DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 30-01-14

NA COLUNA DIÁRIO DO PODER

Os recursos do BNDES que financiam obras de empreiteiras brasileiras no exterior não são fiscalizadas no Brasil e nem nos países de destino. Por coincidência ou esperteza, os recursos têm sido oferecido a países subjugados por ditaduras longevas e governos acusados de corrupção, onde não há órgãos de controle. Nesses países, se há licitações públicas, não há imprensa livre que as denunciem, quando fraudadas.

Empreiteiras brasileiras atuam em países de governos autoritários ou de sob suspeita, como Cuba, Angola, Venezuela, etc.

Nos países onde o BNDES financia obras não há órgãos como os brasileiros Tribunal de Contas da União e Ministério Público Federal.

Após ler as notas desta coluna sobre os empréstimos do BNDES, a senadora Ana Amélia (PP-RS) anunciou que vai exigir explicações.

Ex-ministro do Trabalho Brizola Neto não apenas acredita que são verdadeiras as denúncias contra seu antecessor Carlos Lupi, acusado de cobrar propina para obtenção de autorização de funcionamento de sindicatos, como adverte: mais revelações da máfia dos sindicatos, no Ministério do Trabalho, devem aparecer nas próximas semanas. O neto do engenheiro Leonel Brizola está enojado: “Lupi jogou o PDT no lixo”.

Brizola Neto acha inclusive que logo surgirão denúncias de vítimas de extorsão, gente que pagou para criar seu sindicato, mas não levou.

O “Brizolinha” foi ministro entre maio de 2012 e março de 2013 e pôde ver o descontrole deixado por Lupi na criação de entidades sindicais.

O Planalto esclareceu ontem que não decorrem de acidente ou cirurgia plástica os olhos roxos da Dilma, fotografados em Lisboa pelo jornal Expresso. É que ela não teve tempo de se maquiar, diz a assessoria, que atribui o flagrante ao “mau posicionamento do fotógrafo”. Ah, bom.

Já que pagou do bolso o jantar em Lisboa, como disse, Dilma poderia aproveitar o embalo e também pagar a estada da família na base naval de Aratu (BA), e o custo do Airbus para visitar o neto em Porto Alegre.

Os Correios vão entrar em greve geral, não por aumento de salário, mas contra o Postal Saúde, associação privada acusada pelos servidores de “oneroso cabide de empregos de petistas” na estatal.

Foi-se o tempo de “decisão judicial não se discute, cumpre-se”: hoje o meliante condenado João Paulo Cunha ganha “desagravo” de adoradores de mensaleiros em Curitiba (PR), com direito a autógrafos.


NA COLUNA DO AUGUSTO NUNES

Como informa o site de VEJA, são brasileiros 14 milhões (ou 38,5% ) dos 36 milhões de adultos analfabetos recenseados na América Latina pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A informação aparece no relatório Educação Para Todos, divulgado nesta quarta-feira. O levantamento incluiu 160 países.
No ranking mundial dos campeões de analfabetismo, o Brasil ocupa um obsceno 8° lugar. Pelo andar da carruagem, a potência tropical de araque logo estará ameaçando tomar da Índia a vergonhosa supremacia entre as nações mais analfabetas do planeta. A notícia ajuda a desmoralizar o palavrório patrioteiro dos farsantes que fingem ter forjado o Brasil Maravilha.
Em outubro do ano passado, quando a PNAD constatou que a taxa de analfabetismo voltara a subir pela primeira vez desde 1998, escrevi o post reproduzido a seguir. Não há nada a acrescentar.
Ai do governo se a PNAD-2012 fosse divulgada não neste outubro, mas em junho ─ o único mês em que os brasileiros manifestam nas ruas a indignação represada no resto do ano. Ai dos vigaristas no poder se a temporada de protestos estivesse em curso quando a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio informou que, pela primeira vez desde 1998, cresceu o número de brasileiros com mais de 15 anos de idade que não sabem ler nem escrever: os 12,9 milhões de 2011 subiram para 13,1 milhões. Pena que o gigante tenha ficado mais analfabeto enquanto dormia.
Caso estivesse acordado, as coisas seriam muito diferentes. Os manifestantes que não aguentam desaforo durante 30 dias por ano entrariam em ação um minuto depois da descoberta obscena. Nas ruas das grandes cidades e nos becos dos vilarejos, multidões de dimensões egípcias exigiriam aos berros a erradicação do analfabetismo até a chegada do Natal e a imediata implantação de um sistema de ensino padrão Fifa. No dia seguinte, a presidente da República anunciaria na TV o lançamento do Programa Mais Professores, anabolizado pela importação em regime de urgência de 6 mil educadores cubanos fluentes em português, todos capazes de fazer até bebê de colo decorar o abecedário em uma semana e meia.
Os presidentes da Câmara e do Senado proporiam a cassação sumária do mandato de todos os parlamentares que tratam indecorosamente a gramática e a ortografia (sem direito a embargos infringentes). Os líderes da oposição oficial, reunidos às pressas, examinariam a ideia de encerrar as férias que vão completando 11 anos. E Lula, a conselho de companheiros letrados, ficaria em silêncio até que julho chegasse ao fim e o perigo passasse. Foram todos salvos pelo calendário gregoriano. Não havia manifestantes à vista quando a pesquisa monitorada pelo IBGE avisou que a taxa de analfabetismo subiu de 8,6% para 8,7%.
Livre de sobressaltos, Dilma Rousseff dispensou-se de comentar a façanha do governo mais inepto da história. Ocupado com a candidatura da chefe a um segundo mandato, o ministro da Educação repassou o assunto à economista Wasmália Bivar, presidente do IBGE. “Isso não é estatisticamente relevante”, ensinou a alquimista federal. ”A PNAD de 2012 confirmou o patamar de 2011, o que quer dizer estabilidade”. Uma diferença de 0,1% pode ser irrelevante em pesquisas que medem o tamanho da torcida do Flamengo. Aplicado ao universo formado por 157 milhões de brasileiros, escancara o cinismo da doutora.
O índice avisa que 300 mil seres humanos foram incorporados aos 13,1 milhões de confinados nas cavernas da ignorância. A imensidão de gente que não consegue ler nem escrever é maior do que a população da Suécia (11,2 milhões de habitantes). Sem contar os 27 milhões de analfabetos funcionais ─ categoria em que se enquadra quem teve menos de quatro anos de estudo. Sem contar os que aprendem nos livros do Ministério da Educação que está certo escrever errado. Sem contar os colecionadores de imbecilidades nota 10 aprovados no ENEM. Sem contar os universitários desprovidos de raciocínio lógico.
Como a “universalização da educação básica” concebida pelo governo em 2009 só vale para quem tem de 4 a 17 anos, e como os programas de alfabetização de adultos sumiram, não há esperança de salvação para os maiores de idade. São mais de 11 milhões, metade dos quais concentrados no Nordeste. Além da inscrição no Bolsa Família, o governo deveria oferecer a esses condenados à escuridão perpétua o acesso a cursos que ensinem a escrever coisas como “Nós pega os peixe”. Virariam analfabetos funcionais. E pelo menos poderiam sonhar com a Presidência da República.

NO BLOG DO CORONEL

"Seu" Anivaldo, pai de Alexandre Padilha, premiado pelos seus serviços à ONG. 
Antes de deixar o comando do Ministério da Saúde para se dedicar à pré-campanha ao governo paulista pelo PT, Alexandre Padilha assinou convênio de R$ 199,8 mil com uma entidade da qual o seu pai, Anivaldo Pereira Padilha, é sócio e fundador. No dia 28 de dezembro de 2013, a ONG Koinonia - Presença Ecumênica e Serviço e o Ministério da Saúde firmaram acordo para executar "ações de promoção e prevenção de vigilância em saúde".
O convênio prevê, até dezembro, a capacitação de 60 jovens e a formação de outros 30. Por meio de palestras, aulas e jogos, eles serão treinados sobre como evitar e tratar doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids. Apesar de a entidade ter representação no Rio, em Salvador e em São Paulo, o projeto que conta com verba do Ministério da Saúde será executado somente na capital paulista, segundo funcionários da Koinonia.
O convênio assinado por Padilha autoriza o empenho da verba, o que significa que o ministério já se comprometeu a pagar os R$ 199,8 mil à ONG, embora ainda não tenha feito o desembolso. Anivaldo nega qualquer irregularidade ou favorecimento na escolha da entidade, assim como o ministério. O pai do ministro diz ainda que, desde 2009, não exerce função na coordenação de projetos, nem das instâncias de decisão da entidade.
Admite, no entanto, que é convidado a participar de palestras e eventos em que relata as ações da organização. Como sócio da entidade, está previsto que ele participe das assembleias que, anualmente, definem as linhas gerais de atuação da ONG.
Desde 1998, a Koinonia fez pelo menos nove convênios com diferentes ministérios que, juntos, somam cerca de R$ 1,75 milhão. Na gestão de Padilha na Saúde, além do assinado em dezembro, a ONG também firmou um termo de compromisso de R$ 60 mil para promoção de um seminário em 2011.No final de 2013, a entidade assinou convênio com o Ministério da Justiça no valor de R$ 262,1 mil para colher depoimentos e fazer documentários, site e livro sobre a participação protestante na luta contra a ditadura militar.
A Koinonia, presidida pelo bispo emérito da Igreja Metodista do Rio, Paulo Ayres Mattos, se autodefine como "um ator político do movimento ecumênico e que presta serviços ao movimento social". A ONG participa de projetos ligados sobretudo à comunidade negra, trabalhadores rurais e jovens. Padilha desembarcará definitivamente em São Paulo na próxima semana e, no dia 7, a ideia é que dê início a uma caravana pelo interior.
O ministro concentrou no Estado a participação em atos oficiais desde o fim do ano passado, quando sua situação de pré-candidato do PT já estava definida. O ministério afirmou à época que Padilha atendia a convites e que São Paulo "concentra o maior número de unidades de saúde, possui hospitais de excelência e entidades do setor". (Folha de São Paulo)

Chapolin Haddad: não contavam com a minha astúcia.
A leniência em relação ao tráfico, a demonização da polícia e a Bolsa Crack começam a dar resultados. São Paulo está virando uma Zona Franca do Crack. O Painel da Folha informa que Prefeitura de São Paulo localizou usuários de drogas de outras cidades na cracolândia depois que começou a pagar R$ 15 por dia de trabalho a dependentes. São cerca de 50 pessoas de municípios como Diadema e São José do Rio Preto. Haddad (PT) suspeita que alguns usuários tenham chegado à capital em carros de outras prefeituras. É ou não é um legítimo trapalhão?

O Brasil saiu como o perdedor de Davos e o México, como o vencedor . A conclusão é do blog beyondbrics, do “Financial Times”. “Neste ano, os participantes do Fórum Econômico Mundial avaliaram que houve países vencedores e perdedores, especialmente entre os mercados emergentes”, afirma texto publicado na terça-feira.
“O Brasil foi o país menos mencionado na lista quente de Davos. Com a percepção de falta de investimentos estruturais e o sentimento que muito do crescimento vinha de consumo, não havia muitos comentários positivos sobre o país”, diz o artigo, citando o economista chefe do Itaú, Ilan Goldfajn, que foi diretor de política monetária do Banco Central quando Fernando Henrique ocupava a presidência da República. “Os investidores estão olhando para países com economia sustentável e estável. O Brasil não é um deles.”
Para o colunista, Peter Vanham, o fato de Dilma Rousseff ter se saído do país às vésperas da abertura da Copa do Mundo para falar em Davos não mudou em nada o humor dos agentes econômicos.
Por outro lado, “o México foi o emergentes que recebeu mais tapinhas nas costas — e o presidente Enrique Peña Nieto reagiu enchendo o peito”. Os participantes aprovam as reformas que o país tem feito, analisa o mexicano Angel Gurria, secretário geral da OCDE. “No que tange a reformas, um país se sobressai e tem feito uma trabalho excepcional. E digo com orgulho: é o México”, afirmou. (O Globo)

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, usou uma campanha de vacinação contra o HPV como pretexto para fazer propaganda eleitoral antecipada em cadeia de rádio e televisão, na noite desta quarta-feira. O petista, que vai deixar o ministério nos próximos dias para disputar o governo de São Paulo, falou durante quatro minutos em horário nobre - a transmissão teve início às 20h30.
Alexandre Padilha iniciou seu pronunciamento mencionando a campanha de vacinação contra o HPV, que tem como objetivo prevenir o câncer de colo de útero. "Antes a vacina contra o HPV estava disponível apenas na rede privada, a um custo de até 1 000 reais. Agora, está ao alcance de todos, de forma absolutamente gratuita", disse ele.
O petista adotou nítido tom eleitoral - não faltou nem a gravata vermelha: "O Brasil é o único país do mundo com mais de 100 milhões de habitantes que assumiu o desafio de oferecer uma saúde pública gratuita e de qualidade a toda a sua população. E é para isso que o governo federal tem trabalhado intensidade cada vez maior nos últimos anos", disse ele.
O petista falou do programa Saúde Não Tem Preço, que distribui medicamentos gratuitamente, e destacou aquele que deve ser um dos carros-chefes de sua campanha: o programa Mais Médicos. Padilha apresentou os números do programa e utilizou a retórica de candidato: "Tudo isso mostra o quanto o governo federal vem trabalhando para melhorar, ampliar e modernizar os serviços de saúde que presta à população", disse ele.
O gerador de caracteres exibiu o nome do ministro também no meio do pronunciamento - e não apenas no início, como é comum em casos do tipo. Padilha vai deixar o Ministério da Saúde para atender a legislação eleitoral. Ele deve ser substituído por Arthur Chioro, secretário de Saúde de São Bernardo do Campo (SP). (VEJA)
(*) Quadrilha: Dança que, teve sua origem na França, durante o século XIX, iniciava os bailes da corte.

Depois do encontro entre os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria Geral), Marta Suplicy (Cultura), Luzia Barros (Igualdade Racial) dirigentes de shoppings, o Executivo federal divulgou nota oficial na qual relata que, na reunião, os participantes consideraram a necessidade de "reorientar" padrões de "atuação e cultura" das forças de segurança do país para evitar atos de discriminação e preconceito durante rolezinhos e atos públicos.
"[Os participantes] consideraram também a necessidade da reorientação dos padrões de atuação e da cultura das forças de segurança, nos diversos níveis da federação, no sentido de evitar posturas preconceituosas e discriminatórias ou ações inadequadas e desproporcionais", enfatizou a nota. Gilberto Carvalho, aquele genial estrategista das maiores armadilhas contra os direitos civis, chegou a sugerir que os rolezinhos são uma oportunidade de vendas, que os shoppings, abrindo, vão vender mais.
A nota informa que para tentar evitar reações desproporcionais, o governo federal está elaborando uma cartilha com orientações para policiais de como se comportar em manifestações. O documento ainda está sendo discutido no Ministério da Justiça e depois ainda precisará ser aprovado pela Casa Civil.
Entenderam a jogada? O Governo Federal saúda os rolezinhos, joga a responsabilidade em cima dos shoppings e a culpa por qualquer excesso no colo da segurança privada e das polícias militares. Agora só falta avisar os ditos"movimentos sociais" para promoverem rolezinhos chapa-branca com o objetivo de criminalizar a polícia em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e outros estados onde eles querem ganhar as eleições. O Governo Federal lava as mãos e prepara a lama para jogar em cima dos adversários políticos.

NO BLOG DO NOBLAT

O Globo
A família do ex-deputado José Genoino vai doar R$ 30 mil para a campanha criada para arrecadar recursos para a multa de outro mensaleiro, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares (foto abaixo). O advogado Claudio Alencar, um dos que representam Genoino, confirmou que o valor será repassado para Delúbio.
A família de Genoino conseguiu, em dez dias, R$ 761.962,60. São R$ 94.448,68 a mais do que o valor necessário para arcar com a multa definida pelo STF. Em oito dias, a campanha para arrecadar recursos para pagar a multa de Delúbio Soares já conseguiu R$ 415.390,86, segundo informa placar do site. O petista condenado no mensalão foi punido pelo STF com multa de R$ 466.888,90, após correção monetária dos valores.

El Pais
Uma portaria do Governo brasileiro que autoriza a atuação das Forças Armadas (Exército, Aeronáutica e Marinha) contra distúrbios urbanos e bloqueios de vias públicas e classifica como “forças oponentes” movimentos e organizações sociais adicionou mais fermento nos últimos dias à já delicada relação entre o poder público e participantes dos protestos sociais que frequentemente têm acabado em cenas de violência.
Nas redes sociais, o governo de Dilma Rousseff foi acusado de agir para criminalizar as manifestações, que recomeçaram com força no último sábado, e a portaria foi acusada de ser “um recibo em branco” para a atuação dos militares, o que gerou um mal estar em um governo que tem à frente uma presidenta que foi torturada durante a ainda recente ditadura militar do país.

Veja
O estoque da dívida pública federal, incluindo as dívidas interna e externa, aumentou 2,58% em dezembro em relação a novembro, fechando 2013 em 2,123 trilhões de reais, o que representa uma alta de 5,71% em relação a 2012 e um novo recorde. O número, contudo, ficou dentro da meta fixada pelo governo para o período (de 2,1 trilhões a 2,24 trilhões de reais).
A dívida pública mobiliária federal interna subiu 2,83% em dezembro frente a novembro. No mês passado, o dado foi impactado pelo aporte de 24 bilhões de reais do Tesouro ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Contudo, no acumulado do ano, o maior impacto foi a despesa com o pagamento de juros, que ficou em 218 bilhões de reais.

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

NO BLOG ALERTA TOTAL
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Não é a redução da compra de ativos financeiros pelo Federal Reserve (banco central privado) dos EUA que vai provocar uma forte saída de capitais dos países emergentes, obrigando-os a subir ainda mais os juros, como ocorre com Brasil, Turquia e Índia. A fuga de dólares ocorre pela crise de confiança nos mercados emergentes – que têm problemas estruturais e não mostram vontade política de mudar para melhor. O maior medo imediato do desgoverno petralha é que o Brasil tenha suas notas rebaixadas pela tais “agências de risco”.
No caso do Brasil, investidores resolveram tirar o time por vários motivos. A má gestão das contas públicas, o alto déficit nominal do País, a cada vez mais alta carga tributária, a inflação gerada pela subida dos preços fora do controle do governo, além de dinheiro jogado fora com despesas para estádios da Copa do Mundo, em vez de investimentos concretos em infraestrutura e Educação. Isto sem falar em um dos mais altos custos do Brasil, fora o da mão de obra pessimamente qualificada: a corrupção.
Esse é a explicação mais plausível encontrada por quem enxerga o mercado com uma visão real para explicar a turbulência internacional da economia. Não adianta jogar a culpa na migração maciça de capitais para títulos norte-americanos – como acaba de fazer o presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini. Também não adianta culpar as dúvidas gerais sobre o crescimento e estabilidade financeira na China - que afeta as previsões dos exportadores de commodities – como o fator da atual instabilidade.
Analistas econômicos recomendam que, em vez de apenas subur os juros, como faz o ortodoxo Comitê de Política Monetária do BC do B, melhor seria harmonizar um ajuste das contas públicas de curto prazo, com reformas fiscais de médio, para redirecionar os gastos para áreas que viabilizem o crescimento do País. O problema é que ninguém enxerga vontade política e competência no governo brasileiro para cumprir tal missão com a urgência necessária: para ontem!
Neste cenário de juros subindo, sem perspectiva de mudanças reais para melhor, o Brasil acaba de virar motivo de piada econômica. Agora, o dízimo (para agradar e conseguir as bênçãos de Deus) também poderá ser pago (ou financiado) com o famoso dinheiro de plástico. Um dos nossos seus maiores bancos, o Bradesco, lança um cartão de crédito com a Igreja Internacional da Graça de Deus. Os fiéis do missionário RR Soares pagarão salgadas anuidades de R$ 151,20 (titular) e R$ 75,60 (por cada cartão adicional). O acordo não é novidade porque clubes de futebol já adotam o mesmo esquema para contar com a ajuda de seus fieis torcedores. Partidos Políticos também têm...
Mas trata-se de uma divina ironia econômica no País que tem os juros mais altos cobrados pelos cartões de crédito, variando entre 9% a 20% ao mês. Quem comete a bobagem consumista de rolar a dívida no cartão acaba submetido à ilegal cobrança de juros capitalizados mensalmente. Como a Justiça não age com rigor contra tais abusos, com decisões estranhas a favor de bancos que gerenciam os cartões, o consumidor brasileiro corre riscos infernais se vacilar no uso do dinheiro de plástico. Crédito rotativo, para quem não tem renda, é armadilha para um superendividamento impagável.
O professor Adriano Benayon, autor do livro “Globalização versus Desenvolvimento”, resume, muito bem, o quadro sombrio do Brasil, como colônia dependente, com poucas chances de reversão, a não ser por um milagre político institucional: “Colocar o Brasil no caminho da industrialização, com produção crescente de bens de alto valor agregado e intensidade tecnológica é tarefa que não há como realizar sem as mudanças estruturais rejeitadas pela atual estrutura de poder, dominada pelos concentradores, que controlam também o processo político e os centros formadores de opinião, inclusive a mídia”.
É por isso que vamos afundando, no PTitanic...

Manés do Brasil

Lição para os burros
Aproveitando que começa o novo ano chinês, agora do Cavalo...

NO BLOG UCHO.INFO
Dívida pública cresce e números da economia desmentem Dilma Rousseff após discurso ufanista em Davos
Antídoto oficial – Dilma Rousseff, a presidente, e seus “golden boys” foram a Davos, na Suíça, para balbuciar mentiras acerca da economia nacional, mas por questões óbvias não convenceram os participantes do Fórum Econômico Mundial. Menos de uma semana da estada em Davos, o discurso de Dilma cai por terra como castelo de areia em meio à ventania.
De acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, a dívida pública federal, que engloba os endividamentos interno e externo, cresceu 5,71% em 2013, para a cifra recorde de R$ 2,12 trilhões. O crescimento da dívida pública no ano passado foi de R$ 115 bilhões, ao passo que em 2012 o crescimento foi maior, de 7,5%, ou R$ 141 bilhões, para R$ 2 trilhões. O crescimento da dívida pública no ano passado está relacionado, principalmente, com as despesas com juros, no valor de R$ 218 bilhões.
Segundo os dados do Tesouro, a dívida pública mais que dobrou nos últimos nove anos, sem que o Brasil tivesse avançado em qualquer setor. Isso é reflexo da incompetência crescente de um governo populista e fanfarrão, que insiste em empurrar aos brasileiros um virtuosismo que só existe nas milionárias propagandas oficiais, sempre recheadas de efeitos especiais.
Na terça-feira (28), o ainda ministro Guido Mantega anunciou que o governo fará um corte no orçamento, sem especificar o valor. A medida servirá para, segundo o ministro, garantir a solidez fiscal e a estabilidade da dívida líquida do governo. O País está paralisado há anos por conta da incapacidade dos palacianos de investir o dinheiro público, sendo que o corte no orçamento deve complicar ainda mais um cenário marcado pela preocupação.
Na última semana, o Banco Central divulgou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que a elevação da taxa básica de juro, a Selic, deve continuar como forma de combater a inflação e tentar levar o mais temido fantasma da economia o mais próximo possível do centro da meta fixada pelo governo, que é de 4,5% ao ano. No contraponto, a inflação real está na casa de 20% ao ano e vem corroendo o salário do trabalhador.
Uma das armas do BC para enfrentar a alta da inflação é o dólar, mas nesta quarta-feira a moeda norte-americana encerrou os negócios valendo R$ 2,4360, alta de 0,37% em relação à cotação do dia anterior. Nem mesmo as agressivas medidas adotadas pela Turquia, nos primeiros minutos do dia, para conter a desvalorização da moeda local foram suficientes para acalmar o mercado financeiro internacional.
Para mais uma vez mostrar que o governo brasileiro não faz a lição de casa, o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, anunciou a redução de mais US$ 10 bilhões no estímulo mensal à economia norte-americana. A injeção de dinheiro no mercado estadunidense era de US$ 85 bilhões mensais por causa da crise, mas os sinais de recuperação econômica dos EUA levaram o Fed a cortar US$ 10 bilhões pela segunda vez. A expectativa é que o Federal Reserve corte o mesmo valor a cada reunião. Isso faz com que diminua a liquidez da moeda norte-americana, empurrando para cima a cotação do dólar no mercado internacional de câmbio.
Como os integrantes do desgoverno de Dilma Vana Rousseff são soberbos, não demorará muito para que algum palaciano surja em cena para culpar a casa Branca pela crise econômica brasileira.


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