TERCEIRA EDIÇÃO DE 18-5-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO O ANTAGONISTA
O QUE UNE TEMER E LULA
Brasil 18.05.17 08:12
Não há mandado contra Michel Temer, porque presidente da República não pode ser preso sem sentença condenatória.
É por isso que Lula quer fugir para o Palácio do Planalto.
JOESLEY NO INSTITUTO LULA
Brasil 18.05.17 08:22
A delação de Joesley Batista também pega Lula, segundo Diego Escosteguy, da Época.
Ele citou pagamentos de propina em forma de palestras e repasses para o Instituto Lula.
A PF NÃO DESAPONTA
Brasil 18.05.17 08:13
Com a revelação da delação premiada da JBS e a operação de hoje, está claro o motivo do atraso na deflagração da Operação Bullish e a saída de Joesley do país.
Ficamos aliviados.
IRMÃ DE AÉCIO NA LISTA DA INTERPOL
Brasil 18.05.17 07:44
A PF vai acionar a Interpol para prender Andrea Neves, irmã de Aécio.
Segundo o Estadão, ela está em Londres.
Mantega pode respirar aliviado
Brasil 18.05.17 07:43
O Antagonista apurou que também não há mandado contra Guido Mantega. Aliás, nenhum petista é alvo da operação de hoje.
PROCURADOR PRESO É ASSESSOR DE NICOLAO DINO
Brasil 18.05.17 07:34
A Polícia Federal cumpre buscas no TSE, nos computadores do procurador Angelo Goulart, preso hoje. Ele é assessor de Nicolao Dino, vice-procurador-eleitoral. É um escândalo!
NÃO HÁ AÇÃO CONTRA TEMER
Brasil 18.05.17 07:29
O Antagonista apurou que não há mandados contra Michel Temer.
AÉCIO AFASTADO DO SENADO
Brasil 18.05.17 07:29
Aécio Neves não é mais senador.
Edson Fachin acolheu o pedido da PGR e afastou-o do cargo.
EXCLUSIVO: FACHIN DETERMINOU PRISÃO PREVENTIVA DE IRMÃ DE AÉCIO
Brasil 18.05.17 07:25
O Antagonista apurou que Edson Fachin determinou a prisão preventiva de Andrea Neves, irmã de Aécio. O mandado ainda não foi cumprido.
JBS DELATOU PROCURADOR, ADVOGADO E PRESIDENTE DA OAB-DF
Brasil 18.05.17 07:22
Além do procurador Angelo Goulart, também são alvos da Polícia Federal o advogado Willer Tomaz e o presidente da OAB-DF, Juliano Costa Couto, que também participaram do esquema de infiltração da JBS.
Tomaz acaba de ser preso.
Perrela não será afastado
Brasil 18.05.17 07:28
Como já publicamos, Aécio Neves e Rocha Loures estão sendo afastados de seus mandatos de senador e deputado, respectivamente. Zezé Perrela mantém o cargo, embora seja alvo de buscas.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quinta-feira, 18 de maio de 2017
Temer fica insustentável, Lula se complica ainda mais e Lava Jato faz devassa no tucano Aécio Neves
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Os deuses do mercado ficaram perplexos (alguns investidores, assustados), depois que Michel Temer foi arrasado ontem pela divulgação de uma gravação, em pleno Palácio do Jaburu, na qual Temer dava o aval para que o silêncio de Eduardo Cunha, preso em Curitiba, continuasse comprado por uma mesada que também manteria calado o doleiro Lúcio Funaro. A fraca carne de Temer foi estragada e assada no inferno político por Joesley Batista, do frigorífico JBS. Inconsolável até pela bela Marcela, o insustentável Temer já avisou que não pretende renunciar. Quem poderá salvá-lo da degola?
Assim, o espectro do impeachment presidencial com eleição indireta – que parecia remoto – agora ronda Bruzundanga, assustadoramente. Também ganham mais força as teses da Intervenção Institucional (que seria a solução ideal) e da convocação de Eleições Gerais para uma Assembléia Constituinte (perigoso paliativo que pode beneficiar, de imediato, os esquemas do Crime Institucionalizado agora amedrontados). O clima de radicalização tende a esquentar na guerra de todos contra todos os Poderes no Brasil.
A Petelândia sitiou o Palácio do Planalto, exigindo o “Fora, Temer”... Lula, que já estava ferrado, ganhou novas provas para o juízo final. E a Lava Jato chega, finalmente, para arrasar, também, com Aécio Neves... Os meninos da JBS denunciaram outra gravação em que o senador tucano pediu R$ 2 milhões em “ajuda” (propina). O neto de Tancredo Neves, agora um presidenciável desmoralizado, alegou que não tinha dinheiro para bancar sua defesa na Lava Jato... A Polícia Federal começou o dia atrás de Aécio, da turma da JBS e da família de Eduardo Cunha. São 40 mandados de busca e apreensão na rua e até no Congresso Nacional... Tudo com autorização do Supremo Tribunal Federal...
Depois de uma noite e madrugada de protestos, com insônia forçada para a politicagem, o humor rentista tende para o “bearish”, afetando as cotações da bolsa e do dólar. A hiper dúvida – quase uma certeza – é que Temer, numa delação só, perdeu as condições morais e políticas para liderar a aprovação das reformas previdenciária e trabalhista – remendos vendidos pelo mercado como essenciais para a retomada do crescimento econômico. Ironicamente, por inconfidência dos acuados donos de um frigorífico, foi para o brejo a vaca da politicagem.
A vingança de Joesley atinge mais um ex-chefão da área econômica – só que do regime petista. Joesley Batista também revelou que pagava mesadas ao ex-ministro da Fazenda de Dilma Rousseff. Na versão do delator da JBS, Guido Mantega “distribuía propina a parlamentares petistas”. Nem isso conseguirá acuar a petelândia radicalóide – cujo único objetivo desesperado é vingar a queda de Dilma Rousseff com a derrubada de Temer, já que Lula é cabra marcado para o sacrifício no cadafalso da Lava Jato.
A frase “tem que manter isso, viu” – na qual Temer se referia à manutenção da propina para manter calados Eduardo Cunha e Lúcio Funaro – é fatal para a insustentável manutenção de Michel Temer no poder. A gravação feita por Joesley no final da noite de 7 de março, em plena residência oficial do Presidente Temer, foi “batom na cueca”. Em delação ao Ministério Público Federal, Joesley confidenciou que foi Temer quem ordenou que a “mesada” fosse paga a Cunha e Funaro. A Polícia Federal filmou alguns pagamentos, incluindo aqueles para um homem de confiança de Michel Temer: o deputado paranaense Rodrigo Rocha Loures – que foi assessor especial de Temer na vice-Presidência.
Resultado: Temer, de uma hora para outra, ficou caidão...
Foi patética a nota oficial liberada pelo Palácio do Planalto na insustentável defesa de Temer:
"O presidente Michel Temer jamais solicitou pagamentos para obter o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Não participou e nem autorizou qualquer movimento com o objetivo de evitar delação ou colaboração com a Justiça pelo ex-parlamentar.
O encontro com o empresário Joesley Batista ocorreu no começo de março, no Palácio do Jaburu, mas não houve no diálogo nada que comprometesse a conduta do presidente da República.
O presidente defende ampla e profunda investigação para apurar todas as denúncias veiculadas pela imprensa, com a responsabilização dos eventuais envolvidos em quaisquer ilícitos que venham a ser comprovados".
A gente avisou ontem...
Que o Palhaço do Planalto (aquele outro ente ficcional) estava se borrando de medo da delação premiada dos executivos do frigorífico JBS.
Michel Temer experimentou a ira e vingança dos irmãos Joesley e Wesley Batista...
Agora se especula qual pode ser o impacto negativo sobre o grande timoneiro da economia, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles - que foi do conselho do grupo J&F (Holding dos Batistas) e até criou, para eles, o virtual Banco Original.

NO BLOG DO NOBLAT
Fora da Constituição, Nada!
Quinta-feira, 18/05/2017 - 02h51
Por Ricardo Noblat
Há na Constituição dois artigos que se aplicam à situação que o presidente Michel Temer começou a viver desde o início da noite de ontem: se ele renunciar, o Congresso elegerá em 30 dias um novo presidente (artigo 81, inciso 1). Do contrário, ele poderá responder a processo de impeachment se assim quiser o Congresso (artigo 85, incisos 2 e 5).
Nos dois casos, o sucessor de Temer deverá ser brasileiro nato, com 35 anos ou mais de idade. Uma vez eleito, o novo presidente completará o mandato que já foi de Dilma e que caiu no colo de Temer. Pelo voto direto, em outubro do próximo ano, os brasileiros elegeriam o próximo presidente para um mandato de quatro anos.
É o que diz a Constituição. Mas não há nada que impeça o Congresso de emendá-la e convocar eleições diretas para a escolha do substituto de Temer. Deputados começaram ontem mesmo a se debruçar sobre a Proposta de Emenda à Constituição apresentada por Miro Teixeira (REDE-RJ). Ela prevê eleições diretas.
Ninguém se arriscava no Congresso, Palácio do Planalto e sede dos tribunais superiores a prever o que deverá acontecer. Como reagirá hoje o mercado financeiro? Como reagirão as redes sociais? E o que mais se teme: o ronco das ruas se fará ouvir? Somente uma coisa parecia certa: Temer perdeu as mínimas condições para continuar no cargo.
Como um presidente de rala popularidade conseguirá se arrastar pelos próximos 17 meses depois de ser acusado de crime de responsabilidade? Porque é disso que se trata. Se pedaladas fiscais derrubaram Dilma, por que Temer não cairá se pedalou a moral, os bons costumes e a probidade administrativa, a confirmar-se o que se sabe até aqui?
Comprometido com uma agenda de reformas impopulares que enfrentam forte resistência no Congresso e fora dele, como Temer conseguirá que elas sejam aprovadas? No próximo dia 6 de junho, a impugnação da chapa Dilma-Temer que disputou e ganhou as eleições de 2014 começará a ser julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Até o início desta semana, tudo indicava que a impugnação seria recusada por cinco votos contra dois. A gravação da conversa de Temer com o dono do grupo JBS poderá influir no resultado do julgamento. Talvez se encontre aí a saída menos traumática para a crise política que se agrava. Uma vez impugnada a chapa, Temer renunciaria em respeito à Justiça.
Terá grandeza para isso? Ou será forçado a renunciar antes? Ou apostará no esfriamento do tempo e na acomodação dos espíritos?

NO BLOG DO MERVAL PEREIRA
É o Começo do Fim
POR MERVAL PEREIRA
Quinta-feira, 18/05/2017 08:00
A delação mais completa de todas as da Operação Lava Jato, e por isso mesmo mais bombástica, terá conseqüências formidáveis para a vida do País, embora à primeira vista elas sejam negativas. A médio prazo, porém, poderão provocar uma reviravolta tão grande no País que permita que a renovação necessária se promova.
A começar pelo presidente Michel Temer, que já não tem condições de permanecer no cargo diante das gravações. É exemplar o caso do senador Aécio Neves, presidente do PSDB, flagrado achacando R$ 2 milhões do dono da JBS ainda em março deste ano, para, segundo alegou, pagar um advogado para defendê-lo das acusações da Operação Lava-Jato.
O senador mineiro queria dinheiro sujo para se defender de receber dinheiro sujo. É o paroxismo a que a classe política chegou. Sem falar na linguagem usada. Mesmo que tenha sido uma metáfora, ela só é própria de mafiosos: “Tem que ser alguém que a gente mate antes de fazer a delação”, disse Aécio na conversa gravada sobre quem receberia a mala de dinheiro.
Michel Temer perde a proteção da imunidade presidencial diante da realidade de que cometeu um crime durante o seu mandato. Ele não pode ser investigado por crimes ocorridos antes de sua chegada à presidência da República, mas este encontro com o dono da JBS Joesley Batista ocorreu no Palácio do Jaburu em março passado e Temer não tem como escapar de uma acusação de obstrução da Justiça.
Somente ouvir o relato do empresário dando conta de que estava pagando uma mesada a Eduardo Cunha na cadeia para que ele ficasse de bico calado já seria  ser conivente com um crime. O conselho para que mantivesse a mesada coloca o ainda presidente no centro da denúncia. É espantoso que em plena Lava Jato, e com toda a responsabilidade que lhe pesava nos ombros num momento crucial da vida nacional, Temer continuasse a agir da mesma maneira que o acusam de ter agido durante toda sua vida pública.
Já não há mais condições políticas necessárias para a aprovação de reformas tão importantes quanto polêmicas. Esse tipo de reforma necessita de um líder com credibilidade de estadista para levá-las adiante, mesmo em condições adversas.
Já havia estranhado essa especificidade da política nacional, o presidente mais impopular que já houve na nossa História estava realizando reformas estruturais impopulares com o apoio da maioria sólida do Congresso mais desacreditado dos últimos tempos.
O método adotado, no entanto, explicitava uma maneira de fazer política que estava sendo condenada na Operação Lava Jato, mas resistia dentro do Congresso. Agora, já não há mais ambiente para que se continue com esse jogo de faz de conta.
Será necessário acelerar as medidas judiciais para condenar quem tiver que ser condenado em conseqüência do esquema de corrupção sistêmica que se espalhou pelo País, e quem sobrar vai disputar a eleição presidencial, em 2018, ou antes, caso não haja uma solução legal tranquilizadora para essa transição.
Temer não tem mais condições de governar, os presidentes da Câmara e do Senado estão sendo investigados pela Lava Jato. Na linha de substituição do presidente, sobra a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Carmem Lucia. Seja qual for a saída encontrada, o presidente eleito terá que convocar uma Constituinte para aprovar as reformas estruturais. Mas nada disso tem resposta jurídica fácil, e depende basicamente de um Congresso desacreditado. Ainda estamos no começo do fim, para chegar a uma solução de compromisso da sociedade que permita o País recomeçar mais uma vez.

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