SEGUNDA EDIÇÃO DE 11-5-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO BLOG DO JOSIAS
Lula: ‘Eu não tenho nenhuma influência no PT’
Josias de Souza
Quinta-feira,11/05/2017 08:31
Em depoimento a Sergio Moro, Lula disse que ninguém mais do que ele está interessado em “esclarecer a verdade”. O réu soou vago e contraditório em vários momentos. Noutras passagens, a conselho dos advogados, silenciou. Mas em nenhum trecho do interrogatório o compromisso de Lula com a verdade revelou-se tão maleável quanto no instante em que ele disse ao juiz da Lava Jato: “Eu não tenho nenhuma influência no PT.” Ficou entendido que Lula depondo também é uma pose.
A frase escorregou dos lábios de Lula num instante em que Moro o espremia sobre a inusitada versão de que ele jamais soube da bandalheira que ocorria sob suas barbas presidenciais na Petrobras. Seguiu-se o seguinte diálogo:
— O senhor, tendo indicado ou, pelo menos, dado a palavra final para a indicação ao Conselho de Administração da Petrobras, de Paulo Roberto Costa, Renato Duque, Nestor Cerveró e Jorge Zelada, não tinha conhecimento de nenhum dos crimes por ele praticados?
Lula respondeu atacando:
— Não. Nem eu, nem o senhor, nem o Ministério Público, nem a Petrobras, nem a imprensa, nem a Polícia Federal. Todos nós só ficamos sabendo quando foi pego no grampo a conversa do Yousseff com o Paulo Roberto.
Moro insistiu:
— Eu indago ao senhor porque foi o senhor que indicou o nome deles ao Conselho de Administração da Petrobras. É uma situação diferente da minha, eu não tenho nada a ver com isso. Nunca participei dessas negociações.
— O senhor soltou o Yousseff. E mandou grampear. O senhor podia saber mais do que eu.
— Não, eu decretei a prisão do Alberto Yousseff, é um pouco diferente. Mas, enfim, o senhor, tendo indicado essas pessoas, não teve conhecimento de nada disso?
Lula, como de hábito, esquivou-se:
— Nada. Eu indiquei tanta gente!
— O senhor, tendo nomeado toda essa gente, entende que não tem nenhuma responsabilidade pelos fatos que eles praticaram na Petrobras?
— Nenhuma responsabilidade.
Moro ampliou o quadro, tornando o interrogatório ainda mais constrangedor:
— Alguns dirigentes de algumas empreiteiras do Brasil —Ricardo Pessoa, da UTC; Marcelo Odebrecht, da Odebrecht; Léo Pinheiro, da OAS; Rogério de Sá, Andrade Gutierrez— admitiram que havia um esquema criminoso na Petrobras de pagamento de percentual de propina nos grandes contratos. Parte dela sendo destinada a executivos da Petrobras, outra parte destinada a agentes políticos e partidos políticos, inclusive ao PT. O senhor não tinha qualquer conhecimento disso?
— Não, porque quem monta cartel para roubar não conta para ninguém. O presidente da República não participa do processo de licitação da Petrobras, de tomada de preços da Petrobras. É um problema interno da Petrobras.
[…]
— Alguns desses dirigentes citaram como responsável no Partido dos Trabalhadores pela arrecadação desses valores o senhor João Vaccari Neto. O senhor não tinha conhecimento disso?
— Não. Veja que o Vaccari é tesoureiro do PT há pouco tempo. Nós tivemos vários tesoureiros na história do PT.
— Alguns afirmam que ele fazia isso desde 2007. O senhor não tem conhecimento?
— Ele não era tesoureiro do PT em 2007.
— Depois que vieram à tona as informações acerca desse esquema criminoso na Petrobras, inclusive de valores sendo direcionados a agentes políticos e a partidos políticos, inclusive ao Partido dos Trabalhadores, o senhor, ex-presidente, tomou alguma providência a esse respeito?
Lula pede ao juiz para repetir a pergunta. Moro, pacientemente, repete cada palavras. E o pajé do PT:
— Eu já estava fora da Presidência há quatro anos. E o senhor sabe que um ex-presidente vale tanto quanto um vaso chinês. Um vaso chinês é um vaso bonito que você ganha quando é presidente. Quando você deixa a Presidência, você não tem onde colocar ele. Você não sabe como cuidar de um ex-presidente. Você não sabe como cuidar do tal vaso chinês. Eu era ex-presidente em 2014, quando saíram as denúncias da Lava Jato.
Moro foi ao ponto
— Senhor ex-presidente, com sua influência no Partido dos Trabalhadores, solicitou eventualmente para que fosse realizada uma apuração interna para verificar se os fatos afirmados pelos executivos ou pelos agentes da Petrobras eram verdadeiros?
Lula saiu-se, então, com uma verdade vista com os olhos da pose:
— Sabe que essa influência dentro do Partido dos Trabalhadores é porque o Ministério Público não conhece o PT.
Moro espantou-se:
— O senhor não tem influência dentro do partido?
— Não. Se eles conhecessem o PT não falariam isso. Eu não participo de nenhuma reunião do PT desde que fui eleito Presidente da República, em 2002. Em 2014, quando eu deixei a Presidência (Lula deixou o Planalto em 2010) é que eu voltei a participar. Então, eu não tenho nenhuma influência no PT. Eu tenho influência na sociedade. Quando eu falo, as pessoas me ouvem. Alguns ouvem, nem todos.
Moro insistiu:
— O senhor não solicitou nenhuma providência para que o PT fizesse algum exame…
— Não, porque eu não era dirigente do PT.
O ex-tesoureiro Vaccari está preso. Já sondou a força-tarefa da Lava Jato sobre a hipótese de tornar-se um delator. Mas ainda não abriu o bico. Nos encontros partidários, ainda é aclamado como “herói do povo brasileiro.” Outro petista preso, Renato Duque, já moveu os lábios mesmo sem ter assinado um acordo de colaboração. Contou a Moro que Lula o chamou para conversar, em 2014. Foi levado à presença do “nine”, como o “chefe” era chamado, por Vaccari. Falaram sobre corrupção e contas secretas na Suíça. Lula orientou-o a apagar os rastros.
Indagado por Moro, Lula viu-se compelido a admitir o encontro. ''Tive uma vez no aeroporto de Congonhas, se não me falha a memória, porque tinha vários boatos no jornal de corrupção e de contas no exterior. Eu pedi para o Vaccari, que eu não tinha amizade com o Duque, trazer o Duque para conversar.''
O mesmo Lula que dissera ter lavado as mãos diante da Lava Jato por estar fora da Presidência revelou-se um zeloso ex-presidente: ''A pergunta que eu fiz para o Duque foi simples: tem matéria nos jornais, tem denúncias de que você tem dinheiro no exterior, está pegando da Petrobras. Eu falei: 'você tem conta no exterior?' Ele falou: 'Não tenho'. Eu falei: 'Acabou'. Se não tem, não mentiu para mim. Mentiu para ele mesmo.''
Moro emendou uma pergunta óbvia: por que não chamou para conversar os outros ex-diretores da Petrobras que frequentavam o noticiário como salteadores dos cofres da estatal? E Lula, agora um petista bastante preocupado com a imagem do PT: ''O Duque tinha sido indicado pela bancada do PT. O PT indicou o Duque com outros partidos… Eu fiquei muito puto. E ele disse que não [tinha contas no exterior].''
Considerando-se que os réus têm o direito de mentir para não se auto-incriminar, a versão de Lula para a lama que engolfa sua biografia não deveria despertar tanto interesse. Mas o líder máximo do PT soou tão surreal diante de Moro que seu depoimento bale quase como uma autodelação. Para dar crédito a tudo o que disse Lula, é preciso acreditar em tantas coisas improváveis que o desafio passa a ser ao bom senso.

NO BLOG DO NOBLAT
-Pobre Marisa Letícia-
Quarta-feira11/05/2017 - 04h46
Ricardo Noblat
Para livrar-se do escândalo do Mensalão em 2005, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou a cabeça do ex-ministro José Dirceu, o coordenador de sua campanha vitoriosa à Presidência da República.
Para livrar-se do escândalo dos Aloprados, quando assessores seus forjaram, em 2006, documentos contra o PSDB, ele entregou as cabeças que pôde, inclusive a do coordenador de sua campanha à reeleição, Ricardo Berzoini.
Pouco antes, havia entregado a cabeça do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci quando restou provado que a máquina do seu governo fora usada para quebrar o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.
Nada demais, pois, que Lula tenha se valido de sua mulher, Marisa Letícia, para livrar-se da acusação de que ganhara o tríplex do Guarujá como uma espécie de propina paga pela construtora OAS. Maria Letícia está morta.
Foi tudo obra dela, segundo Lula. Foi ela que quis comprar o tríplex — ele, não. Quando visitou o apartamento, enxergou nele mais de 500 defeitos. Mesmo assim, ela insistiu em comprar para fazer investimento, ele não.
Marisa visitou o apartamento pelo menos duas vezes, lembrou o juiz Sérgio Moro. Lula retrucou que nunca soube da segunda visita. Admitiu tê-la acompanhado na primeira, da qual há registro fotográfico.
Moro perguntou sobre a reforma do apartamento, que ganhou cozinha moderna, um elevador e outras melhorias feitas pela OAS. Lula afirmou que não encomendou nenhuma reforma. Foi coisa de Marisa, portanto.
Diante da insistência do juiz em arrancar-lhe respostas mais precisas e detalhadas, Lula novamente invocou Marisa: “Perguntar coisa para mim de uma pessoa que já morreu é muito difícil, sabe? É muito difícil”.
O Lula eloquente, imbatível quando desafiado, dono de um estoque inesgotável de frases prontas, deu lugar a um Lula reticente, quase monossilábico em certos momentos, que tentava disfarçar o nervosismo.
Cobrou provas da acusação que pesa contra ele no processo. Mas, quando uma delas foi apresentada, desconversou. Moro perguntou sobre um documento rasurado de compra do tríplex encontrado no seu apartamento.
Lula respondeu: “Não sei, quem rasurou? Eu também gostaria de saber”. E sobre o documento em si? Lula respondeu: “Não sei, nunca soube”. Consultou rapidamente o documento e o devolveu ao juiz.
A OAS pagou o armazenamento dos pertences de Lula depois que ele deixou o poder. Foi coisa de Paulo Okamoto, presidente do Instituto Lula, garantiu o ex-presidente. Ele só soube disso muito mais tarde.
Moro não perguntou por que Lula aceitou que a construtora pagasse uma despesa que somente a ele, Lula, caberia pagar. Foi um favor? Foi propina? Foi uma maneira de agradecer pelos contratos que firmou com o governo?
Um interrogatório como o de ontem serve como peça de defesa do réu. Mas serve também ao juiz para ajudá-lo a formar sua própria convicção a respeito da inocência ou da culpa do réu. Como peça de defesa, foi pífio.

NO BLOG DO MERVAL PEREIRA
Contra os Fatos
POR MERVAL PEREIRA
Quinta-feira, 11/05/2017 08:01
As explicações do ex-presidente Lula sobre o tríplex do Guarujá não batem com os fatos nem com sua própria narrativa, pois não é concebível que ele tenha tratado do assunto em 2005 e só depois, em 2014, o tenha recusado, enquanto Dona Marisa e seu filho combinavam com o presidente da OAS as obras que seriam feitas, inclusive a colocação de um elevador devido à reclamação do próprio Lula sobre a escada estreita, que ele reafirmou ontem no depoimento.
A coincidência das cozinhas iguais no tríplex e no sítio de Atibaia também fica entre as coisas inexplicáveis que rondam as propriedades que Lula diz não serem dele. O impressionante é como Dona Marisa tinha capacidade de decisão sem nem mesmo consultar o marido, até em casos como o terreno do Instituto Lula.
O amigo do ex-presidente. José Carlos Bumlai disse ao juiz Sérgio Moro, em outro processo, que foi dona Marisa quem insistiu para que aquele terreno fosse comprado, para uma nova sede do Instituto. Bumlai chegou a conversar com Marcelo Odebrecht para o financiamento do terreno, já que ele não tinha dinheiro para compra-lo, e aí as narrativas se completam.
O ex-presidente da empreiteira havia declarado que, a pedido, havia comprado o terreno com o dinheiro do fundo que mantinha para o PT no departamento que cuidava da distribuição de propinas. E que quando o terreno foi recusado, por não se prestar ao monumento que pretendiam erguer na nova sede do Instituto, a Odebrecht revendeu-o e devolveu a verba para o fundo de propinas do PT.
O arquiteto que foi contratado para fazer um monumento no novo terreno disse que, quando foi visita-lo, acompanhado da assessora de Lula, Clara Ant, cruzou com o ex-presidente que chegava num carro com Dona Marisa. Sua opinião foi decisiva para que o terreno não fosse usado para a sede do novo Instituto. Todas as histórias batem.
Sim, Lula teve diversas conversas sobre o tríplex com Leo Pinheiro, mas nunca lhe sugeriu que destruísse provas. Sim, Lula visitou o tríplex em companhia do presidente da OAS, mas nunca pediu para que fosse reformado. Dona Marisa não gosta de praia, Lula não poderia sair de casa a não ser numa quarta-feira de cinzas chuvosa, mas no entanto compraram um apartamento na praia de Guarujá. Provavelmente para negócios dela, segundo Lula.
Sim, o apartamento comum passou a ser um triplex, mas Dona Marisa nunca lhe disse que mandara fazer reformas. Sim, encontraram um documento rasurado sobre o tríplex em questão, em sua casa em São Bernardo do Campo, mas ele não sabe que documento é aquele, e não está assinado, não tem valor. Quase insinuou que o documento foi “plantado” pelos policiais que foram lhe buscar numa condução coercitiva. Refreou-se a tempo, mas deixou no ar a dúvida.
Por falar nisso, a politização do depoimento de Lula ao Juiz Sérgio Moro só confirma que uma convocação com antecedência de Lula para depoimento na Operação Lava-Jato teria provocado uma mobilização dos militantes petistas que dificultaria muito uma audiência normal.
Lula, que começou o depoimento muito nervoso, como é natural, foi se soltando à medida que a audiência se processava em um ambiente tranquilo e chegou mesmo a anunciar que é candidato à presidência da República em 2018. Mas não conseguiu desmentir peremptoriamente que ameaçara os policiais dizendo que voltaria à presidência e se lembraria da cara de cada um deles. Lula, como sempre, disse que não se lembrava de ter feito tal afirmativa, uma ameaça clara, típica de quem confunde o público com o privado.
O depoimento acabou em anticlímax, pois até mesmo a militância petista esteve presente em menor número do que o anunciado. E nem Moro nem Lula rosnaram um para o outro. Ambos se colocaram em seus devidos lugares: Lula, o réu, respondendo respeitosamente e tendo ambiente para fazer até certas ironias sobre a insistência dos vendedores, como se Leo Pinheiro fosse um mero vendedor da OAS, ou sobre a independência das mulheres, uma tese que vem sendo desenvolvida cuidadosamente nos últimos dias.
A falecida Dona Marisa, nos últimos depoimentos, ganhou uma dimensão nova em todas as situações que estão sendo questionadas pela Justiça, e ainda não houve o depoimento sobre o sítio de Atibaia.

NO O ANTAGONISTA
O novo PSDB
Brasil 11.05.17 10:07
Lula está morto. E os tucanos querem morrer junto com ele.
Segundo a Folha de S. Paulo, “o PSDB vai levar ao ar em seu programa de TV, nesta quinta-feira, uma admissão de que a sigla cometeu erros, mas vai dizer que está pronto para mudar”.
De que maneira o PSDB vai dizer que está pronto para mudar?
“Os tucanos decidiram exibir mensagens de seus nomes mais tradicionais, como Aécio Neves, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso”.
Só João Doria ficou de fora.
A Controladoria pagou
Brasil 11.05.17 09:55
Lula disse que Marisa Leticia pensou em adquirir a cobertura no Guarujá como investimento.
Ela tinha talento para os negócios: levou um apartamento de dois milhões de reais a custo zero.
Foi o Zé
Brasil 11.05.17 09:43
No interrogatório de ontem, além de ter incriminado Marisa Leticia e João Vaccari Neto, Lula incriminou também José Dirceu, imputando-lhe a nomeação de Renato Duque para a diretoria da Petrobras.
Ele disse:
“O Duque tinha sido indicado pela bancada do PT. O PT indicou o Duque com outros partidos e eu penso que foi para a Casa Civil”.
Sem Lula no Planalto
Brasil 11.05.17 09:13
João Vaccari Neto "já sondou a Lava Jato sobre a hipótese de tornar-se um delator", disse Josias de Souza, do UOL.
O desastroso depoimento de Lula ao juiz Sergio Moro deve acelerar esse processo.
Os petistas ainda contavam com o retorno de Lula ao Palácio do Planalto para se livrar de suas penas. Desde ontem, essa possibilidade desapareceu.
Rei morto, rei posto
Economia 11.05.17 08:56
Depois do interrogatório de Lula, Renan Calheiros já deve estar se aproximando de Michel Temer.
Isso é bom para a reforma previdenciária.
"Lula adocicou a verdade"
Brasil 11.05.17 08:31
Os petistas acreditavam que Lula fosse capaz de engabelar o juiz Sergio Moro.
Deu tudo errado.
Leia o comentário de Eliane Cantanhêde, no Estadão:
Moro não se intimidou e fez perguntas curtas, diretas, respaldadas por agendas, datas, fatos.
Lula, ao contrário, parecia inseguro, sem a fluência e as sacadas típicas dele. Recorreu o tempo todo a “não sei”, “não lembro”, não tinha obrigação de saber que Renato Duque “operava” para o PT na Petrobras e que Pedro Barusco roubava tanto que pôde devolver US$ 100 milhões à justiça.
O depoimento foi, tecnicamente, sobre o triplex, mas ele é só uma das materializações das relações promíscuas entre o ex-presidente e as empreiteiras. Por isso, Moro fez várias perguntas sobre Duque, Barusco e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Mais do que o triplex, o que complica Lula é o encontro com Duque num hangar em São Paulo. O que um ex-presidente queria com um ex-diretor da Petrobras? E por que pediu a mediação de Vaccari, que nem era do governo nem da Petrobras? Segundo Duque, Lula foi pedir para anular provas. Mas Lula disse que só queria saber se era verdade que Duque tinha contas milionárias no exterior. Ficou claro que, como não poderia negar o encontro, Lula adocicou a verdade. Adivinha com qual versão a Justiça trabalha?
Lula admitiu encontro com Duque porque há prova
Brasil 11.05.17 08:11
Por que Lula admitiu ter-se encontrado com Renato Duque, num hangar de Congonhas, para perguntar se o ex-diretor da Petrobras tinha conta no exterior?
Só pode ser porque Lula sabe que existe prova do encontro. E que a Lava Jato tem a prova.
Cobertura triplex com vista para a cadeia
Brasil 11.05.17 08:05
Lula mentiu dizendo que só foi informado sobre o triplex em 2013.
O juiz Sergio Moro retrucou que, em 2010, O Globo já havia publicado uma reportagem sobre o imóvel.
Foi uma das passagens mais patéticas do depoimento de Lula.
Leia aqui:
Moro - Consta no processo uma matéria do jornal O Globo, de 10 de fevereiro de 2010, na qual se afirmava naquela época, abro aspas: "A família Lula da Silva deverá ocupar a cobertura tríplex com vista para o mar". Relativamente a esse prédio em Guarujá. O senhor saberia me explicar como a jornalista em 2010 poderia afirmar que a cobertura tríplex seria do ex-presidente? 
Lula - Eu vou lhe explicar, talvez não explique tudo. Mas o jornal O Globo nesse mesmo período fez 530 matérias negativas contra o Lula e só duas favoráveis. Então só posso entender que alguém do Ministério Público em São Paulo, que eu não vou dizer o nome, fomentava a imprensa, que fomentava ele. E isso foi tempo. Nós fizemos inclusive representação no Conselho Nacional do Ministério Público.
Moro - Mas a questão que eu coloco, essa questão do tríplex que o senhor afirma aqui, ela só teria surgido em 2013, segundo o senhor. O senhor tem ideia como o jornalista, lá em 2010, do Globo, poderia ter feito uma matéria se referindo a essa cobertura tríplex que o senhor iria ficar? Nesse mesmo local, nesse mesmo prédio?
Lula - Porque deve ser uma invenção do Ministério Público.
Moro - Mas em 2010 nem tinha processo.
Lula - Sei lá quando, fazer ilação se faz em qualquer momento.
O processo do sítio está parado
Brasil 11.05.17 07:43
Lula fugiu das perguntas sobre o sítio em Atibaia.
Ele disse ao juiz Sergio Moro:
“Se tem alguém que quer a verdade, sou eu. Quando chegar o processo de Atibaia, terei imenso prazer em responder”.
O processo de Atibaia está parado porque os depoimentos da Odebrecht ainda nem foram compartilhados com a PF.
A Lava Jato está dando um imenso prazer a Lula.

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