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COMO SE ROUBA UMA NAÇÃO

ESCRITO POR CARLOS RAMALHETE | 30 JANEIRO 2014 
Nunca na história deste país os mecanismos antes usados para bancar famílias de políticos corruptos foram tão explorados e ordenhados à exaustão para sustentar uma ideologia fracassada e assassina.
Um dos truques mais velhos do repertório dos políticos brasileiros é o superfaturamento de obras. Tradicionalmente, 10% do contrato vão, por fora e sem contabilidade, para o bolso de um político. Fortunas que durarão gerações foram feitas desta maneira, com dinheiro arrancado do bolso de quem trabalha e tem os impostos descontados na fonte.
O governo atual, contudo, vai mais além. Enquanto os políticos tradicionais – tradicionalmente corruptos – têm certamente a louvável preocupação de, com o dinheiro que desviam, proporcionar um bom padrão de vida à sua família, honrando pai e mãe proporcionalmente ao descumprimento do mandamento de não furtar, outros são o “pai e mãe” dos cleptocratas que ora exaurem o Tesouro.
O governo brasileiro tornou-se, com a falência da Venezuela (aliás devida ao excesso de socialismo, receita infalível para a miséria generalizada!), o mantenedor, o cuidador da ditadura sanguinária que há décadas faz de Cuba uma ilha-prisão. O dinheiro dos nossos impostos paga o aluguel de milhares de escravos “médicos” cubanos, que vêm no atacado. O BNDES – “Banco Nacional de Desenvolvimento do Socialismo”, dizem as más línguas – enterra bilhões em obras na ilha-prisão, em acordos secretos e malcheirosos. É compreensível: os nossos atuais governantes, no seu tempo de terroristas, foram treinados militar e politicamente pela ditadura cubana, sequestraram e mataram para garantir-se livre-passagem para a ilha-prisão. Fidel, para eles, não é o Coma Andante que escraviza toda uma nação, mas um paizinho amado e necessitado de carinho. E de dinheiro. Do contribuinte brasileiro, por que não?
Enquanto isso, para garantir o caixa dois da reeleição do poste – ou mesmo da volta triunfal do chefe da gangue –, a Copa do Mundo garante fartas obras e comissões em território pátrio, enquanto se tenta impedir as contribuições empresariais às escâncaras, que pelo menos podem ser rastreadas. A propaganda do governo (que é paga também com nossos impostos, e é evidentemente mais partidária que institucional) domina o horário nobre da tevê.
Este mérito ninguém pode tirar de nossos atuais governantes: nunca na história deste país roubou-se tanto; nunca na história deste país os mecanismos antes usados para bancar famílias de políticos corruptos foram tão explorados e ordenhados à exaustão para sustentar uma ideologia fracassada e assassina.
Perto do que fazem nossos cleptocratas, a dominação tradicional do Maranhão pelo clã Sarney não é nada. Sarney é ruim, mas Fidel é bem pior.

Publicado no jornal Gazeta do Povo.
Carlos Ramalhete é professor
Do Mídia Sem Máscara de 30-01-14

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