PRIMEIRA EDIÇÃO DE 03-6-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO BLOG DO FAUSTO MACEDO
Procuradoria quer regime fechado para Lula no caso triplex
Força-tarefa da Lava Jato cobra R$ 87,6 milhões do ex-presidente relativos a suposto dano à Petrobras
Julia Affonso, Ricardo Brandt, Fausto Macedo e Luiz Vassallo
Sábado, 03 Junho 2017 | 00h24
A Procuradoria da República pediu, em alegações finais, nesta sexta-feira, 2, a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em regime fechado na ação penal do caso triplex. O petista é acusado de lavagem de dinheiro e corrupção pela força-tarefa da Lava Jato, que atribui ao ex-presidente o papel de ‘comandante máximo do esquema de corrupção’ identificado na operação.
Documento
A denúncia do Ministério Público Federal sustenta que Lula recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio – de um valor de R$ 87 milhões de corrupção – da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012. As acusações contra Lula são relativas ao suposto recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira OAS por meio do triplex no Guarujá, no Solaris, e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, de 2011 a 2016.
Alegações finais são a parte derradeira do processo, em que o Ministério Público, que acusa, e as defesas apresentam suas argumentações e pedidos a serem considerados pelo juízo. O documento tem 334 páginas.
Além de Lula, são réus os empreiteiros José Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, da OAS, os executivos da empresa Agenor Franklin Martins, Paulo Gordilho, Fábio Yonamine, Roberto Ferreira e o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto.
“Em decorrência do quantum de pena a ser fixado aos réus Luiz Inácio Lula da Silva, José Adelmário Pinheiro Filho, Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Paulo Roberto Valente Gordilho, Fábio Hori Yonamine, Roberto Moreira Ferreira e Paulo Okamotto, requer-se seja determinado o regime fechado como o regime inicial de cumprimento da pena”, pede a força-tarefa da Lava Jato.
O Ministério Público Federal solicitou, no entanto, que as penas de Léo Pinheiro, Agenor Medeiros e Paulo Gordilho sejam reduzidas pela metade.
“Embora não haja acordo de colaboração celebrado entre o Ministério Público Federal e os réus Léo Pinheiro, Agenor Medeiros e Paulo Gordilho, considerando que em seus interrogatórios não apenas confessaram ter praticado os graves fatos criminosos objeto da acusação, como também espontaneamente optaram por prestar esclarecimentos relevantes acerca da responsabilidade de coautores e partícipes nos crimes, tendo em vista, ainda, que forneceram provas documentais acerca dos crimes que não estavam na posse e não eram de conhecimento das autoridades públicas, é pertinente, nos termos do art. 1º, §5º, da Lei 9.613/98, com a redação dada pela Lei nº 12.683/12, que suas penas sejam reduzidas pela metade.”
A Procuradoria cobra de Lula R$ 87,6 milhões. “Também se requer, em relação a Luiz Inácio Lula da Silva, o arbitramento cumulativo do dano mínimo, a ser revertido em favor da Petrobras, com base no artigo 387, caput e IV, do Código de Processo Penal, no montante de R$ 87.624.971,26, correspondente ao valor total da porcentagem da propina paga pela OAS em razão das contratações dos Consórcios Conpar e Conest pela Petrobras, considerando-se a participação societária da OAS em cada um deles (respectivamente 24% e 50%).”
De Léo Pinheiro e Agenor Medeiros, a força-tarefa cobra R$ 58,4 milhões.
“Em relação a José Adelmário Pinheiro Filho e Agenor Franklin Magalhães Medeiros, requer-se seja o dano mínimo, a ser revertido em favor da Petrobras, com base no artigo 387, caput e IV, do Código de Processo Penal, arbitrado no montante de R$ 58.401.010,24, considerando-se que o pagamento de vantagens indevidas à Diretoria de Abastecimento da Petrobrás em razão da contratação dos Consórcios CONPAR e CONEST foi anteriormente julgado pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba em sede da ação penal nº 5083376-05.2014.404.7000, oportunidade em que condenados ao pagamento de indenização aos danos causados por referida conduta delituosa à Petrobras no valor de R$ 29.223.961,00.”

Janot denuncia Aécio por corrupção e obstrução de Justiça
Procurador-Geral da República entrega ao Supremo Tribunal Federal acusação formal contra senador do PSDB por suposta propina da JBS
Breno Pires e Isadora Peron, de Brasília
Sexta-feira, 02 Junho 2017 | 17h58
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereceu nesta sexta-feira, 2, denúncia contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) no Supremo Tribunal Federal (STF) com base na delação dos empresários do Grupo J&F.
Documento
O tucano é acusado de corrupção passiva pelo suposto recebimento de R$ 2 milhões em propina da JBS e por obstrução de Justiça por tentar impedir os avanços da Operação Lava Jato. Janot também pediu a abertura de um novo inquérito para investigar o crime de lavagem de dinheiro.
A irmã de Aécio, Andrea Neves, o primo Frederico Pacheco e o advogado Mendherson Souza Lima também foram denunciados, mas apenas por corrupção passiva. Os três foram presos na Operação Patmos, deflagrada em 18 de maio.
Essa é a primeira denúncia oferecida contra Aécio, que responde a outros sete inquéritos no Supremo, cinco em decorrência da delação de executivos da Odebrecht e outros dois sobre o esquema de corrupção em Furnas e de intervenção durante a CPI dos Correios, em 2005.
Após o oferecimento da denúncia, o ministro relator do caso, Marco Aurélio Mello, terá que levar o pedido para análise na Primeira Turma do Supremo. Se os ministros aceitarem o pedido de Janot, Aécio se tornará réu e passará a responder a uma ação penal no STF.
Suspeita 
Entre as acusações que pesam sobre Aécio no âmbito da delação dos empresários do grupos J&F, está a gravação na qual o tucano pede R$ 2 milhões a Joesley Batista, um dos donos da JBS. Em uma conversa, o tucano aparece pedindo o dinheiro ao empresário sob a justificativa de que precisava pagar despesas com sua defesa na Lava Jato.
A irmã de Aécio, Andrea Neves, teria feito o primeiro contato com o empresário. O tucano indicou seu primo Frederico para receber o dinheiro. Mendherson também teria participado. O dinheiro foi entregue pelo diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, um dos sete delatores. Ao todo, foram quatro entregas de R$ 500 mil cada uma.
COM A PALAVRA, AÉCIO
Nota da defesa do senador Aécio Neves
A Defesa do Senador Aécio Neves recebe com surpresa a notícia de que, na data de hoje, foi oferecida denúncia contra ele em relação aos fatos envolvendo o Sr. Joesley Batista. Diversas diligências de fundamental importância não foram realizadas, como a oitiva do Senador e a perícia nas gravações. Assim, a Defesa lamenta o açodamento no oferecimento da denúncia e aguarda ter acesso ao seu teor para que possa demonstrar a correção da conduta do Senador Aécio Neves.
Alberto Zacharias Toron
COM A PALAVRA, A DEFESA DE ANDRÉA NEVES
A defesa de Andrea Neves, irmã do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), considera que o oferecimento de denúncia por corrupção passiva dará a ela a oportunidade de provar sua inocência.
O advogado Marcelo Leonardo alega que Andrea Neves não negociou propina e teve apenas um encontro com o dono da JBS, Joesley Batista. De acordo com a defesa, Andrea ofereceu para Joesley um apartamento da família, mas o empresário não se interessou pela compra e quis fazer uma reunião pessoal com o senador Aécio Neves. “A partir disso, Andrea não teve mais nenhuma participação nos fatos”, diz nota da defesa.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SÁBADO, 03 DE JUNHO DE 2017
O banco suíço Julius Bar, escolhido por Joesley Batista para abrir a conta nº 06384985, que segundo ele bancou Lula e Dilma, é o mesmo onde o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha mantinha a famosa conta da qual era “usufrutuário”, segundo alegou. A conta, cujo saldo chegou a US$150 milhões (R$486 milhões) em 2014, foi revelada pelo próprio Joesley Batista, dono da JBS, ao Ministério Público Federal.
O relato de Joesley sobre “conta corrente” para bancar Lula e Dilma é semelhante à “conta conjunta” revelada por Marcelo Odebrecht.
A “conta conjunta” do PT com a Odebrecht, para financiar “projetos políticos”, teria movimentado R$324 milhões entre 2009 e 2014.
Em 2010, fim do governo Lula, a conta na Suíça tinha R$226,1 milhões (US$70 milhões), diz Joesley. Em 2014, caiu para R$30 milhões.
Dilma alfinetou Cunha, em diversas ocasiões, até em pronunciamentos oficiais, afirmando que, ao contrário dele, não tinha conta na Suíça.
O ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão levou ontem um grande susto, já no primeiro dia como aposentado do Ministério Público Federal. Ele e outros 124 passageiros estavam no voo 6342 da Avianca, que saiu às 11h30 de Brasília para João Pessoa, e retornou às pressas após uma das portas se abrir em pleno voo. O ex-ministro não foi encontrado para comentar, mas passageiros relataram que ele permaneceu calmo.
A Avianca confirmou o incidente, mas destacou que o comandante fez opção por retornar a Brasília, e os passageiros viajaram às 14h30.
A abertura da porta durante o voo provoca despressurização da cabine, o que inviabiliza a respiração, por isso caem máscaras de oxigênio.
Em casos de despressurização, o piloto desce para um nível de voo mais baixo, onde a respiração é possível. Foi o que aconteceu.
Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação revelou que 41,8% de todo o esforço dos brasileiros, até 31 de maio, sumiu no ralo dos impostos. Só a partir de junho o brasileiro trabalha para si próprio.
Os jornalistas Carlos José Marques, Débora Bergamasco e Sérgio Pardellas já estavam diante de Michel Temer, para iniciar entrevista à revista IstoÉ, quando um deles brincou: “Presidente, estamos gravando, ok?” Ele sorriu: “Mas gravando às vistas, né? Não como o outro lá...”
A convicção da Procuradoria Geral da República na culpa de Aécio Neves (PSDB-MG) explica por que a denúncia foi apresentada apenas duas semanas depois da operação que o revelou como suspeito.
Pela primeira vez na Lava Jato, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca na casa de um senador, Aécio Neves, sem a Polícia Legislativa entrar em seguida para fazer varredura à caça de escutas ambientais. É que as maletas de varredura seguem apreendidas no Supremo.
O Brasil não aprende: mesmo depois de a Bolívia nos surrupiar uma refinaria inteira, em 2006, a Petrobras vai investir US$1,2 bilhão para exploração dos campos de gás San Telmo e Astilleros, na Bolívia.
O governo federal pagou R$ 151 milhões em diárias a servidores, fora o salário, nos primeiros cinco meses do ano. Esse valor extra poderia tirar do desemprego, com salário mínimo, mais de 32 mil pessoas.
A Tecsis, que tem o BNDES como acionista, informa que não foi à falência, mas admite “redução de operações”. O BNDES investiu R$174,5 milhões, garante, e não R$ 1,3 bilhão.
Servidores denunciam “movimentação” na Diretoria Geral da Câmara dos Deputados para transferir a Auditoria Interna para fora do prédio principal da Casa. Funcionários temem o enfraquecimento do órgão.
No caso vacância da presidência, alguém acha mesmo que senadores e deputados elegeriam alguém “de fora” para o lugar de Michel Temer?

NO DIÁRIO DO PODER
COLEGAS DE BANCO
BANCO SUÍÇO ONDE JBS ABRIU CONTA PARA LULA E DILMA É O MESMO DE CUNHA
JULIUS BÄR É O BANCO SUÍÇO PREFERIDO DAS ESTRELAS DA LAVA JATO
Publicado: sábado, 03 de junho de 2017 às 00:01 - Atualizado às 00:13
O banco suíço Julius Bar, escolhido por Joesley Batista para abrir a conta nº 06384985, que segundo ele bancou Lula e Dilma, é o mesmo onde o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha mantinha a famosa conta da qual era “usufrutuário”, segundo alegou. A conta, cujo saldo chegou a US$150 milhões (R$486 milhões) em 2014, foi revelada pelo próprio Joesley Batista, dono da JBS, ao Ministério Público Federal. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.
O relato de Joesley sobre “conta corrente” para bancar Lula e Dilma é semelhante à “conta conjunta” revelada por Marcelo Odebrecht.
A “conta conjunta” do PT com a Odebrecht, para financiar “projetos políticos”, teria movimentado R$324 milhões entre 2009 e 2014.
Em 2010, fim do governo Lula, a conta na Suíça tinha R$226,1 milhões (US$70 milhões), diz Joesley. Em 2014, caiu para R$30 milhões.
Dilma alfinetou Cunha, em diversas ocasiões, até em pronunciamentos oficiais, afirmando que, ao contrário dele, não tinha conta na Suíça.

OPERAÇÃO RÊMORA
PF DEFLAGRA OPERAÇÃO E BLOQUEIA DESVIO DE R$12 MILHÕES NO MARANHÃO
PASSARAM A MÃO EM R$18 MILHÕES DESTINADOS À SAÚDE PUBLICA
Publicado: sexta-feira, 02 de junho de 2017 às 19:22 - Atualizado às 23:54
A Polícia Federal deflagrou na tarde desta sexta-feia, 2, a quarta fase da Operação Sermão dos Peixes. Responsável pela investigação de desvios de recursos públicos do sistema de saúde do Maranhão, a operação batizada de Rêmora bloqueou R$12 milhões.
A PF prendeu quatro pessoas em flagrante e apreendeu R$71 mil. “Tratam-se de recursos públicos que deveriam ser empregados em prol da parcela mais carente da população maranhense, que depende exclusivamente do sistema de saúde público”, ressaltou a PF.
Um dos alvos é funcionário do Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania (IDAC), organização sem fins lucrativos responsável pela gestão de recursos públicos da saúde do Maranhão. No momento da prisão, ele tinha R$71 mil na sede da IDAC.
Foram expedidos 19 mandatos judiciais pela 1ª Vara Criminal Federal São Luiz, sendo quatro mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária e nove de busca e apreensão.
As investigações foram iniciadas após a suspeita de desvio de verba por meio de ’vultosos’ saques de R$200 mil realizados por um funcionário da IDAC.
O repasse da Secretaria de Estado de Saúde do Maranhão para o IDAC contabilizava centenas de milhões de reais provenientes dos cofres públicos e deveriam ser empregados na administração de sete hospitais.

EX-GOVERNADOR REAGE
PROMOTOR CRITICADO POR GAROTINHO PEDE OUTRA VEZ SUA PRISÃO PREVENTIVA
GAROTINHO DIZ QUE TESTEMUNHA JÁ MUDOU SEU DEPOIMENTO 6 VEZES
Publicado: sexta-feira, 02 de junho de 2017 às 20:53 - Atualizado às 00:16
Faby Rufino
O Ministério Público do Rio apresentou à Justiça Eleitoral um novo pedido de prisão preventiva contra o ex-governador Anthony Garotinho. O político atribui a iniciativa ao promotor Leandro Manhães, a quem tem criticado nas redes sociais por tentar impor censura a Garotinho, proibindo-o de expressar suas opiniões publicamente. A justiça derrubou a censura.
De acordo com Elizabeth Gonçalves dos Santos, ex-funcionária da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social, ela sofre ameaças e perseguição desde que foi presa, e confessou sua participação na Operação Chequinho, pela qual Garotinho é investigado. Em nota, o ex-governador nega as ameaças e afirma que a testemunha caiu em descrédito na própria Justiça por haver mudado o seu depoimento por seis vezes.
Em seu depoimento, Elizabeth informou detalhes sobre o funcionamento do esquema à PF e ao MP. No dia 8 de maio ela retornou à Polícia Federal para denunciar as ameaças. Informações do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) afirmam que o caso seguira para analise da 100ª Zona Eleitoral, em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense.
A nota
Leia a nota divulgada por Garotinho:
"Nesta tarde sexta feira o promotor Leandro Manhães mais uma vez tenta se colocar acima da lei.
Apesar do Tribunal Superior Eleitoral ter afirmado que não cabe censura numa sociedade democrática, ele invoca para si o papel de censor, para definir o que é uma crítica desejável. Afirma também que há suposta intimidação a uma testemunha que já prestou depoimento, para pedir minha prisão preventiva.
Meus advogados estão agindo, mas cabe aqui algumas observações.
O papel de censor de opinião já foi revogado junto com a ditadura.
Se o promotor Leandro Manhães quer voltar exercer a indigna função de censor, torça pela volta de um regime de arbítrio onde as liberdades são suprimidas.
Quanto à testemunha, segundo o TSE é indigna de fé, pois alterou seu depoimento 6 vezes ao longo do processo.
Estranho também o fato do promotor fazer novamente o pedido ao juiz que acaba de assumir a ação no lugar de Ralfh Manhães, que saiu de férias.
Quem confunde opinião com ameaça deve estar com dúvidas em relação ao que faz."

CORONEL LIMA FILHO
PATMOS APREENDE DOCUMENTO COM AMIGO DE TEMER E VÊ ELO COM ANGRA 3
CORONEL LIMA FILHO GUARDAVA DADOS DE MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA
Publicado: sexta-feira, 02 de junho de 2017 às 18:54
Redação
A Polícia Federal apreendeu uma pasta com documentos relacionados à AF Consultant Switzrland LTD, nas buscas que realizou na empresa do coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima Filho – amigo do presidente Michel Temer -, no dia 18, quando foi deflagrada a Operação Patmos – desdobramento da Lava Jato, decorrente da delação premiada dos donos do Grupo J&F.
“Pasta presta (OURINVEST) com documentos referentes a operações de transferência em moeda estrangeira, confirmações de operações de derivativos, contratos de câmbio, operações de derivativos Banco Ourinvest e AF Consultant Switzerland LTD”, registra o item 02, do auto de apreensão referente ao mandado número 4 expedido pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
A ordem era para realizar buscas na sede da Argeplan Arquitetura e Engenharia Ltda., que tem como sócio o coronel Lima Filho, homem de confiança do presidente Temer. O endereço, na Vila Madalena, em São Paulo, foi apontado pelos delatores da J&F como local de entrega de uma caixa com R$ 1 milhão de propina, em dinheiro vivo, em 2014 para uma pessoa indicada pelo presidente Temer conhecido como “Coronel”.
O documento encontrado na recepção da diretoria da Argeplan é de interesse das investigações da Lava Jato, que desde 2015 encontrou elo dos negócios do amigo de Temer com o esquema de corrupção no governo federal, em especial no setor de energia, uma das áreas de domínio político do PMDB.
A Argeplan participa de contrato nas obras da usina de Angra 3, no Rio. O negócio teria envolvido propina na Eletrobras no esquema de corrupção comandado pelo PMDB na estatal.
A empresa do amigo de Temer participa do contrato “Eletromecânico 1: Área Nuclear da Usina”, assinado pela finlandesa AF Consult LTD em 24 de maio de 2012, dois anos após a abertura de concorrência internacional, pelo valor de R$ 162.214.551,43.
Por exigência contratual, a finlandesa teve de subcontratar parcerias nacionais. Foram escolhidas a AF Consult Brasil, criada em 2006, e a Engevix Engenharia, que teve executivos condenados em dois processos da Lava Jato.
A Argeplan entra no negócio como sócia da finlandesa AF Consult na constituição da AF Consult Brasil, que funciona em um escritório em São Bernardo do Campo (SP). Lima atua comercialmente em nome da Argeplan desde 1980, mas entrou como sócio efetivo em 2011 – um ano antes do contrato da AF Consult em Angra 3.
Com custo estimado em R$ 14 bilhões e obras atrasadas, Angra 3 envolveu propinas de 1% nos contratos ao partido de Temer, segundo relataram à força-tarefa delatores das empreiteiras UTC, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa. A obra, sob responsabilidade da Eletronuclear (controlada pela Eletrobras), foi dividida em vários pacotes contratuais.
Para os investigadores, o documento relacionado à “AF Consultant Switzrland” pode ter relação com o contrato de Angra 3 e foi levado da sede da Argeplan, em um dos malotes da Patmos.
Mensagens
Ex-assessor de Temer na Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, Lima tem o nome citado em uma troca de e-mails de executivos da Engevix sobre negociações do contrato de Angra 3.
Era agosto de 2014, período anterior ao primeiro aditivo do contrato da finlandesa, aumentando em 4% o valor original. “Em 21 de agosto de 2014, Samuel Fayad, funcionário da Engevix, encaminha um e-mail ao denunciado José Antunes Sobrinho (sócio da Engevix) dizendo que Othon Luiz (Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear) iria convocar as pessoas de Roberto e Lima para fechar o assunto do aditivo, e que José Antunes também seria convidado para reunião”, registra documento da força-tarefa da Lava Jato. “Roberto” é Roberto Liesegang, suíço representante da AF, e “Lima”, o amigo de Temer.
Em 18 de outubro, Sobrinho volta a falar sobre “aditivo” e dá como resolvido o assunto – o aditivo da AF Consult seria assinado em 8 de dezembro de 2014.
Para a Lava Jato, o ex-presidente da Eletronuclear, que seria sustentado no cargo pelo PMDB, “atuou ou se omitiu em favor dos interesses da empresa, recebendo vantagens indevidas”.
O processo relativo à usina de Angra 3 foi aberto pelo juiz Sérgio Moro, em Curitiba, e remetido à Justiça Federal no Rio, para o juiz Marcelo Bretas. Em agosto do ano passado, o magistrado condenou o ex-presidente da Eletronuclear a 43 anos de prisão.
Nos documentos encontrados na sala do amigo de Temer, a Polícia Federal recolheu ainda uma cópia da sentença de Bretas, encadernada. Lima Filho não foi réu nesse processo, nem a Argeplan é citada. Mas o contrato da AF Consulting integra os negócios de Angra 3 que teria rendido propinas para agentes públicos.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou em manifestação enviada ao STF, em 2016, que “há reluzentes indícios de que o ocorrido no âmbito da Petrobrás se refletiu no setor elétrico, por meio da Eletrobras”.
O advogado da Argeplan que acompanhou as buscas, Cristiano Rego Benzota de Carvalho, foi procurado, mas não foi localizado.
A Eletrobras determinou apurações internas e externas nos contratos de Angra 3 e de outras áreas, incluindo o da AF Consult. Os representantes da empresa não foram localizados. (AE)

NO O ANTAGONISTA
URGENTE: PF PRENDE HOMEM DA MALA DE TEMER
Brasil 03.06.17 08:17
A PF prendeu o homem da mala de Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures.
O G1 informa que o mandado de prisão foi assinado ontem à noite pelo ministro Edson Fachin.
Trapalhada de Temer acelerou prisão de Loures
Brasil 03.06.17 08:48
Se o governo não tivesse trocado Osmar Serraglio por Torquato Jardim no Ministério da Justiça para interferir na Polícia Federal...
Se o governo não tivesse acreditado que Serraglio aceitaria o Ministério da Transparência como prêmio de consolação...
Se o governo não tivesse irritado Serraglio a ponto de ele voltar à Câmara para reassumir o mandato, tirando o foro privilegiado do suplente Rocha Loures, que ocupava sua vaga...
Rodrigo Janot não teria pedido novamente a prisão de Loures...
Que não teria sido preso neste sábado...
E não deixaria o governo em pânico com o risco de delação.
Mas é muita trapalhada para um governo só.
"Ele não vai delatar"
Brasil 03.06.17 08:21
O homem da mala de Michel Temer, Rodrigo Rocha Loures, foi preso pela PF neste sábado, em sua casa.
Seu advogado disse a Andréia Sadi que ele não pretende delatar:
"Ele vai ficar em silêncio, ele está na polícia com outro colega e não vai delatar. Estamos indignados mas ele está tranquilo. A minha orientação é para ele silenciar".
Advogado de Rocha Loures inverte Lula
Brasil 03.06.17 08:30
Lula, ao ser interrogado por Sérgio Moro no caso do tríplex, acusou a Lava Jato de se submeter à imprensa:
"Quando um juiz e os acusadores se submetem à imprensa para poder prender as pessoas, aí tudo mais é possível, doutor."
Cezar Bitencourt, advogado do homem da mala, Rocha Loures, acusou a imprensa de se submeter à Lava Jato:
"Desde o momento em que o deputado Osmar Serraglio não aceitou o Ministério da Cultura [na verdade, Transparência] e optou por reassumir sua cadeira de deputado na Câmara, a grande mídia tem insistido que a qualquer momento o recorrido Rodrigo Rocha pode ser preso. E, invariavelmente, acrescentam que se ele não for preso provavelmente não irá delatar. Ou seja, a própria mídia já encorpou a filosofia adotada na Lava Jato de prender, para humilhar, fragilizar e apavorar os investigados para optarem pela delação".
A ladainha consta nos documentos apresentados ao STF na sexta-feira, 02, para rebater o novo pedido de prisão feito por Rodrigo Janot.
Loures, no entanto, foi preso neste sábado.
Lula, quando será?
Funaro: Temer se envolveu em esquema de financiamentos da Caixa em troca de propina ao PMDB
Brasil 03.06.17 07:53
Michel Temer também se envolveu no esquema de financiamentos da Caixa Econômica Federal a empresas que pagavam propina ao PMDB como contrapartida.
Esta é mais uma das acusações de Lúcio Funaro em proposta de delação à PGR, obtida pela Época.
O esquema se consolidou em 2011, quando indicados do partido passaram a ocupar cargos relevantes na Caixa.
A pedido do então vice-presidente da República, Funaro diz ter captado recursos das empresas beneficiadas para a campanha de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo, em 2012.
Para comprovar o que diz, o operador preso há 11 meses cita empresas usadas como laranjas para receber os recursos de Caixa Dois destinados à campanha.
Em 13 de abril de 2012, às 15h44, sob o codinome Lucky, Funaro escreveu em mensagem de celular a um dos vice-presidentes da Caixa na época, Fábio Cleto:
“Tem que ver essa situação da Comport e Hypermarcas aí dentro pra andar rápido, porque eles dois tão contribuindo com o Chalita e querem a contrapartida”.
“Vou focar aí”, respondeu Cleto.
As acusações de Funaro abrangem ainda a campanha do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, do PMDB, ao governo de São Paulo, em 2014, além de fraudes no Ministério da Agricultura durante a gestão de Wagner Rossi.
Skaf, Chalita e Rossi tentaram prosperar politicamente sob a influência de Temer.
FUNARO OFERECE ENTREGAR TEMER
Brasil 03.06.17 06:57
O Antagonista antecipou que Lúcio Funaro delataria.
As negociações com a Procuradoria-Geral da República, no entanto, estão mais avançadas do que imaginávamos.
O operador de Eduardo Cunha ofereceu à PGR um material com 12 itens que atingem Michel Temer, segundo a Época.
Funaro afirma ter provas como transferências bancárias, entregas de dinheiro vivo e registros com nomes de operadores e laranjas do presidente.
Ele confessa ter atuado como arrecadador ilegal de dinheiro para a campanha de Temer à Vice-Presidência em 2014, o que compromete a defesa do peemedebista na ação que pode levar à cassação da chapa no TSE.
“Efetuou vários repasses os quais pode identificar os respectivos comprovantes, hora, local e quem recebeu”, diz um trecho da proposta obtida pela revista.
Funaro está preso há 11 meses. No último dia 18, sua irmã também foi presa por receber dinheiro da JBS em seu nome e cumpre pena em regime domiciliar.
Foi a gota d'água para que ele abrisse o bico.
Funaro: Temer favoreceu banco em troca de recursos de campanha
Brasil 03.06.17 07:15
Michel Temer atuou junto ao Banco Central para favorecer o banco BVA em troca de dinheiro para campanhas eleitorais.
Este é um dos 12 itens da proposta de delação de Lúcio Funaro à PGR que atingem o presidente da República, segundo a Época.
Em 2012, o BC decretou intervenção no BVA.
Em 2014, o BVA acabou quebrando.
Em 2017, na última fase da Lava Jato, o fundador do BVA, José Augusto Ferreira dos Santos, foi preso.
Santos é acusado de operar como lavanderia do PMDB, como Funaro.
Ambos tinham ótimas relações com os chefes do partido.
MANTEGA DELATA
Brasil 03.06.17 06:35
Guido Mantega quer delatar.
Segundo a Época, ele “ofereceu à Lava Jato a ex-presidente Dilma e dezenas de campanhas petistas”.
Palocci pega Lula, Mantega pega Dilma
Brasil 03.06.17 06:35
Guido Mantega “já mandou sua oferta inicial aos procuradores”, de acordo com a Época.
A delação de Guido Mantega, de acordo com a Época, “depende do andamento da delação de Antonio Palocci. Ambas se completam. Palocci pega Lula; Mantega pega Dilma. Os dois foram, em tempos diferentes, os principais operadores das grandes propinas do PT, seja no Petrolão, seja no setor financeiro, seja nos bancos públicos.
A delação de Palocci está em estágio avançado; a de Mantega, em pré-negociação. Pode demorar”.
Lava Jato: "Centenas de provas" contra Lula
Brasil 03.06.17 04:43
A Lava Jato reuniu "centenas de provas" contra Lula.
Em particular, documentos apreendidos na OAS e no apartamento do próprio Lula, que foram plenamente corroborados durante os depoimentos de Léo Pinheiro e outros diretores da empreiteira.
Aumento de pena para Lula
Brasil 03.06.17 04:34
A imprensa reclamou do PowerPoint de Deltan Dallagnol porque a denúncia contra Lula se referia apenas ao triplex do Guarujá.
No documento final da Lava Jato, porém, o papel de Lula como comandante máximo da ORCRIM foi essencial para circunstanciar os pagamentos de propina por meio do triplex e, também, para pedir um aumento de pena para ele.
Diretas Já ou Cadeia Já?
Brasil 03.06.17 04:32
A Lava Jato, assim como você, quer que Lula seja preso.
E que seja preso já.
Veja aqui:
Lava Jato: Lula é corrupto e lava dinheiro
Brasil 03.06.17 04:26
A Lava Jato quer que Lula seja condenado por corrupção passiva qualificada e lavagem de dinheiro (64 vezes).
Leia aqui a íntegra das alegações finais do Ministério Público Federal sobre o triplex no Guarujá.
Janot atribui a queda de Serraglio a Aécio e outros investigados
Brasil Sexta-feira, 02.06.17 22:41
Na denúncia contra Aécio Neves, o PGR atribui a saída de Osmar Serraglio do ministério da Justiça a pressões do tucano e outros investigados insatisfeitos com a falta de "controle" do ex-ministro sobre a PF...
Escreveu Rodrigo Janot: "A pressão do senador Aécio Neves e outros investigados intensificou-se (depois da deflagração da Operação Patmos), e Osmar Serraglio foi efetivamente substituído no Ministério da Justiça."
"Abater de uma dívida nossa com ele"
Brasil 03.06.17 04:00
A Lava Jato apresentou "centenas de provas" contra Lula.
Você conhece quase todas elas, mas vale a pena ler a íntegra do documento do Ministério Público Federal porque através da análise desse material os procuradores desmontaram todos os argumentos da defesa de Lula sobre:
1. A posse do imóvel.
2. O empenho para ocultá-lo.
3. Os gastos com a reforma.
4. O desconto de seu valor da propina a ser destinada ao PT.
Agendas de Temer manipuladas
Brasil 02.06.17 19:36
A Época descobriu que o Palácio do Planalto modificou dados da agenda oficial de Michel Temer no dia em que foi deflagrada a Operação Patmos, sugerindo uma tentativa de obstrução da Justiça.
"Os servidores de informática do Palácio do Planalto registraram dezenas de modificações nas agendas antigas de Temer realizadas entre 11h20 e 11h31 de 18 de maio."
A assessoria de Temer alega que houve apenas "uma transferência dos calendários para bancos de dados para evitar problemas tecnológicos, realizada na verdade no dia 16 de maio".

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