DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 21-3-14

NA FOLHA UOL
Comitiva deixa Itaquerão no meio de visita
BERNARDO ITRI
DO PAINEL FC21/03/2014 04h00
A visita da comitiva da Fifa ontem ao Itaquerão escancarou a insatisfação da entidade em relação ao estádio, escolhido como sede da abertura da Copa do Mundo.
Os técnicos da Fifa chegaram à arena de manhã para uma vistoria. Teriam reuniões durante o dia inteiro.
No entanto, insatisfeitos com o que viram na arena de manhã, eles cancelaram as reuniões que aconteceriam no período da tarde e deixaram o canteiro de obras.
Andres Sanchez, responsável do Corinthians por tratar dos assuntos do Itaquerão, sequer acompanhou a visita técnica da Fifa. O cartola ficou em um contêiner, isolado do grupo de inspetores.
De acordo com técnicos que foram ao estádio corintiano ontem, a visita foi considerada um fiasco. Eles apontam que não foi notada a evolução esperada na obra.
Áreas VIPs, de camarotes, e espaços comerciais, como mostrou reportagemda Folha na terça-feira, segundo os técnicos, permanecem inacabadas e sem previsão para ficarem prontas.
Todas essas pendências, de acordo com o Corinthians, serão incluídas na conta das estruturas temporárias do Itaquerão, que também não têm um financiador.
Para tentar encontrar uma solução para o caso do Itaquerão, principal preocupação da Fifa para a Copa, o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, virá ao Brasil na próxima semana.
O dirigente terá reuniões de segunda a quinta-feira no Rio. O tema principal será as estruturas provisórias dos estádios do Mundial.
O encontro de Valcke com os organizadores brasileiros será o último antes que as estruturas temporárias comecem a ser instaladas.

NO O POVO
Investidor de minirrefinaria no Ceará é preso. Paulo Roberto Costa é ex-diretor da Petrobras. Atualmente, é diretor-executivo da REF Brasil, que tem projeto para minirrefinaria no Ceará
Andreh Jonathasandreh@opovo.com.br
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso ontem pela Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro, tem projeto para minirrefinaria no Ceará. Ele é suspeito de envolvimento com uma quadrilha de lavagem de dinheiro. Segundo a PF, Paulo Roberto ganhou um carro de presente de um dos integrantes do esquema. Em sua casa, foram apreendidos R$ 700 mil e U$ 200 mil. A ação faz parte da Operação Lava a Jato, que apura esquema de doleiros que movimentou, de forma suspeita, R$ 10 bilhões.
Atualmente, Paulo Roberto é diretor-executivo da REF Brasil, empresa que planeja investir R$ 120 milhões em uma refinaria modular no Pecém, com capacidade para processamento de cinco mil barris de petróleo por dia (bpd), podendo chegar a 20 mil bpd. A proposta anunciada é de por em funcionamento quatro equipamentos do tipo no País: em Sergipe, Alagoas e Espírito Santo, além do Ceará.
Em entrevista exclusiva ao O POVO, na edição de 17 de janeiro, Paulo Roberto afirmara ter procurado o Governo do Estado com solicitação de terreno para o equipamento. A área é de 10 hectares no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). Segundo o empresário, a intenção é de iniciar as obras em dezembro, levando 18 meses para a construção.
O POVO apurou que, na Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), consta documento, protocolado em 17 de julho de 2013, com solicitação de concessão de terreno. Nele, também constam como investidoras interessadas as empresas Totem Investimentos, Energio S/A, Mundi Energia e Macro Corretora de Valor.
Refinaria nos EUAO ex-diretor da Petrobras também é investigado pelo Ministério Público Federal no Rio por supostas irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, no Texas (Estados Unidos). Foi um dos negócios mais malsucedidos da história da empresa – com prejuízo à Petrobras que chegou a US$ 1 bilhão. 
A Petrobras informou, por meio da sua assessoria de imprensa, que não vai comentar sobre o assunto. (Com agências)

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
…e ninguém tem razão. A troca de farpas entre os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Delcídio Amaral (PT-MS), um atribuindo ao outro a indicação do ex-diretor da Petrobras que operou a compra superfaturada da refinaria americana, expõe a falência do sistema de partilha de poder, nos últimos governos, que não tem perigo de dar certo, com a ocupação de cargos técnicos mediante critérios políticos.
O ex-diretor da Petrobras Nestor Ceveró, que deu no pé do País após estourar o escândalo, trabalhou com Delcídio e tem laços com o PMDB.
Os verdadeiros responsáveis pela negociata da refinaria escapam de fininho da polêmica, enquanto se discute quem indicou Nestor Ceveró.
Dilma era ministra da Casa Civil e presidia o conselho da Petrobras, mas a decisão de comprar a refinaria foi do então presidente Lula.
Também se finge de morto, à beira-mar da Bahia, no escândalo da refinaria superfaturada, o ex-presidente da estatal Sergio Gabrielli.
Carcereiros em greve impedem o recolhimento de bandidos perigosos aos presídios paulistas, e ainda dizem que o protesto deles é “pacífico”.
A refinaria superfaturada de Pasadena, cuja compra Dilma avalizou “por engano” do relatório, já tem apelido na internet: “Passagrana”.
FHC pediu “esqueçam o que escrevi”; Lula “esqueçam o que eu disse” e agora Dilma lança o “esqueçam o que assinei”, após culpar “relatório falho” para pagar US$ 1,18 bilhão por uma velha refinaria nos EUA.
De ascendência espanhola, o diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que operou a compra da refinaria nos EUA, deu olé nas investigações e viajou “em férias” ao exterior, talvez à Espanha, onde tem parentes.
Preso pela PF, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto da Costa criou a empresa REF Brasil para construir quatro minirrefinarias em Sergipe, Alagoas, Ceará e Espírito Santo, com investimento total de R$ 1 bilhão.
Donos de fichas que incluem dezenas de suspeitas de execuções, os PMs que arrastaram Claudia nas ruas, apenas “descumpriram procedimento” aplicável ao caso, por isso foram libertados. Tudo feito à medida para dar pretexto a novos – e justificados – protestos no Rio.
A Brigada Militar invadiu o jornal Pompeano, quinta (13), prendendo o editor Aníbal Ribas, por revelar que o prefeito de Jaguarão (RS), José Cláudio Martins (PT), se negou a fazer teste de bafômetro em blitz.
O Supremo Tribunal Federal mandou prender o deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) por comprar votos na disputa pela prefeitura de Marabá. Bentes foi o único a se abster na cassação de Donadon.
Pesquisa Ibope divulgada ontem aponta que Dilma, com 40%, venceria as eleições no 1º turno. Mas 38% ainda não sabem, anulariam seus votos ou votariam em branco.
…só falta faltar luz no “sinal amarelo” que o governo acendeu na crise energética.

NO BLOG DO CORONEL
Este senhor aí da foto é Albert Frère, um megaempresário belga. O homem mais rico daquele país. Ele era o dono da refinaria Pasadena, por meio da Astra Transcor Energy, que foi comprada por U$ 42 milhões como sucata e vendida por U$ 1,12 bilhão para a Petrobras. Ele comprou esta refinaria em 2005 e vendeu 50% para a Petrobras em 2006, já por mais de U$ 300 milhões.
Este senhor possui 8% das ações da GDF Suez Global LNG, ocupando a cadeira de vice-presidente mundial nesta mega organização, maior produtora privada de energia do planeta. A GDF Suez possui negócios com a Petrobras no Recôncavo Baiano, mas seu principal negócio no Brasil é a Tractebel Energia, dona de um faturamento de quase R$ 6 bilhões anuais. É dona de Estreito, Jirau, Machadinho, Itá e dezenas de hidrelétricas, termelétricas, eólicas. 
A Tractebel, que é da GDF Suez, que tem como um dos principais acionistas o senhor Albert Frère, que é um dos donos da Astra Transcor Energy, que passou a perna no Brasil em U$ 1,12 bilhão, foi uma grande doadora da campanha de reeleição de Lula, em 2006. A doação de R$ 300 mil chegou a ser contestada na sua legalidade. Também foi uma das patrocinadores do filme Lula, Filho do Brasil. Já em 2010, para a eleição de Dilma, a Tractebel doou quase R$ 900 mil.
O dinheiro que ajudou a reeleger Lula e eleger Dilma veio, assim, mesmo que indiretamente, da Petrobras. Daquela bolada que ela pagou, inexplicavelmente, pela Refinaria Pasadena. Como é pequeno este mundo da corrupção.
Lula e Dilma, presenças constantes nas inaugurações dos empreendimentos da Tractebel. Essa é de 2009.

Numa ofensiva para tentar rebater a exploração pela oposição da suspeita de prejuízo para a Petrobras pela compra da refinaria de Pasadena (EUA), em 2006, o Palácio do Planalto enviou nesta quinta-feira (20) a deputados petistas um roteiro para a defesa da empresa e também da presidente Dilma Rousseff, que comandava o Conselho Administrativo da estatal na época da operação.
O "manual" tem dados que teriam sido repassados pelo ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) e também pela Petrobras. O documento segue três linhas centrais. A primeira é reforçar que a compra de Pasadena foi aprovada com base em um documento "técnica e juridicamente falho", como sustenta a Presidência nos últimos dias.
A outra é para descentralizar o poder de decisão do caso das mãos de Dilma, que na época era Ministra da Casa Civil e presidia o conselho da Petrobras quando o negócio foi autorizado e votou a favor da compra. E ainda desmontar o discurso político para a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). (Folha Poder)

NO BLOG DO NOBLAT
Andreza Matais e Fausto Macedo, Estadão 
A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira, 20 o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa (foto abaixo), homem forte na gestão do ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli envolvido diretamente na compra da polêmica refinaria de Pasadena (EUA).
Ele foi um dos responsáveis por elaborar o contrato da compra da refinaria e ajudou a fazer o "resumo técnico" de 2006 criticado pela presidente Dilma Rousseff por não trazer cláusulas do contrato que iriam transformar o negócio de Pasadena num problema para a Petrobrás.

Veja
O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou, nesta quinta-feira, os últimos recursos do deputado federal Asdrúbal Bentes (PMDB-PA, foto abaixo) e determinou a prisão de mais um parlamentar no país. O deputado foi condenado em 2011 a três anos, um mês e dez dias de prisão pelo crime de esterilização irregular: em troca de votos nas eleições de 2004, ele oferecia cirurgias de laqueadura.
Ao site de VEJA, Bentes afirmou que, a exemplo do ex-colega de partido Natan Donadon (RO), que está encarcerado na Papuda (DF), não vai renunciar ao mandato. Primeiro deputado-presidiário do Brasil, Donadon só teve o mandato cassado neste ano. “Não cometi nenhum crime, mas entenderam que eu conhecia os fatos. Não quero sair da Câmara pela janela. Só saio em duas condições: quando perder as eleições ou decidir não concorrer”, disse.

El País
Um suposto esquema de corrupção que atingia principalmente o governo do PSDB de São Paulo tomou uma dimensão nacional nesta quinta-feira.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) anunciou que 18 empresas nacionais e estrangeiras, além de 109 pessoas, estão sendo investigadas por formação de cartel que agiu na venda e reforma de trens para companhias públicas paulistas e também atuaram em outras quatro unidades da federação: Rio de Janeiro, Distrito Federal, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
A suspeita é que as empresas e seus funcionários tenham atuado irregularmente em ao menos 15 operações de comercialização de trens e de serviços entre os anos de 1998 e 2013, o que teria lesado os cofres públicos em 9,4 bilhões de reais. Apenas para efeito de comparação, esse valor é maior do que o orçamento anual de vários Estados brasileiros como o de Sergipe (orçamento de 8,3 bilhões de reais) ou do Piauí (7,7 bilhões de reais), ambos no Nordeste.
O Globo
Em entrevista ao Jornal Nacional, na noite desta quinta-feira, o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielliaixo) (foto ab, justificou o investimento da Petrobras na refinaria de Pasadena, nos EUA, negou que os valores pagos à holandesa Astra significassem prejuízos de quase US$ 1,2 bilhão para a estatal e que o uso da cláusula de put option Gabrielli – que permite o direito de um sócio comprar a parte do outro em caso de desacordo – é algo comum no mercado e não foi uma exclusividade da operação.
Na íntegra da entrevista, disponibilizada na internet, Gabrielli, disse que a Petrobras buscava oportunidades de investimento em refino em território americano desde 1999, uma vez que o mercado brasileiro não mostrava sinais de crescimento à época. Gabrielli garantiu que o valor pago, inicialmente, de US$ 360 milhões por 50% das ações da refinaria, foi uma boa oportunidade. 

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

NO BLOG DO JOSIAS
Dilma Rousseff andava às turras com o PMDB. Falava grosso com o partido desde o Carnaval. Agora, depende da boa vontade dos aliados que abomina para evitar a instalação da CPI da Petrobras. Dilma está com sorte. Sob influência do vice-presidente Michel Temer, os caciques do PMDB resolveram protegê-la. Não sem realçar as voltas que o mundo dá:
“Até ontem, a presidente pregava o enfrentamento com o PMDB”, dizia na noite passada um dirigente da legenda. “De repente, está nas mãos do mesmo PMDB a decisão de instalar ou não uma CPI que terá Dilma como figura central, a poucos meses da eleição presidencial. Na política, como na vida, a roda gira —às vezes numa velocidade impressionante!”
Temer e os presidentes peemedebistas das duas Casas legislativas —Henrique Eduardo Alves, da Câmara; e Renan Calheiros, do Senado— afinaram rapidamente o verbo. Os três sustentam a tese segundo a qual é “desnecessária” uma CPI destinada a escarafunchar a compra da refinaria americana de Pasadena. Alegam que o negócio já está sendo varejado pela Polícia Federal, pelo TCU e pelo Ministério Público Federal.
No Senado, a abertura de uma CPI depende do apoio de 27 dos 81 senadores. Avalia-se que a oposição não conseguirá seduzir governistas em quantidade suficiente para atingir esse número. Se conseguir, o governo usará as arma$ de praxe para lipoaspirar a lista de assinaturas. Se falhar, Renan entra em campo. Aferrado a alguma filigrana, pode arquivar o pedido. No limite, dispõe da alternativa de acionar a barriga, empurrando a encrenca para depois das eleições.
Na Câmara, o risco é maior. Mas já foi mapeado. Já existe um pedido de CPI da Petrobras. Foi protocolado em 23 de maio do ano passado. Relaciona entre os fatos a investigar o negócio ruinoso da refinaria americana, que resultou em prejuízo de US$ 1,8 bilhão para a estatal. Curiosamente, o requerimento foi patrocinado por três deputados do condomínio governista: Leonardo Quintão (PMDB-MG), Carlos Magno (PP-RO) e Maurício Quintella Lessa (PR-AL).
Num universo de 513 deputados, eles colecionaram 199 assinaturas de apoiadores, 28 a mais do que as 171 exigidas pelo regimento. O problema é que o mesmo regimento não admite o funcionamento simultâneo de mais do que cinco CPIs. Quando foi formalizado, o requerimento da CPI da Petrobras ocupava a 23ª posição na fila. Nesta quinta-feira (20), a assessoria de Henrique Alves verificou que a fila andou. Mas nem tanto. Num averiguação preliminar, constatou-se que a CPI tóxica está agora na 16ª posição.
A oposição decidiu trilhar um atalho regimental. O deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) recolhe assinaturas para colocar a CPI da Petrobras em em pé por meio de um projeto de resolução. Nessa modalidade, a instalação independe da fila. São necessárias as mesmas 171 rubricas. Juntas, as legendas oposicionistas dispõem de 104. Considerando-se a quantidade de silvérios que há no bloco governista, não são negligenciáveis as chances de sucesso.
Obtidas as assinaturas, o projeto de resolução seguiria para as comissões. Para enviá-lo direto ao plenário é preciso reunir as assinaturas dos líderes partidários num pedido de urgência. Levado a voto, o requerimento seria aprovado por maioria simples. O problema é que cabe ao presidente da Câmara incluir a proposta na pauta. E Henrique Alves não tem a disposição de fazê-lo. Vai argumentar: a) que a iniciativa não é consensual; b) que a compra da refinaria já está sendo investigada por quem de direito; 3) que a Petrobras, por sua importância, não pode ser convertida em objeto de disputa eleitoral.
O senador Aécio Neves, presidente do PSDB e antagonista de Dilma na corrida presidencial, organiza para terça-feira (25) uma reunião das oposições no Congresso. Na pauta, a CPI da Petrobras. Considerando-se o escudo que o PMDB decidiu oferecer a Dilma, os oposicionistas produzirão mais barulho do que resultados efetivos.
Saiu mais uma pesquisa do Ibope. Quando um assessor de Dilma Rousseff for analisar os dados com ela, convém suavizar a abordagem. Se não souber como começar, pode indicar com o queixo o percentual de eleitores que desejam mudança (64%) e perguntar: Fora isso, senhora presidenta, o que a senhora achou?
Sobrevivendo à explosão, o assessor pode argumentar que, se fosse possível suprimir os detalhes, a nova pesquisa seria extraordinária para a chefe. Apesar de tudo —os juros em alta, a inflação no teto, o mau humor de São Pedro e a derrota do Flamengo para o Bolívar…—, Dilma (43%) ainda está bem à frente de Aécio Neves (15%) e Eduardo Campos (7%). Hoje, ela prevaleceria no primeiro turno.
Mas o diabo, como se diz, está nos detalhes. Apenas 32% dos pesquisados desejam a continuidade “total” ou “de muita coisa” no próximo governo. A grossa maioria, 64%, torce para que o inquilino do Planalto mude “totalmente” ou “muita coisa” na gestão a ser inaugurada em 2015.
Os pesquisadores perguntaram: “quem tem mais condições de promover as mudanças de que o país ainda necessita?” No pedaço do eleitorado que expressa abertamente o desejo de mudar, a maioria (63%) quer outra pessoa no Planalto. Apenas 27% querem Dilma.
Numa amostragem que inclui a totalidade dos eleitores, 41% acham que a própria Dilma deve operar as mudanças. Preferem Aécio 14%. E Campos, 6%. É preciso levar em conta, porém, que apenas Dilma é 100% conhecida dos brasileiros. Seus antagonistas, ainda relativamente desconhecidos fora de suas províncias, terão sete meses para fazer pose de bons moços.
Quer dizer: a pesquisa mostra um cenário de estabilidade instável. O brasileiro está, por assim dizer, meio de saco cheio. Mas fora isso… O ministério já foi reformado, o aumento da conta de luz ficou para 2015 e os banqueiros estão felizes com a política monetária. Se o deputado Eduardo Cunha e o PMDB ficarem mais calmos, talvez seja possível tentar de novo.

NO BLOG ALERTA TOTAL
Quem levou uma comissão de pelo menos US$ 20 milhões na temerária compra da refinaria Pasadena pela Petrobras? Os nomes dos beneficiados surgem em uma investigação particular promovida por investidores da Petrobras – que preparam uma ação judicial individualizada, na Justiça de Nova York, contra os diretores e conselheiros da empresa que avalizaram a negociata que gerou um prejuízo de US$ 1 bilhão 180 milhões à petroleira estatal de economia mista – um dos símbolos do capimunismo tupiniquim.
A “novidade” das ações criminais individualizadas contra os gestores e conselheiros apavora o governo – acostumado a contar com a costumeira impunidade em ações judiciais genéricas, cujo o alvo impreciso era a União, controladora da Petrobras. Agora, a individualização criminal, principalmente na Justiça norte-americana, que costuma pegar mais pesado em casos de corrupção, se transforma em um problema concreto para a petralhada e seus aliados. Dilma Rousseff, reeleita ou não, pode ser um dos alvos. Lá fora, ela é apenas uma ex-presidente do “Conselhão” da Petrobras...
A ação judicial de responsabilização individual tem respaldo no próprio Estatuto da Petrobras - que prevê que seus dirigentes podem ser diretamente responsabilizados judicialmente por atos temerários contra a governança corporativa. Conforme o Art. 23 do Estatuto Social da Petrobras, os membros do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva responderão, nos termos do art. 158, da Lei nº 6.404, de 1976, individual e solidariamente, pelos atos que praticarem e pelos prejuízos que deles decorram para a Companhia.
Tem mais: Em seu Art. 28, o Estatuto estipula que ao Conselho de Administração compete: fiscalizar a gestão dos Diretores; avaliar resultados de desempenho; aprovar a transferência da titularidade de ativos da Companhia, inclusive contratos de concessão e autorizações para refino de petróleo, processamento de gás natural, transporte, importação e exportação de petróleo, seus derivados e gás natural. E, em seu Art. 29, o Estatuto determina: compete “privativamente” ao Conselho de Administração deliberar sobre as participações em sociedades controladas ou coligadas.
A negociata texana foi fechada em 2006 – durante a presidência de José Sergio Gabrielli na Petrobras. Naquela época, a então chefe da Casa Civil de Lula da Silva, a gerentona Dilma Rousseff, presidia o Conselho de Administração da Petrobrás. Dilma foi obrigada a engolir a operação Pasadena - que não a agradou. Na época, Dilma teria sido contra o negócio, mas a reclamação formal dela no Conselho de nada adiantou. Afinal, o presidente da empresa era homem de super-confiança do eterno chefão Lula. Esse foi um dos motivos pelos quais Dilma, quando assumiu o Planalto, substituiu, imediatamente, Gabrielli por Graça Foster, mesmo contra a vontade de Lula
O Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva entra na dança do escândalo Pasadena por causa de personagens ligadíssimos a ele e que serão alvos por ligação com o escândalo. O caso Pasadena mexe com Guido Mantega (ministro da Fazenda e presidente do Conselho de Administração da Petrobrás), José Sérgio Gabrielli (ex-presidente da estatal de economia mista), Almir Guilherme Barbassa (diretor financeiro da empresa e presidente do braço internacional PFICo – Petrobras International Finance Co - que é uma das grandes caixas-pretas no sistema Petrobrás), além de Nestor Cerveró (atual Diretor financeiro da BR Distribuidora, indicado para o cargo pelo agora reeducando José Dirceu de Oliveira e Silva) e Alberto Feilhaber (que foi empregado da Petrobrás durante 20 anos e que agora é vice-presidente da Astra Oil - segundo ficha dele no Linkedin).
Na Edição de 25 de fevereiro de 2013, o Alerta Total resumiu a falcatrua. Em janeiro de 2005, a empresa belga Astra Oil comprou a Pasadena Refining System Inc por US$ 42,5 milhões. Em 2006, os belgas venderam 50% das ações da empresa para a Petrobrás por US$ 360 milhões. Como a refinaria, defasada tecnologicamente, não tinha como processar o pesado petróleo brasileiro, belgas e brasileiros fizeram um contrato para dividir o megainvestimento de US$ 1,5 bilhão.
Se houvesse distrato, uma das partes teria de reembolsar a outra. Em 2008, como houve briga, os belgas acionaram a Petrobrás a pagar U$ 700 milhões. Estranhamente, a Petrobras chegou a contratar, por US$ 7 milhões e 900 mil dólares, um escritório de advocacia (ligado aos belgas) para defendê-la nos EUA. Perdendo a causa, em 2012, a Petrobrás se viu obrigada a torrar US$ 839 milhões para assumir o controle da Pasadena. No final, o prejuízo chegou a US$ 1 bilhão 180 milhões.
Agora, para desespero dos petralhas, o caso deve parar, também, na Justiça dos EUA, graças a indignação de investidores da Petrobras lesados pela desgovernança corporativa do governo federal petista.
Olho no Endividamento
Investidores também estão de olho na nova operação de endividamento da Petrobras– agora sob alegação de “ajudar a financiar o plano de negócios da companhia de 2014 a 2018, com investimentos previstos de US$ 220,6 bilhões”.
A operação é pessoalmente gerenciada pelo diretor financeiro da empresa, Almir Barbassa, homem de confiança do presidentro Luiz Inácio Lula da Silva.
Tudo é gerenciado fora do Brasil, através da subsidiária Petrobras Global Finance B. V. – uma caixa preta sediada em Rotterdam, na Holanda.
Em 2013, quando foi classificada pelo Bank os America Merrill Lynch como “a empresa mais endividada do mundo”, a Petrobras já tinha feito uma captação em bônus de US$ 11 bilhões no mercado internacional.
Dirigentes misteriosos
A operação de endividamento é totalmente feita fora do Brasil, sob controle da “subsidiária” Petrobras Global Finance B. V. – que opera desde 2012.
Curiosamente, nem no site da Bloomberg, alguém consegue saber quem são os dirigentes da empresa que cuida das finanças da endividada Petrobras.
Só se sabe que no mesmo endereço holandês, no segundo e terceiro andares da (Wenna 722, Weenapoint Tower A, 3014DA, em Rotterdam), funcionam a Petrobras Nederlands (PNBV), a Petrobras Global Trading (PGT) e a Petrobras International Braspetro BV (PIB).

NO BLOG UCHO.INFO
Petistas tentaram trocar cargos em Pasadena pelo silêncio dos que sabiam demais sobre o Mensalão
Face lenhosa – Fingir desconhecimento dos fatos quando o assunto é escândalo tornou-se especialidade do Partido dos Trabalhadores, prática inaugurada pelo lobista Luiz Inácio da Silva, responsável pelo período mais corrupto da história política nacional. De igual modo, os petistas também se especializaram e aparelhar a máquina, forma encontrada para empregar “companheiros” que não são fãs do trabalho, mas podem contribuir de alguma maneira para que o partido avance na implantação do seu plano totalitarista de poder.
Na quarta-feira (19), ao divulgar nota sobre a compra da obsoleta refinaria de Pasadena (Texas), pela Petrobras, a presidente Dilma Rousseff não apenas se complicou, como reconheceu diante dos brasileiros ser uma incompetente. Até porque, Dilma, que à época do negócio presidia o conselho de administração da petroleira, alegou que autorizou a compra com base em laudo pouco confiável.
Como já noticiamos, a grande questão é que, apesar de todas as esdrúxulas explicações apresentadas pela tropa de choque petista no Congresso Nacional, o negócio tinha apenas um detalhe para não ser realizado: a refinaria de Pasadena tem capacidade técnica para processar óleo leve, enquanto o objetivo da Petrobras era processar óleo pesado. Em outras palavras, é o mesmo que tentar colocar a lotação máxima de um ônibus dentro de um Fusca.
Por mais que aleguem desconhecimento acerca dos fatos, os petistas sabiam que a refinaria de Pasadena era mais uma “trampolinagem” do mais corrupto governo brasileiro em todos os tempos. Quem acompanha a política nacional e conhece seus bastidores sabe o que ocorreu na ocasião em que veio à tona o escândalo do Mensalão do PT. Temendo que as denúncias saíssem do controle e acabassem atingindo o então presidente Lula, alguns petistas se aproximaram de pessoas que sabiam detalhes comprometedores do escândalo, na tentativa de negociar o silêncio das mesmas.
Em uma das tentativas de negociação, que o ucho.info acompanhou de perto, um senador petista chegou a oferecer um cargo na refinaria de Pasadena em troca do silêncio de um assessor parlamentar. Escuso e criminoso, o negócio não prosperou porque o tal assessor, experiente que é, preferiu enfrentar as retaliações a manchar o currículo. Desde então, o assessor que recusou a oferta espúria vem sofrendo as consequências de sua atitude, enquanto os que lhe fizeram a oferta continuam a desfilar nos corredores do Congresso Nacional como paladinos da moral.


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