PRIMEIRA EDIÇÃO DE 14-11-2016 DO 'DA MÍDIA SEM MORDAÇA'
NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
SEGUNDA-FEIRA, 14 DE NOVEMBRO DE 2016
A Petrobras foi a empresa petrolífera que mais perdeu dinheiro neste ano, como consequência dos escândalos de corrupção e erros de gestão dos governos Lula e Dilma. Enquanto a Petrobras registrou o prejuízo de R$16 bilhões, três grandes do setor, Shell, Exxon e BP, saboreiam lucro de R$22 bilhões no mesmo período, terceiro trimestre de 2016. Em 2015, o prejuízo da Petrobras chegou a R$ 34,5 bilhões.
Apesar dos programas de demissão voluntária, a Petrobras continua “campeã”: emprega mais pessoas que Shell, Exxon e BP somadas.
A holandesa Shell lucrou US$2,79 bilhões até o 3º trimestre de 2016; a Exxon, US$2,7 bilhões e a British Petroleum (BP), US$933 milhões.
No final de 2013, eram 446,3 mil pessoas empregadas pela Petrobras. O ano de 2014 encerrou com 372 mil.
O corte na Petrobras foi expressivo, 39% do total de funcionários. Em fevereiro deste ano, o número de empregados caiu para 275 mil.
A classe artística, maior beneficiada com recursos do Ministério da Cultura no governo Dilma Rousseff, pode ser blindada pela CPI destinada a investigar os contratos da Lei Rouanet. Nesta semana, a CPI não aprovou nenhum requerimento de convocação de artistas que ganharam dinheiro do Tesouro. “Se não os chamarmos, vamos brincar de fazer CPI”, protesta o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ).
Sóstenes quer interrogar o ator José de Abreu, o “Zé do Cuspe”, por não prestar contas de R$ 299 mil recebidos pela Lei Rouanet.
José de Abreu zombou da convocação, pedindo passagem de Paris-Brasília. Mas depois mandou recados conciliadores aos deputados.
Um grupo de deputados aguarda até 21 de novembro. Caso não tenha uma solução para o problema, eles prometem “sair da CPI atirando”.
Insultando a inteligência da opinião pública, sindicalistas e militantes protestam no Rio como se o governador Pezão não pagasse as contas porque não quer e que não dá aumentos porque é um político cruel.
O presidente Michel Temer tem sido pressionado a nomear os conselheiros de Itaipu Binacional: afinal, são R$ 21 mil de jeton por reunião, a cada dois meses. Já foram nomeados os diplomatas Paulo Estivallet de Mesquita e Marcos Galvão, secretário-geral do Itamaraty.
O Tribunal Regional Federal da 5ª Região (Nordeste), com sede no Recife, é o único dos TRFs que não cria dificuldades em seu site para acesso a informações, inclusive sobre os salários dos magistrados.
Apesar de ter sido eleita deputada pelo Distrito Federal, Érika Kokay (PT) usou parte da cota para exercício da atividade parlamentar em viagens de Maceió para Brasília e de Florianópolis para São Paulo.
Assessores palacianos defendem o ex-secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, como ministro da Justiça. Até levaram dados curriculares dele a Michel Temer: gaúcho, 59, é advogado, formado em gestão privada e gestão pública, e Inteligência é sua especialidade.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) tem um número de funcionários de fazer inveja a muitos adoradores de boquinhas no serviço público: 23 no gabinete e 45 no escritório de apoio em Manaus.
A pelegada controlada pela CUT fez barulho por Dilma e Lula, contra o impeachment, contou a lorota do “golpe”, gritou “Fora, Temer” e agora protesta contra a PEC que limita os gastos dos quais se locupleta. O próximo pode ser “Fora, Lava Jato”. Ou contra a prisão de Lula.
Quando se digita “Erenice Guerra” no Google, aparece na barra de pesquisas a sugestão “Erenice Guerra namorada de Dilma”. Outra sugestão é... “esposa de Dilma”. Que coisa.
...para quem sempre fez pose de “xerife do mundo”, o americano anda com medo demais do falastrão que elegeram presidente dos EUA.
NO DIÁRIO DO PODER
CRIME
SOBRINHA-NETA DE SARNEY PODE TER SIDO MORTA POR ESTRANGULAMENTO
ELA É NETA DO EX-DEPUTADO SARNEY NETO, E O MARIDO É O SUSPEITO
Publicado: domingo,13 de novembro de 2016 às 23:22 - Atualizado às 00:32
Redação
A filha do ex-deputado Sarney Neto, Mariana Costa, 33, foi assassinada na noite deste domingo. A polícia, investiga, entre outras, a tese de assassinato por estrangulamento. O marido da vítima, Marcos Renato, filho do empresário José Renato, proprietário do Laticínio São José, foi levado à Secretaria de Segurança, onde presta esclarecimentos. Ele seria o principal suspeito do homicídio.
A vítima teria sido encontrada pelas filhas em sua cama, despida e com marcas de asfixiamento. Câmeras de segurança da residência serão avaliadas pela polícia para identificar o autor do crime.
O corpo de Mariana se encontra no Hospital São Domingos. Ela é filha do ex-deputado Sarney Neto e neta de Ewandro Sarney, irmão do ex-presidente e ex-senador José Sarney (PMDB).
Muito religiosa, Mariana era mãe de duas filhas com o empresário, uma de 11 e 9 anos. Dedicada à família e à criação das filhas, desde a adolescência ela era evangélica. Atualmente frequentava a Igreja Batista do Olho D´Água. Ela morreu no fim da tarde deste domingo (13), no bairro do Turu, em São Luís, onde residia. As câmeras de monitoramento da casa serão avaliadas pela polícia, para tentar identificar o autor do crime.
ESPERTEZA
DEFESA DE DILMA TENTA 'ARRASTAR' TEMER PARA SE LIVRAR DE PROCESSO NO TSE
PT IGNOROU TEMER EM 2014, E ALEGA QUE A CAMPANHA ERA DOS DOIS
Publicado: domingo,13 de novembro de 2016 às 11:37 - Atualizado às 21:15
Redação
A defesa da presidente cassada Dilma Rousseff mudou de estratégia e tenta agora preservar os direitos políticos da petista "arrastando" o presidente Michel Temer para o seu lado como boia de salvação. Convencidos de que há no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma tendência para tornar Dilma inelegível e retirar o que ela conquistou quando o impeachment foi aprovado no Senado, seus advogados fazem de tudo para Temer não se separar do PT no processo que pede a cassação da chapa reeleita em 2014.
Durante a campanha, Michel Temer nem sequer era mencionado, tampouco era convidado a participar de comícios. Ele somente apareceu ao lado de Dilma durante o "discurso da vitória", em um hotel de Brasília.
Diante da Justiça, o divórcio do PMDB está longe de ser consensual no papel. Em conversas reservadas, interlocutores da ex-presidente afirmam que, enquanto Temer estiver "grudado" nela, fica mais difícil para o TSE julgar procedente a ação - impetrada pelo PSDB em 2014 - porque, nesse caso, o peemedebista perderia o mandato. Se houver um veredicto pela cassação no ano que vem, nova eleição terá de ser realizada de forma indireta, pelo Congresso, hipótese que pode provocar instabilidade política.
Nos bastidores, petistas argumentam que "ou os dois morrem juntos ou os dois se salvam juntos". Ao sofrer impeachment, em agosto, Dilma manteve os direitos políticos. Pode concorrer a cargos públicos e disputar eleições, mas tudo isso corre risco caso haja impugnação da chapa.
Indissolúvel - Temer pede a separação do julgamento de suas contas sob a alegação de que, à época, era candidato a vice e não pode ser responsabilizado por eventuais ilícitos cometidos pelo comitê do PT. Para provar que a chapa é indissolúvel, o advogado Flávio Caetano, defensor de Dilma, juntou ao processo cópia de um cheque de R$1 milhão e documentos indicando que a doação à campanha, feita pela empreiteira Andrade Gutierrez, entrou pela conta de Temer, então presidente do PMDB.
"Nós fomos surpreendidos por uma mentira quando Otávio Azevedo (ex-presidente da Andrade Gutierrez e delator da Lava Jato) disse, em depoimento ao TSE, que havia uma transferência de R$1 milhão do Diretório Nacional do PT para a campanha de Dilma", afirmou Caetano. "A doação ocorreu por meio do Diretório do PMDB. E o depoente já havia assegurado que a contribuição para esse partido tinha sido absolutamente voluntária e regular."
O advogado negou que tenha mudado de estratégia. "Sempre trabalhamos pela improcedência da ação e destacamos que a chapa é única. Não há possibilidade de separação."
Gustavo Guedes, advogado de Temer, também observou "contradições" no depoimento de Otávio Azevedo.
"Não há nenhuma prova nos autos sobre a utilização de dinheiro ilícito na campanha de 2014. O único depoimento que apontaria alguma possível ilicitude se mostrou, no mínimo, frágil", argumentou Guedes.
A nova tática da defesa de Dilma para "arrastar" Temer ficou ainda mais evidente na última quarta-feira, 09. No depoimento de Giles Azevedo, ex-chefe de gabinete da petista, Caetano o questionou sobre a participação de Temer em comícios ao lado da então presidente. O assessor também foi perguntado sobre reuniões com o candidato a vice e visitas feitas por ele ao comitê.
As respostas de Giles reforçaram a vinculação de Temer com a campanha. "Todo mundo quer se salvar. O que eles não querem é que nós nos salvemos e eles, não", resumiu um interlocutor do presidente. Um ex-ministro de Dilma confirmou este diagnóstico: "Não vamos deixar Temer posar de santo".
A posição do relator do processo, Herman Benjamin, preocupa tanto o Palácio do Planalto como o PT. Respeitado na Corte, Benjamin dá sinais de que pode causar problemas para Temer, embora tenha ambições de se tornar ministro do Supremo Tribunal Federal, se houver vaga em 2017, com a provável aposentadoria de Celso de Mello. A indicação ao STF é feita pelo presidente.
"Ninguém sabe como vai ser meu voto", disse Benjamin, ao ser questionado pelo Estado. "Será um julgamento técnico. Não tem componente político.
NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES
Descendo a rampa
Dilma foi rebaixada a presidenta de uma fundação explorada pelo PT
Por: Augusto Nunes
Segunda-feira, 14/11/2016 às 0:21
“Vamos eleger o novo conselho da Fundação e nova diretoria. Ela vai ser eleita, por proposta nossa, presidente do conselho da Fundação”. (Rui Falcão, presidente nacional do PT, revelando que Dilma Rousseff, depois de despejada por justa causa da Presidência da República, vai pedalar na presidência do Conselho Curador da Fundação Perseu Abramo)
NO BLOG DO JOSIAS
Moro proferiu 118 condenações. STF, nenhuma
Josias de Souza
Segunda-feira, 14/11/2016 06:18
Em dois anos e sete meses de Lava Jato, Sérgio Moro já proferiu 118 condenações. Juntas, somam 1.256 anos, 6 meses e 1 dia de prisão. No Supremo Tribunal Federal, não há vestígio de sentença condenatória. A comparação é constrangedora. Mesmo descontando o fato de que Moro julga sozinho e o Supremo é um colegiado sem vocação para a instrução penal.
Na primeira instância, os suspeitos sem mandato são sentenciados em escala industrial. No Supremo, os encrencados que dispõem do escudo do privilégio de foro, embora jurados de morte, continuam cheios de vida. Alguns aproveitam a sobrevida para tramar no Congresso a aprovação de projetos que ajudem a “estancar a sangria”.
Inaugurada em março de 2014, a Lava Jato já levou para os escaninhos do Supremo 81 inquéritos, envolvendo 364 investigados, entre pessoas e empresas. Mais lenta do que a força-tarefa do Ministério Público em Curitiba, a Procuradoria-Geral da República formalizou apenas 15 denúncias, com um total de 48 acusados. Alguns processos já foram arquivados ou remetidos pela Suprema Corte para instâncias inferiores. E nada de condenação.
O quadro abaixo expõe o resultado da linha de desmontagem paranaense. Os números ajudam a explicar por que a turma do Petrolão tem tanto medo de cair nas mãos da força-tarefa de Curitiba. Ali, Procuradoria, Polícia Federal e Receita Federal passam os investigados no triturador. E Moro os engole.
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