PRIMEIRA EDIÇÃO DE 11-5-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUINTA-FEIRA, 11 DE MAIO DE 2017
O ex-presidente Lula protagonizou ontem, em Curitiba, um caso típico de “se gritar, não fica um meu irmão”: ele se fez acompanhar de impressionante número de acusados de crimes no âmbito da Lava Jato. Se forem considerados culpados os 13 políticos que aparecem com Lula em apenas uma das fotos divulgadas pelo PT, podem somar mais de 300 anos de cadeia. Só Lula está sujeito a 124 anos de prisão.
No “grupo dos 13”, dez são acusados de corrupção passiva, quatro de lavagem, além de organização criminosa e tráfico de influência
Estavam em Curitiba enrolados como Dilma Rousseff, Gleisi Hoffmann, Miguel Rossetto, Jorge Viana, Lindbergh Farias e Marco Maia.
Outros do “grupo dos 13: Jandira Feghali, Maria do Rosário, Vicentinho, José Guimarães, José Mentor, Zeca Dirceu e Carlos Zarattini.
Mostrando desapreço pelo dinheiro público, os parlamentares petistas foram a Curitiba usando passagens pagas pela Câmara e Senado.
O hospital público de Santa Maria (DF) tinha 384 leitos e 58 UTIs, em 2010. Não havia filas, o atendimento era elogiado e não faltavam remédios, materiais, nada. Custava R$11 milhões por mês ao governo. Uma conspiração de sindicalistas e procuradores expulsou de Brasília a entidade sem fins lucrativos que o administrava. Hoje o hospital tem 79 leitos e 12 UTIs. Faltam remédios, médicos, material, tudo. Sobram filas às vezes de 10 horas. E o custo mensal dobrou: R$23,7 milhões.
A gestão de Santa Maria, antes de sua destruição, era semelhante a do Sírio Libanês e do Hospital Sarah; casos de sucesso.
Sindicalistas e membros do MP-DF e do MP de Contas têm se reunido para discutir formas de impedir organizações sociais de gerir hospitais.
A preocupação dos conspiradores não é com saúde pública melhor e mais barata, dizem especialistas, mas em não perder poder.
Os cerca de 7 mil petistas que invadiram Curitiba, se tanto, podem ser considerados um fracasso para o partido com quase 1,8 milhão de filiados, cujo líder e guru está a um passo de ser preso por corrupção.
Dos 58 deputados do PT, só 26 registraram presença no plenário nesta quarta. Puxados pelos líderes Carlos Zaratini (SP) e José Guimarães (CE), a petelhada embarcou para Curitiba em pleno horário comercial.
Se o presidente cair, a esta altura do mandato, haverá eleição indireta para o seu sucessor, mas no Amazonas a eleição será direta, para um mandato de apenas um ano e meio. E por decisão do TSE.
Lojistas adoram o Dia das Mães, que só perde para o Natal, mas, para o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, o governo é que fatura: os impostos representam até 79% do preço final dos presentes.
O presidente Michel Temer recebe hoje, às 17 horas, a mulher do líder oposicionista na Venezuela, Leopoldo Lopez. Lilian Tintori irá acompanhada do deputado federal Rubens Bueno(PPS-PR).
Delator do mensalão, Roberto Jéferson (PTB) está na cidade de Fátima (Portugal), onde espera receber do papa Francisco uma benção para uma cirurgia à qual se submeterá. O petebista enfrentar um câncer.
Pesquisa informal realizada via Twitter do Diário do Poder, sobre a eleição de 2018, mostra que candidato “não-político” lideraria com 46% da preferência dos entrevistados. Votos nulos e brancos teriam 26%, seguidos por um tucano (17%) e um petista (11%).
Hoje vivendo sozinho, Lula trocaria prisão domiciliar por cadeia fechada, com a companheirada da penitenciária de Curitiba?

NO DIÁRIO DO PODER
LULA NO BANCO DOS RÉUS
LULA SE CONTRADIZ SOBRE RELAÇÃO DE VACCARI COM RENATO DUQUE
ELE DÁ MAIS DE UMA VERSÃO PARA RELAÇÕES PROMÍSCUAS DA DUPLA
Publicado: quarta-feira, 10 de maio de 2017 às 23:50 - Atualizado às 00:22
Redação
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou atrás em sua própria versão sobre se tinha conhecimento a respeito das relações entre o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto e o ex-diretor da Petrobras, Renato Duque, ambos condenados na Operação Lava Jato. 
Inicialmente questionado a respeito pelo juiz Sérgio Moro, em interrogatório nesta quarta-feira, 10, o petista disse ter descoberto a relação de ambos "pela denúncia do Ministério Público Federal". Em seguida, no desenrolar do depoimento, Lula alegou ter pedido a Vaccari para marcar reunião com o ex-diretor da petrolífera, na qual o teria advertido sobre contas na Suíça. O ex-presidente falou a Moro no âmbito de ação penal em que é réu, acusado de receber R$ 3,7 milhões de propinas da OAS.
Durante o interrogatório, ao tratar sobre a parte da denúncia em que o MPF narra o suposto "comando" dos esquemas na Petrobras por parte de Lula, o juiz federal Sérgio Moro fez uma série de perguntas sobre o conhecimento que o petista tinha sobre as indicações de diretores à Petrobras e a respeito dos crimes cometidos contra a estatal. 
O ex-presidente negou ter conhecimento dos ilícitos e de ter relação próxima com as indicações políticas na petrolífera. Ele atribuiu aos partidos políticos, bancadas partidárias e ministros a função de indicar nomes, mas admitiu que tinha a palavra "palavra final", já que, do contrário, "não precisaria ter presidente".
No contexto desta suspeita levantada pelo MPF, Moro questionou Lula sobre um encontro com Duque no Aeroporto Internacional de Congonhas. O ex-agente público admitiu, em depoimento, ter sido questionado por Lula, na ocasião, sobre se teria contas na Suíça. Segundo Duque, ao ouvir uma negativa sobre a propriedade do dinheiro no exterior, Lula teria dito que "tranquilizaria a ex-presidente Dilma". A reunião, de acordo com o depoente, teria acontecido em 2014, quando o petista não estava mais no cargo.
"Tive uma vez no aeroporto de Congonhas, se não me falha a memória, porque tinha vários boatos de corrupção e de conta no exterior. Eu pedi para que o Vaccari porque eu não tinha amizade com o Duque. Trazer o duque para conversar. Foi numa sala em Congonhas. E eu fiz a pergunta simples: tem matérias nos jornais e denúncias que você tem dinheiro no exterior. Que tá pegando da Petrobras e colocando no exterior. Você tem conta no exterior? Ele disse: 'eu não tenho'. Eu falei: 'acabou, se não tem, não mentiu pra mim, mentiu para ele mesmo'", afirmou Lula.
"O Vaccari tinha mais amizade com ele do que eu. Eu não tenho nenhuma. Eu não sei se tem amizade. Liguei para o Vaccari e falei: Vaccari, você tem como pedir para o Duque ir numa reunião aqui? Ele falou tenho e ele levou Duque lá", complementou.
Inicialmente, antes da declaração sobre o encontro, Lula havia dito que só tomou conhecimento da relação de Vaccari com Duque quando foi denunciado. “Não sei (se ambos tinha relação). Eu sei que tinha porque, na denúncia, aparece que eles tinham relação.”
Mais tarde, no mesmo depoimento, após relatar a reunião em que admitiu ter pedido a Vaccari para intermediar o contato com o ex-diretor da estatal, o ex-presidente foi questionado por Moro: “Salvo equívoco, eu perguntei há pouco se o senhor sabia que ele tinha uma relação e o senhor disse: 'não'. Então o senhor tinha conhecimento de que tinha essa relação”.
“Eu pedi para o Vaccari e perguntei se ele tinha como trazer o Duque numa reunião e ele falou que tinha. Isso não implica que ele tenha relação. Implica que ele podia conhecer.”
Ao ser questionado novamente se sabia ou não da relação entre ambos, Lula voltou a negar. “Eu quero lembrar o seguinte. Relação de amizade é uma coisa e relação é outra. Eu posso sair daqui dizendo: 'olha, eu conheci dr. Moro, eu tenho relação com ele'. E, na verdade, não tenho.”
Moro voltou a perguntar sobre o tipo de relação que o ex-tesoureiro do PT tinha com o diretor da Petrobras.
“Não sei. O Vaccari está preso, você pode perguntar para o Vaccari. O Duque está preso, você pode perguntar ao Duque”, rebateu.
No âmbito dos esquemas da Petrobras, Vaccari foi condenado sob a acusação de que intermediava propinas ao PT dentro da estatal. De acordo com depoimento de Duque, o ex-tesoureiro era o arrecadador de vantagens ilícitas para o partido sobre contratos na petrolífera.
A denúncia do MPF sustenta que Lula recebeu R$ 3,7 milhões em benefício próprio - de um valor de R$ 87 milhões de corrupção - da empreiteira OAS, entre 2006 e 2012. As acusações contra Lula são relativas ao recebimento de vantagens ilícitas da empreiteira por meio do triplex 164-A no Edifício Solaris, no Guarujá (SP), e ao armazenamento de bens do acervo presidencial, mantido pela Granero de 2011 a 2016. O petista é acusado de lavagem de dinheiro e corrupção.
O Edifício Solaris era da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), a cooperativa fundada nos anos 1990 por um núcleo do PT. Em dificuldade financeira, a Bancoop repassou para a OAS empreendimentos inacabados, o que provocou a revolta de milhares de cooperados. Vaccari foi presidente da Bancoop.
A ex-primeira-dama Marisa Letícia (morta em fevereiro) assinou Termo de Adesão e Compromisso de Participação com a Bancoop e adquiriu "uma cota-parte para a implantação do empreendimento então denominado Mar Cantábrico", atual Solaris, em abril de 2005.
Em 2009, a Bancoop repassou o empreendimento à OAS e deu duas opções aos cooperados: solicitar a devolução dos recursos financeiros integralizados no empreendimento ou adquirir uma unidade da OAS, por um valor pré-estabelecido, utilizando, como parte do pagamento, o valor já pago à Cooperativa.
Segundo a defesa de Lula, a ex-primeira-dama não exerceu a opção de compra após a OAS assumir o imóvel. Em 2015, Marisa Letícia pediu a restituição dos valores colocados no empreendimento.
A Lava Jato afirma que a OAS pagou durante cinco anos pelo aluguel de dez guarda-móveis usados para armazenar parte da mudança do ex-presidente Lula quando o petista deixou o Palácio do Planalto no segundo mandato. A empreiteira desembolsou, entre janeiro de 2011 a janeiro de 2016, R$ 1,3 milhão pelos contêineres, ao custo mensal de R$ 22.536,84 cada.
Toda negociação com a transportadora Granero teria sido intermediada pelo presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, que indicou a OAS como pagante com o argumento de que a empreiteira é uma “apoiadora do Instituto Lula". 
Para investigadores da Lava Jato, os fatos demonstram “fortes indícios de pagamentos dissimulados” pela OAS em favor de Lula. Isso porque o contrato se destinava a “armazenagem de materiais de escritório e mobiliário corporativo de propriedade da construtora OAS”, mas na verdade os guarda-móveis atendiam a Lula.

MULHER DE SÉRGIO CABRAL
ADRIANA ANCELMO MOVIMENTA CONTA BLOQUEADA E PODE VOLTAR À CADEIA
RÉ POR CORRUPÇÃO E LAVAGEM DE DINHEIRO, ELA ESTÁ EM PRISÃO DOMICILIAR DESDE MARÇO
Publicado: quarta-feira,10 de maio de 2017 às 18:53
Redação
Ré por corrupção e lavagem de dinheiro do esquema de corrupção do marido, o ex-governador do Rio, Sergio Cabral (PMDB), a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo, que está em prisão domiciliar, pode ser mandada de volta à cadeia por ter movimentado sua conta bancária no Itaú, bloqueada a mando da Justiça, quando estava presa.
Nesta quarta-feira, em depoimento ao juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, Marcelo Bretas, ela disse que, enquanto estava encarcerada, teve R$ 1,2 milhão creditado na sua conta, valor oriundo de um investimento em previdência privada em benefício de um de seus filhos. O dinheiro foi usado, segundo a ex-primeira-dama, para pagamentos de honorários advocatícios dos profissionais que a defendem, além de dívidas com funcionários e outras despesas. Como ela estava no presídio Bangu 8, os pagamentos foram feitos por sua secretária.
"Causa estranheza. Os investimentos deveriam estar bloqueados, para o ressarcimento dos cofres públicos (do dinheiro de corrupção desviado). Ela podia dispor só da participação dos lucros do escritório de advocacia (do qual é sócia). O Ministério Público vai solicitar e o Itaú vai ter de esclarecer" disse, após o depoimento, o procurador Rodrigo Timóteo.
Adriana foi presa em dezembro e liberada para ir para casa em março. Ela está em prisão domiciliar em seu apartamento, no Leblon, onde moram seus dois filhos, de 10 e 14 anos. Cabral está preso há seis meses no complexo de presídios de Bangu.
No depoimento desta quarta-feira, ela negou que tenha cometido os crimes dos quais é acusada, e disse que acredita na idoneidade do marido. "De forma alguma participei. Nunca tive ciência. A mim nunca foi entregue nem um centavo", afirmou.
Adriana rechaçou também que seu escritório de advocacia tenha lavado dinheiro ilícito e afirmou que nunca teve contas pagas por emissários de Cabral. Disse ainda que jamais comprou joias de valores como R$ 1,8 milhão e R$ 600 mil, como constam nos autos do processo. "Tenho a mesma conta bancária desde os meus 18 anos, é a única em toda a minha vida. Fico absolutamente tranquila independentemente de quem venha a se sentar aqui", afirmou.
"Nenhum empresário, nenhum delator, nenhum operador poderá mencionar qualquer tratativa de recebimento de valores ilícitos por meu escritório ou por mim. Eu nunca, jamais, participei e contribuí com qualquer atividade ilícita supostamente realizada e que estão nesses processos", declarou Adriana, que disse esperar voltar a exercer a profissão de advogada. Sobre Cabral, afirmou crer que "todo e qualquer recebimento dele tenha sido de produto de trabalho lícito".
Ela desmentiu sua ex-secretária, Michele Pinto, segundo a qual Adriana recebia remessas semanais de R$ 200 mil e R$ 300 mil em seu escritório. Quem entregava era o emissário Luiz Carlos Bezerra, que integra o esquema de Cabral, segundo as investigações. "Atribuo qualquer afirmação dela, que eu recebia R$ 200 mil e R$ 300 mil, a represália, por eu ter aberto informações da vida pessoal dela. São alegações fictícias", acusou Adriana, que disse que Bezerra era um office boy de Cabral.
Sobre as joias que teriam sido compradas para a lavagem do dinheiro da corrupção, ela disse que se trataram de presentes. "As joias que foram apreendidas na minha residência eram as que eu detinha. Eu recebi algumas joias do Sergio, em datas festivas de aniversário. Não era em todos os anos nem em todas as datas, como Dia das Mães", disse Adriana, casada com Cabral há 15 anos. Sobre o anel que recebeu do empreiteiro Fernando Cavendish, estimado em R$ 800 mil, de presente de aniversário, declarou: "Eu recebi um presente de um amigo, sem que eu soubesse dos valores."
Ela contou também que o serviço advocatício prestado por seu escritório para a empresa EBX, do empresário Eike Batista, no ano de 2012, foi realizado normalmente. O mesmo disse em referência à empresa Rica Alimentos, de Luiz Alexandre Igayara, réu por lavagem de dinheiro - o que havia sido negado mais cedo em depoimento por Igayara. Delator, ele declarou que Cabral lhe pediu para "esquentar" R$ 2,5 milhões via contrato fantasma com a firma.
"Houve dois trabalhos realizados, um em 2012 e outro em 2014, ambos referentes a passivos trabalhistas da empresa. Realizei no mínimo três reuniões no meu escritório com Igayara. Eu prestei os serviços. Não consigo sequer imaginar por que razão ele venha aqui dizer que isso foi fictício", ela disse.
Segundo a Procuradoria da República no Rio, Adriana se beneficiou do sistema de arrecadação de propina de empreiteiras, que movimentaria cerca de R$ 1 milhão por mês. Lavou dinheiro por meio de contratos fantasmas firmados por seu escritório de advocacia e pela compra de joias, feitas nas joalherias mais caras do Rio. Só na H. Stern, foram mais de 40 peças, no total de R$ 6 milhões, adquiridas entre 2012 e 2015 e pagas, muitas vezes, em espécie.
O número de viagens que ela e o marido fizeram no período em que ele foi governador também chamou a atenção dos investigadores. Foram 67 vezes entre 2006 e 2016 (os dois mandatos de Cabral foram de 2007 a 2014). O hábito de comprar roupas de grife de alto luxo também: a força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, apontou gasto de R$ 57 mil em seis vestidos de festa feitos sob medida em 2014.
Ela e Cabral são réus também por corrupção e lavagem de dinheiro em outra ação, na 13ª Vara Federal Criminal da cidade, sobre suposta propina de R$ 2,7 milhões que teriam irrigado o esquema de Cabral a partir de um desvio num contrato de terraplanagem das obras do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj) com as empreiteiras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão. Outros colaboradores de Cabral também são réus nessa ação.
Na semana passada, a advogada disse, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, que não tinha conhecimento do total dos gastos da família - que, segundo Moro, seriam superiores a R$ 100 mil (o salário de governador é de cerca de R$ 20 mil). Segundo Adriana, era o marido que cuidava da parte financeira da casa e o casal não tratava desse assunto. (AE)

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Quinta-feira, maio 11, 2017
O RATO QUE RUGE: A COMÉDIA E A TRAGICOMÉDIA
O empresário ‘trader’ brasileiro que trabalha e vive nos Estados Unidos, Leandro Ruschel, que sempre encontra tempo para a produção de bons textos de análise política e notas em sua página do Facebook, acabou por me inspirar a escrever esta postagem.
Crítico mordaz do esquerdismo delirante e muito bem informado, Ruschel escreveu o seguinte, com relação ao super badalado depoimento de Lula nesta quarta-feira, 10, em Curitiba: “Lula prometeu uma gigantesca manifestação a seu favor em Curitiba. Resultado: utilizando todo o poder da mortadela, não conseguiu reunir mais do que 4 mil pelegos’. E completou: Lula tem o rugido de um rato”.
Ai eu me lembrei de uma famosa comédia que teve como ator principal o insuperável Peter Sellers. O título do filme: “O Rato que Ruge” (The mouse that roared), é de 1959 e chegou ao Brasil no início da década dos anos 60 do século passado. 
Guardadas as devidas proporções, o enredo dessa comédia em grande medida é meio parecida com as trapalhadas e as gatunagens de Lula e seus sequazes.
A Wikipedia refrescou minha memória sobre o roteiro. Afinal, o filme tem mais de meio século.
Em síntese é o seguinte: A economia de Fenwick (país fictício) está na bancarrota (parecido com o Brasil), pois o vinho, seu único produto de exportação, sofre a concorrência de um produto similar mais barato criado nos Estados Unidos da América. 
Então, a governante do país, a Duquesa Gloriana XII, (poderia ser a Dilma), é convencida pelo primeiro-ministro “Bobo” Moutntjoy (poderia ser o Aloísio Mercadante) a declarar guerra aos americanos, com o único propósito de perder e depois conseguir ‘financiamento’ (epa! aí tem coisa muito parecida com a engenharia financeira petralha que faliu o Brasil) para garantir a ‘reconstrução’ (que coincidência, hein?) numa referência ao Plano Marshall.
Risadas à parte, o diabo é que a história recente do Brasil sob o domínio dos psicopatas comandados por Lula está mais para uma ‘tragicomédia’.
O que é rigorosamente compatível com a célebre comédia britânica está no título: 'O Rato que Ruge'. Nada mais parecido com o Lula e seus rugidos frente ao calmo e impassível Juiz Sergio Moro, ao longo de uma tarde friorenta na capital paranaense.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quarta-feira, 10 de maio de 2017
Marco Aurélio alimenta polêmica contra Gilmar

2a Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Enquanto o ex-Presidente Luis Inácio Lula da Silva sofria de pigalgia sentando na 13ª Vara Federal do juiz Sérgio Moro, o noticiário do Judiciário traz polêmicas interessantíssimas para o destino da Lava Jato e outros casos de grande repercussão. As polêmicas envolvem diretamente o nome de Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Tem meio mundo pedindo que senadores aceitem a abertura de processo para tirá-lo da Corte Suprema...
Hoje se divulgou que o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou, na segunda-feira, um parecer ao STF defendendo que seja definitivamente arquivada uma ação contra o impeachment de Gilmar Mendes. A intenção de abrir um processo contra Gilmar foi pedida há um tempão por juristas. O caso fora arquivado no Senado pelo então presidente Renan Calheiros, sem consultar a mesa diretora da Casa. A postura de Janot alivia a barra de Gilmar em futuras broncas...
Semana passada, o mesmo Janot havia pedido à presidente do STF, Cármen Lúcia, para considerar Gilmar Mendes impedido de atuar em processos que envolvam Eike Batista – que Gilmar mandou soltar. Janot justificou o pedido porque a mulher de Gilmar, Guiomar Mendes, trabalha no escritório de advocacia de Sérgio Bermudes – super-defensor de Eike. Agora, ficou claro que Janot não deseja uma degola completa de Gilmar. Indica também que ambos já devem ter “fumado o cachimbo da paz” – conforme sugeriu o ministro Marco Aurélio Mello.
Aliás, Marco Aurélio (sem querer, querendo) ferrou com Gilmar Mendes. O ministro declarou-se impedido para julgar qualquer processo em que atua o mesmo escritório do advogado Sérgio Bermudes. Motivo: sua sobrinha, Paula Mello, atua como advogada na banca. Marco Aurélio escreveu: “Para efeito de distribuição e tomada de voto, informo estar impedido de atuar em processos – subjetivos e objetivos – patrocinados pelo escritório Sérgio Bermudes Advogados e naqueles que, embora atue advogado que não o integre, envolvam cliente do referido escritório de advocacia, nas áreas civil e criminal”.
E agora, Gilmar? Marco Aurélio também se declarou impedido de julgar processos em que tenham atuado previamente a mulher dele, a desembargadora Sandra De Santis Mendes de Farias Mello, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJ-DF); a filha dele Letícia De Santis Mendes de Farias Mello, do tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região; e a filha Cristiana De Santis Mendes de Farias Mello, que é procuradora do Distrito Federal e advogada.
Marco Aurélio não quer confusão: “É algo indesejável. Estou há 38 anos no Judiciário e nunca enfrentei uma exceção de suspeição, de impedimento de colega. É constrangedor e ruim para o Judiciário como um todo. Eu fui o juiz que mais se deu por impedido. Por quê? Porque eu tenho uma mulher atuando aqui no TJ. Então em todos os processos dela eu me declaro impedido. Não que eu tenha suscetibilidades extras”.
Como diria o ex-juiz (de futebol) Arnaldo Cezar Coelho, “a regra é clara”. O Código de Processo Civil proíbe um juiz de atuar em um processo quando o advogado da causa for cônjuge ou parente até terceiro grau. Também fica proibido o juiz de atuar quando, no processo, uma das partes é defendida pelo escritório de advocacia onde trabalha o cônjuge ou parente até terceiro grau. Fim de papo...
Pressão popular
No último dia 8 de maio, manifestantes cercaram o carro de Gilmar Mendes e pediram o impeachment dele. Circulam na Internet vários abaixo-assinados pedindo o impedimento do ministro. E vários juristas vão insistir com pedidos ao Senado – cujos membros devem se fingir de mortos, para não botar mais lenha na fogueira na guerra institucional de todos contra todos...
Mais ridículo que isso é ver Lula chegando para depor ao juiz Moro como um “Erói Onesto”, cercado de puxa-sacos e fanáticos seguidores... Ainda bem que Lula ainda tem amigos fieis, como o ex-ministro Mares Guia, controlador da Kroton, que até lhe emprestou um jatinho para a duríssima viagem à "República de Curitiba"...
(...)

NO O ANTAGONISTA
O Italiano é o próximo
Brasil Quinta-feira,11.05.17 07:34
Antonio Palocci tem de voltar a consultar seus advogados.
Assim como Lula incriminou Marisa Leticia e João Vaccari Neto no caso do triplex, ele vai incriminar o Italiano no caso do prédio do Instituto Lula, pago pelo departamento de propinas da Odebrecht.
6.384 militantes
Brasil 11.05.17 07:30
“A Polícia Rodoviária Federal cadastrou 168 ônibus nas entradas de Curitiba, entre quarta-feira e ontem, para participar do ato em defesa de Lula”, disse O Globo.
“Cada ônibus tem 38 lugares, o que soma 6.384 militantes”.
O blefe foi desmascarado
Brasil 11.05.17 07:21
Lula reuniu menos de 7 mil pessoas em Curitiba.
Nas últimas semanas, os milicianos da ORCRIM tentaram intimidar a Lava Jato prometendo provocar o caos se Lula fosse condenado.
Agora o blefe foi desmascarado.
Sergio Moro pode julgar Lula sem medo de baderna.

O outro cadáver de Lula
Brasil 11.05.17 07:11
Lula, como notaram todos os jornais, incriminou Marisa Leticia.
Mas ele incriminou também João Vaccari Neto, acusando-o de ser o elo com Renato Duque, o operador de propinas do PT na Petrobras.
Preso há mais de dois anos, João Vaccari Neto se manteve obedientemente calado até agora.
O depoimento de ontem mostrou que, para Lula, ele está mais morto do que Marisa Leticia.
Lula diz e desdiz
Brasil 11.05.17 06:58
O trecho do interrogatório de Lula sobre seu encontro clandestino com Renato Duque foi reproduzido pelo UOL.
Leia aqui:
Moro - O senhor pode esclarecer por que o senhor procurou o senhor João Vaccari para procurar o Renato Duque?
Lula - Porque o Vaccari tinha mais relação de amizade com ele do que eu que não tinha nenhuma.
Moro - O senhor tinha conhecimento da relação de amizade entre os dois?
Lula - Não sei se era relação de amizade, liguei para o Vaccari e falei: Vaccari, você tem como pedir para o Duque pedir numa reunião aqui? Falou tenho, e levou o Duque lá.
Moro - Salvo equívoco meu, eu perguntei se o senhor conhecia, sabia se eles tinham alguma relação, o senhor falou que não? Então o senhor tinha conhecimento que ele tinha uma relação?
Lula - Eu pedi para o Vaccari, para o Vaccari se ele tinha como trazer o Duque, ele disse que tinha. Isso não implica que ele tinha relação, implica que ele podia conhecer.
E depois:
Lula - Só quero lembrar o seguinte, relação de amizade é uma coisa, e relação é outra. Eu posso, eu vou sair daqui dizendo conheci o doutor Moro, tenho relação com ele, na verdade não tenho.
Moro - Sei, entendi. Mas o senhor então não sabia na época que o senhor João Vaccari tinha relação com o senhor Renato Duque?
Lula - Eu sabia que ele tinha relação, não sabia que tinha relação de amizade. Quando eu disse para ele chamar o Duque é porque ele poderia ter o telefone do Duque que eu não tinha.
Moro - Que tipo de relação que o senhor tinha conhecimento que eles tinham?
Lula - Ah, não sei, não sei, o Vaccari está preso, pode perguntar para o Vaccari, o Duque está preso, pode procurar o Duque.
Moro - O senhor procurou o Vaccari para chegar ao Duque, pelo que o senhor disse, fique tranquilo para esclarecer.
Lula - Estou tranquilo. Doutor.
Moro - A questão é saber assim por que o senhor fez isso para o Vaccari para chegar ao Duque, o senhor tinha conhecimento de alguma relação deles?
Lula - Porque o Vaccari conhecia o Duque que eu não conhecia. Só isso.
Moro - Isso o senhor tinha conhecimento?
Lula - Que tipo de relação que eles tinham eu não sei.
Moro - O senhor ex-presidente tinha conhecimento que o João Vaccari conhecia?
Lula - Tinha conhecimento.
Moro - Que tipo de conhecimento o que senhor tinha?
Lula - Conhecimento que o Vaccari conhecia o Duque.
Moro - Só isso?
Lula - Só isso.
Sem defesa para Lula
Brasil 11.05.17 06:47
Até as macacas de auditório de Lula reconheceram que ele se estrepou.
Veja a manchete do UOL:

Petistas admitem que Lula se danou
Brasil 11.05.17 06:32
O PT sabe que Lula se danou.
Leia o que disse Gerson Camarotti, do G1:
“De forma reservada, até mesmo parlamentares petistas admitem que a situação do ex-presidente Lula ficou mais complicada ao reconhecer um encontro com o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, intermediado pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari.
A pergunta que ficou sem reposta é simples: por que um ex-presidente da República vai se encontrar num hangar do aeroporto de Congonhas com um ex-diretor da Petrobras investigado no esquema da Lava Jato?”
Lula incrimina Lula
Brasil 11.05.17 06:25
Um réu pode mentir à vontade.
Por isso mesmo, ninguém esperava que Lula fosse se estrepar no interrogatório de ontem.
Mas foi o que aconteceu.
Suas respostas sobre Renato Duque implodiram os argumentos da defesa no caso dos pagamentos de propina da OAS.
E o efeito será ainda mais devastador nos processos sobre os repasses da Odebrecht e da Sete Brasil.
Só faltou combinar com Moro
Brasil Quarta-feira, 10.05.17 22:25
Lula e os seus advogados decidiram: Marisa Letícia é mesmo culpada de tudo.
Só falta combinar com Sérgio Moro.

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