EMPREGADOS E LARANJAS PAGARAM AS MULTAS DOS MENSALEIROS

Lava Jato vai investigar se empregados e laranjas de empreiteiras pagaram multas do Mensalão

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net de 09-12-2014
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Usando recursos obtidos em superfaturamentos e comissões desviadas na contabilidade de obras públicas, empregados e laranjas de empreiteiras foram usados para pagar as multas milionárias no processo da famosa Ação Penal 470. O principal beneficiado foi José Dirceu de Oliveira e Silva. A mesma jogada favoreceu José Genoíno e Delúbio Soares - todos felizes por terem ganho o benefício de passar o natal em "prisão domiciliar" com a família. Eis a suspeita da elite de investigadores da Lava Jato.

Peritos contábeis a serviço da Lava Jato, analisando registros de pagamentos feitos por empreiteiras, apuram, também, como o esquema estaria remunerando, por debaixo dos panos, um ilustre reeducando que até agora amarga cadeia, em silêncio obsequioso: Marcos Valério Fernandes de Souza. A Lava Jato esparge merda no Mensalão - aquele caso que, diante dos novos escândalos, merecia julgamento em tribunais de pequenas causas.

Os indícios aumentaram com a revelação do contrato assinado entre a empreiteira Camargo Corrêa e o reeducando José Dirceu de Oliveira e Silva, assinado em 21 de fevereiro de 2010, para prestação de consultoria na “integração dos países da América do Sul” e análise de aspectos sociológicos e políticos do Brasil. Os comprovantes apreendidos pela Polícia Federal, que devem parar nos autos de processos da Lava Jato, mostram que a JD Assessoria recebeu R$ 886,5 mil. Marcado como sigiloso, o acordo previa o pagamento de R$ 75 mil por mês.

O nome de Dirceu aparece, por enquanto indiretamente, na Lava Jato. Dirceu foi o padrinho de Renato Duque na diretoria de Engenharia e Serviços da Petrobras. Pedro Barusco, gerente da área e braço-direito de Duque, em sua delação premiada, pode ter comprometido Dirceu. Paulo Roberto Costa, em sua "colaboração", revelou que a área de Duque comandava a arrecadação de 2% a 3% de propina na área de Serviços. Na de Abastecimento, comandada por Costa, a comissão era de 2%.

No mesmo endereço em que apreendeu o contrato com Dirceu, a Polícia Federal apreendeu contratos assinados entre a Camargo Corrêa e outras empresas de consultoria. Entre elas, estão a Treviso, de R$ 18 milhões, e a Piemonte, de R$ 6,1 milhões. As duas empresas pertencem a Júlio Gerin Camargo, outro delator premiado que contou ao Ministério Público Federal que vários contratos foram assinados apenas para justificar a saída de dinheiro dos consórcios que prestavam serviços à Petrobras. O dinheiro destinado aos políticos do PP eram depositados em contas controladas pelo doleiro Alberto Youssef, no Brasil, em Hong Kong e na China.

A Lava Jato se aproxima, perigosamente, do núcleo duro do poder petista...

Lula é o alvo


Destino da Petrobras

Muito em breve, o governo brasileiro será pressionado a abrir mão do controle acionário da Petrobras, em troca da salvação da empresa.

Um consórcio de megainvestidores, junto com outras grandes petrolíferas, já organiza a compra da dívida da Petrobras no mercado internacional.

Assim que tal operação for viabilizada, será feita a oferta indecorosa que colocará o governo petista, ideologicamente, na saia justa de "desnacionalizar" a empresa que é o símbolo máximo do capimunismo tupiniquim.

Com tantos escândalos e dívidas imensas, ao mesmo tempo em que o barril de petróleo em baixa cotação encarece investimentos, a Petrobras fica fragilizada.

Rebaixamento

O Botafogo da Graça Foster já foi rebaixado para a segunda divisão do futebol brasileiro.

Agora, é a empresa presidida por ela que corre o risco de ficar sem crédito.

As bolsas da Ásia, desde cedo, rejeitam negociar as ações da Petrobras.

O Processo

Como o Alerta Total já havia antecipado há séculos, investidores formalizaram ações na Justiça de Nova York contra a Petrobras e seus diretores - o que pode abranger também membros dos conselhos de Administração e Fiscal, o que afetaria a presidente Dilma Rousseff.

O escritório de advocacia americano Wolf Popper LLP entrou com uma ação coletiva contra a petrolífera, em nome de todos os acionistas que compraram recibos de ações da petrolífera (chamados de ADRs - American Depositary Receipts), negociados na Bolsa de Nova York, entre 20 de maio de 2010 e 21 de novembro de 2014.

O escritório brasileiro Almeida Advogados foi o escolhido para colaborar com o Wolf Popper.

As broncas

Na ação, os advogados argumentam que a Petrobras emitiu declarações falsas e enganosas ao acionistas, ao não divulgar “o esquema multibilionário de corrupção, suborno e lavagem de dinheiro que existe desde 2006 na companhia”.

Advogados denunciam que a companhia violou artigos da Securities Exchange Act, legislação que rege as companhias de capital aberto nos EUA.

Ainda de acordo com a ação, a Petrobras é acusada de ter exagerado o valor de suas propriedades, fábricas e equipamentos em seu balanço, por conta do superfaturamento de contratos para pagamentos de subornos. 

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