DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
22 DE JUNHO DE 2015
O ministro Joaquim Levy (Fazenda) anda constrangido com a ordem que recebeu do Planalto: defender o crime financeiro conhecido por “pedaladas fiscais”. Tem dito a amigos que foi chamado para “consertar o futuro” e não para justificar os erros de outros. O ministro acha a manobra contábil criminosa, mas terá de usar sua credibilidade para ajudar Dilma a se safar de punições da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Mediante acordo de “blindagem” no TCU e na Justiça, o ex-secretário do Tesouro, Arno Augustin assumiu responsabilidade pelas pedaladas.
Arno Augustin é investigado no crime das “pedaladas”, mas foi só um auxiliar. Pela Lei, a responsabilidade e as contas são da presidente.
Dez em cada dez auditores do Tribunal de Contas da União e a maioria dos ministros se convenceram da conduta criminosa das “pedaladas”.
Mais um pouco e acabam em CPI as ofertas de emissários do governo para que ministros do TCU alterem posição no caso das “pedaladas”.
O chamado mercado e também investigadores da Polícia Federal morrem de curiosidade para saber quem é o André citado no e-mail que é uma das provas que levaram à prisão de Marcelo Odebrecht, presidente da poderosa empreiteira. O e-mail faz referência ao sobrepreço de US$ 25 mil por dia em um contrato de operação de sondas. Na época, já estava em operação a Sete Brasil, do banqueiro André Esteves, fornecedora de sondas à Petrobras.
O e-mail suspeito é de Roberto Prisco Ramos para Marcelo Odebrecht, Fernando Barbosa, Marcio Faria e Roberto Araújo, vários deles presos.
O e-mail tem o tom de relatório: “Falei com o André em um sobrepreço no contrato de operação da ordem de $20-25000/dia (por sonda)”.
Em outro trecho, o e-mail sugere “envolver” a UTC e OAS, para que não se tornem concorrentes em “afretamento e operação de sondas”.
Preso sexta-feira (19), Marcelo Odebrecht preside a empreiteira que mais faturou na era Lula e Dilma, de quem é amigo próximo. No total, a Odebrecht faturou 53% dos R$ 71 bilhões gastos com empreiteiras.
Os malucos chavistas não perdem por esperar. Só faltou os senadores agradecerem a anta Nicolás Maduro pela repercussão mundial das hostilidades em Caracas. Breve, muito breve, a comissão vai voltar.
O impostômetro já bateu a marca de R$ 950 bilhões arrecadados, e o ano nem sequer chegou à metade. E pensar que grande parte dessa tunga aos contribuinte já foi tungada pelos esquemas de corrupção...
O PP se reúne esta semana para discutir e oficializar o desembarque do blocão de partidos aliados do governo na Câmara. Cansou de ser “linha auxiliar” do PMDB, partido para o qual tem perdido cargos.
Para azedar ainda mais as relações com o PP, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), vai entregar ao vice Michel Temer sua indicação para a direção da CaixaPar. A estatal é feudo do PP.
Parlamentares duvidam que Dilma consiga convencer o TCU a aprovar as contas do seu governo. Dizem que se nem a romaria de políticos e ministros conseguiu, não será Dilma, “miss simpatia”, que o conseguirá.
Ex-assessora de FHC, a jornalista Ana Tavares, agora radicada no Rio, rompeu com o Santos, desde a venda de Neymar, para se converter a um novo e também glorioso alvinegro: o Botafogo.
Um raro idoso a não ser prejudicado pelo Trio Malvadeza (Carlos Gabas, Nelson Barbosa e Joaquim Levy), o cavalo Galeto recebeu uma bonita homenagem pelos 30 anos de serviço à Polícia Militar do DF.
A Lava-Jato da PF descobriu que o apelido de Lula na OAS, do “amigo sogro”, era “Brahma”. No caso, “deus” líquido e certo do esquema.

NO BLOG DO CORONEL
SEGUNDA-FEIRA, 22 DE JUNHO DE 2015
(Folha) Reprovada pelo Tribunal de Contas da União, a prática da "pedalada fiscal" continua em uso pelo governo Dilma Rousseff em 2015. Uma das manobras consiste em atrasar o repasse do Tesouro, para os bancos públicos, do dinheiro necessário para pagar benefícios sociais ou financiar investimentos com juros mais baixos. 
Para manter os desembolsos, os bancos acabam usando seus próprios recursos. O TCU considera que, dessa forma, eles financiaram seu controlador (o governo), o que é proibido pela lei. O tribunal condenou essa e outras práticas ao analisar as contas de 2014 do governo, e exigiu explicação por escrito de Dilma em 30 dias. 
Se não se der por satisfeito, recomendará ao Congresso que rejeite as contas da presidente, algo inédito e que, se confirmado pelo Legislativo, poderá embasar uma ação de impeachment. A Folha atualizou os mesmos dados usados pelo TCU para embasar a condenação das "pedaladas" de 2014. 
O TCU calculou as dívidas com os três bancos e o FGTS em cerca de R$ 40 bilhões na época da auditoria, com números até junho de 2014. Essa conta já está próxima de R$ 60 bilhões, mais que os R$ 55 bilhões prometidos pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda) para reduzir a dívida pública neste ano. O aumento das dívidas significa que o dinheiro que o governo reservou para ressarcir os bancos não tem sido suficiente nem sequer para pagar as novas despesas registradas em 2015.
DÍVIDA CRESCENTE
Só no primeiro trimestre de 2015, a dívida do governo com a Caixa, pagadora de programas sociais, e o Banco do Brasil, financiador do crédito agrícola, cresceu mais de R$ 2 bilhões e chegou a R$ 19 bilhões no fim de março. O Tesouro devia ainda, no final de 2014, R$ 26,2 bilhões ao BNDES (banco estatal de fomento) para subsidiar empréstimos. O dado de 2015 ainda não foi divulgado, mas técnicos do governo afirmam que houve alta. 
Em 2012, a Fazenda publicou portarias assinadas pelo ex-ministro Guido Mantega e pelo atual ministro do Planejamento, Nelson Barbosa (na época número 2 da Fazenda), permitindo ao governo adiar em ao menos dois anos o pagamento de dívidas com o BNDES. Durante 24 meses, os valores não seriam contabilizados pelo Tesouro como devidos, embora constem como dívida no balanço do banco, sujeito a normas mais rígidas de contabilidade. 
O prazo pode ser prorrogado de acordo com as disponibilidades orçamentárias e financeiras do Tesouro: na prática, permite ao governo pagar a dívida quando quiser. Para o TCU, a portaria deixara clara que houve uma operação de empréstimos entre BNDES e Tesouro. 
No caso do FGTS, o Tesouro reteve cerca de R$ 10 bilhões referente à multa adicional de 10%.
No final de 2014, a Fazenda prometeu fazer uma proposta de pagamento. Outra dívida com o Minha Casa, Minha Vida, à época de cerca de R$ 7 bilhões, não foi negociada na ocasião.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:45:00

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
22/06/2015 às 6:59
Vamos ver. Há muita conversa na praça. Marcelo Odebrecht teria dito que não cairia sozinho. Emílio, seu pai, teria afirmado: “Se prenderem Marcelo, terão de construir mais três celas: para mim, para Lula e para Dilma”. É inútil tentar chegar à origem dessas falas. Terminam no nada. O mais provável é que sejam mera boataria. A razão é simples. Elas são uma confissão de culpa. Convenham: por que fariam isso?
A Odebrecht publica hoje um comunicado nos jornais — leiam abaixo. Não parece ser coisa de quem pretende, como se diz por aí, incendiar a República. A nota contesta cada uma das justificativas alegadas pelo juiz Sergio Moro para decretar a prisão do presidente do grupo. Num dos casos, Moro já admitiu o erro. O dinheiro que a empreiteira teria transferido a Pedro Barusco fez parte de uma operação de compra de títulos privados feita pelo ex-gerente.
O e-mail em que um diretor admitiria sobrepreço, com cópia para Marcelo Odebrecht, diz o grupo, refere-se a lucro, não a propina, até porque o texto trata de uma negociação entre empresas privadas. A Odebrecht nega ainda que houvesse cartel de empreiteiras porque “o processo de contratação era inteiramente controlado pelo contratante”.
Não sei, não. Conversei com advogados das mais variadas tendências desde sexta-feira — dos que gostam do PT aos que odeiam o partido. Há uma unanimidade: as justificativas para a prisão preventiva de Marcelo Odebrecht são frágeis. Um deles afirma: “Ainda que o e-mail se refira a propina, a esta altura, não caracteriza motivo para preventiva”.
Mas a argumentação que mais choca os advogados é que a prisão se faz necessária porque o governo não tomou as providências para que a Odebrecht deixe de ser contratada para obras públicas. “Se assim é, e digamos que isso fosse uma imposição legal, então é preciso prender o governo, não o empreiteiro”.
Igualmente atrabiliária se considera a afirmação de que a prisão se justifica porque a empresa não teria tomado nenhuma medida até agora para punir pessoas envolvidas com o esquema. “Para prender alguém, é preciso que se o faça de acordo com a lei; em que lei se baseia essa consideração? Eu não sei”, diz um dos advogados.
Um notório crítico do PT, convicto de que a Odebrecht está, sim, envolvida em ilegalidades, afirma: “Pode ter sido um tiro no pé. Acho impossível a Odebrecht não estar envolvida no esquema porque era a maior, e parece que todas estavam. Mas é preciso haver motivo consistente para mandar prender alguém. Só a convicção não serve. Acho que houve precipitação. Se for só isso, o habeas corpus parece certo”.
Ainda vou voltar ao tema, caros leitores. Vamos ver o que decidirão os tribunais. É claro que há um clamor para que os empreiteiros sejam mantidos na cadeia. E não é menos verdade que havia a tal pergunta: “Quando vão pegar a Odebrecht?”.
Volto ao ponto de sempre: que cada um pague por aquilo que fez, chame Marcelo, Pedro, Paulo ou João. Mas convém que as coisas sejam feitas dentro da lei. O próprio Moro admite que uma das razões alegadas para decretar a prisão está furada. Convenham: para mandar alguém para a cadeia, seja pedreiro ou empreiteiro, é preciso ter um pouco mais de cuidado, não? Ou a investigação acaba correndo o risco de se desmoralizar.
Não estou comparando os casos, mas alertando: vejam os descaminhos, por exemplo, da Operação Satiagraha ou da condenação de Edemar Cid Ferreira, ex-controlador do Banco Santos. Não faz sentido atropelar a lei para depois concluir que há impunidade no país. E que fique claro: ESTE TEXTO SE REFERE À PRISÃO PREVENTIVA. NÃO TRATA DA CULPA OU DA INOCÊNCIA DE NINGUÉM. E encerro com uma sugestão: não é difícil conversar com um advogado ou especialista em direito. Façam isso. A opinião com informação se qualifica.
Segue íntegra do comunicado.
Comunicado Odebrecht 1Comunicado Odebrecht 2Comunicado Odebrecht 3Comunicado Odebrecht 4Comunicado Odebrecht 5Comunicado Odebrecht 6
Texto publicado originalmente às 6h41
Por Reinaldo Azevedo
22/06/2015 às 7:01
Prestem atenção ao trecho de um texto:
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nunca escondeu sua inclinação por um copo de cerveja, uma dose de uísque ou, melhor ainda, um copinho de cachaça, o potente destilado brasileiro feito de cana-de-açúcar. Mas alguns de seus conterrâneos começam a se perguntar se sua preferência por bebidas fortes não está afetando sua performance no cargo. Nos últimos meses, o governo esquerdista de Da Silva tem sido assaltado por uma crise depois da outra, de escândalos de corrupção ao fracasso de programas sociais cruciais.”
Esse é começo de um texto escrito em maio de 2004 por Larry Rother, então correspondente do jornal americano The New York Times no Brasil. A reação de Lula foi violenta. Tentou, acreditem, expulsar Rother do país, ao arrepio da Constituição, sob o pretexto ridículo de que a Pátria havia sido ofendida e de que o jornalista havia se imiscuído em assuntos nacionais. Qual assunto nacional? A, digamos, intimidade entre Lula e o álcool?
Pois é… Reportagem da revista VEJA desta semana informa que a Polícia Federal dispõe de mensagens trocadas entre empreiteiros em que Lula, na condição de presidente ou de ex-presidente, era chamado por um apelido: “Brahma”, numa alusão, certamente, a seus hábitos. A metonímia-metáfora nem chega a ser a melhor. Lula não dispensa uma cerveja, mas é conhecida a sua inclinação por uísque desde o tempo em que presidia o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo.
Enquanto a companheirada enfrentava a polícia, perdia o emprego e corria alguns perigos, o máximo de risco a que se submetia o chefão era se embebedar na sede da Fiesp, em animadas conversas com os empresários do então “Grupo 14”. Um deles, remanescente daquele turma, já me disse que, por lá, o Babalorixá de Banânia nunca foi visto como líder esquerdista. A avaliação que os empresários tinham é a de que ele queria se dar bem e faria qualquer coisa para chegar ao poder.
Pois é… É claro que Lula ser chamado de “Brahma” pelos empreiteiros — e importaria pouco se fosse bebum, beberrão, bêbado, pau d’água, cachaceiro, ébrio, borracho — tem menos importância do que aquilo que revelam as mensagens que vêm a público. Fica evidente que, na Presidência da República ou não, sóbrio ou não, ele se comportava como um mero lobista.
Em outubro de 2012, Léo Pinheiro, presidente da empreiteira OAS, relata a um executivo seu: “Estive essa semana com o Brahma. Contou-me que quem esteve com ele aqui foi o presidente da Guiné Equatorial, pedindo-lhe apoio sobre o problema do filho. Falou também que estava indo com a Camargo para Moçambique X Hidrelétrica X África do Sul”.
Nota: a Guiné Equatorial, hoje um importante produtor de petróleo, é uma das ditaduras mais sanguinárias no mundo. Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, o amigão de Lula, governa o país desde 1982 — há 33 anos, portanto. É considerado pela “Forbes” o oitavo governante mais rico do mundo, embora o país esteja entre os últimos no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). O tal filho, que vai herdar o trono, é um bandido chamado “Teodorin”. É aquele que financiou o desfile da Beija-Flor neste ano.
Aí é a vez de um executivo da OAS escrever a Léo Pinheiro: “Colocamos o avião à disposição do Lula para sair amanhã ao meio-dia. Seria bom checar com o Paulo Okamotto se é conveniente irmos no mesmo avião”. Como se nota, os empreiteiros tinham a noção da, digamos, “inconveniência”.
O “Brahma” alimentava também os sonhos sebastianistas dos companheiros empreiteiros. Em dezembro de 2012, escreve um executivo da OAS: “O clima não está bom para o governo. O modelo dá sinais de esgotamento, e o estilo da número um tem boa parte da culpa”. Em novembro de 2013, voltava à carga: “A agenda nem de longe produz os efeitos das anteriores do governo Brahma”. Referindo-se a Dilma, na comparação com Lula, analisa o executivo da OAS: “A senhora não leva jeito: discurso fraco, confuso, desarticulado, falta de carisma”. Bem, essa parte é mesmo verdade. Ocorre que o propósito não era bom. Eles queriam a volta de Lula.
Presidentes ou primeiros-ministros podem fazer lobby, digamos, político em favor das empresas do seu país? Podem e até devem. O governo americano pressionou para que o Brasil comprasse os caças da Boeing; o francês, para que fosse da Dassault, e o sueco, da Gripen. Mas nenhuma dessas empresas foi flagrada em relações incestuosas com o partido do governo ou com o chefe do Executivo. Não reformaram o sítio do mandatário, não lhe pagaram milhões para dar palestras, não o transformaram em mascate de seus interesses, não lhe construíram um tríplex — para ficar nas miudezas.
A política brasileira nunca foi algo a ser copiado pelo resto do mundo. Mas parece claro, a esta altura, que Lula e o PT a conduziram a um novo patamar do vexame.
Há uma grande diferença entre promover os interesses nacionais dando suporte claro e legal a empresas nativas no exterior e se comportar como um lobista vulgar. Há uma diferença entre um empresário chamar o chefe do Executivo de “Excelência” e de “Brahma”. E a cerveja, coitada, nem tem nada com isso. Dizem-me os apreciadores que é de ótima qualidade. E, definitivamente, esse não é o caso de Lula. Se cerveja fosse, eu não a recomendaria para consumo humano.
A coisa tá para feia para o seu lado, falastrão!
Texto publicado originalmente às 4h35
Por Reinaldo Azevedo

NO O ANTAGONISTA
Parabéns, você ajudou a JBS a fazer um grande negócio
Brasil 21.06.15 20:52
Lauro Jardim, da Veja.com, informa que "a JBS acaba de comprar a Moy Park, pertencente à Marfrig e uma das produtoras de carne líderes do mercado europeu. O valor da transação é de 1,5 bilhão de dólares. O anúncio oficial deve ser feito até amanhã ao mercado".
O Antagonista informa que você ajudou a JBS a comprar a Moy Park, com dinheiro subsidiado do BNDES. Parabéns.
O lobista em missão
Brasil 22.06.15 06:25
Lula, o lobista da Odebrecht, ainda está solto, mas o executivo da empreiteira que pagava por seu tráfico de influência, Alexandrino Alencar, foi preso na última sexta-feira (19).
O Antagonista está rastreando as viagens que os dois fizeram juntos.
Aqui, por exemplo, os investigadores da Lava Jato podem ver as imagens de uma visita ao Porto de Callao, no Peru, em 6 de junho de 2013.
Lula, acompanhado por Alexandrino Alencar, que lhe pagava as contas (quanto, exatamente?), inspeciona as obras da Odebrecht juntamente com o presidente peruano, Ollanta Humala:
Alexandrino Alencar é aquele à esquerda, o lobista da Odebrecht é aquele no centro da tela:
Chamem a cavalaria
Brasil 22.06.15 07:14
O operador de propinas da Odebrecht, Bernardo Freiburghaus, está na lista vermelha da Interpol, mas foi encontrado pelo repórter do Estadão, Jamil Chade, num cinema em Genebra.
Perguntado sobre seu pedido de prisão pela Lava Jato, ele respondeu:
"É, a vida não está fácil".
E deve ficar ainda pior. O Ministério Público Federal pediu ajuda às autoridades dos Estados Unidos para desmantelar o esquema da lavagem de dinheiro associado à empreiteira.
Lula já deve estar sentindo o bafo do FBI.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 22/06/2015 04:40
O PPS recorrerá ao STF nesta segunda-feira contra a decisão do TCU de conceder 30 dias para que Dilma Rousseff se defenda das irregularidades detectadas nas contas do seu governo 2014. O prazo é “manifestamente inconstitucional”, sustenta a legenda num mandado de segurança. Pede-se que o Supremo suspenda a decisão e ordene ao TCU a imediata conclusão da análise das contas do ano passado. Deve-se a iniciativa ao deputado Raul Jungmann (PPS-PE).
Conforme já noticiado aqui, ao inovar para beneficiar Dilma, o TCU ignorou a Constituição. Afrontou o parágrafo primeiro do artigo 71 do texto constitucional, que obriga o TCU a finalizar a análise das prestações de contas anuais do governo em 60 dias. O órgão já havia extrapolado esse prazo em dez dias. E ainda concedeu mais um mês para que Dilma apresente suas contrarrazões.
Na visão do PPS, além de violar o texto constitucional, a decisão do TCU resultou numa “afronta ao devido processo legal.” Impede que o Congresso Nacional exerça prontamente sua prerrogativa de “julgar as contas do governo da Repúbica.” E faz isso por meio de um “ato manifestamente inconstitucional.”
Pela Constituição, cabe ao Congresso dar a palavra final sobre as contas do governo. Órgão auxiliar do Legislaltivo, o TCU apenas emite o parecer técnico que fundamentará o julgamento político do Legislativo. Nesse contexto, o palco para que Dilma exerça o seu direito ao contraditório seria o Congresso, não o TCU.
O mandado de segurança do PPS será distribuído por sorteio a um dos 11 ministros do Supremo que deve requerer as manifestações do governo e da Procuradoria antes de decidir se emite ou não a liminar pedida pelo PPS para suspender, por inconstitucional, o prazo concedido pelo TCU para a defesa de Dilma.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM
Segunda-feira, junho 22, 2015
Marcelo Odebrecht, presidente da construtora Odebrecht: preso na Operação Lava Jato da Polícia Federal (Foto do site de Veja)
A força-tarefa do Ministério Público Federal terá ajuda de autoridades dos Estados Unidos - onde está a mais estruturada e eficiente rede de combate à corrupção do mundo - para tentar desmontar a engrenagem usada pela Odebrecht para o que seriam pagamentos de propinas no esquema de desvios que atuou na Petrobras. O sistema teria usado empresas offshore em nome de terceiros e contas secretas no exterior.
A empreiteira é um dos alvos da 14ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Erga Omnes, que prendeu na sexta-feira (19) o presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, e o da Andrade Gutierrez, Otávio Marques Azevedo, além de dez executivos das duas companhias.
Órgãos de investigação dos Estados Unidos atuarão, a pedido dos nove procuradores da República da Lava Jato, na triagem de depósitos de propina feitos em contas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Primeiro delator da Lava Jato, ele devolveu 23 milhões de dólares apreendidos na Suíça e que são uma das provas materiais do Ministério Público de que a Odebrecht estaria envolvida no esquema. Em setembro, Costa confessou que o dinheiro era propina paga pela empreiteira, que nega a acusação.
Apontado como operador de propinas da Odebrecht, o doleiro Bernardo Freiburghaus está na lista vermelha de procurados da Interpol e é tratado como figura central para as investigações da Lava Jato em parceria com os EUA.
Por meio de um novo pedido de cooperação internacional, a força-tarefa requisitará a autoridades norte-americanas a ampliação do rastreio de dados bancários, agora envolvendo o suposto operador de propinas da Odebrecht, referentes a transações bancarias que passaram pelos Estados Unidos. Um pedido anterior mirava os depósitos recebidos por Costa.
Uma offshore aberta no Panamá em 2006, a Constructora Internacional Del Sur, e contas indicadas por Costa que seriam dele, mas controladas por Freiburghaus, são o ponto de partida para essa apuração em cooperação com os Estados Unidos.
Documentos em poder da Lava Jato indicam que a Constructora Del Sur foi a origem de pelo menos cinco depósitos feitos em contas secretas do ex-diretor operadas por Freiburghaus, em nome das offshores Sygnus Assets S.A., Quinus Services S.A. e Sagor Holding S.A.
Outro delator, o ex-gerente de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco, também apontou a Del Sur como origem de suposta propina paga pela Odebrecht. Documentos obtidos em outro acordo de cooperação internacional, com Mônaco, revelaram depósitos provenientes de conta da Del Sur mantida no Credicorp Bank S.A destinados a uma conta no Banco Julius Baer que seria do ex-diretor de Serviços Renato Duque, preso desde março.
O Ministério Público brasileiro espera que a eventual prisão de Freiburghaus traga novas informações sobre as propinas pagas no esquema de desvios na Petrobras e provas materiais contra a Odebrecht e seus executivos. Do site da revista Veja


NO BLOG ALERTA TOTAL
Segunda-feira, 22 de junho de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Antes de ser preso, sexta-feira passada, Marcelo Bahia Odebrecht teria feito uma ligação e mandado um recado geral: "É pra resolver essa lambança ou não haverá República na segunda-feira"... Por isso, persiste a pergunta: Será que o mundo acaba a partir de logo mais, por causa da Erga Omnes da Lava Jato? Marcelo ou seu pai Emílio (que teria dito o mesmo que o filho) terão coragem e sensatez de cumprir a ameaça emocionalmente feita, ou tudo não passará de mais uma bravata que desaparece após o desespero inicial?
Quem conhece de perto os herdeiros de Norberto Odebrecht sabem que o pai e o filho não estão de brincadeira e são capazes de tudo para salvar seu império - o quinto maior grupo brasileiro - que é um parceiro de negócios das maiores estatais de economia mista, dos governos federal, estaduais e municipais e de países estrangeiros (sobretudo na África). Por isso, não será surpresa se Marcelo Odebrecht partir para ofensiva, em sua estratégia de defesa, aderindo a uma surpreendente colaboração premiada que, com certeza, arrasaria com a tal "Nova República".
A advogada Dora Cavalcanti entrará com pedido de habeas corpus para soltar Marcelo. Se não for bem sucedida, ainda mais porque a prisão preventiva está bem fundamentada pelo juiz Sérgio Moro nas "delações premiadas" feitas por empreiteiros e por Paulo Roberto Costa, a tendência é que a família Odebrecht parta para um acordo judicial. Este é o maior temor de Luiz Inácio Lula da Silva - apontado como grande beneficiário dos favores da empreiteira. A tese de Odebrecht poderia ser bem simples: a empresa foi forçada pelo modelo estatal brasileiro a operar no sistema de corrupção. O Capimunismo tupiniquim explica a sacanagem melhor que Freud...
Se a Odebrecht tentar se defender da maneira convencional, tentando negar tudo e apostando no seu imenso poder de influência política (inclusive nas altas esferas do judiciário), o risco de um fracasso é quase certo. Agir na defensiva coloca em risco a saúde do conglomerado, que opera com elevadíssima alavancagem, principalmente em títulos de dívida com estrangeiros. Se a empresa resolver colaborar, poderá fazer como a também baiana OAS - que sexta-feira (19) apresentou seu plano de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo. O bicho começa a pegar forte a partir da tarde desta segunda. O juiz Sérgio Moro deve começar a ouvir alguns dos 12 presos na 14ª fase da Operação Lava-Jato. Primeiro, serão tomados os depoimentos de quatro pessoas que tiveram decretada prisão temporária, como o executivo da Odebrecht, Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, os executivos da Andrade Gutierrez, Antonio Pedro Campelo de Souza e Flávio Lúcio Magalhães, além de Christina Maria da Silva Jorge, da Hayley do Brasil. Até 3 de julho, Moro deve ouvir todos. A expectativa é pelo depoimento de Marcelo Odebrecht.
Antes disso, ainda hoje de manhã, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e o doleiro Alberto Youssef devem participar de uma acareação na sede da Polícia Federal em Curitiba. O objetivo é contrapor fatos conflitantes apresentados nos depoimentos prestados pelas duas peças-chave da Operação Lava-Jato, como o pagamento de dinheiros a políticos.
Os principais pontos a serem esclarecidos pela dupla Costa/Youssef se referem: 1) a um suposto pedido de R$ 2 milhões feito pelo ex-ministro Antônio Palocci para financiar a primeira campanha presidencial de Dilma Rousseff, em 2010; 2) a uma suposta doação, também de R$ 2 milhões, para a campanha da ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney, que envolve o também ex-ministro Edson Lobão (PMDB-MA). 
Releia o artigo de domingo: Confissão ou Testamento do Lula
Conto do Vigário
Morte do Boato
A coisa anda tão horrível para o impopular desgoverno Dilma que, desde sábado (20), uma piada lançada nas redes sociais se transformou em um boato mórbido.
Não passou da mais pura mentira o "informe" de que Dilma teria tentado se suicidar, tomando overdose de tranquilizantes, no Palácio da Alvorada.
De todo modo, se fosse notícia verídica, já seria falta no nascedouro, porque Dilma está mais que viva, mas a Presidenta já morreu logo que assumiu o segundo mandato, e tem zero chance de ressuscitar...
Volume Morto da Politicagem
Por falar em morte, o Grupo Globo quer arrasar com a PTlândia, antes que os petralhas e a concorrência estrangeira acabem com ele...
Caidona
Time bom
Equipe do juiz Sérgio Moro - que apavora os corruptos sistêmicos no Brasil da impunidade ampla, geral e irrestrita - faz sucesso nas redes sociais.
Tem cabimento?
Manifestação à vista
(...)

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