DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
13 DE MARÇO DE 2015
Fiel escudeiro de Lula, o ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT-BA), pediu apoio ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e ao senador Romero Jucá (PMDB-RR) no esforço para retirar Aloizio Mercadante (PT-SP) da chefia da Casa Civil. O ministro é alvo de críticas de Lula, que o acusa de “sequestrar o governo”, e do próprio PMDB, que atribui ele o isolamento do vice Michel Temer.
Desde a semana passada, a cúpula do PMDB reuniu artilharia pesada e trabalha para convencer Dilma a demitir Mercadante da Casa Civil.
Ministros do Tribunal Superior Eleitoral não opinam fora dos autos, mas vários deles admitiram a esta coluna estarem impactados com a denúncia de compra de votos e transporte de eleitores na campanha de José Melo (Pros), governador do Amazonas. Ele deverá perder o cargo e está sujeito até à prisão. A lei prevê prisão de 4 e 6 anos para os crimes de compra de votos e transporte de eleitor, respectivamente.
Denúncia bem menos consistente de compra de voto cassou mandatos como o do falecido governador do Maranhão, Jackson Lago (PDT).
Outro político importante cassado por controvertida acusação de compra de votos foi o senador João Capiberibe (AP), hoje no PSB.
Sérgio Gabrielli faz por merecer a acusação de crime de lesa-pátria. O valor de mercado da Petrobras era US$ 378 bilhões, mas, após a sua presidência, caiu para US$ 33,95 bilhões.
A Procuradoria Geral da República confirmou ontem o que antecipou esta coluna em 23 de fevereiro: o pedido de inquérito ao STJ contra os governadores do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), e do Acre, Tião Viana (PT), ambos citados nas investigações do roubo à Petrobras.
“Defensor dos oprimidos”, o senador Paulo Paim (PT-RS) não ajudou a derrubar o veto de Dilma à redução da contribuição ao INSS da empregada doméstica. Saiu de fininho. O veto foi mantido por 3 votos.
O faniquito não vai livrar o ministro Cid Gomes (Educação) de encarar o plenário da Câmara para apontar os tais deputados “achacadores”. O presidente, Eduardo Cunha, achou sua atitude agressiva e arrogante.
O deputado Paulinho da Força (SD-SP) garante que um jurista já se mostrou favorável ao pedido de impeachment de Dilma. A meta do parlamentar é anexar ao menos dez pareceres ao processo.
O senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) pedirá ao Ministério da Justiça segurança para os protestos de domingo (15). É que o “exército de Lula”, de milicianos do MST, ameaça os manifestantes com agressões físicas.
A hashtag “#DilmaLindaOBrasilTeAma” é baseada em duas mentiras evidentes, segundo galhofa de parlamentares de oposição.

NO DIÁRIO DO PODER
LAVA JATO
PGR INCLUI FERNANDO BEZERRA NO ROL DE INVESTIGADOS
EX-MINISTRO DE DILMA, SENADOR É CITADO POR YOUSSEF E EX-DIRETOR
Publicado: 12 de março de 2015 às 18:42 - Atualizado às 19:18
A Procuradoria-Geral da República (PGR) protocolou nesta quinta-feira, 12, um pedido de abertura de inquérito contra o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) para apurar suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. O senador é citado nos depoimentos dos delatores da Operação Lava Jato, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Coelho foi ministro da Integração Nacional do primeiro governo Dilma.
Nos depoimentos, o nome de Bezerra aparece como representante do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Bezerra foi ministro da Integração Nacional no início do primeiro governo Dilma, permanecendo no cargo até o final de 2013.
Com o pedido, sobe para 50 o número de investigados no STF por suposto envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras (com o ex-ministro Antonio Palocci, que teve o processo enviado à Justiça do Paraná com recomendação de abertura de inquérito naquele foro, o total chega a 51) . Segundo a PGR, por um "erro processual" o material não foi enviado junto com os demais, no dia 3 de março, ao ministro Teori Zavascki.
Os procuradores perceberam que faltava um pedido na última conferência do material antes do envio ao relator do Supremo e decidiram não atrasar os demais pela falta de apenas um.
Em depoimento prestado à Polícia Federal, Costa disse ter sido procurado por Bezerra em 2010 para o recebimento de propina no valor de R$ 20 milhões, que seria destinado à campanha de Campos à reeleição do governo de Pernambuco. À época, Bezerra era secretário de Desenvolvimento de Pernambuco e dirigente do Porto de Suape, complexo industrial onde está instalada a Refinaria Abreu e Lima. Campos morreu em acidente aéreo em agosto do ano passado em meio à campanha pela presidência da República.
Costa relata que tomou conhecimento da solicitação de recursos por Youssef. O ex-diretor não soube detalhar de que forma o montante teria sido pago a Bezerra, mas indica que essa contribuição deveria ser feita por meio de recursos do consórcio Ipojuca Interligações, formado pelas empresas IESA e Queiroz Galvão, que atuava na obra de Abreu e Lima.
Já Youssef relata que negociava uma comissão inicial de R$ 45 milhões referente às obras de Abreu e Lima. O doleiro explica que o valor foi reduzido para R$ 20 milhões porque parte dos recursos anteriores havia sido encaminhada ao governo pernambucano para "resolver alguns problemas" que poderiam prejudicar a obra e os repasses a um outro consórcio, chamado Conest (formado pela Odebrecht e OAS) para construção da refinaria.
Nas palavras de Costa, Bezerra "iria resolver o assunto" e, segundo Youssef o então secretário teria recebido o dinheiro para acabar com as divergências. Costa relatou ainda ter tratado do assunto diretamente com Campos.

IMPROBIDADE
BOLSONARO PROTOCOLA PEDIDO DE IMPEACHMENT DE DILMA
DOCUMENTO SERÁ ANALISADO POR EDUARDO CUNHA
Publicado: 12 de março de 2015 às 19:29 - Atualizado às 19:30
Rodrigo Vilela
O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) protocolou na tarde desta quinta-feira (12), na Câmara dos Deputados, pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
No documento, o parlamentar denuncia Dilma por crimes de responsabilidade em razão de atos de improbidade administrativa. O documento deve ser analisado pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e, se o pedido for acatado por Cunha, poderá ser iniciado o processo de impeachment.
Bolsonaro justifica o pedido alegando que “Os fatos que levaram a cassação do ex-Presidente Fernando Collor são bem menos graves e inconsistentes que os imputados à Sra. Dilma Rousseff”.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
13/03/2015 às 6:25
Leio na Folha que o governo teme que haja confrontos nas ruas nesta sexta (13). Entidades paragovernamentais como MST, CUT e UNE marcaram manifestações em 23 Estados em defesa do, deixem-me ver como escrever, statu quo. Elas estão no poder e enxergam nas manifestações marcadas para o dia 15 uma ameaça à sua hegemonia. E qual a razão do temor? Eventuais escaramuças serviriam como combustível adicional para o protesto do dia 15. Tomara que não aconteça nada de excepcional nesta sexta. Os petistas — incluindo o Palácio do Planalto — serão os principais responsáveis por eventuais escaramuças. Já chego lá.
Oficialmente, os manifestantes pró-governo vão marchar em defesa da Petrobras. Que pena que eles não tenham conseguido, no passado, defendê-la dos ladrões que foram postos lá pelo petismo, não é? O que querem mesmo é criar uma rede de proteção para Dilma, o que se mostra a cada dia mais difícil. A presidente iria, por exemplo, nesta sexta a Belo Horizonte. Desistiu da viagem para ficar longe das vaias. Volto ao ponto.
Apostam na violência os que insistem em acusar os organizadores e apoiadores da manifestação de domingo de incitadores do ódio. Apostam na violência os que chamam de golpe uma mera petição ao poder público — impeachment ou qualquer outra coisa. Apostam na violência os que tentam deslegitimar os que protestam, pespegando-lhes a pecha de “elitistas” e de “reacionários”. Apostam na violência os que reivindicam para si o monopólio da representação popular e não reconhecem como legítimas forças que não formem com suas fileiras. A propósito: a única manifestação violenta nessa fase de declínio do PT e de Dilma foi protagonizada por brutamontes à porta da ABI (Associação Brasileira de Imprensa). Apostam na violência aqueles que convocam exércitos, ou que prometem botá-los na rua, para combater adversários políticos, a exemplo do que fizeram, respectivamente, Luiz Inácio Lula da Silva e João Pedro Stedile.
Pepe Vargas, este inefável ministro das Relações Institucionais, espalha por aí que sente cheiro da “elite golpista”… Ah, entendo! Elite progressista era aquela parceria entre petistas e empreiteiras, não é mesmo?, para o bem geral do… partido!
Num vídeo meio esquizofrênico, Rui Falcão, presidente do PT, defende o direito à livre manifestação (que bom que ele respeita a Constituição!), desde que, segundo diz, não se atinja a autoridade constituída. Ah… Collor, em 1992, era autoridade constituída, pois não? E o PT foi pra rua. Parece que Rui Falcão tem a ambição de ditar a pauta da oposição. Compreendo: definir a do PT deve estar um inferno.
Ah, sim: repetindo Lula, Falcão afirmou que os petistas não devem “abaixar a cabeça”. Entendo! É preciso, no entanto, um motivo para erguê-la, não é? Qual o presidente do PT oferece? Essa gente, definitivamente, perdeu o eixo e o que lhe restava de juízo.
Por Reinaldo Azevedo

13/03/2015 às 5:39
Leiam trechos:
O PT está em pânico. O que vai acontecer no próximo domingo? Desde que foi criado, o partido chama, segundo a metafísica da esquerda, de “povo” os movimentos organizados, franjas da própria legenda que atuariam como uma correia de transmissão do presente para o futuro. Os supostos porta-vozes desse ente anunciam verdades em nome da “maioria”, embora seu aporte teórico consagre a ideia da vanguarda revolucionária, que é, por óbvio, minoritária.
Já fui um brasileiro como eles. Há muito tempo. E sei que os chefões nunca levaram essa bobajada a sério. A gesta redentora é só discurso do cinismo, mas mobiliza os trouxas e incendeia o imaginário dos inocentes, especialmente de intelectuais e jornalistas, seres mais permeáveis à heresia da “igualdade”, em nome da qual todos os crimes são cometidos.
A ação da esquerda está pautada por uma monstruosidade moral chamada “falsa consciência”, conceito que está em Marx, não só em epígonos mais ignorantes do que ele. Se, como querem os esquerdistas, o que um homem sabe de si, de suas aspirações e do mundo pode ser considerado uma falsificação de uma verdadeira consciência à qual se chegaria pela luta partidária, então esse homem deixa de ser dono de sua própria história e de responder por suas opções. Em Banânia, esse demiurgo chulé tem um pé em Platão e outro em João Vaccari Neto.
(…)
Em tempo: golpista é querer ignorar que o impeachment tem prescrição constitucional e regulamentação legal. A divergência possível é se estão ou não caracterizados os motivos. Eu, por exemplo, acho que sim. Quantas pessoas haverá nas ruas? Não sei. Qualquer que seja o número, serão pessoas donas de seus quereres, donas de si. O país começa a se libertar do PT e do que ele representa. Vai demorar um pouco, mas será para sempre.
Para ler a íntegra, clique aqui
Por Reinaldo Azevedo

13/03/2015 às 3:31
Teto atualizado às 3h31
O texto que escrevi ontem à noite (12) sobre a prisão de Cesare Battisti, que já está solto, tinha o seguinte título: “Decisão da juíza de deportar Battisti é impecável; a prisão imediata pode render um bom debate jurídico”. Muito bem. O desembargador Cândido Ribeiro, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, concedeu liminar que garante a liberdade provisória ao terrorista italiano. Não conheço os termos do texto. O advogado de Battisti, Igor Sant’Anna Tamasauskas, afirmou o seguinte: “Basicamente, o presidente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região compreendeu que a decisão da juíza de primeiro grau estava subvertendo a ordem jurídica, na medida em que ela estava passando por cima da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Presidência da República quando determinou a permanência do senhor Cesare Battisti aqui no Brasil”.
É mesmo, é? Tamasauskas não deveria tratar uma liminar como se fosse um juízo de mérito. Se o princípio que inspira o documento é mesmo esse, pior para o direito. Pela simples e óbvia razão de que a juíza Adverci Rates Mendes de Abreu não afrontou nem o Supremo nem a decisão do então presidente Lula. Vamos entender o imbróglio.
A juíza cometeu alguma arbitrariedade ao determinar a deportação do terrorista? Resposta inequívoca: não! O Inciso IV do Artigo 7º do Estatuto do Estrangeiro — lei 6.815 — é explicito a mais não poder. Reproduzo:
Art. 7º Não se concederá visto ao estrangeiro:
IV – condenado ou processado em outro país por crime doloso, passível de extradição segundo a lei brasileira.
Acabou! Cesse tudo o que as antigas musas vermelhas cantavam. A concessão de visto a Cesare Battisti pelo Conselho Nacional de Imigração (CNIg) foi escancaradamente ilegal. Ou alguém tente provar o contrário. Ou alguém tente demonstrar que o que está escrito na lei não está escrito na lei. Ou alguém tente demonstrar por que o CNIg tem competência para jogar no lixo a Lei 6.815.
Aí alguém pergunta: “Mas Luiz Inácio Lula da Silva não havia recusado a extradição de Battisti para a Itália?” Resposta: sim! A decisão da juíza contesta a de Lula? Resposta: não! O então presidente se recusou a devolver, como seria o decente, Battisti para a Itália — e a juíza, por óbvio, não decidiu extraditá-lo para aquele país. Nem poderia. Logo, a decisão de Lula continua a ser respeitada.
O que Adverci está dizendo é que Battisti não pode ficar no Brasil. Ela sugere que volte ou para o país de onde saiu, quando migrou para cá — no caso, a França —, ou para outro qualquer que queira recebê-lo. Nota: a França já havia decidido extraditá-lo; por isso, ele correu para Banânia. Acrescente-se a isso o fato de que o próprio STF considerou ilegal a concessão de refúgio. Mas reafirmou que cabia a Lula extraditá-lo ou não. E Lula decidiu que não, num desdobramento realmente surpreendente. O Supremo, então, na prática, deu ao presidente a licença de atuar fora da lei.
O que dava para debater?
O que não era uma decisão hígida na juíza era a prisão imediata. Ela determinou a deportação provocada por uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público. Ela argumenta que, segundo a Lei 7.347/85, os recursos contra ações civis públicas não comportam efeitos suspensivos, embora o juiz possa concedê-lo “para evitar dano irreparável à parte”. O fato de o juiz “poder” conceder o efeito suspensivo não quer dizer que ele “deva” concedê-lo. A juíza disse não ver na prisão imediata “dano irreparável” a Battisti, e isso certamente é matéria controversa. Só para ficar claro: ela não determinou a imediata deportação até porque sabe que cabe recurso. O que ela havia decidido era a “prisão administrativa por 60 dias” ou até que se ultimasse a deportação.
Temos assim que:
1: a juíza tomou uma decisão impecável, ancorada na lei. Ilegal, isto, sim, foi a concessão de refúgio e de visto;
2: a decisão da juíza não afronta a de Lula; ele se negou a extraditar Battisti para a Itália. A magistrada decidiu apenas que o assassino não pode ficar no Brasil;
3: a juíza não determinou a deportação imediata. Tanto que, ao determinar a prisão, disse que seria por 60 dias “ou até que se ultime a deportação do requerido”.
Ah, sim: os petralhas, que andam assanhadinhos — o partido mandou! — já vieram ao blog com as delicadezas de sempre, agora que Battisti foi solto. Que vocação tem essa gente para defender ladrões e assassinos, não é mesmo?
Texto originalmente publicado às 22h41 desta quinta (12)
Por Reinaldo Azevedo

NO O ANTAGONISTA
Dilma só deporta criancinhas
Brasil 13.03.2015
Cuba exige que os parentes dos profissionais que trabalham no Mais Médicos retornem imediatamente ao país.
É o que mostra a Folha de S. Paulo, hoje (13).
Para impedir que os médicos fixem residência no Brasil, a vice-ministra da Saúde de Cuba ordenou a volta de todos os seus familiares à ilha, caso contrário eles serão substituídos por outros médicos.
Os filhos dos médicos cubanos tornam-se, assim, reféns do regime castrista.
Ao mesmo tempo em que acolhe o assassino Cesare Battisti, Dilma Rousseff deporta as vítimas dos sequestradores cubanos.
É um bom retrato do Brasil.

12.03.2015 
O jornalista Gerson Camarotti, na sua coluna no G1, conta que na terça-feira (10), antes do jantar no Palácio do Alvorada, Dilma e Lula discutiram aos gritos. Ela estava fula com o vazamento calculado das críticas de Lula; ele, com a falta de rumo na relação de Dilma com o Congresso.
Quando eles brigam, o Brasil ganha.

12.03.2015 
O depoimento de Eduardo Cunha na CPI da Petrobras foi revelador da queda-de-braço em curso na Câmara, com PSDB e PT cobrindo de elogios o peemedebista. Os tucanos, para tentar manter Eduardo Cunha na ofensiva contra o governo de Dilma Rousseff; os petistas, para tentar amainar a fúria do aliado pouco alinhado.
O Antagonista ouviu um observador privilegiado da cena, a fim de saber para que lado está pendendo o coraçãozinho de Eduardo Cunha. Resposta: "mezzo alice, mezzo mozzarella."
Não gostamos da imagem culinária.

NO BLOG DO JOSIAS
Josias de Souza - 13/03/2015 04:39
O recibo acima foi repassado ao blog pelo governador petista do Acre, Tião Viana. Refere-se a uma doação de R$ 300 mil da empresa Iesa Óleo e Gás à sua campanha para governador, em 2010. Contabilizada pelo comitê do então candidato e aprovada pela Justiça Eleitoral, a operação acaba de render a Viana a abertura de um inquérito no STJ. A Procuradoria da República acusa-o de receber propina proveniente de contratos ilícitos firmados pela IESA com a Petrobras.
Dois executivos da IESA — o diretor-presidente Valdir Lima Carreiro e o diretor de Operações Otto Garrido Sparenberg— dormem nos colchonetes da carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde novembro do ano passado. O nome de Tião Viana foi anotado, de forma cifrada, numa agenda do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, hoje um corrupto confesso e colaborador da Justiça. Está escrito: “0,3 TVian”.
Numa batida policial no escritório de Paulo Roberto, agentes da PF recolheram a agenda. Posteriormente, ao ser inquirido, o delator decodificou seu escrito. Tratava-se, segundo disse, de uma menção ao repasse de R$ 300 mil à campanha de Tião Viana. Na sua versão, o doleiro Alberto Youssef realizara a entrega. O governador petista sustenta que a verba lhe chegou por outra via: transferência eletrônica de uma conta da Iesa no Banco de Brasília para a conta do seu comitê eleitoral no Banco do Brasil. o governdor exibiu o documento (abaixo).
Tião Viana sustenta que jamais conversou com Paulo Roberto nem com Youssef. Afirma que um representante da IESA telefonou para o seu comitê eleitoral, em 2010, informando que tinha uma doação a fazer. Assim, do nada? “Presumi que alguém do diretório nacional do PT tinha pedido uma ajuda para minha campanha.” Por quê? “Eu tinha procurado o Rui Falcão [presidente do PT federal] para pedir que me ajudasse. Por isso imaginei que seria dele a iniciativa, nem perguntei.”
O governador acrescentou: “A Iesa nunca teve qualquer relação comercial ou institucional com o Estado do Acre. Ninguém da empresa me telefonou. Eu também não liguei para ninguém.”
O episódio dá uma ideia da complicação que está por vir no julgamento de alguns dos processos resultantes da Operação Lava Jato. Conforme já comentado aqui, o escândalo revelou uma excentricidade: a Justiça Eleitoral foi utilizada como uma espécie de lavanderia de verbas sujas.
Na época do mensalão, o então tesoureiro petista Delúbio Soares admitira o manuseio de “verbas não contabilizadas”. Hoje, o tesoureiro João Vaccari e o presidente Rui Falcão alegam que só transitam pela caixa registradora do PT verbas legalmente registradas.
O problema é que a Operação Lava Jato converte a alegação em pantomima ao revelar que parte do dinheiro foi ilegalmente obtido por meio de fraudes praticadas contra a Petrobras.
Resta saber como os magistrados responsáveis pelo julgamento dos processos no STJ e no STF irão tratar as “doações” já analisadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral. Nesta quinta-feira, além do pedido de inquérito contra Tião Viana, a Procuradoria pediu a abertura de investigação contra o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão e o antecessor dele, Sérgio Cabral, ambos do PMDB.
Tião Viana, que havia protocolado uma interpelação judicial contra o delator Paulo Roberto em janeiro, decidiu mover contra ele uma ação cívil por danos morais e uma ação penal por denunciação caluniosa. “Estou muito longe dessa podridão”, diz ele. “Essa podridão está muito longe de mim.”
O governo diz esperar que o inquérito aberto contra ele corra sem o manto do segredo judicial. “Prefiro a publicidade de tudo que envolva o meu nome. Para mim, quanto mais investigação, melhor”.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Sexta-feira, 13 de março de 2015
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Obedecendo sempre às ordens do Chefão $talinácio, a Presidenta Dilma Rousseff insiste em seguir no poder completamente desgastada e sem condições morais mínimas de governabilidade. Dilma age como alguém que acredita, piamente, que do cruzamento entre um urubu e um beija-flor nascerá um helicóptero projetado por algum engenheiro social stalinista. A força do povo nas ruas, no próximo domingo (15), mostrará aos camaradas nazicomunopetralhasbolivarianos que o Brasil não aguenta mais ser o País da Impunidade e nem da Piada Pronta.
Dilma deveria ter vergonha e pedir para sair, antes que acabe tirada por outro processo político, seja impeachment ou intervenção constitucional. A tragicomédia brasileira já está mais que anunciada. O presidencialismo de coalizão já se transformou, há muito, em presidencialismo de colisão - seja contra adversários, inimigos ou, mais grave ainda, contra a própria realidade elementar das coisas.
A zona generalizada é culpa dos desmandos e autoritarismo cínico de uma pseudo esquerda que aparelhou a máquina estatal para conquistar o poder e ganhar muito dinheiro, contando com a leniência conivente de uma oposição de mentirinha e tão omissa quanto outros setores fundamentais do poder público nos últimos 50 anos. Os militares aceitam tudo, em silêncio obsequioso, passivamente. Os servidores da Receita Federal só jogam pobres na malha fina, enquanto não cuidam de reprimir o enriquecimento ilícito explicito de políticos. Os magistrados, em sua maioria, se enquartelam igual aos militares em seus tribunais, sem trabalhar, de forma competente e efetiva, para combater a corrupção. O povo, na maioria ignorante, aceita tudo passivamente.
Vivemos o cenário mais delicado dos últimos 50 anos. A crise de agora nunca foi vista antes, tanto em sua dimensão política, econômica, mas sobretudo na falta de ética e vergonha na cara. Temos o dólar perto de quatro e o Brasil literalmente de quatro. Será que precisaremos esperar que o Tio Sam, mais uma vez, venha em auxilio aos guerreiros índios tupiniquins? Será que não aprendemos com o 7x1 imposto pela Alemanha, e continuamos na mesma sensação de enganação, em um País de ilusão e que pratica o estelionato continuado, no triste formato 171?
A grande manifestação de domingo pode ser um momento diferencial. No entanto, também pode ser mais um tiro na água podre, em tempos de seca, se não houver continuidade na vontade e necessidade urgente de se promover mudanças estruturais no Brasil. Nosso regime Capimunista só nos levará a ruína, enquanto o resto do mundo se desenvolve. O brasileiro está pt da vida com tanta coisa errada. Mas de pouco adianta reclamar e nada fazer de concreto para mudar efetivamente as coisas por aqui.
Os corruptos continuam sem vergonha, e, quem pode, parece continuar com vergonha de combater os corruptos de verdade...
Mais investigação...
O ministro Luiz Felipe Salomão autorizou ontem a abertura de inquéritos para investigar o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), o ex-governador do estado Sérgio Cabral (PMDB) e o governador do Acre, Tião Viana (PT).
A exemplo dos casos no Supremo Tribunal Federal (STF), os processos devem tramitar sem sigilo. Eles vão se somar aos 49 a serem investigados com autorização do Supremo Tribunal Federal, entre eles 12 senadores e 22 deputados federais.
Os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), estão na lista.
A grande questão é: será que tanta investigação dará em alguma punição efetiva a políticos corruptos, com devolução do dinheiro público que foi roubado?
Manifesto em vídeo de um jurista


O Desembargador Laércio Laurelli expressa sua profunda preocupação sobre a falta de ética e afronta ao Judiciário e ao povo brasileiro na escolha do ministro Dias Toffoli como julgador e futuro presidente da segunda turma do STF - que julgará os processos da Lava Jato dos políticos que têm direito a foro privilegiado, em sessão fechada, sem transmissão via TV Justiça.
Não pode não... Não pode não...
Já circula na internet o abaixo-assinado: «Toffoli não pode presidir julgamento da Lava-Jato».
Adesões podem ser assinadas no endereço eletrônico:
(...)

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