PRIMEIRA EDIÇÃO DE 26-4-2017 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
QUARTA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2017
O ex-ministro Antonio Palocci deverá incluir em sua delação, além do ex-presidente Lula, pessoas que se beneficiaram do esquema de corrupção nos governos petistas. Do tipo frio, calculista, que não se emociona por nada, Palocci deve envolver empresários, inclusive da área de comunicação, e banqueiros que se locupletaram de decisões do governo. Palocci estaria com sede de vingança, dizem fontes do PT.
Palocci pretende se vingar de Lula e dos banqueiros e empresários que não o “protegeram” e nem o ajudaram após sua prisão, em outubro.
A um advogado, Palocci disse que não vai “pagar esse pato sozinho”, queixando-se de que Lula e demais “parceiros” o abandonaram.
Quarta (19), Palocci surpreendeu ao se colocar à disposição para “colaborar”, prometendo material para “mais um ano” de Lava Jato.
O MPF pressiona, mas foram as conversas com Marcelo Odebrecht e Leo Pinheiro, na carceragem da PF, que persuadiram Palocci a delatar.
Dois deputados da Assembleia Nacional da Venezuela, perseguidos pelo regime autoritário de Nicolás Maduro negociam asilo político no Brasil. As tratativas, em caráter sigiloso, começaram no fim de semana. Consultado, o presidente Michel Temer não se opôs à concessão do status de asilados aos deputados e família, até porque é da tradição da diplomacia brasileira acolher perseguidos políticos em outros países.
Os parlamentares venezuelanos e suas famílias têm sido aterrorizados pela polícia política e grupos bandidos armados pelo governo Maduro.
Em seu Twitter, o deputado oposicionista Tomás Guanipa divulgou imagens de bandidos armados por Maduro rondando a sua casa.
O ex-senador boliviano Roger Molina, perseguido pelo cocaleiro Evo Morales, asilou-se na embaixada do Brasil em La Paz por 455 dias.
A agência Multi Solution venceu a maior licitação de publicidade do governo Michel Temer com um slogan que já virou piada no mercado: “Banco do Brasil, Digital etc e tal.” Verba de R$ 500 milhões por ano. O bom senso prevaleceu e o governo mandou o BB anular a licitação.
O Banco do Brasil, o maior do País, quase contratou uma agência de propaganda desconhecida, pequena, para gerir sua marca e competir no mercado. Por baixo, é irresponsabilidade. Por cima, pode ser tudo.
A vitória folgada do governo, ontem, na comissão especial de Reforma Trabalhista, mostrou a diferença entre a fantasia, que sempre ocupa a maior parte do noticiário, e a realidade do que acontece na Câmara.
Os servidores parecem desobrigados de cumprir a lei. Na Câmara, uma centena deles participou de protesto no horário do expediente, proibido pela Lei 8112. A mesma que lhes garante estabilidade e impunidade.
À exceção de Michel Temer, do ministro Mendonça Filho (Educação) e dos senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e João Alberto (PMDB-CE), todos os políticos com mandato que foram ao aniversário de 87 anos de José Sarney, segunda-feira (24), são citados na Lista Fachin.
Afora Izalci (PSDB) e Érica Kokay (PT), parlamentares do DF faltaram à sessão do aniversário de Brasília, na Câmara. Apareceram poucos, como o ex-governador Paulo Octavio, um apaixonado pela cidade que o avô da sua mulher, Anna Christina Kubitschek, fundou há 57 anos.
A presepada de Roberto Requião (PMDB-PR), que pretende punir “abuso de autoridade”, foi criticada pelo senador Lasier Martins (PSD-RS), que prevê a insurreição de bandidos contra o Judiciário.
Índios violentos agenciados por ONGs, inclusive estrangeiras, tocaram novamente o terror em Brasília, atacando policiais a flechadas. Esses delinquentes aculturados vivem em cidades, mas são “inimputáveis”.
...nos velhos tempos do governo do PT, não havia protestos de índios como o de ontem. Até isso a Odebrecht “resolvia”.

NO DIÁRIO DO PODER
EX-TESOUREIRO DO PP
STF MANDA SOLTAR JOÃO CLÁUDIO GENU, PRESO NA OPERAÇÃO LAVA JATO
ELE FOI CONDENADO A MAIS DE 8 ANOS DE PRISÃO POR SÉRGIO MORO
Publicado: Terça-feira, 25 de abril de 2017 às 18:45 - Atualizado às 19:43
Redação
Por 3 votos a 2, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) mandou soltar hoje (25) o ex-tesoureiro do PP, João Cláudio Genu, condenado a mais de oito anos de prisão pelo juiz federal Sérgio Moro em um dos processos da Operação Lava Jato. Genu está preso preventivamente há 330 dias no Complexo Médico-Penal em Pinhais, região metropolitana de Curitiba.
No julgamento, a maioria dos ministros divergiu do relator, Edson Fachin, e entendeu que Genu pode responder às acusações em liberdade. A divergência foi aberta pelo ministro Dias Toffoli e seguida pelos ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Celso de Mello acompanhou o voto de Fachin.
Os três ministros vencedores entenderam que a manutenção da custódia viola julgamento no qual o plenário decidiu que a prisão para cumprimento da pena só pode ocorrer no caso de confirmação da condenação pela segunda instância, fato que ainda não ocorreu no caso de Genu.
De acordo com as investigações da Lava Jato, Genu – ex-assessor do ex-deputado federal José Janene, falecido em 2010 – era um dos beneficiários e articuladores do esquema de desvio de recursos da Petrobras, recebendo um percentual fixo da propina destinada ao PP.
Ao recorrer ao Supremo, a defesa sustentou que não há motivos para a manutenção da prisão preventiva de Genu, sendo que o ex-assessor já foi condenado e não pode interferir nas investigações da Lava Jato, conforme fundamentou o juiz Sergio Moro ao decretar a prisão.(ABr)

NEM TODOS VOLTARÃO
Por Carlos Chagas
Quarta-feira, 26-4-2017
Dos 28 ministros do presidente Temer, 18 são parlamentares. Estão todos demitidos, obrigados a reassumir seus mandatos de deputado ou senador. A obrigação deles não é apenas votar as reformas previdenciária e trabalhista, de acordo com os projetos do governo: devem garantir os votos de suas bancadas, comportando-se como líderes. Ainda não há data fixa para as votações, coisa que prenuncia tempo razoável para voltarem a ser ministros. Por enquanto a pergunta não diz respeito a quando voltarão a seus ministérios, mas se todos voltarão. Porque muita gente sustenta não existir melhor oportunidade para o presidente reformular sua equipe. Aprovadas as reformas, por que não buscar na sociedade civil as melhores expressões de cada setor? Senão desfeita, a base parlamentar do governo terá cumprido seus compromissos.
Duvida-se de que até Michel Temer vacilará se lhe pedirem para referir de bate-pronto o nome de todos os seus ministros, bem como os partidos a que pertencem e as metas de cada ministério.
Abre-se agora, para o governo, a etapa da eficiência administrativa, capaz de estender-se até o fim do ano. Depois, num terceiro tempo, será hora de cuidar da sucessão presidencial. Temer não será candidato, ainda que disponha da prerrogativa de disputar um novo mandato. A premissa será de que o PMDB está no páreo, mesmo carente de candidatos. Poderá ser Henrique Meirelles, se a retomada do crescimento econômico obtiver sucesso. Por que não Roberto Requião, mais do que uma rima?
Em suma, a prioridade são as reformas, mas depois delas garantidas, como parece, o governo cuidará de suas estruturas. Sendo ano que vem um ano eleitoral, nem todos os ministros ficarão aborrecidos se não retornarem.

NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
A trinca que soltou Bumlai teria abençoado o goleiro Bruno
O sonho de todo delinquente é ser julgado pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal
Por Augusto Nunes
Terça-feira, 25 abr 2017, 20h53 - Atualizado em 25 abr 2017, 20h56
Nesta terça-feira, por 3 votos a 1, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal expulsou dos campos e devolveu à merecidíssma cadeia o goleiro Bruno. Condenado por assassinato, o mandante da execução de Eliza Samudio (e da ocultação do corpo estraçalhado por cães, vai esperar engaiolado a decisão em segunda instância.
Também nesta terça, por 3 votos a 2, a Segunda Turma do STF devolveu ao recesso do lar o ex-empresário José Carlos Bumlai, convertido ao banditismo militante já no começo do intenso convívio com o amigo Lula. Condenado por gestão fraudulenta e corrupção passiva, vai esperar livre como um táxi a decisão em segunda instância.
O goleiro Bruno deu azar. Se fosse julgado pela turma que libertou Bumlai, seria abençoado pelos ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Celso de Mello. Para a trinca de togas compassivas, um dia na cadeia é infinitamente mais alongado do que um ano nas ruas. Meliante também é gente. E isto aqui é o Brasil.

NO BLOG DO JOSIAS
Por reforma, Temer demite 3 ministros por 1 dia
Josias de Souza
Quarta-feira, 26/04/2017 05:52
Os ministros Mendonça Filho (Educação), Bruno Araújo (Cidades) e Fernando Bezerra Filho (Minas e Energia) foram devolvidos à Câmara por Michel Temer. Exonerados por um dia, reforçarão a infantaria governista na votação da reforma trabalhista, prevista para esta quarta-feira. Deve-se o movimento a uma contraofensiva do Planalto para tentar atenuar a traição do PSB.
Embora ocupe o cobiçado Ministério das Minas e Energia, o PSB decidiu obrigar sua bancada federal a votar contra as reformas trabalhista e previdenciária. Aprovou em sua Executiva Nacional algo que no jargão dos partidos é chamado de “fechamento de questão.” O deputado que desrespeitar sujeita-se à expulsão. Abespinhado, Temer abriu sua caixa de ferramentas. E o PSB já ensaia um recuo. Os governadores da legenda, Rodrigo Rollemberg (DF) e Paulo Câmara (PE), muniram-se de panos quentes.
Temer achou mais prudente não esperar sentado. Os suplentes de Mendonça Filho (DEM-PE) e de Bruno Araújo (PSDB-PE) são do PSB pernambucano: Creuza Pereira e Severino Ninho. Devolvendo os titulares aos respectivos mandatos, Temer desligou da tomada dois potenciais traidores. Fernando Filho, o representante do PSB na Esplanada, era líder da bancada do partido na Câmara antes de virar ministro. Retorna à Casa por 24 horas com a missão de produzir uma adesão à reforma tão grande que impeça a expulsão dos governistas.
A bancada do PSB tem 35 votos. Com o expurgo momentâneo de dois suplentes, caiu para 33. Na votação da reforma trabalhista, o Planalto espera amealhar os votos de pelo menos metade desses votos. Se conseguir, desmoralizará qualquer tentativa de punir os partidários das reformas. Dificilmente a legenda mostraria a porta de saída para tantos deputados. A bancada federal serve de parâmetro para o cálculo do Fundo Partidário. Quanto maior a bancada, mais dinheiro o partido recebe. O PSB adota um comportamento errático. Mas seus dirigentes não rasgam dinheiro.

Herman Benjamin sobre TSE: virará lavanderia
Josias de Souza
Quarta-feira, 26/04/2017 01:57
Numa sessão em que o Tribunal Superior Eleitoral julgou as prestações de contas de três partidos, o ministro Herman Benjamin fez uma espécie de desabafo: “Eu não queria dizer essa frase, mas vamos nos transformar na lavanderia mais sofisticada do Brasil.” Relator da ação sobre a cassação da chapa Dilma-Temer, Benjamin se referia à costumeira benevolência da Corte com a contabilidade suspeita dos partidos.
Segundo o ministro, a Lava Jato demonstrou que as legendas recebem verbas de má origem e “lavam” o dinheiro por meio do TSE. Ao chancelar contas a partir de simples declarações formais, acrescentou Benjamin, o tribunal aceita “a cortina de fumaça de uma legalidade formal.” E não contribui para a criação de um ambiente que estimule “a licitude do comportamento dos partidos políticos”, melhorando o próprio processo eleitoral.
Nas palavras de Benjamin, transmitidas ao vivo pela internet, o TSE está diante de duas alternativas: “…Ou se contenta apenas com um atestado de existência formal ou tem os olhos abertos para, em hipóteses excepcionais, não se contentar com essa cortina de fumaça.”
A manifestação de Benjamin foi feita durante o julgamento das contas do PPS referentes a 2011. Calma, você não leu errado. O TSE julgou a escrituração partidária de seis anos atrás. Em decisão inusual, o plenário da Corte reprovou as contas do PPS por unanimidade. Coube à ministra Luciana Lóssio relatar o processo. Ela anotou em seu voto que passaram pelas arcas do PPS naquele ano R$ 5,8 milhões. O grosso, R$ 5,1 milhões, veio do Fundo Partidário. É verba pública.
Escorando-se em auditoria feita por técnicos do TSE, a ministra informou aos seus pares que foram detectadas irregularidades na aplicação de 48,21% do dinheiro que manuseado pela tesouraria do PPS. Farejaram-se incongruências, por exemplo, no pagamento de prestadores de serviços, na compra de passagens aéreas e nas despesas com alimentação. O partido foi condenado a devolver R$ R$ 2,27 milhões, com a devida atualização monetária. De resto, deixará de receber o equivalente a três meses do Fundo Partidário.
Noutros tempos, os ministros do TSE talvez aprovassem as contas do PPS com ressalvas. Como fizeram, a propósito, com outras duas legendas que tiveram suas contabilidades apreciadas na mesma sessão: PSC e PTdoB (não confundir com PCdoB). Em ambos os casos, as contas passaram “com ressalvas” porque as irregularidades detectadas pelos técnicos do TSE foram consideradas irrisórias.
Herman Benjamin foi o relator do processo referente ao PTdoB, que terá de devolver ao erário R$ 27,5 mil. Seus comentários sobre a conversão do TSE em lavanderia soaram como se o ministro vivesse a angústia do que está por vir no julgamento mais relevante de toda a história do Corte máxima da Justiça Eleitoral. Até os ácaros do carpete do plenário do TSE suspeitam que Benjamin deve votar pela inelegibilidade de Dilma Rousseff e pela interrupção do mandato de Michel Temer. Os mesmos aracnídeos têm certeza de que é mais fácil o PMDB se tornar um partido casto do que o TSE levar a cabeça de Temer à bandeja no julgamento que será retomado em maio.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Terça-feira, 25 de abril de 2017
TSE deve separar contas de campanha: Temer fica na Presidência, e Dilma se torna inelegível
2ª Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
A bolsa de apostas dos deuses endemoniados do mercado insiste na tendência de que o Tribunal Superior Eleitoral tomará a polêmica decisão de separar as contas da campanha presidencial de 2014. Assim, apesar de denúncias em delações premiadas sobre grana de Caixa 2 abastecendo a tesouraria do PMDB, Michel Temer será preservado no cargo que herdou de Dilma Rousseff. Já a ex-Presidenta pagará novamente como “cabra expiatória”, sendo considerada inelegível.
O caso será julgado pelos sete ministros do TSE. O presidente da corte eleitoral, o supremo-ministro Gilmar Mendes, sinalizou que o julgamento será retomado até o final de maio, já com a nova composição do tribunal – com dois novos ministros nomeados por Michel Temer. A aposta mercadológica é que algum ministro pedirá vistas do processo, assim que o relator Herman Benjamin concluir seu voto. O plano defensivo de Temer e aliados é que se atrase, ao máximo, a decisão final.
O Alerta Total repete por 13 x 13: Apesar de impopular em diferentes enquetes de opinião, o poder financeiro não deseja que Temer saia, antes de cumprida sua pauta “reformista”. É por este mesmo motivo que, dificilmente, Temer será atingido por eventuais “deduragens” na Lava Jato, enquanto estiver sentado no troninho oclocático do Palácio do Planalto. Alguns peemedebostas, seletos tucanalhas e a cúpula petralha – incluindo a cereja do bolo (Lula) – serão os bodes expiatórios.
Depois de aprovar as reformas trabalhista e da previdência, os estrategistas de Temer já articulam uma “surpresa” para 2018. O Presidente pretende liderar uma campanha em defesa de uma Assembléia Constituinte para reformular pontos obscuros da confusa Carta de 1988. A ironia da História é que a Constituição será mudada pela mesma base política hegemônica que a concebeu. Mais ironia: a proposta pode contar com apoio de alguns militares. O objetivo é impedir a convulsão social que se delineia no horizonte perdido, com risco de explosão incontrolável de violência que pode provocar até a desintegração nacional.
Conclusão: a cada manobra da politicagem, o Brasil vai ficando cada vez mais parecido com um inacreditável jogo da Baleia Azul.
(...)

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