DA MÍDIA SEM MORDAÇA

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
10 DE FEVEREIRO DE 2015
Já recolhido à carceragem da Polícia Federal em Curitiba, o “operador” Mario Goes, que atua na Petrobras há décadas, pode revelar quem na estatal recebia o bônus pago, por todos os estaleiros, aos executivos das empresas que encomendam navios e plataformas. É praxe, em estaleiros, o pagamento de “owner discount” correspondente a 5% do valor do navio ou plataforma, que pode custar mais de US$ 1 bilhão.
A prisão de Mário Goes é relevante porque ele intermediou a maioria dos grandes negócios da Petrobras no exterior, nas últimas décadas.
Aos 73 anos e bilionário, Mário Goes certamente reflete na cadeia se é isso mesmo – cadeia – o que ele deseja para o próprio futuro.
Comparado ao “operador” Mário Goes, preso desde domingo, o lobista do PMDB, Fernando Baiano, também no xilindró, seria no máximo um office-boy de luxo, responsável pelo transporte de malas de dinheiro.
Pupilo do vice Michel Temer, o ministro Edinho Araújo (Portos) corre risco de ser engolido pelo PT, que ganhou poder de influência na sua repartição. O PT se aproveita da ignorância do novo ministro em relação ao sistema portuário para aprovar medidas e preencher cargos no gabinete, por meio do secretario-executivo Guilherme Penin, petista que é fiel escudeiro do ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil).
Inspira cuidados o estado de saúde de José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobras e da BR, ex-senador e ex-presidente do PT.
A energia que abastece as residências ficará no mínimo 41% mais cara em 2015, segundo especialistas, sem contar o impacto da vigarice das “bandeiras tarifárias”. Há um ano Dilma prometia “reduzir” a tarifa.
Moradores da pequena rua J. J. Seabra, no Rio, perderam uma de suas melhores atrações: o agora confiscado Lamborghini de Eike Batista, que até dias atrás saía dele como o Batman, para jantar na região.
Certo de que a criação da CPI da Petrobras é um caminho sem volta, o PT agora vai trabalhar para estender as investigações dos governos Lula e Dilma para a gestão do tucano Fernando Henrique Cardoso.
O chefe da Casa Civil do governo do DF, Hélio Doyle, garante que até 29 de janeiro foram reduzidos de 7.887 para 1.428 os cargos “de confiança”, de livre provimento, além do corte de 507 cargos com vínculo. Segundo ele, a economia foi de R$ 21,5 milhões em um mês.
…o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró agora alega que é maluco, mas nunca será acusado de haver rasgado dinheiro.

NO DIÁRIO DO PODER
BENDINE GANHA DO BB APOSENTADORIA ‘CHEIA’
GANHOU ‘APOSENTADORIA CHEIA’ NO BANCO DO BRASIL COM REGRA QUE ELE CRIOU
Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 8:08 - Atualizado às 8:10
Por: Redação

aldemir bendine by filipe araujo estadao conteudo
Aldemir Bendine deixou o BB para assumir a presidência da Petrobras (Foto: Filipe Araúko/Estadão Conteúdo)
O novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, deixa o comando do Banco do Brasil com aposentadoria calculada com base no salário mensal de R$ 62,4 mil, embora as associações de funcionários e aposentados do maior banco do País sejam contrárias ao que chamam de “aposentadoria cheia” – na qual se somam aos vencimentos benefícios como férias e vale-alimentação.
A prerrogativa de se aposentar por essas regras não é exclusiva de Bendine, mas foi adotada em sua gestão. Outros 20 executivos recebem dessa forma. Ivan de Souza Monteiro, novo diretor da petroleira, também reúne idade e tempo de contribuição suficientes para se aposentar com base no salário cheio de R$ 55,8 mensais que recebia como vice-presidente.
A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), xerife do setor, considerou que caberia ao BB – e não à sua caixa previdenciária, a Previ – assumir a diferença dessas aposentadorias maiores.
Para a Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB), as “superaposentadorias” são indevidas. “Eles não poderiam fazer a contribuição sobre seus honorários brutos porque contêm o empilhamento de verbas de benefícios que o plano não admite. Esses valores são considerados no cálculo das aposentadorias, o que não é permitido para os demais funcionários”, disse Fernando Amaral, vice-presidente da associação.
A origem do imbróglio remonta a 2008, quando, para cumprir exigências da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o BB decidiu que os executivos passariam a receber honorários em vez de salários. Para calculá-los, o banco somou tudo que qualquer funcionário recebe durante o ano (salários, comissões, 13.º, férias, abonos, licença-prêmio, auxílio-alimentação, etc.) e dividiu por 12.
Limite
Para manter a isonomia entre a cúpula e os servidores, o conselho deliberativo da Previ aprovou, em abril de 2008, que os executivos poderiam contribuir sobre o mais alto salário de empregado do banco (R$ 37 mil mensais em valores de hoje). Essa medida, referendada pela diretoria executiva do BB, foi retirada em 2010, sob a gestão de Bendine. Com isso, os executivos puderam contribuir com base nos honorários brutos e, dessa forma, incrementar as aposentadorias.
Para a Previc, a direção do BB não poderia voltar atrás. A autarquia exigiu, em junho de 2013, que o banco colocasse limite nas aposentadorias da alta cúpula, sob pena de intervir no fundo de pensão. A exigência gerou uma disputa no governo que opôs os Ministérios da Fazenda e do Planejamento ao da Previdência.
Procurado, Bendine disse que o BB responderia em seu nome. Em nota, o banco informou que “as normas vigentes nunca estabeleceram um teto”. “O posicionamento do Banco do Brasil tem por base o Estatuto da Previ, que estabelece a equivalência entre as contribuições realizadas e os benefícios a serem pagos aos aposentados.” Previ e Previc não responderam até esta edição ser concluída. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

STF DECIDE NESTA TERÇA (10) SE EX-DIRETOR RENATO DUQUE VOLTA À CADEIA
PROCURADOR QUER RENATO DUQUE PRESO, E STF DECIDE ISSO NESTA TERÇA
Publicado em 10 de fevereiro de 2015 às 0:29 - Atualizado às 0:32
Por: Redação


Foto: Paulo Lisboa/Estadão Conteúdo
Renato Duque foi estranhamente o único figurão do escândalo a obter liberdade (Foto: Paulo Lisboa/Estadão Conteúdo)
Os ministros da segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidirão em julgamento na tarde dessa terça-feira, 10, se o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque voltará para a cadeia. Duque foi preso em novembro de 2014 na Operação Lava Jato e conquistou liberdade após o relator do caso no Supremo, o ministro Teori Zavascki, conceder habeas corpus em caráter liminar (temporário), em dezembro do ano passado.
No julgamento que será realizado amanhã, contudo, os ministros terão de analisar alguns fatos novos em relação ao que foi visto por Zavascki em 2014. Em parecer encaminhado ao STF no fim de janeiro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendou que o ex-diretor volte para a prisão, alegando que há possibilidades de o investigado fugir.
Além disso, o nome de Duque voltou a aparecer na nona fase da Lava Jato, deflagrada na última semana e batizada de “My Way” que trouxe à público depoimento do ex-gerente de Engenharia da Petrobrás Pedro Barusco afirmando que Duque pediu a um representante da empresa holandesa SBM a quantia de US$ 300 mil como um “reforço de campanha durante as eleições de 2010″. O ex-gerente, ligado a Duque, disse que o pedido do valor provavelmente atenderia a um pedido do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. A SBM é uma empresa ligada a um dos maiores escândalos recentes da Petrobras, a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que gerou uma série de prejuízos à estatal.
Extensão
Outros citados no escândalo de corrupção envolvendo a Petrobrás pediram extensão do benefício concedido a Duque, após a liberação do ex-diretor da estatal. Porém, Zavascki negou os pedidos de extensão no habeas corpus, propostos pelas defesas de Erton Medeiros Fonseca, da Galvão Engenharia; José Aldemário Pinheiro Filho, Mateus Coutinho de Sá Oliveira, Agenor Franklin Magalhães Medeiros e José Ricardo Nogueira Breghirolli, da OAS; e Eduardo Hermelino Leite, da Camargo Corrêa. Janot pede que sejam negados, no mérito, o pedido de liberdade dos outros presos.

NO BLOG DO CORONEL
TERÇA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO DE 2015
A presidente falsa e mentirosa convoca o marqueteiro para falsear e mentir de novo.

(Folha de São Paulo) Mergulhada na pior crise de imagem desde que o PT chegou ao poder, a presidente Dilma Rousseff vai buscar a ajuda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do marqueteiro João Santana (foto) para afinar uma estratégia de recuperação da popularidade. Segundo a Folha apurou, Dilma e Lula ficaram de se encontrar nesta semana. A reunião, porém, depende de um espaço na agenda de ambos. No caso de João Santana, o encontro será na sexta (13).
Dilma e Lula estiveram juntos na sexta (6), na festa de 35 anos do PT, em Belo Horizonte. O encontro, o primeiro desde a posse da petista, ocorreu antes da divulgação da pesquisa do Datafolha. A presidente não ouve os dois há muito tempo. No caso de Lula, apesar do encontro recente, os dois não tiveram tempo para falar sobre os problemas do governo. Em relação a Santana, a única vez em que estiveram juntos foi no ano passado, quando ele a ajudou a produzir o discurso de posse.
O Datafolha mostrou forte deterioração da avaliação da presidente. Cerca de metade (47%) dos brasileiros a considera desonesta, falsa (54%) e indecisa (50%). Esses dados, somados à perda de apoio em estratos mais pobres, foram o que mais assustaram Dilma. A pesquisa apontou que 44% classificam o governo como ruim ou péssimo. É a mais baixa avaliação desde Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
O encontro com Lula deve colocar em marcha um conjunto de ações para uma reação. A relação entre os dois sofreu um esfriamento desde a eleição. Acostumada a consultá-lo, Dilma tem tomado decisões mais solitárias, como a que levou Aldemir Bendine ao comando da Petrobras.
Nesta segunda (9), a presidente e seus principais ministros resolveram finalizar, o mais rápido possível, o pacote de medidas anticorrupção a ser enviado ao Congresso. A ideia é tentar, com isso, reverter alguns pontos de desaprovação nas pesquisas. O pacote, porém, é promessa antiga, feita ainda na eleição. O tema corrupção, impulsionado pelos desdobramentos das investigações sobre os desvios na Petrobras, rivaliza com a saúde pública como o principal problema do país, mostrou o Datafolha -- 21% e 26%, respectivamente.
ESTRATÉGIA
A estratégia de reação será definida com Lula e Santana. Essa foi a principal decisão de Dilma após reunião com seus principais ministros. O governo tem um cardápio de ações com recomendações elementares de comunicação: conceder mais entrevistas, promover mais solenidades no Planalto e viajar mais.
Assim como o pacote anticorrupção, o roteiro não é novo. Há anos o PT vem batendo na tecla de que Dilma precisa correr o país e divulgar sua gestão. Ela, porém, costuma vetar agendas fora e, desde novembro, não dá entrevistas. Seu programa de rádio, "Café com Presidenta", desativado na campanha, até agora não voltou ao ar.
Auxiliares defendem que ela use a rede nacional de rádio e TV para explicar o pacote de medidas para reequilibrar as contas públicas e ações no combate a desvios éticos. A chefe, por ora, resiste, com receio de que isso acentue a percepção de crise.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:58:00 

Velhinhos americanos enganados pela Petrobras na Bolsa processam a estatal.
(O Globo) O procurador-geral do estado americano de Ohio, Mike DeWine, anunciou nesta segunda-feira (09) que, em nome dos aposentados do setor público estadual, apresentou uma ação contra a Petrobras por violação das leis federais do mercado de capitais. A ação, iniciada na sexta-feira (06), alega que havia corrupção e propina na estatal brasileira há mais de uma década. A estatal brasileira é alvo, no total, de cinco ações judiciais nos Estados Unidos, movidas tanto por grandes fundos quanto por pessoas físicas.
“O escritório do procurador-geral tem a responsabilidade de avaliar se as empresas e seus executivos estão fraudando os pensionistas de Ohio”, afirmou DeWine, acrescentando que o fundo de pensão do estado perdeu mais de US$ 50 milhões devido aos escândalos na Petrobras. De acordo com DeWine, os fundos de pensão dos estados de Idaho e Havaí também se uniram à ação, apresentada à corte distrital de Nova York. A cidade americana Providence, em Rhode Island, também está acionando a petroleira brasileira na Justiça.
No total, cinco ações foram abertas por grandes fundos, pessoas físicas, a cidade de Providence e os fundos de pensão de Ohio, Idaho e Havaí. Entre os que aderiram, há desde quem perdeu US$ 5 mil até US$ 267 milhões, no caso do SkagendDanske Group.
A ação de DeWine pede à Justiça nova-iorquina que consolide as várias ações contra a Petrobras — o prazo final para apresentação das queixas e adesão a uma ação coletiva contra a estatal terminou no dia 6 — e que nomeie o Sistema de Aposentadoria Pública de Ohio como o principal litigante. Mas há nove petições para assumir a liderança da ação. A decisão, porém, cabe à corte e sua definição pode demorar. Segundo fontes, normalmente, ganha a liderança quem perdeu mais, o que costuma acontecer com fundos de pensão. Após essa definição, as audiências começam.
O juiz do caso é Jed Rakoff, da mesma corte distrital de Nova York que o juiz Thomas Griesa, que julga a briga entre os fundos abutres e a Argentina. Procurada pelo GLOBO às 21h50, a Petrobras ainda não se pronunciou.
POSTADO POR O EDITOR ÀS 07:49:00
SEGUNDA-FEIRA, 9 DE FEVEREIRO DE 2015
Para refrescar a memória da senadora Gleisi Hoffmann, o artigo golpista de Tarso Genro pedindo o impeachment de FHC.
Clique na imagem para ler o artigo escrito por Tarso Genro, em 1999.
Hoje, no Senado, Gleisi Hoffmann (PT-PR), derrotada para o governo do Paraná pelo tucano Beto Richa, afirmou: 
"Fazer desta pesquisa uma avaliação de que o governo não tem credibilidade e colocar discussão política de impeachment, é desconhecer a história política desse país. Em 1999, o presidente FHC tinha apenas 21% de ótimo e bom, e mais de ruim e péssimo que hoje tem a presidente Dilma. E não tínhamos a tempestade que temos agora."
Quem desconhece a história é a senadora paranaense que mudou o narigão para narizinho. Tarso Genro, então membro do Diretório Nacional do PT e figurinha estrelada do partido, em 25 de janeiro de 1999, com menos de um mês de segundo mandato, lançou em artigo da Folha de São Paulo, o golpista "Fora FHC". O título do libelo do gaúcho que depois virou ministro da Justiça e da Educação dos governos Lula e Dilma era "Por novas eleições presidenciais". Quem lê este artigo e comparar FHC em 1999 com a Dilma de agora verá que, hoje, sem dúvida alguma, existem muito mais motivos para pedir o impeachment de Dilma ou a anulação das eleições presidenciais.
Mais adiante, em maio de 1999, o deputado José Genoino, que depois viria a ser tesoureiro e mensaleiro do PT, liderou um pedido de CPI para apurar a privatização da Telebras e gerar um movimento pelo impeachment do presidente Fernando Henrique. Na mesma oportunidade, Lula, hoje o golpista da Dilma, que tenta um "impeachment branco" contra a companheira antecipando a sua candidatura para 2018, declarou:
"O governo parece até uma quadrilha. Todo dia tem uma pessoa ligada ao presidente envolvida em alguma falcatrua"
Como é que? O que está acontecendo neste país desde maio de 2014? Não é todo dia um petista envolvido em corrupção, atacando os cofres públicos, roubando, espoliando, comprometendo o futuro do país? Não estava Lula em palanque, há poucos meses, caluniando adversários de forma criminosa, enganando o país para reeleger Dilma Rousseff?
A senadora paranaense melhor faria se ficasse calada. Além de estar citada na Operação Lava Jato, que ocorre justamente no Paraná que a rejeitou, quer passar uma borracha no comportamento golpista que o PT teve durante todo o segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso. A Oposição deve, pode e presta um grande serviço ao país pedindo o impeachment de Dilma. Por nada o PT fez a mesma coisa. Motivos hoje é que não faltam. 
POSTADO POR O EDITOR ÀS 19:51:00


NO BLOG DO NOBLAT
Na poeira da ruína
Uma nova conta vai sobrar para os cofres públicos, via Petrobras e fundos de pensão estatais
José Casado (*) - O Globo - 10/02/2015 - 09h08
Um legado de corrupção e má gerência deixou em agonia o projeto industrial mais ambicioso dos governos Lula e Dilma Rousseff: um empreendimento de US$ 89 bilhões (R$ 240,3 bilhões) para construção e operação de 23 navios-sonda e seis plataformas vitais à Petrobras na exploração da camada pré-sal.
Lula mobilizou empresários com o privilégio da reserva de mercado. Uniu a mão invisível do Estado à calculadora do banqueiro André Esteves, do BTG Pactual.
O presidente recebeu a confirmação do nascimento da Sete Brasil na quarta-feira 22 de dezembro de 2010, uma semana antes de passar a faixa presidencial a Dilma Rousseff.
A reunião inaugural aconteceu no número 228 da Praia de Botafogo, no Rio, sob o comando de João Carlos de Medeiros Ferraz e Pedro José Barusco Filho, saídos da estatal de petróleo. Era um conglomerado com mais de três dezenas de subsidiárias e um só ativo (29 contratos) — tudo com um único cliente, a Petrobras.
Oficialmente, o grupo é privado, controlado pelo fundo FIP-Sondas (95%) e Petrobras (5%).
Na vida real não é bem assim. O governo determinou a fundos de pensão (Previ, Petros, Funcef e Valia) que comprassem metade do FIP-Sondas. Junto com a Petrobras têm 59% das cotas.
O BTG de Esteves lidera o bloco privado (com 20%), seguido pelo Bradesco e Santander (12%, somados). O restante (9%) está fracionado entre EIG Global , Lakeshore e Luce Venture Capital.
Antes de fechar seu primeiro balanço, em 2011, a Sete Brasil já acumulava US$ 75 bilhões (R$ 202,5 bilhões) em contratos com a Petrobras. Para cada um criou uma sociedade com grupos nacionais (Camargo Correa, Engevix, Queiroz Galvão, Odebrecht, UTC e OAS) e asiáticos (Keppel Fels, Jurong, Kawasaki e Cosco).
A Petrobras topou pagar US$ 720 milhões (R$ 1,4 bilhão) por cada sonda. E mais US$ 500 mil (R$ 1,3 milhão) por diária de operação.
Tudo acertado, no final de 2011 os principais executivos, João Carlos Ferraz (presidente) e Barusco Filho (diretor financeiro), desembarcaram em Milão para jantar com gerentes do Banco Cramer, de Lugano (Suíça). Com eles estava Renato Duque, diretor de Serviços da Petrobras.
Quem os ajudou foi Julio Camargo, que já intermediava-lhes propinas da OAS, Setal e Toyo Engeneering (Japão). Depois, uniu-se ao grupo Eduardo Musa, também diretor da Sete Brasil.
No seu último balanço, de 2013, a Sete Brasil revelou dívidas não pagas de US$ 3,1 bilhões (R$ 8,5 bilhões). Indicou promessas de US$ 4,1 bilhões (R$ 11,2 bilhões) do BNDES, que exigia vários documentos. Auditores anotaram: “A situação indica uma incerteza material que pode suscitar dúvidas significativas sobre a continuidade operacional da companhia.”
Na semana passada, 19 meses depois, a empresa ainda negociava a documentação com o banco estatal, quando se tornou pública parte da confissão de Barusco sobre US$ 97 milhões (R$ 261,9 milhões) em subornos que ele e outros receberam.
A lenta agonia da Sete Brasil deixa transparecer algo insólito: conseguiram desmoralizar até o “conteúdo nacional". O que era construção dissipa-se na poeira da ruína. E uma nova conta vai sobrar para os cofres públicos, via Petrobras e fundos de pensão estatais.
(*) José Casado é jornalista

Governo Dilma aperta o cinto do contribuinte sem apertar o próprio
Economistas defendem redução das despesas públicas para cumprir o ajuste fiscal prometido, que até agora só alcançou a população ao aumentar os tributos
10/02/2015 - 06h21
Heloísa Mendonça, El País
Desde o fim do ano passado, a nova equipe econômica do Governo Dilma vem anunciando uma série de medidas pouco populares para tentar diminuir o rombo nas contas públicas, incluindo a elevação de tributos e o ajuste nas regras para o acesso ao seguro-desemprego, pensões e auxílio doença.
As práticas, que destoam das promessas da presidenta durante a campanha eleitoral, pesam no bolso do contribuinte, enquanto o Governo não dá sinais claros de que passará a tesoura nos próprios gastos para alcançar a meta de poupar 66,3 bilhões de reais. Esse valor corresponde a 1,2% do PIB, que é o superávit primário prometido para 2015.
"O que eles fizeram foi apertar o cinto da classe média ao invés de apertar o próprio cinto. Chega a ser incoerente o ajuste na receita com aumento de impostos diante da gastança do Governo nos últimos anos", afirma o professor de economia do Ibmec Alexandre Espírito Santo.
De acordo com o especialista, na última década, houve um aumento de despesa na ordem de 10% ao ano. Em 2014, as contas do Governo Central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) registraram o primeiro déficit primário em 18 anos, de 17,24 bilhões de reais.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO
10/02/2015 às 5:10
Pois é… Eu já estava aqui a esfregar os dedos para escrever um texto em que apontaria um caminho para a presidente Dilma. No programa Os Pingos nos Is, que ancoro na Jovem Pan — entre 18h e 19h —, até brinquei com aquela musiquinha de Leandro e Leonardo: “Dilma, liga pra mim, não liga pra ele”. Eu me referia precisamente a Lula. Hoje, ele é uma das peças que, nos bastidores, concorrem para solapar a credibilidade da presidente. Não custa lembrar: ele já autorizou que seu nome seja lançado para a disputa presidencial de 2018. Isso transforma Dilma, como afirmei ontem na VEJA.com, numa pata manca.
E qual era a minha sugestão para Dilma, dado o desastre de opinião pública que já é o seu governo, sempre lembrando que há motivos para crer que a crise que ela enfrenta está só no começo e na sua fase mais amena? Simples: que ela pedisse a desfiliação do PT e se declarasse uma sem-partido. De tal sorte a crise que se avizinha é grave que a suprema mandatária, com os poderes quase imperiais de que dispõe um presidente no Brasil, deveria dizer, como Cazuza: “O meu partido, agora, é um coração partido”. E tentaria estabelecer uma agenda mínima para o país. Hoje, o PT é um armário muito difícil de carregar, com aquela pilha gigantesca de esqueletos. E muito mais coisa pode vir — e virá — por aí.
É inútil fazer de conta que Dilma está imune a uma denúncia por crime de responsabilidade. Sabem o que vai determinar a viabilidade disso? O tamanho e o ritmo da crise. Em vez de participar de convescotes petistas, em companhia de João Vaccari Neto, ela deveria se guardar. Deveria assumir o lugar que cabe aos magistrados em momentos como esse. Até aqui, as elites políticas do país, gostem dela ou não, podem até considerá-la omissa “no que se refere”, como ela diria, ao submundo petista. Mas poucos a veem como desonesta. A percepção do povo brasileiro, no entanto, começa a ser outra: 47% dos que responderam a pesquisa Datafolha lhe pespegaram essa pecha também.
Muito bem! Dilma deveria, então, se afastar de Lula e da marquetagem vigarista que garantiu a sua reeleição. Ninguém mais suporta aqueles truques. Está na cara que eles eram mentirosos. Desta feita, não terá farrinha de consumo para mitigar a roubalheira. Mas Dilma, a estar certa reportagem da Folha, vai fazer justamente o contrário: segundo informam Natuza Nery e Mariana Haubert, ela decidiu pedir socorro a Lula e ao marqueteiro João Santana.
Os lulistas espalham a lorota de que parte das dificuldades enfrentadas pela soberana se deve ao fato de que ela e Lula andam meio afastados, o que estaria deixando o Babalorixá de Banânia irritado. Sabem como é… O homem acredita que dar um truque no povo brasileiro é fácil. Ele vem fazendo isso há muitos anos, com sucesso. Vejam o esquema vigente na Petrobras, envolvendo empreiteiras — e por que seria diferente nos demais setores do governo? Tudo isso estava em curso enquanto Lula discursava contra as elites, contra o capital, contra o empresariado, contra os ricos… Se há pessoa “nestepaiz” que nunca perdeu nem poder nem dinheiro apostando na ignorância e na credice alheias, essa pessoa é Luiz Inácio Lula da Silva.
Dilma sabe que é refém daquela máquina e ensaiou alguns passos de independência. Parece que se julga fraca para enfrentá-la e decide, agora, se render. Lula lançou a sua candidatura para 2018 porque quer assustar Dilma e tomar de volta o governo já em 2015, no berro.
Se Dilma ligasse pra mim, ela dava a volta por cima; declarava a sua independência; enfrentaria a máquina; passaria por turbulências, mas teria alguma chance de ver robustecer a sua biografia. A se confirmar a notícia da Folha — e ela me parece, em princípio, verossímil —, a presidente vai se conformar com o papel de boneco de mamulengo. Eis o PT: essa gente não dá a menor bola para o país. Hoje, a companheirada está empenhada em garantir o poder da máquina e resolveu engolfar a presidente em sua sanha.
Por Reinaldo Azevedo

10/02/2015 às 2:26
A irresponsabilidade infantiloide, somada ao esquerdismo de butique, com que o prefeito Fernando Haddad, do PT, administra São Paulo terá, obviamente, consequências de longo prazo para a cidade. Um absurdo vai se sobrepondo a outro, numa escalada vertiginosa. Um leitor deste blog me manda esta foto.
A construção que vocês veem é conhecida como “Arcos do Jânio” porque, na década de 80, o então prefeito Jânio Quadros retirou as moradias irregulares que os encobriam. E veio à luz, então, a edificação de 1920, que foi tombada pelo Patrimônio Histórico Municipal.
Pois bem: Haddad não quis nem saber. Na sua ânsia de parecer um prefeito moderno e antenado — a mesma inclinação que o leva a transformar a Vila Madalena num depósito de fezes, urina, vômito e drogas, com a sua micareta dos picaretas —, ele entregou a área aos grafiteiros. Agora já sabemos que a noção de patrimônio tombado já não existe mais. Tudo é possível.
O mais espantoso é que o Conpresp (conselho municipal de preservação) deu carta branca à intervenção. Os vermelhinhos que estão no tal conselho não devem achar que os arcos sejam arquitetonicamente importantes o bastante para ser preservados. Digamos que não sejam — e eu até tendo a achar que não mesmo. Mas isso não depende do arbítrio de cada um. Os valentes estão lá para cumprir a lei.
Agora voltem à imagem. Sim, o vagabundo, assassino e psicopata que se vê em tamanho gigante, pintado sobre um patrimônio tombado, é Hugo Chávez, ex-ditador da Venezuela, que conduzia um governo composto, entre outras delicadezas, de bandidos ligadas ao narcotráfico e de antissemitas enlouquecidos. É o criador do modelo que conduziu aquele país à falência. Lembrando: para conter a insatisfação dos venezuelanos, Nicolás Maduro, o sucessor de Chávez, fez aprovar uma lei segundo a qual é permitido atirar contra manifestantes com bala de verdade, para matar mesmo.
Assim, o patrimônio da cidade está sendo manchado com a imagem de um tirano, de um assassino, de um maluco. E tudo sob o patrocínio do prefeito Fernando Haddad, com a conivência dos irresponsáveis do conselho municipal de preservação.
Segundo o Datafolha, 44% dos paulistanos consideram a gestão Haddad “ruim ou péssima”; apenas 20% a avaliam como “boa ou ótima”. Pergunto: quais outras edificações tombadas ainda receberão as homenagens ideológicas dos amiguinhos do prefeito? Quais serão os outros homenageados? Fidel Castro e Raúl Castro, que mataram 100 mil? Pol Pot, que matou três milhões? Mao Tsé-tung, que matou 70 milhões?
Se bem que tudo faz um danado de um sentido, não é? Quando ministro da Educação, este incrível Haddad mandou distribuir nas escolas públicas aquele tal livro que endossava concordâncias como “nós pega os peixe”. Criticado, ele tentou se defender então, acusando as pessoas de atacar o tal livro sem ler. E disse a seguinte pérola, prestem atenção, no dia 31 de maio de 2011:
“Há uma diferença entre o Hitler e o Stálin que precisa ser devidamente registrada. Ambos fuzilavam seus inimigos, mas o Stálin lia os livros antes de fuzilá-los. Essa é a grande diferença. Estamos vivendo, portanto, uma pequena involução, estamos saindo de uma situação stalinista e agora adotando uma postura mais de viés fascista, que é criticar um livro sem ler”.
Entenderam? Para este gênio da raça, fuzilar alguém depois de ler um livro é moralmente superior a fuzilá-lo sem ler. Ou por outra: para Haddad, é bem melhor a gente ser morto por um assassino instruído.
Num país com uma imprensa um pouquinho melhor — mais lida, sim, mas não homicida —, sua carreira teria terminado ali. Mas ele seguiu adiante e segue sendo o queridinho dos vermelhinhos do jornalismo, que também devem achar que matar alguém depois de ler um livro é moralmente superior a fazê-lo sem ler.
Se a gente deixar, o PT ainda manda pintar a cara de Stálin, que matou 35 milhões, na estátua da Justiça, nos jardins do STF.
Por Reinaldo Azevedo

10/02/2015 às 2:25
Por Julia Affonso, Fausto Macedo e Ricardo Brandt, no Estadão:
A força-tarefa da Operação Lava Jato chegou a uma nova testemunha bomba que confirma a atuação ativa do ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque nas irregularidades que beneficiaram empreiteiras do cartel, denunciado por corrupção na estatal. Por meio de alteração de normas padrão de contratação da estatal, criadas em 1999, o ex-gerente jurídico Fernando de Castro Sá detalhou como empreiteiras passaram a ditar regras, via Diretoria de Serviços, e acusa omissão e perseguição do comando da estatal quando ele e outros gerentes tentaram comunicar os desmandos internamente.
“A coisa ia num crescente tão grande que um belo dia, olha como a coisa era feita, chegou lá da (Diretoria de) Engenharia para o (Diretoria de) Abastecimento informando que tinham que aprovar os aditivos 5, 6 e 7 da terraplanagem (nas obras da Refinaria Abreu e Lima). Só que quando você lê o expediente, os aditivos já estavam assinados”, afirmou o ex-gerente jurídico da Diretoria de Abastecimento. “Como é que você vai pedir autorização para celebrar um aditivo que já está assinado?”
As irregularidades não teriam parado por aí. Em mais de duas horas de depoimentos prestado na sede da força-tarefa da Operação Lava Jato, criada pelo Ministério Público Federal, em Curitiba, Sá afirmou que a Diretoria de Serviços alterou e ignorou procedimentos internos, assinando aditivos para contratos encerrados. Sá conta que após a ex-gerente executiva de Abastecimento Venina Velosa da Fonseca se insurgir contra os aditivos e dizer que “não ia dar encaminhamento”, um parecer do jurídico da Diretoria de Serviços informou “não ter nenhum problema” por serem referentes à “prorrogação de prazos”.
Com experiência de mais de 20 anos na área jurídica da Petrobrás, Sá integrou o grupo de advogados que elaborou o Manual de Procedimento Contratual (MPC) da estatal. “Uma das regras daquele manual é que você só pode prorrogar o prazo de um contrato se ele estiver vigente. Esses aditivos foram assinados para prorrogar prazos de contratos já mortos, que estava encerrado por tempo.”
Segundo ele, o jurídico da Petrobrás desconsiderou essa norma interna. “Por incrível que parece a conclusão no jurídico foi de que: ’entendemos que tal regra é interna da Petrobrás, pois no MPC (Manual de Procedimentos Contratual) há documento aprovado pela diretoria executiva. Assim ainda que exista o risco de eventual não observância da linha A do manual, tratar-se-ia de irregularidade formal e interna.” Ao ser publicado no Diário Oficial, o manual passou a ter “característica de norma infralegal”. “Não era uma mera norma interna.”
Sá era funcionário de carreira da estatal desde 1993 e foi um dos responsáveis também pelo modelo de contratação da obra da Refinaria Abreu e Lima – um dos alvos centrais da Lava Jato -, em Pernambuco, em que teriam ocorrido “gravíssimas” irregularidades. Segundo o advogado, a Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi) – entidade que criou o grupo de empreiteiras que depois passaria a atuar em cartel na Petrobrás – passou a determinar a partir de seu contato com Duque alterações de normas contratuais da estatal, gerando a elevação de custos da obra, já constatada por órgãos oficiais e pela própria estatal.
A refinaria, iniciada em 2007, já consumiu R$ 24,7 bilhões e foi superfaturada, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU). Como responsável pelo orçamento da obra, era a Diretoria de Abastecimento quem pagava a Refinaria Abreu e Lima. À sua gerência jurídica, cabia emitir as minutas de contratação.
O ex-gerente explica que os contratos da Petrobrás, até então, seguiam as regras do Manual de Procedimentos Contratuais, publicado no Diário Oficial, em fevereiro de 1999. O jurídico era o gestor dessa norma e tinha que elaborar a minuta padrão de contratos de prestação de serviços, que também era aprovada pela diretoria. “À partir do cartel, a minuta (de contrato) que tinha que ser elaborar pelo jurídico e aprovada pela diretora passou a ter que ter o crivo da Abemi, a associação das empreiteiras”, afirmou o ex-gerente jurídico.
Isso teria sido possível, porque a Diretoria de Serviços centralizava o comando das contratações, da execução e da fiscalização de todas as obras da estatal. Segundo havia afirmado o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, em depoimento à Justiça Federal em agosto de 2014, por meio dessa diretoria o PT arrecadava até 2% em todos grandes contratos da estatal.
(…)
Por Reinaldo Azevedo

10/02/2015 às 1:31
Por Altamiro Silva Junior, no Estadão
A lista de detentores de American Depositary Receipts (ADRs) da Petrobrás, nos EUA, que aderiram à ação judicial coletiva entregue na última sexta-feira (06) à Corte de Nova York contra a estatal petrolífera, mostra que os nove maiores acionistas reclamam perdas que podem atingir, pelo menos, US$ 500 milhões. A petição entregue pelo escritório americano Wolf Popper, em conjunto com o brasileiro Almeida Advogados, foi assinada pela Union Asset Management Holding AG, Handelsbanken Fonder AB, Ohio Public Employees Retirement, Public Employee Retirement System of Idaho, Employees Retirement System of the State of Hawai, Universities Superannuation Scheme Limited, Skagen AS, Danske Invest Management A/S, Danske Invest Management Company. Eles afirmam que tiveram perdas superiores a U$ 50 milhões, cada. A ação judicial coletiva, ou Class Action, teve início no ano passado. A primeira audiência será no dia 9 de março, em Nova York. 
“O esquema de lavagem de dinheiro e suborno foi estimado em R$ 10 bilhões ou cerca de US$ 4,4 bilhões. Além de altos executivos da Petrobrás, o esquema ilegal de suborno e de propina envolveu políticos e um grupo de, pelo menos, 16 empreiteiras que formaram um cartel que assegurou que os seus membros iriam ganhar grandes contratos da Petrobrás”, diz a petição. O documento destaca que a prisão de executivos da estatal, por suspeita de corrupção, e admissões de que a empresa pode ter de ajustar suas demonstrações financeiras provocaram a queda nas ADRs da Petrobrás. 
Entre os investidores com maiores prejuízos, o Universities Superannuation Scheme (USS), fundo de pensão de professores e pesquisadores do Reino Unido, argumenta que teve prejuízos de US$ 84 milhões aplicando em bônus e ADRs. Já a gestora Skagen, da Noruega, e o Danske Bank, da Dinamarca, reclamam até US$ 267 milhões. Outros dois fundos da Europa criaram um grupo, com perdas de US$ 46,2 milhões. Além dos europeus, um grupo de fundos de pensão de servidores dos Estados de Ohio, Idaho e do Havaí reclama até US$ 127 milhões.
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG ALERTA TOTAL
Terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, retorna ao Brasil na quinta-feira (12) repleto de informações passadas pelo Departamento de Justiça dos EUA sobre a "Car Wash" (como eles chamam por lá a Lava Jato daqui). Nos bastidores do Judiciário, circulavam ontem informes de que Janot teve acesso a gravações comprometedoras feitas pela espionagem norte-americana que investiu pesado no Petrolão. No entanto, "grampos" de telefone e e-mail não serão usados como provas nos processos. Graves são os documentos que incriminam políticos e que provam erros concretos cometidos por diretores e conselheiros da Petrobras ferindo a legislação norte-americana contra corrupção no mercado de capitais.
Os investidores norte-americanos prosseguem nos processos contra a Petrobras. O procurador-geral do estado americano de Ohio, Mike DeWine, anunciou que, em nome dos aposentados do setor público estadual, apresentou uma ação contra a petrolífera por violação das leis federais do mercado de capitais. DeWine informou que os fundos de pensão dos estados de Idaho e Havaí também se uniram à ação, apresentada à corte distrital de Nova York. A cidade americana Providence, em Rhode Island, também está acionando a petroleira brasileira na Justiça. Os processos nos EUA afetam diretores e conselheiros da Petrobras, incluindo Dilma Rousseff, que presidiu o Conselhão da estatal. É alto o risco de condenações a pesadas multas e até penas de prisão. O caso está com o juiz Jed Rakoff, com fama de durão.
Janot e os promotores da força-tarefa da Lava Jato só voltam ao Brasil menos pressionados que os 33 (ou mais?) políticos que passarão um carnaval dos infernos por aqui, temendo a provável denúncia na Quarta ou Quinta-feira de Cinzas. A cada novo depoimento na 13a Vera Federal em Curitiba, o 'Presidentro' Luiz Inácio Lula da Silva, sua Presidenta Dilma Rousseff e os aloprados do PT entram em desespero máximo. Indícios bem concretos já começam a ligar pessoas muito próximas a ele com o escândalo. Uma delas é o documento do Banco Central, vazado pela revista IstoÉ, comprovando que o amigão José Carlos Bumlai contraiu um empréstimo irregular de R$ 12 bilhões junto ao falido banco da construtora Schahin, em troca de contratos suspeitos com a Petrobras. 
Lula também ficou pt da vida novamente com a ex-gerente da Petrobras, Venina da Fonseca, que voltou a dizer que foi advertida pelo ex-diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa, de que suas denúncias iriam derrubar o ex-Presidente da República e o então presidente da estatal José Sérgio Gabrielli. Em depoimento, sexta-feira passada, no processo envolvendo réus ligados a Galvão Engenharia, Venina foi pressionada pelo advogado de defesa do doleiro Alberto Youssef a lembrar a conversa com Costa em 2008, contada por Venina na entrevista de dezembro ao programa Fantástico, da Rede Globo. Na versão, Venina teria ouvido de Costa, apontando para o retrato de Lula, o desabafo: “Você quer derrubar todo mundo?”.
Venina repetiu no depoimento ao juiz Sérgio Fernando Moro: " Aí eu falei com ele o seguinte: 'ele já fez, não tem como eu agora chegar e falar 'vamos esquecer o que aconteceu e vamos realmente trabalhar diferente daqui pra frente''. Existia um fato concreto que tinha que ser apurado e que tinha que ser investigado. Aí neste momento ele ficou muito irritado comigo. A gente estava sentado numa mesa da sala dele, ele apontou pro retrato do Lula, apontou também pra direção da sala do Gabrielli e me perguntou: 'você quer derrubar todo mundo?' Aí eu fiquei assustada e falei pra ele assim: 'olha, eu tenho duas filhas, eu tenho que colocar a minha cabeça num travesseiro e dormir, e no outro dia de manhã eu tenho que olhar nos olhos dela e não sentir vergonha'".
Além da Lava Jato, os políticos brasileiros ficaram encagaçados com a investigação realizada por 154 jornalistas de 45 países e batizada de “SwissLeaks”. A apuração do ICIJ (The Internacionational Consortium of Investigative Journalists) revelou que o Brasil ocupa a quarta posição em número de clientes com passaporte ou nacionalidade brasileira envolvidos num vasto sistema de evasão de divisas aceito pelo banco HSBC britânico através de sua filial suíça. Nada menos que 8.667 clientes tinham algum vínculo com o Brasil, sendo 55% com a nacionalidade brasileira. Os documentos vazados por um ex-funcionário da área de informática do banco mostram ainda que o Brasil é o nono país em volume de dinheiro associado a contas no paraíso fiscal, com um total de US$ 7 bilhões no período analisado, entre 2006 e 2007.
O dia promete ser eletrizante com a decisão sobre a provável revogação da liberdade a Renato Duque. O ex-diretor da Petrobras deve retornar à prisão que o criativo humorista governista Paulo Henrique Amorim batizou de "Guantanamo de Curitiba". Para piorar, vem aí, da Itália, a decisão sobre a extradição ou não de Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, condenado na Ação Penal 470, do Mensalão. Se o cara retornar, o inferno petista terá aumentos substanciais de temperatura e pressão. Ainda mais no momento em que o "Impeachment de Dilma" caiu na boca do povo - como bem ironizou ontem um ex-petista, o senador Cristovam Buarque, do PDT, partido que faz parte da base aliada.
(...)

NO O ANTAGONISTA
Aldemir Bendine se aposenta. Base: 62 mil por mês
Brasil 10.02.2015
Aldemir "Val Marchiori" Bendine aposentou-se no Banco do Brasil com base num salário mensal de 62 mil reais. Tem esse direito porque o país tem a casta dos funcionários do Estado, que recebem aposentadoria integral, e os demais mortais da iniciativa privada, obrigados a aposentar-se com um teto que não chega a 4 mil reais.
Estamos felizes porque, a partir de agora, Aldemir Bendine poderá retirar a sua aposentadoria, somá-la ao salário como presidente da Petrobras, e guardar tudo em espécie debaixo do colchão da "amiga" Val Marchiori.

A obsolescência de Dilma Rousseff
Brasil 10.02.2015
As contas deste ano não vão fechar.
Dilma Rousseff prometeu cortar R$ 18 bilhões no seguro-desemprego e no abono salarial. Agora suas medidas provisórias estão no Congresso Nacional e os partidos governistas já avisaram que, desse jeito, elas não passam. Das 620 emendas que abastardam o pacote, de fato, 412 vêm de parlamentares de sua base.
Orlando Silva, do PC do B, disse, por exemplo:
"Estourar a corda para o lado mais fraco, na hora da dificuldade, não dá".
E Marta Suplicy acrescentou:
"O país assiste atônito ao aumento das tarifas, à escalada da inflação, ao aumento consecutivo dos juros e ao aumento de impostos. Sem falar na corrupção, que somada aos rumos econômicos tortuosos, torna cada vez mais difícil o resgate da confiança e da credibilidade".
Isso tudo só quer dizer uma coisa: não podendo economizar no seguro-desemprego e no abono salarial, Dilma Rousseff e Joaquim Levy terão de aumentar ainda mais os impostos.
Joaquim Levy já deu vexame porque disse ao Financial Times que o seguro-desemprego era obsoleto e, em seguida, foi obrigado a dar um passo atrás. Agora ele terá de dar 18 bilhões de passos atrás. Joaquim Levy é obsoleto. Dilma Rousseff é obsoleta.
Volte atrás, Levy

Segunda turma, segunda chance
Brasil 10.02.2015
Os ministros do STF que vão julgar o pedido de prisão de Renato Duque pertencem à Segunda Turma: Teori Zavascki, Celso de Mello, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia.
Se tomar a decisão errada - e a decisão errada é salvar Renato Duque apenas porque ele é potencialmente perigoso para o PT -, o descrédito do STF será arrasador.
Curitiba já é a capital moral do Brasil. Vai se tornar também a última instância judiciária do país.
Entre na viatura, Renato Duque

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