QUARTA EDIÇÃO DE 18-4-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NO O ANTAGONISTA
O papa recusa convite para visitar o Brasil
Brasil terça-feira,18.04.17 14:29
O papa Francisco esnobou o convite de Michel Temer para visitar o Brasil.
Ele disse, em carta publicada por Gerson Camarotti:
“Sei bem que a crise que o país enfrenta não é de simples solução, uma vez que tem raízes sócio-político-econômicas, e não corresponde à Igreja nem ao papa dar uma receita concreta para resolver algo tão complexo.
Porém não posso deixar de pensar em tantas pessoas, sobretudo nos mais pobres, que muitas vezes se veem completamente abandonados e costumam ser aqueles que pagam o preço mais amargo e dilacerante de algumas soluções fáceis e superficiais para crises que vão muito além da esfera meramente financeira.”
Eis um comentário fácil e superficial do papa.
"No dia em que o Lula cair, acaba o PT"
Brasil 18.04.17 12:52
Flavio Bierrenbach, jurista, político e ex-ministro do Superior Tribunal Militar, em entrevista à GloboNews:
"Não entrei no PT por causa do Lula, porque o Lula é e continua sendo maior do que o PT. No dia em que o Lula cair, acaba o PT."
Bierrenbach lembrou que o Partidos dos Trabalhadores nasceu de "um grupo de intelectuais" e da "esquerda católica".
Diretoria da Odebrecht pede desculpas aos funcionários
Brasil 18.04.17 13:35
A diretoria da Odebrecht enviou uma carta aos seus funcionários pedindo desculpas "pelos constrangimentos que os relatos dos colaboradores estão causando a vocês e às suas famílias". O registro é da Folha.
Leia este trecho da carta:
"Esta etapa de tanta exposição negativa para a Odebrecht é dolorosa, mas necessária. Nós precisávamos passar por isso. Seria impossível reconstruir a empresa que queremos para o futuro sem enfrentar a realidade de fatos ocorridos anteriormente e que só agora vocês e a sociedade passaram a conhecer."
Senado ignora o fim do foro privilegiado
Brasil 18.04.17 12:40
Edison Lobão, presidente da Comissão de Constituição e Justiça, ainda não pautou para amanhã a discussão da PEC do fim do foro privilegiado. O relator Randolfe Rodrigues está com seus pareceres finais prontos.
Há um movimento nos bastidores para esvaziar a sessão.

NO DIÁRIO DO PODER
OAB ALERTA
PRISÃO DE DONO DA “ODEBRECHT DE SERGIPE” DEIXA POLÍTICOS EM PÂNICO COM MEDO DE DELAÇÃO
PRESIDENTE DA OAB ALERTA SOBRE "POSSÍVEIS INTERFERÊNCIAS POR FORÇAS POLÍTICAS E ECONÔMICAS"
Publicado: terça-feira, 18 de abril de 2017 às 14:06
Redação
No estado de Sergipe há três operações desencadeadas pela polícia civil, nas quais são alvo de investigação envolvidos em crimes tributários e de corrupção no âmbito do poder público. Alguns empresários foram presos, como o dono da empresa Torre – conhecida como “Odebrecht sergipana”, José Antonio Torres Neto. Além dele, políticos também estão na iminência de serem presos como deputados estaduais, ex-prefeitos, vereadores etc. O grande temor no meio político e empresarial é que José Antonio faça uma delação premiada.
O governador do estado, Jackson Barreto, bastante pressionado, pode a qualquer momento mudar o comando da polícia civil, com a finalidade de aplacar o curso natural das investigações. Preocupado como essa possibilidade, o presidente da OAB local, Henri Clay Andrade divulgou nota pública da entidade alertando “possíveis engendramentos de interferências ilegítimas por forças políticas e econômicas que estariam a conspirar contra a atuação dos órgãos de investigação do Estado de Sergipe, notadamente, a polícia civil sergipana”.
Diz a nota da OAB-SE: “Neste cenário, perpetrar mudanças no atual comando da polícia civil do Estado de Sergipe, no curso de avançada investigação a respeito de crimes tributários e de corrupção no âmbito do Poder Público, seria medida temerária, anti-republicana e inadequada à moralidade pública”.
Nota pública da OAB-SE
“A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe – vem a público manifestar a sua preocupação e a sua posição institucional diante da grande repercussão decorrente de notícias atinentes a possíveis engendramentos de interferências ilegítimas por forças políticas e econômicas que estariam a conspirar contra a atuação dos órgãos de investigação do Estado de Sergipe, notadamente, a polícia civil sergipana.
Vivemos tempos difíceis, nunca antes vistos, na história do nosso país. Investigações dão conta de um organizado esquema que escancara as vísceras de um Estado carcomido pela corrupção endêmica. Infelizmente, há indícios de que Sergipe não está fora desse calamitoso cenário nacional.
Nesse panorama, importante registrar que não obstante a Ordem seja defensora histórica e intransigente das liberdades e do direito de defesa, tais bandeiras institucionais não compactuam, tampouco se confundem, com a criação de obstáculos ao exercício do poder-dever estatal de investigar quem quer que seja.
Ninguém está acima da lei, independente do seu status político, econômico ou social.
Neste cenário, perpetrar mudanças no atual comando da polícia civil do Estado de Sergipe, no curso de avançada investigação a respeito de crimes tributários e de corrupção no âmbito do Poder Público, seria medida temerária, anti-republicana e inadequada à moralidade pública.
Contudo, embora atenta, a Ordem não acredita que os ocupantes dos mais elevados postos da administração pública estadual possam capitular diante de qualquer espécie de pressão política ou econômica, a ponto de utilizar expedientes ímprobos, com manifesto desvio de finalidade, para frustrar ou embaraçar importantes investigações em curso em nosso Estado.
Nesse sentido, a OAB/SE, pugnando pela ética e pela moralidade pública, defende a autonomia das investigações policiais, sem excessos e sem pirotecnias, sempre com absoluto respeito à dignidade da pessoa humana, amplo direito de defesa e contraditório, seguindo-se as normas atinentes ao devido processo legal, que pressupõe investigação, acusação, defesa e julgamento, cada etapa cumprida pelos respectivos órgãos constitucionalmente legitimados, sem interferências externas ou invasão de competências.
A OAB/SE permanece vigilante e disposta a combater todo e qualquer ato que represente ataque às balizas republicanas do Estado Democrático de Direito”. 
Henri Clay Andrade
Presidente da OAB/SE

NO BLOG DO JOSIAS
Retórica de Lula empurra Palocci para a delação
Josias de Souza
Terça-feira,18/04/2017 15:42
Antonio Palocci tomou gosto pela ideia de se tornar um colaborador da Justiça. Sua movimentação injeta na decomposição do petismo uma novidade: a autofagia companheira. Acusado de coletar verbas por baixo da mesa em nome de Lula, Palocci viu-se imprensado entre dois gigantes. De um lado, a provedora Odebrecht, que diz ter bancado os confortos do morubixaba petista. Na outra ponta, o beneficiário dos mimo$, que jura não ter recebido nada. Se não colocar o dedo para suar, Palocci acaba migrando para a inusitada condição de desviador dos desvios.
Com sua retórica da negação, o próprio Lula empurra o companheiro para o colo dos investigadores. Na semana passada, o “guerreiro do povo brasileiro” ironizou a revelação de Marcelo Odebrecht de que provisionou R$ 40 milhões nas planilhas do departamento de propinas para atender às necessidades do “Amigo” da construtora. Tudo combinado com Palocci, que destacou um assessor, Branislav Kontic, para apanhar dinheiro vivo e levá-lo até Lula. Coisa de R$ 13 milhões entre entre 2012 e 2013.
Disse Lula: “Quem tiver contando mentiras, quem tiver inventando historinhas, quem tiver dizendo que criou uma conta pra mim, para um terceiro… Já faz sete anos que eu deixei a Presidência. Essa conta está onde? Esse terceiro está onde? Esse cara deve estar comendo, então, o dinheiro que era pra mim, porra!”
Lula deixou Palocci na situação do português da piada, que recebe sua primeira aula prática depois de entrar para divisão de pára-quedismo da Aeronáutica. “Estamos a dois mil pés de altura”, diz o instrutor ao recruta. “Você saltará por aquela porta. Ao puxar a primeira cordinha, o pára-quedas se abrirá. Se isso não acontecer, o que é improvável, puxe a segunda cordinha. Se não abrir, o que é improbabilíssimo, puxe a terceira cordinha e o equipamento se abrirá. Lá embaixo, haverá um jipe à sua espera, para levá-lo de volta ao quartel.” Joaquim salta. Puxa a primeira cordinha. Nada. Puxa a segunda. Nem sinal. Puxa a terceira. E o pára-quedas permanence fechado. O recruta se inquieta: “Ai, Jesus! Agora só falta o jipe não estar lá embaixo.”
Palocci ouviu dizer que a Lava Jato não chegaria à Odebrecht. Chegou. Disseram-lhe que Marcelo Odebrecht jamais seria preso. Está hospedado numa unidade do Moro’s Inn de Curitiba há quase dois anos. Juraram-lhe que o príncipe das empreiteiras nunca se tornaria um delator. Os vídeos da deduragem estarrecem os brasileiros no horário nobre da tevê há uma semana. As falas de Lula mostraram a Palocci que não há nenhum jipe esperando lá embaixo.


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