PRIMEIRA EDIÇÃO DE 18-5-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

G1.GLOBO
PF e MPF fazem operação de busca na casa de Aécio Neves no Rio
Além do senador, são alvos a irmã dele, Andrea Neves, e Altair Alves, apontado como braço direito de Cunha. Operação teve início após a delação do dono da JBS, que entregou uma gravação de Aécio pedindo a ele R$ 2 milhões.
Por G1 Rio
Quinta-feira,18/05/2017 06h01 Atualizado há menos de 1 minuto
Apartamento de Aécio Neves é alvo de busca e apreensão
Agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal realizam operação da força-tarefa da Lava Jato desde o início da manhã desta quinta-feira (18), no Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Federal, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), estão sendo cumpridos mandados de busca a apreensão nos apartamentos de pelo menos três alvos: o senador Aécio Neves; a irmã dele, Andrea Neves; e Altair Alves Pinto, conhecido por ser braço direito do deputado Eduardo Cunha. Na manhã desta quinta-feira, a TV Globo flagrou carros da PF chegando ao Congresso. O G1 tentou ligar para uma assessora de Aécio Neves, mas o telefone estava desligado.
Equipes começaram a deixar a sede da PF, na Zona Portuária do Rio, por volta das 5h30. Os carros com agentes foram para três endereços: em Ipanema, na casa de Aécio; em Copacabana, onde a irmã tem apartamento; e na Tijuca, casa de Altair.
Equipes da PF e do MPF em frente ao prédio de Andrea Neves, irmã de Aécio, em Copacabana (Foto: Leslie Leitão/TV Globo)
Em Ipanema, um chaveiro foi chamado para auxiliar o trabalho dos agentes, já que ninguém foi encontrado para abrir a porta no apartamento de Aécio. O senador já responde a seis inquéritos no Supremo Tribunal Federal. Por volta das 6h25, os agentes conseguiram entrar no apartamento após acionar um chaveiro para abrir a porta. O funcionário de um hotel que fica ao lado do edifício foi chamado para servir de testemunha.
Pouco antes das 6h, os agentes chegaram na casa de Altair, na Rua Conselheiro Olegário, número 20, na Grande Tijuca, Zona Norte do Rio. Os policiais pretendem cumprir mandado de busca e apreensão no local.
Altair já trabalhou no gabinete do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e também no gabinete de outros deputados ligados ao ex-presidente da Câmara. Ele já foi apontado por Fernando Baiano por ser o responsável por transportar propinas para Cunha.
Delação da JBS
A operação teria tido início após a delação do dono do frigorífico JBS, Joesley Batista, que entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) uma gravação do senador Aécio Neves pedindo a ele R$ 2 milhões. No áudio, com duração de cerca de 30 minutos, o presidente nacional do PSDB justifica o pedido dizendo que precisava da quantia para pagar sua defesa na Lava Jato. A informação foi divulgada pelo jornal "O Globo" na quarta-feira (17).
A entrega do dinheiro foi feita a Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio, que foi diretor da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), nomeado por Aécio, e um dos coordenadores de sua campanha a presidente em 2014.
Em nota, a assessoria de imprensa de Aécio Neves afirmou que o senador "está absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos".
"No que se refere à relação com o senhor Joesley Batista, ela era estritamente pessoal, sem qualquer envolvimento com o setor público. O senador aguarda ter acesso ao conjunto das informações para prestar todos os esclarecimentos necessários", diz o texto.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUINTA-FEIRA, 18 DE MAIO DE 2017
O esquema que rendeu a Franklin Martins, ex-ministro de Lula, US$8 milhões (R$25 milhões) na campanha de Hugo Chávez na Venezuela, segundo revelação de Mônica Moura, é semelhante àquele que atuou nas campanhas de Dilma atacando os adversários e críticos do PT. Na campanha petista de 2014, o “bunker” de Franklin se escondia em uma mansão no Lago Norte, em Brasília, mas ele não dava as caras.
Quem chefiava o bunker da turma de Franklin Martins, até pagava salários, era um Alex Miranda, citado na delação de Mônica Moura.
Segundo a mulher de João Santana, Alex Miranda foi usado como preposto para pegar dinheiro com a gangue que governa a Venezuela.
O atual presidente Nicolás Maduro, “operador” de Hugo Chávez, pagava os serviços de Franklin Martins e de João Santana no Caixa 2.
Adversários chegaram a acusar a turma de Franklin de atacar rivais na política e usar técnicas de hacker para “derrubar” sites críticos ao PT.
A delação do empresário Joesley Batista e diretores da JBS Friboi, revelada no jornal O Globo, terá o efeito devastador de bomba atômica. Confirmada a denúncia, poderá custar o mandato do presidente Michel Temer, se não por impeachment, por renúncia. Assessores próximos de Temer sempre disseram que ele jamais enfrentaria um processo de impeachment, como o de Dilma Rousseff. O presidente foi gravado dando aval à compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha.
As delações também ferem de morte, definitivamente, o presidente do PSDB, Aécio Neves, gravado pedindo R$ 2 milhões.
No curtíssimo prazo, a “bomba atômica” disparada por Joesley Batista deve dificultar a aprovação das reformas trabalhista e da previdência.
Agravando-se a crise, Temer pode até renunciar. Mas somente o fará quando houver um nome de confiança para sucedê-lo por via indireta.
O único grande suicídio em razão da política, no Brasil, foi o de Getúlio Vargas, na “República do Galeão”. Hoje, no redemoinho da República de Curitiba, o grande líder do PT pede para que morram no lugar dele.
A contundente nota de João Santana, em resposta a José Eduardo Cardozo, mostrou que os petistas devem ser cautelosos na provocação aos marqueteiros. Santana cresce na polêmica. Sem contar que o casal é fiel depositário dos mais sórdidos segredos da era Lula-Dilma.
O governador interino do Amazonas, David Almeida, tomou gosto e deve disputar a eleição do substituto definitivo de José Melo, cassado pela Justiça Eleitoral. Sua candidatura é considerada fortíssima.
A fabricante de sorvetes Diletto tem sido oferecida a empresários, em São Paulo, ao preço simbólico de 1 real. A empresa derrete desde a revelação de que era falsa a propaganda apontando sua origem no avô do fundador da empresa, “que fazia o sorvete artesanalmente na Itália”.
Os deputados Takayama (PSC-PR) e Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP) chegaram às vias de fato após um bate-boca na comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara. Sobrou até cotovelada para Takayama.
Foi só a Petrobras voltar a dar lucro e os políticos retomam pedidos e enviam currículos. Betinho Gomes (PSDB-PE) pediu a Pedro Parente, presidente da estatal, para abrir empregos na refinaria Abreu e Lima.
Foi do presidente da Câmara, Rodrigo Maia a ordem para não instalar a comissão da reforma política alternativa. Acordo dava a presidência a Renata Abreu (Podemos-SP), mas DEM, PMDB e PSDB o vetaram.
A 12 dias do fim do mandato de Simone Sanches Freire como diretora da Agência Nacional de Saúde Suplementar, o Senado aprovou por 59 votos a 4 sua recondução ao posto. Fica mais três anos.
..os fãs de Lula poderiam aproveitar a corrupção que tanto os orgulha para empreender, criando uma Orcrim - Negócios Estruturados S/A.

NO DIÁRIO DO PODER
DELAÇÃO GRUPO JBS
EDUARDO CUNHA HAVIA DITO QUE 'SE A JBS DELATAR, SERÁ O FIM DA REPÚBLICA'
CUNHA AVISOU: JBS MANDARIA A ODEBRECHT PARA 'PEQUENAS CAUSAS'
Publicado: quarta-feira, 17 de maio de 2017 às 23:09
Redação
O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) se mostrou "apreensivo" esta semana com a possibilidade de vazamento do teor das delações dos executivos do Grupo JBS. Em conversa com interlocutores, ele afirmou que "se a JBS delatar, será o fim da República".
Segundo informações do jornal O Globo, a JBS pagou R$ 5 milhões pelo silêncio de Cunha - para que ele não faça delação premiada.
O jornal informou que Joesley Batista, da JBS, gravou conversa com o presidente Michel Temer na noite de 7 de março de 2017 no Palácio do Jaburu. Nessa reunião, que durou cerca de quarenta minutos, Temer teria incentivado o empresário a continuar pagando mesada milionária ao ex-presidente da Câmara - em troca do silêncio de Eduardo Cunha.
Condenado a quinze anos e quatro meses de prisão na Operação Lava Jato, o peemedebista está recolhido no Complexo Médico Penal de Pinhais, nos arredores de Curitiba, desde outubro de 2016, por ordem do juiz federal Sérgio Moro.
Cunha também comentou a interlocutores que as delações da empreiteira Odebrecht seriam "pequenas causas" se comparadas ao teor das revelações dos controladores do Grupo JBS. O ex-parlamentar não comentou se estaria envolvido em esquemas de corrupção com os novos delatores.

OPERAÇÃO LAVA JATO
JOESLEY BATISTA REVELA QUE MANTEGA INTERMEDIAVA A PROPINA NO PT
DELATOR APONTA EX-MINISTRO COMO CONTATO DA JBS COM LULA E DILMA
Publicado: quarta-feira, 17 de maio de 2017 às 20:23 - Atualizado às 22:46
Redação
Em delação premiada, o empresário Joesley Batista relatou que o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega (Governos Lula e Dilma) era o elo entre o grupo JBS e o PT. Segundo o executivo, Mantega "intermediava" os repasses de propinas do grupo a parlamentares petistas.
As informações foram divulgadas nesta quarta-feira, 17, pelo jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo. Segundo o site do jornal, Joesley gravou Temer dando aval para "compra do silêncio" do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB/RJ).
Em reunião na noite de 7 de março no Palácio do Jaburu, Temer teria sido informado pelo empresário sobre mesada milionária ao ex-deputado - preso desde outubro na prisão da Lava Jato e condenado a 15 anos e quatro meses por corrupção e lavagem de dinheiro.
Os delatores alegaram que Mantega era responsável por mediar junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), aportes feitos ao Grupo J&F. O acordo de colaboração especifica que o ex-ministro pegava o dinheiro para o PT, e não para uso pessoal.
Joesley afirmou, segundo o Globo, aos procuradores da força-tarefa, ter se reunido com Luciano Coutinho, então presidente do BNDES. Ele diz ter percebido que Mantega "falava antes com o presidente do BNDES sobre assuntos importantes à JBS".

O GLOBO
JORNAL AFIRMA QUE AÉCIO NEVES PEDIU R$2 MILHÕES A DONO DA JBS
PF FILMOU AS ENTREGAS DO DINHEIRO E ENVIOU OS DOCUMENTOS AO STF
Publicado: quarta-feira, 17 de maio de 2017 às 20:38 - Atualizado às 22:07
Redação
O senador e presidente nacional do PSDB, Aécio Neves (MG) foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, dono do grupo JBS, para pagar despesas com a defesa no âmbito da Lava Jato, diz reportagem do jornal O Globo. A conversa de cerca de meia hora foi gravada por Joesley e o áudio entregue à Procuradoria-Geral da República.
De acordo com o jornal, Aécio e o empresário se encontraram em São Paulo, em março, quando Joesley questionou como seria a transação. "Se for você a pegar em mãos, vou eu mesmo entregar, mas, se você mandar alguém de sua confiança, mando alguém da minha confiança", disse Joesley.
Após ouvir a sugestão, Aécio indicou o primo Frederico Pacheco de Medeiros. "Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação. Vai ser o Fred com um cara seu. Vamos combinar o Fred com um cara seu porque ele sai de lá e vai no cara. E você vai me dar uma ajuda do caralho", disse o senador, segundo O Globo.
A reportagem afirma que a PF rastreou o dinheiro por meio de chip e dos números de série das notas, filmou as entregas e o destino do dinheiro foi uma empresa de publicidade do também senador tucano, Zezé Perrella (MG).

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
José Nêumanne: Iolanda, uma vigarista cínica, cruel e chinfrim
Em delação premiada, João e Mônica contaram que, quando o pagamento via caixa 2 atrasava, Dilma, assim como Lula o fizera antes, cobrava pessoal e duramente
Por Augusto Nunes
Quarta-feira, 17 maio 2017, 20h54
Publicado no Estadão
Sete fatos negam a biografia de estadista ilibada e avó inocente da ex-presidente Dilma Rousseff.
1) A pretensa heroína da democracia – Dilma jacta-se de que arriscou a vida, foi presa e torturada na ditadura militar lutando pela democracia. De fato, ela militou num grupo armado que combateu a ditadura, pôs a vida em risco e foi torturada, mas o objetivo de tais grupos não era democrático. Seus planos consistiam em substituir uma ditadura militar de direita por outra, comunista. Isso não justifica os métodos da ditadura, mas expõe uma farsa que convém desmascarar. O jornalista Luiz Cláudio Cunha apurou que, de fato, Dilma foi torturada e pelo menos um oficial do Exército foi acusado de tê-la seviciado, mas isso não a torna mártir da democracia, Aliás, ela nunca exigiu na Justiça punição para esse agressor.
2) Sua importância nos grupos armados – Durante suas campanhas eleitorais, foi acusada pela direita ignorante e de má-fé de haver participado pessoalmente de assaltos, como ao cofre herdado por Ana Caprioli, amante de Ademar de Barros, celebrizada como “doutor Rui”. Não se sabe se Dilma participou de ações armadas. Mas o fato é que ela nunca foi relacionada em nenhuma das listas preparadas pelos chefes dos grupos armados para a troca de companheiros presos por sequestrados. Isso em nada deslustra sua biografia de militante nem reduz a importância dos crimes por ela cometidos, mas mostra que foi mera tarefeira, sem maior relevância, em todos os grupos de que participou. Na luta armada talvez ela só se tenha destacado pela profusão de codinomes que usou: Estela, Vanda, Patrícia e Luíza. Manteve esse gosto pela falsidade ideológica pela vida pública afora, até mesmo durante e após sua passagem pela Presidência.
3) A falsificação do currículo acadêmico – O repórter Luiz Maklouf de Carvalho revelou, em 2009, que o currículo Lattes de Dilma continha fraudes: nele anotou que era master of science e doutoranda em Economia pela Universidade de Campinas (Unicamp). Maklouf apurou que ela começou, mas nunca concluiu o mestrado e também nunca deu início ao doutorado. O professor Ildo Sauer, da USP, ficou tão impressionado com o tal currículo que contou a amigos, por e-mail, tê-la convidado para participar da mesa na defesa de tese de um orientando dele. Ela respondeu com a má-criação de hábito: “Não tenho tempo para cuidar desse tipo de baboseiras”. Não é mesmo uma fofa?
4) A farsa da gerentona implacável – Analfabeto funcional e completamente jejuno em matérias técnicas ou de administração, Lula desprezou currículos respeitáveis de petistas competentes, como o citado Ildo Sauer e o físico Luiz Pinguelli Rosa, que foi presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Impressionado com a assessora que sempre sacava dados de um laptop, que nunca largava, nomeou-a ministra de Minas e Energia, em vez de um deles. Sauer foi diretor de Gás e Energia da Petrobras e é o único ex-dirigente da estatal nas gestões do PT que não foi acusado de ter participado da roubalheira. Pinguelli presidiu a Eletrobras. Ela passou, impávida, pela transformação da petroleira em fornecedora de lama moral e destruiu o sistema elétrico no Brasil. Os especialistas não resistiram ao convívio com seu estilo grosseiro: perderam os cargos subalternos e a possibilidade de avisar ao chefe sobre os desmandos que levaram à descoberta do enorme escândalo de corrupção.
5) O fatiamento da Constituição em seu proveito – Em 2016, os então presidentes do Senado, Renan Calheiros, e do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, rasuraram o artigo 52 da Constituição para lhe garantirem o direito de ser merendeira de escola, o que, aliás, seria arriscado, pois, conforme se revelaria depois, ela talvez fosse até capaz de envenenar a merenda.
6) O estelionato eleitoral – Em suas campanhas eleitorais para a Presidência, em 2010 e 2014, as únicas que disputou na vida, ela ludibriou os eleitores, sob a batuta do marqueteiro João Santana, com a produção de ficção milionária, recheada de mentiras e calúnias contra adversários, bancada por propinas de empreiteiras de obras públicas, não apenas com seu conhecimento, mas também com sua intervenção. Em delação premiada, João e Mônica contaram que, quando o pagamento via Caixa 2 atrasava, ela, assim como Lula o fizera antes, cobrava pessoal e duramente. Além das delações, documentos sustentam a acusação, na ação do PSDB contra a reeleição da chapa dela com Temer de vice, com farta exposição de laranjas e abusivo uso de notas frias para forjar serviços não prestados. Será uma ignomínia se o julgamento no Tribunal Superior Eleitoral deixar tais crimes impunes.
7) Clandestina em palácio – Durante o processo do impeachment, ela execrou delações, delatores (“desprezíveis”) e vazamentos seletivos. Mas, segundo Mônica, beneficiou-se de vazamentos feitos por seu ministro da Justiça e advogado no impeachment, José Eduardo Martins Cardozo. Vangloriava-se de ser honesta e nunca ter praticado atos ilícitos nem ter conta no exterior. Na delação, Mônica desmentiu-a, ao contar que Dilma usou o expediente chinfrim de pré-adolescente de usar e-mail falso e comunicar-se por rascunhos. Batizou o e-mail de Iolanda, referindo-se à mulher do ex-presidente e marechal Costa e Silva, somado a 2606, relativo a 26 de junho, data em que seus “irmãos em armas” executaram com crueldade, no portão do quartel-general do II do Exército, o recruta Mário Kozel Filho, que nunca torturou ninguém nem participou de nada reprovável. Foi morto por acaso, como sói ocorrer em atentados terroristas. Em casa, em Porto Alegre, deposta, ludibria quem lhe telefona dizendo ser Janete, estratégia usada por vigaristas que alugam terrenos na Lua e fogem de credores.
É injusto definir Iolanda/Janete como vigarista cínica, cruel e chinfrim? E dizer o quê de Lula, que no-la impingiu?

NO RADAR ON-LINE
Temer pode ser preso por obstrução de justiça
Pedido de prisão teria de ser aprovado pelo plenário do Supremo
Por Da Redação
Quarta-feira, 17 maio 2017, 22h32
Se a gravação comprovar que o presidente Michel Temer deu aval a Joesley Batista para comprar o silêncio de Eduardo Cunha, ele pode até sair da presidência direto para a cadeia. Mesmo com mandato. Enquadrado por obstrução de justiça, sua prisão teria apenas de ser aprovada pelo plenário do STF. Situação semelhante aconteceu com Delcidio do Amaral. Então senador, ele teve aprovação do Senado para o seu encarceramento.

Justiça rejeita ofensiva de Lula contra procuradores da Lava-Jato
Decisão aconteceu na noite desta quarta (17)
Por Ernesto Neves
Quarta-feira, 17 maio 2017, 18h00 - Atualizado em 17 maio 2017, 19h00
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) rejeitou analisar o habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Lula contra os procuradores da Lava-Jato. A medida exigia a suspeição dos Procuradores da República integrantes da força-tarefa.
Segundo os desembargadores da 8ª Turma, a utilização do habeas corpus para pedir a suspeição de membros do Ministério Público Federal (MPF) é incabível, já que não é prevista pelo Código Penal.
O advogado Cristiano Zanin Martins queria o afastamento dos procuradores, afirmando que há prévia inimizade com o ex-presidente.
Ele citou como exemplo de suposta ilegalidade a entrevista coletiva em que Lula figurava em gráfico do Power Point como chefe da organização criminosa investigada pela Lava-Jato.
Para Zanin, Lula teria sido apresentado como criminoso antes de qualquer julgamento.
Na mesma sessão de julgamento, a 8ª Turma também rejeitou um segundo habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente.
Desta vez, contra a decisão de Sergio Moro, que indeferiu a produção de novas provas requeridas pelo advogado de Lula.
Para o colegiado, não há ilegalidade flagrante que autorize o uso excepcional do habeas corpus pela defesa para interferir no andamento do processo.
Neste caso, Zanin alegou que há cerceamento de defesa e constrangimento ilegal do juiz Sérgio Moro.
A defesa requeria liminar autorizando confecção de prova pericial multidisciplinar e prova pericial econômico-financeira.
Na primeira, Zanin disse querer identificar se houve desvio de recursos em relação aos três contratos indicados na denúncia, e quem seriam os beneficiários dos recursos desviados.
Na segunda prova, pretendia apurar se a OAS utilizou diretamente os recursos oriundos desses mesmos contratos.

NO BLOG DO JOSIAS
TSE é opção para tirar Temer. Mas quem entra?
Josias de Souza
Quinta-feira, 18/05/2017 00:58
Em reunião emergencial noturna, Michel Temer sinalizou aos seus ministros do peito a intenção de resistir à nova leva de delações. Não cogita abdicar da Presidência da República. Assim, a menos que o delatado mude de ideia, o eventual aprofundamento da crise ateará fogo no debate sobre a conveniência de recorrer à deposição de mais um presidente.
Enquanto a oposição se equipava para guerrear pelo impeachment, aliados do próprio Temer mencionavam na noite desta quarta-feira uma saída mais rápida: a cassação do presidente no Tribunal Superior Eleitoral. Nessa hipótese, o mandato presidencial seria passado na lâmina no julgamento do processo que questiona a legitimidade da vitória da chapa Dilma-Temer na sucessão de 2014.
O debate sobre hipotéticas saídas para a crise esbarra numa pergunta incômoda: quem seria o substituto de Temer? Pela Constituição, uma eventual deposição do inquilino do Planalto acomodaria provisoriamente no trono o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), protagonista de inquérito na Lava Jato. Também enrolado no Petrolão, o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), teria de convocar eleições indiretas para escolher, em 30 dias, um substituto.
Quer dizer: um Congresso repleto de delatados, investigados, denunciados e réus, teria um mês para eleger um novo presidente. E a pergunta não pára de ressoar: Quem? Em meio a nomes partidários, como o do grão-tucano Fernando Henrique Cardoso, que se apressou em informar a correligionários que não está interessado, mencionou-se a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal, número três na linha de sucessão do Planalto.
Há um complicador: a eleição indireta está prevista no parágrafo 1º do artigo 81 da Constituição. Diz o seguinte: “Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos [presidente e vice] será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.” A lei mencionada no texto constitucional não existe. Significa dizer que, além de procurar um substituto para Temer, o Legislativo teria de votar, a toque de caixa, a regulamentação do processo eleitoral indireto.
Por ironia, horas antes da explosão da delação do Grupo JBS, auxiliares de Temer alardeavam que o Planalto desistira de empurrar com a barriga o julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral. A despeito da fartura de evidências do uso de dinheiro sujo no financiamento da chapa, operadores do presidente previam um placar de 5 a 2 a favor do ‘Fica, Temer’. Um dos otimistas chegou mesmo a ditar os nomes dos ministros que estariam propensos a afastar a lâmina do pescoço de Temer (veja comentário abaixo).
O início do julgamento do TSE está marcado para 6 de junho. No cenário atual, 20 dias são uma eternidade. Nesse intervalo um julgamento político estará sempre sujeito aos efeitos da velha máxima de Magalhães Pinto: política é como nuvem: você olha e vê um formato. Mas quando olha de novo, já vê outro.

Após delação da JBS tudo é epílogo para Temer
Josias de Souza
Quarta-feira, 17/05/2017 21:11
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Desde que Michel Temer passou a tratar com naturalidade a presença no governo de oito ministros enrolados na Lava Jato, a plateia esperava pelo sinal de que o fim, ou pelo menos o indício terminal que empurraria o governo para o bueiro, estivesse próximo. Aguardava-se o fato que levaria o País a exclamar: “Não é possível!” O alarme, finalmente, soou. A delação da turma do grupo JBS será lembrada nos livros de História como um dos marcos da derrocada. De agora em diante, tudo é epílogo para o governo-tampão de Michel Temer.
Confirmando-se a notícia de que Temer, entre outras estripulia$, foi gravado avalizando a compra do silêncio de Eduardo Cunha pelo Grupo JBS —‘Tem que manter isso, viu?’— o substituto constitucional de Dilma Rousseff perde completamente as condições de presidir o País. Fica entendido algo que a delação da Odebrecht já deixara claro: Temer não é apenas complacente com a podridão. Junto com o seu PMDB, ele é parte do lixão. Resta decidir como o sistema político fará a reciclagem.
Temer apresentara-se como uma “uma ponte para o futuro”. Fernando Henrique Cardoso redefinira sua gestão como uma “pinguela”. Pois bem. Essa versão mais tosca da ponte, feita de restos do conglomerado corrupto que sustentava as administrações petistas, explodiu. O estrondo chegou antes que Temer conseguisse aprovar suas reformas econômicas. A recuperação do PIB, que já era frágil, subiu no telhado. Há 48 horas, Temer celebrava o sucesso do primeiro ano de governo. Agora, será perseguido pela mesma pergunta que atormentava Dilma: Será que consegue concluir o mandato?


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