UMAS E OUTRAS DO HELIO FERNANDES - 27-01-14


HELIO FERNANDES –
Pablo Neruda colocou como título de suas memórias, “Confesso que vivi”. Posso dizer, depois de uma vida inteira de jornalismo, confesso que jamais vivi uma campanha eleitoral como esta de 2014.
Existem no Brasil 32 partidos recebendo fortunas do Fundo Partidário, usando horário eleitoral, enganando a opinião pública, mistificando o cidadão-contribuinte-eleitor.
Cada partido, dois candidatos
A campanha eleitoral ainda não começou, o que é um exagero de linguagem, pois a campanha tem mais de 1 ano. Desde que Eduardo Campos falou para Dilma: “Vou dizer para você, em sigilo. Sou candidato a presidente”. Logo, logo Dona Dilma “vazou” a confissão, apesar de na época serem intimíssimos.
Marina-Campos
Divergem, ou melhor, brigam publicamente, e não por convicções. Dona Marina é contra tudo o que Campos finge que defende. Está valendo até hoje, o que Dona Marina retumbou no dia em que se filiou ao PSB. Deixando bem claro: “Minha comunidade é a da Sustentabilidade e não do Socialismo”.
“Não vamos falar em vice”
Na mesma oportunidade, respondendo a pergunta de jornalistas, que pretendiam saber se ela seria segunda do governador, respondeu, mudando de assunto: “Não vamos perder tempo com vice”. Continua a mesma.
Dilma-Lula
Não estão intransigentes, mas a atual não faz nada sem consultar o ex. Nenhum desrespeito ou desconsideração, Dona Dilma era um poste que Lula plantou, irrigou, (poste pode ser irrigado?) e aí fincou na terra que ele mesmo adubou.
Agora, esse poste considera que pode se “vingar” do Lula pelo fato de ter sido seu inventor. É um festival Wagner de contradição e ingratidão. E Dona Dilma só tem um sonho e uma esperança: que não haja segundo turno.
Ela sabe pouca coisa. Mas sabe que sua “popularidade” nas pesquisas fabricadas, pode não valer num segundo turno. Mesmo contra esses “adversários” desconjuntados.
Aécio e o PSDB paulista
É candidato há muito tempo, embora não tenha disputado nenhum cargo presidencial. Está longe de Lula, que só se elegeu na quarta tentativa. Mas Aécio vem de longe, dos tempos do avô. Como presidenciável, teve que fazer uma parada e se eleger presidente da Câmara. “Na próxima serei candidato a presidente”.
Mais 13 anos de espera
Saiu da Câmara, ainda não dava. Foi para o governo de Minas, ainda presidenciável, mas com oito anos no cargo, para reabastecimento. Saiu, se elegeu senador, já cumpriu (cumpriu?) três anos do mandato. Só que acredita que agora será candidato mesmo.
Espera o apoio dos paulistas
Sem nenhuma segurança, sabe muito bem que nenhum mineiro pode ser presidente sem apoio de São Paulo. Embora o inverso não seja verdadeiro. Desde a primeira República, a que já nasceu “velha”, os paulistas tivessem sempre prioridade.
PS – Amanhã examino a estapafúrdia mas habitual e blandiciosa afirmação de FHC. Depois do retrocesso de 80 anos em 8, só Aécio pode andar atrás dele.
Irregularidades de Ministros
Dona Dilma tem um notável radar para localizar cidadãos respondendo a processos, para fazê-los Ministros. No primeiro ano do que intitulam de governo, teve que demitir sete ministros. Na época chamaram de “jogar as coisas para baixo do tapete”. Esses tapetes sujos ou figurados, não eram muito espessos, todos voltavam. Não pessoalmente, mas representando partidos da base.
Até Palocci teve que sair
Ministro da Fazenda poderoso com Lula, foi demitido por ele, readmitido por ela. A razão? Tinha uma consultoria, faturou milhões. Agora, cortando rapidamente para dois anos depois, nomeia um Ministro da Saúde, que pelo visto não cabia no buraco deixado pelo poste.
Qual a acusação feita a ele? Consultoria múltipla e inadequada. Só que está sendo investigado pelo Ministério Público. “Prometeu” a Dona Dilma que vai se “desfazer” das consultorias. Dona Dilma não se aborrece, viajou para Davos, preparando a festa, isolada, para o novo Ministro. Como é da Saúde, vai consultar mais médicos.
Ministério da Criatividade
Em ano não eleitoral, Dona Dilma nomeia qualquer um, mesmo sabendo que terá que “varrê-lo” logo depois. Em ano eleitoral, vai buscar um Ministro da Saúde não médico, lá no ABC. Só que o senhor Chioro pode ir para outro Ministério, como coloquei no título. Proposta que fez à Dona Dilma: “Passo todas as consultorias para minha mulher, fico sem nenhuma”. Ele sabe a quem está propondo.
O Ministério Público, tem que investigar a Supervia
Não precisa muito malabarismo jurídico. Basta dissecar a afirmação do próprio presidente dessa empresa, que sufoca, estrangula e desarvora a população. Confissão do medíocre presidente dessa Supervia: “Em 2015 vamos investir 900 milhões e em 2016, outros 900 milhões, DO NOSSO DINHEIRO”.
Há 13 anos enganando a comunidade
De onde vem esse dinheiro, 1 BILHÃO e 800 MILHÕES? Para completar, insiste: “É impossível servir à população, com esses trens de 50 anos de serviço”. Estão há 13 anos com a concessão, de quem é a culpa dos trens serem tão velhos?
E como conseguiram acumular esse 1 Bilhão e 800 Milhões, que prometem investir, NOSSO DINHEIRO? E o povão tem que esperar três anos? Eles mesmos prometem, “a partir de 2016, estaremos prestando um bom serviço”. O que deixam claro, não fazem agora. Não podem ficar impunes e controlando a vida de pelo menos 600 mil pessoas. 
Acusação contra Tarso Genro
Sem condenação ou absolvição, apenas constatação: deram manchetes apressadas acusando o governador do Rio Grande do Sul. Acentuaram que ele “Está sendo investigado pelo Ministério Público”. Fui verificar, registrei: a base da acusação é a nomeação sem concurso de um funcionário imprescindível, nenhum á disposição, com concurso.
Mais grave, não para Tarso Genro, mas para os que o acusam: isso aconteceu há 10 anos quando ele foi prefeito eleito de Porto Alegre. Deixou o cargo, foi para Brasília, se destacou, Ministro da Justiça, voltou para o “seu” Rio Grande, eleito governador.
Agora, pretendendo a reeleição, surge o que me dizem que é o chamado “fogo amigo”. Não fico em silêncio por exigência ou insinuação de alguém.
O medo da delegacia 
Os que dizem, na ONU, “no Brasil existe o habito único da tortura”, acertaram com tal profundidade, que fico assombrado. Aqui não se tortura apenas nas ditaduras, nas penitenciárias, e sim em qualquer lugar onde haja uma “autoridade”.
No Brasil, a tortura e o medo, sempre começaram pelas delegacias. A palavra já vinha impregnada de quase terror, quem recebia ordens de “comparecer à delegacia”, ficava logo apavorada. O “delegado” mandava mais do que qualquer um, lógico, só eram intimados e interrogados, (sempre com violência), eram os que não podiam se defender.
Isso se transformou em “tradição maldita”, e não é coisa do passado. As mortes praticadas por policiais em serviço, e registradas de forma errada, são multiplicadas. Sem repressão, perdão, punição.
Normas e regras para a polícia
O governador de São Paulo e não apenas ele, tem medo da polícia. E não apenas da Militar. Quando começaram as manifestações de 6 de junho, ele e o prefeito Haddad buscaram se aliar a Policia Militar. Tiveram que recuar, a opinião pública estava nas ruas, e tinha decisão clara: contra a violência da polícia, em primeiro lugar a polícia fardada.
Difícil indenização
Agora com base nos “rolezinhos”, o governador não entendeu nada, como precisava fazer alguma coisa, “legislou” para regulamentar o comportamento da Polícia Militar.
A confusão é total 
Tentando a reeleição para ver se disputa a segunda candidatura presidencial em 2018, Alckmin classifica o “rolezinho” como movimento cultural, e quer seduzir os jovens protestantes com a possível construção de um “roledromozinho”. É o que permite o alcance da atuação de um anestesista.
E a Polícia Militar?
De admirador e suposto aliado, o governador de São Paulo se transformou em crítico e acusador da Polícia, principalmente a Militar. Sem defender ou acusar, apenas situar a questão, podemos dizer: a Polícia Militar está sempre nas manchetes, e na definição quase sumária.
A Polícia Militar erra sistematicamente. Por excesso ou por omissão.
PS – Messi e Maradona, são comparados agora, na Argentina e até fora do país. Apesar de Messi ser um grande jogador, está tão distante de Maradona, que é até difícil, de longe, identificar um ao outro.
PS2 – Para justificar a comparação, Messi precisa ganhar uma copa, de preferência sozinho, como Maradona fez em 1986. Tem que fazer um gol “com a mão de Deus”. E mostrar a personalidade, positiva e negativa de Maradona.
PS3 – Beto Richa, governador do Paraná, usou dinheiro de contas judiciais, para cobrir rombos. Fez o mesmo que serginho cabralzinho filhinho. Os dois ficaram e continuam impunes. Esse dinheiro tem dono, estão praticando apropriação indébita.

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