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RENÚNCIA E NÃO IMPEACHMENT

Terça-feira, 28 de abril de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Pedido de impeachment na quarta-feira? Nada disto! O novo desejo que circula nos bastidores políticos em Brasília é bem mais objetivo e fácil. Pede-se a renúncia de Dilma Rousseff. A Presidenta que terceirizou sua função política perdeu inteiramente a sustentação. Está por um fio de navalha. Prova disto é uma "brizolista, trabalhista histórica, filiada à seita Partido dos Trabalhadores" desistir de fazer o tradicional pronunciamento da rádio e televisão exatamente no Dia do Trabalho. Renunciar ao Primeiro de Maio é um prenúncio aberto para a renúncia formal, arranjando-se alguma desculpa esfarrapada.
Desde que Dilma Rousseff assumiu em 2011, será a primeira vez que a Presidenta não usará a cadeia (nacional) para a costumeira marketagem do governo, fazendo média com os "trabalhadores do Brasil". A Coordenação Política do Palácio do Planalto (será que ela existe de verdade?) resolveu "inovar". A estrela decadente de Dilma brilhará apenas nas redes sociais. Curioso que este é exatamente o espaço virtual em que ela mais apanha de verdade. A atitude defensiva da turma de Dilma pegou tão mal que pode até ser mudada... Em cima da hora, ela pode acabar usando o espaço em rede nacional rádiotelevisiva... O risco de vaia, xingamento e panelaço é altíssimo. 
O ministro da Comunicação Social, Edinho Silva negou ontem que Dilma tenha desistido de falar por medo de protestos como o “panelaço” já programado: "Não, não é isso. A presidente vai dialogar com trabalhadores e trabalhadoras pelas redes sociais. Não vai haver pronunciamento em cadeia de rádio e televisão. Foi uma decisão de valorizar outros modais de comunicação. Ela valoriza as rádios, ela valoriza a comunicação impressa, a televisão. Ela resolveu, desta vez, valorizar as redes sociais. A presidente não teme nenhuma forma de manifestação oriunda da democracia. Foi decisão coletiva e unânime da coordenação que deveria dialogar pelas redes sociais".
O tempo está fechadíssimo para o desgoverno. Até se Dilma, "pordesventura", sofrer um "impedimento" ou "renunciar" (coisas que ainda, sinceramente, não passam pela cabeça dela), o seu vice não tem condições de governabilidade e popularidade. Prova disso foi que ontem, na abertura do Agrishow 2015, em Ribeirão Preto (SP), Michel Temer e a ministra Kátia Abreu (Agricultura) experimentaram a ira de 80 manifestantes. Temer cancelou o discurso que faria. Também desistiu de dar entrevista coletiva no maior evento do agronegócio - ao qual sempre compareceram Lula da Silva e Dilma Rousseff em anos anteriores menos tensos.
A ausência deles, e os protestos que fizeram Temer temer vaias, foram provas concretas de que a Vaca Tossiu e foi para o brejo junto com Vaccari (o tesoureiro petista) - que ontem foi indiciado por lavagem de dinheiro, na Lava Jato, junto com o nada nobre Renato Duque (ex-diretor de Serviços da Petrobras). Se os escândalos chegaram a Luiz Inácio Lula da Silva, conforme ameaçam diretores da empreiteira OAS doidos por uma delação premiada, Dilma perde completamente a sustentação. 
O executivo Leo Pinheiro, cansado da prisão, tem audiência com o juiz Sérgio Moro, agendada para o dia 7 de maio, quando pode vomitar tudo sobre as relações político-financeiras entre a empreiteira baiana e a família Lula da Silva... E o mensaleiro fugitivo Henrique Pizzolato tem prazo para voltar ao Brasil até 11 de maio, extraditado da Itália, com pinta de que tem muito a delatar também...
Depois disso, tudo pode acontecer na grave crise institucional brasileira... O triste é que, enquanto nada se resolve de concreto, para melhor ou para pior, a situação econômica do País vai se deteriorando... Cenário perfeito para a Oligarquia Financeira Transnacional, que está comprando tudo por aqui, a preço de banana, continuar a secular exploração do Brasil que não tem vergonha na cara, nem Elite Moral com poder efetivo de ação e reação.
Petralhada marcará gol contra?

Suspendida...
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, mandou suspender a ação penal que tramita na justiça federal paulista contra o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra - acusado pelo sequestro e cárcere privado de Edgar de Aquino Duarte, ex-fuzileiro naval, durante a tal "dita-dura" militar.
Na decisão, Rosa Weber destacou que está pendente de julgamento no STF o ponto questionado na ação que envolve Ustra: Se o crime de sequestro, quando o desaparecido não é localizado, pode ser abrangido ou não pela Lei da Anistia de 1979:
“As decisões a serem exaradas nas ADPFs repercutirão diretamente no deslinde da ação penal de origem, pois possuem eficácia contra todos e efeito vinculante”.
Em 2010, por sete votos a dois, o STF se posicionou de forma contrária à revisão da Lei da Anistia.
Detonados
Mais delações vêm por aí em Curitiba...

Casamento perfeito
Com amigos assim, Dilma dispensa inimigos...

Feira livre
Com uma classe política assim, País é inviável

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