segundo passo é salvar Michel Temer, cujo partido vai se agregar ao governo lulista, como sempre.
O terceiro passo é desaparecer eleitoralmente.
A covardia tucana
Brasil 13.06.17 06:49
O PSDB tem medo até de Rodrigo Maia.
Diz Merval Pereira:
“Há o receio, tanto no PMDB quanto no PSDB, de que, com o afastamento de Temer do governo por seis meses, no caso de a Câmara aprovar um eventual processo contra o presidente da República, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia torne-se a solução natural numa futura eleição indireta, fortalecendo-se para a eleição de 2018”.
Um partido que tem medo do apelo eleitoral de Rodrigo Maia não pode continuar existindo.
O túmulo do PSDB
Brasil 13.06.17 06:14
Miguel Reale Júnior saiu do PSDB.
Ele disse ao Estadão:
"Espero que o partido encontre um muro suficientemente grande que possa servir de túmulo".
E também:
"Foi difícil sair de um partido do qual fui vice-presidente em São Paulo, amigo de todos seus dirigentes, compartilhei ideais e esperanças, mas desisti diante de tantas vacilações e fragilidades onde não se pode ser fraco, que é diante da afronta à ética".
Uma pessoa exemplar
Brasil 13.06.17 06:32
Miguel Reale Júnior, com seu pedido de impeachment, derrubou Dilma Rousseff.
Agora, com seu exemplo, ele está desmoralizando o PSDB.
A ORCRIM dominou o Brasil.
Mas ainda há pessoas como Miguel Reale Júnior, que se recusam a fazer parte dessa gangue.
REPRESENTANTE DA BLESSED FOI NOMEADO PARA O FI-FGTS
Brasil Segunda-feira, 12.06.17 20:25
O Antagonista descobriu que o corretor Gilberto de Souza Biojone Filho, representante da Blessed no Brasil, foi nomeado para o comitê de investimento do FI-FGTS em 28 de novembro de 2012.
Poucos dias depois o fundo aprovou a compra de R$950 milhões em debêntures da Eldorado Celulose, do grupo J&F, operação que envolveu o pagamento de propina para Eduardo Cunha e Lúcio Funaro.
Então ministro do Trabalho, Brizola Neto assinou a nomeação. Biojone deixou o comitê do FI-FGTS cerca de seis meses depois, em maio de 2013.
Exclusivo: Funaro vai se vingar da JBS
Brasil 12.06.17 18:47
O Antagonista apurou que Lúcio Funaro vai entregar em seu acordo de colaboração premiada crimes que teriam sido omitidos pela JBS em seu acordo com a PGR.
Foi a delação da JBS que levou à prisão da irmã de Funaro, Roberta.
Rocha Loures era o elo com setor privado
Brasil 12.06.17 18:11
Ricardo Mesquita, da Rodrimar, disse à Polícia Federal que Rodrigo Rocha Loures era o "interlocutor de Michel Temer com o setor privado". Ele confirmou que pediu a Loures "ajuda" para resolver problemas de interesse da empresa.
A informação é da Época.
Ele contou à PF que conheceu Rocha Loures quando o ex-deputado era assessor de relações institucionais da Vice-Presidência.
"Diante da dificuldade de acesso ao Palácio do Planalto e demais órgãos da estrutura do governo federal, o setor foi orientado a procurar por Rodrigo da Rocha Loures, uma vez que ele realizava a interlocução entre a vice-presidência da república e representantes do setor privado."
A Rodrimar tenta prorrogar concessão de operação no Porto de Santos obtida antes de 1993. Em maio, Temer assinou decreto com mudanças em regras do setor, mas a demanda ainda não foi atendida.
"Segundo o declarante tomou conhecimento, será editada uma medida provisória ou um projeto de lei visando suprir especificamente essa lacuna do marco regulatório quanto aos terminais pré-93".

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