DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 15-8-2013

NO JORNAL O POVO

Cid chama Heitor de desonesto por questioná-lo sobre buffet milionário
O governador fez duras críticas a um dos únicos deputados que lhe fazem oposição. Disse que Heitor já comeu do buffet milionário e é desonesto
EVILÁZIO BEZERRA
Cid entre o vice, Domingos Filho e secretário do Esporte, Gony Arruda
O governador Cid Gomes (PSB) rebateu as críticas do deputado estadual Heitor Férrer (PDT) sobre os gastos do governo com serviços de buffet. Ele disparou críticas ao parlamentar, ontem, durante assinatura da ordem de serviço para obras do Centro Olímpico do Nordeste. Cid afirmou que o contrato existe desde o governo de Lúcio Alcântara, a quem Heitor apoiava, segundo Cid, e disse que o pedetista é “oportunista” e “desonesto”.
“O contrato existe desde o governo anterior. Coincidentemente, a mesma empresa, que pertence à sogra do Léo Alcântara, filho do ex-governador Lúcio Alcântara, governo que ele apoiava, o Heitor”, disse Cid. O parlamentar se dizia oposição e votou contra várias medidas de Lúcio.
O governador explicou que o buffet só é usado quando há solenidades. “Eu, por exemplo, não como desse buffet”. Entre os eventos que citou, está o almoço oferecido a deputados quando o presidente da Assembleia, Zezinho Albuquerque (PSB), assumiu o Governo enquanto Cid esteve na Europa. “Heitor Férrer foi lá, no Palácio, e comeu desse buffet”, alfinetou Cid.
O governador disse que a cobrança de Heitor é ato “típico de gente miúda, típico de gente que não tem política como oportunidade de servir às pessoas”, mas como “oportunismo” e “vaidade pessoal”. Acrescentou que Heitor “vai ser eternamente deputado”, pois os eleitores “compreendem essas pessoas e jamais dão a elas oportunidades majoritárias”.
Cid fez referência ainda a história, segundo ele, contada pelo senador Eunício Oliveira (PMDB) de que, em Lavras da Mangabeira (município de onde Heitor é natural), há duas famílias de políticos. Uma se chama Augusto e diz-se que “não tem nenhum Augusto bonito. E a outra família tradicional de lá é Férrer, (diz-se que) nenhum Férrer é honesto”. Cid encerrou dizendo que Heitor “é um desonesto da política cearense”.
O questionamento sobre o buffet foi feito pelo O POVO. Inicialmente, Cid respondeu que “só quem se interessa por isso é o jornal O POVO”. Diante da insistência da repórter, Cid fez as críticas ao deputado.

"Se for desonesto trazer os erros, continuarei desonesto", diz Heitor
PAULO ROCHA/AGÊNCIA AL
Heitor rebateu ataques
O deputado estadual Heitor Férrer (PDT) se defendeu das críticas do governador Cid Gomes (PSB). “Se for desonestidade trazer para a Assembleia seus erros (de Cid), vou continuar sendo desonesto”, afirmou, em pronunciamento na Assembleia.
Heitor também criticou a fala sobre a função de deputado. “O governador está dizendo que ser deputado é coisa pequena, não vale nada. Tenho orgulho enorme de ser deputado. Governador, vossa excelência foi deputado, seus irmãos foram deputados.
E elencou episódios polêmicos da administração Cid. “Desonesto mesmo é o governador ter montado esquema de empréstimo consignado para enriquecer o genro do chefe da Casa Civil, Arialdo Pinho. Desonesto, governador, é você ter contratos no Estado para enriquecer amigos. Desonesto é ter patrocinado o escândalo dos kits sanitários. Desonesto é embarcar a sogra em avião pago pelo povo do Ceará para fazer turismo na Europa. Desonesto é sair do território cearense, enganando a população, dizendo que vai tratar de assuntos de interesse do Ceará e tirar férias. Desonesto é dar aos que morrem de sede no Ceará água contaminada com fezes”.
Já o ex-governador Lúcio Alcântara (PR) cobrou que seu sucessor assumisse responsabilidades. “Já tem 6 anos e meio que eu não estou mais no governo, depois disso já foi dada á entrada em duas licitações para a contratação de buffet, então ele não deu continuidade a um contrato que era do meu governo, ele tem que assumir o que faz e o que deixa de fazer”. (Katy Araújo, especial para O POVO)


NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Quando viu Lula no Senado, o ministro Alexandre Padilha (Saúde) se enfiou entre os jornalistas para sair na foto ao lado do líder.

Para se livrar das ameaças de “perder sustentação”, o ministro Antônio Andrade (Agricultura) negocia a entrega ao líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, de cargos “furam poço”: as secretarias de Defesa Agropecuária, que regula a venda de carne, e Relações Internacionais do Agronegócio, reservadas ao advogado Rodrigo Figueiredo e Pedro de Camargo Neto, ex-diretor da Associação Brasileira de Carne Suína.

Kátia Abreu (PSD-TO), que indicou Enio Marques, atual secretário de Defesa Agropecuária, alertou o Planalto dos riscos de ceder ao PMDB.

O PMDB teme novas denúncias contra Antônio Andrade no esquema de propina na Petrobras, denunciado pelo lobista João Henriques.

A Controladoria-Geral da União, chefiada pelo ministro Jorge Hage, deu “selo ético” à empresa alemã Siemens, acusada na Justiça alemã de adotar uma política de subornar pessoas. A CGU vai “reavaliar” a honraria à Siemens, colocando sob suspeita seus curiosos critérios.

Enrolado em 60 processos no Tribunal de Contas, o ex-presidente do DNIT Luiz Antônio Pagot pagou R$ 6 mil de multa e se safou das irregularidades de um deles, que agora está devidamente arquivado.

Dirigente da TAM mostrou sinceridade desconcertante ao explicar, risonho, numa roda em Brasília, a demissão de 800 funcionários: “A ideia é reduzir custos e pressionar os preços para cima, ora”. Pois.

Empresas de escolta e segurança de cargas, usinas e outras áreas estratégicas tentaram, mas a PF proibiu o uso da AR-15, calibre 380. Permite apenas o velho “trezoitão”. Só bandidos usam carabina AR-15.

Em tempos de julgamento do mensalão, PT e PMDB empacam a PEC 196/2012, do senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que impõe voto aberto para cassação do mandato. Só falta as duas siglas indicarem membros para que seja criada a comissão especial que apreciará a matéria.

Responsável pela construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte, a Norte Energia S.A. declarou que Alstom, participante do consórcio ELM, ficou com R$1,3 bilhão, 37% do valor total do contrato, de R$3,5 bilhões.

…mantido o rumo dos recursos no Supremo, mensaleiros deveriam topar pena alternativa da viagem só de ida a Marte. Ainda dá tempo.


NO BLOG DO CORONEL

O motivo é muito simples para que os médicos cubanos não tenham feito inscrição no Programa "Mais Médicos": eles não têm como comprovar a sua formação. A ditadura cubana retém o diploma e o registro do profissional, impedindo que ele exerça a profissão em outro país. Com isso, os Castro podem vender a mão-de-obra escrava mediante acordos bilaterais. Ao trazer médicos cubanos para o Brasil, o governo do PT está concordando com diversos crimes contra os direitos humanos, a ver:
1. O governo cubano confisca 70% do salário pago ao médico escravo traficado para outros países;
2. A família do médico escravo é impedida de viajar para fora de Cuba, enquanto ele estiver prestando serviço obrigatório no exterior;
3. O salário do médico é pago à Embaixada de Cuba no Brasil e não ao cubano escravizado;
4. O passaporte do médico escravo é retido pela Embaixada, impedindo que ele possa viajar ao exterior;
5. A acordo bilateral é uma forma de burlar as obrigações trabalhistas como FGTS, férias, décimo-terceiro, PIS, aviso prévio e outros direitos dos trabalhadores.
Mas existe um outro perigo. O pagamento de outros valores "por fora", por parte do governo brasileiro, mascarados por outro tipo de convênio. Estamos diante de diversos crimes contra os direitos humanos. Cometidos pelo PT, que tanto se arvora em defensor dos mesmos.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou ontem que 1.618 médicos se inscreveram na primeira etapa do programa Mais Médicos para atuar em áreas de alta carência de profissionais de saúde. O número deverá preencher apenas 10,5% das 15.400 vagas abertas pelo programa para atender à demanda dos municípios. Os médicos inscritos nesta primeira fase deverão atuar em 579 municípios, um número bem abaixo das 3.511 prefeituras que pediram ao ministério mais profissionais.
Diante dos baixos números, o ministério deverá abrir uma nova etapa de inscrições a partir da próxima segunda-feira, dia 19. Padilha reafirmou também que vai intensificar as negociações para firmar parcerias com governo e organizações não governamentais de outros países para ampliar a oferta de médicos estrangeiros no país.
- Nós queremos (firmar as parcerias) o mais rápido possível. Hoje não temos respostas - disse Padilha ao fazer um balanço do programa.
Cuba já ofereceu seis mil médicos para atuar em cooperação no Brasil. Padilha disse que já conversou sobre o assunto com os governos de Portugal e Espanha e com a Organização Pan-Americana de Saúde. Mas ainda não há qualquer parceria definida. A intenção do governo é selecionar para essas parcerias médicos que já tenham experiência em atuação em áreas vulneráveis, alvo prioritário do programa federal.
O ministro está preocupado também com 703 municípios que, mesmo inscritos no programa, não apareceram em qualquer das indicações de preferência dos médicos inscritos até o momento. Nas fichas de inscrição, os médicos poderiam indicar até seis diferentes cidades onde gostariam de atuar. A maioria dos municípios ignorados está em regiões de alta pobreza na Bahia, no Maranhão, no Piauí e no Amazonas.
O balanço divulgado pelo ministério mostra ainda que a propalada invasão de médicos estrangeiros, sobretudo cubanos, não aconteceu. Entre os 1.618 inscritos, 358 são estrangeiros, e 160, brasileiros formados em outros países. Pela lista oficial, 141 médicos foram diplomados na Argentina; 100, na Espanha; 45, em Portugal; 42, na Venezuela; e 26, no México. Há também médicos mexicanos, russos, italianos, americanos e alemães.
Segundo o ministério, os médicos devem chegar ao país ainda este mês e, depois de uma preparação de três semanas, deverão começar a trabalhar no início de outubro. A liberação para o trabalho depende ainda da regularização dos documentos pessoais e da avaliação dos médicos que será conduzida por universidades brasileiras. Os médicos vão receber R$ 10 mil líquidos. (O Globo)

Em mais um ato de rebeldia do Congresso em relação ao governo, depois de um curto período de relações amistosas, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu nesta quarta-feira pautar para o dia 20 todos os 167 vetos feitos pela presidente Dilma Rousseff nas 11 propostas transformadas em lei desde 4 de julho — quando foi publicada resolução com novas regras sobre a apreciação dos vetos.
Em reunião de líderes no fim da tarde, Renan desmontou o acordo que havia sido feito na noite anterior, em encontro de quase três horas dos líderes do Senado com Dilma. Pelo acerto, entrariam na pauta do dia 20 apenas quatro vetos. Renan alegou que não havia sido consultado pelo Planalto sobre o assunto e foi apoiado por líderes descontentes com a constante ameaça do governo de ir à Justiça contra decisões do Congresso, em especial contra a derrubada de vetos considerados fundamentais.
Na reunião com a presidente, havia sido acertado que seriam analisados no dia 20 os vetos ao ProUni, ao Ato Médico, ao Fundo de Participação dos Estados (FPE) e à desoneração da cesta básica. Mas o acordo perdeu a validade nesta quarta-feira mesmo. Segundo relatos de líderes presentes ao encontro no Planalto, apesar da cortesia com os senadores, Dilma usou durante todo o encontro a ameaça de recorrer ao Supremo Tribunal Federal caso seus vetos sejam derrubados. Com a exceção de dois pontos que concordou negociar — o Ato Médico e o veto à concessão de licenças de táxi —, a presidente apresentou argumentos que levará ao Supremo para judicializar a derrubada dos vetos.
A insatisfação dos aliados com o tom de ameaça do governo foi crescendo ao longo do dia e foi decisiva para a decisão de Renan, na reunião com os líderes. Senadores relataram que a presidente continua irredutível, recusa-se a fazer concessões e ameaça ir ao Supremo se for contrariada.
— Essa cortesia da presidente é parcial. Ela está mais simpática, mas fica com o ministro Adams (advogado-geral da União) ao seu lado já apresentando a defesa que fará no STF se o Congresso derrubar seus vetos. Ela continua sem ter tato com os parlamentares, não entendeu que faca no pescoço não adianta mais na questão dos vetos. O que nós queremos são gestos — disse um líder que participou da reunião com Dilma e depois com Renan.
Diante dos relatos, Renan foi taxativo sobre os vetos. Mas seus interlocutores admitiam que ainda há tempo para o governo negociar com o Congresso, já que a apreciação dos vetos começa na próxima semana. O líder do PT, senador Wellington Dias (PI), disse que foi explicado à presidente que todos os vetos poderão ser analisados a partir do dia 20, com ou sem acordo: — O que tiver entendimento vai para voto. O que não tiver também terá que ir. ( O Globo)

Na foto, à esquerda, com Zé Dirceu, Lula e Alencar, comemorando o acerto do Mensalão.

Oito meses após definir a sentença, o Supremo Tribunal Federal retomou ontem o julgamento do mensalão e de forma quase unânime rejeitou os primeiros recursos dos 25 condenados no ano passado por envolvimento no esquema de compra de apoio congressual ao governo Lula.
Entre os quatro réus que tiveram o pedido negado está Valdemar Costa Neto (PR-SP), o primeiro dos deputados federais condenados a ver esgotadas as suas chances nesta etapa do julgamento. Por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Neto havia sido condenado a 7 anos e 10 meses de prisão --regime semiaberto. Ele pleiteava a absolvição.
Para ministros ouvidos pela Folha, a situação dele é definitiva. Na prática, após a publicação do novo acórdão (resumo do que é decidido no julgamento), o deputado poderá insistir na apelação, mas os integrantes da corte consideram esse tipo de ação meramente protelatória e não pretendem aceitá-la.
Na sessão de ontem, o presidente da corte e relator do caso, Joaquim Barbosa, repetiu o duelo verbal registrado com alguns colegas ao longo do julgamento do mensalão.
Com Dias Toffoli, por exemplo, protagonizou um dos momentos mais tensos. Ao discutirem se ministros poderiam votar sobre recursos de réus que haviam absolvido, Toffoli disparou: "Vossa excelência presida de maneira séria".
"Eu sei onde quer chegar", respondeu Barbosa, que ouviu de Toffoli: "Vossa excelência não sabe. Só se tiver capacidade premonitória [sobre o teor do voto dele a respeito do recurso do ex-tesoureiro informal do PTB Emerson Palmieri]". Em resposta, Barbosa disse que o colega agia com um tom "jocoso" que ele não considerava apropriado.
Além de Neto, o STF rejeitou o recurso de Palmieri, do ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas e do ex-deputado José Borba, que pediam redução das penas e multas. Ao analisar o recurso do ex-dono da corretora Natimar, Carlos Alberto Quaglia, o STF decidiu que a Justiça Federal de primeiro grau deve trancar a ação contra ele por formação de quadrilha. Ele segue respondendo na primeira instância por lavagem de dinheiro.
Antes de votar o caso específico dos réus, Barbosa levou ao plenário cinco questionamentos comuns em recursos de boa parte dos réus, entre eles o pedido para que ele fosse removido da relatoria do caso. Todos os pedidos foram rejeitados pelos ministros.
Com a duração de quatro meses e meio, o julgamento do mensalão foi o mais longo da história do STF. Entre os condenados em dezembro estão o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, considerado o chefe da quadrilha que distribuiu dinheiro a parlamentares em troca de apoio político.
Os recursos analisados ontem são embargos de declaração. Servem para esclarecer obscuridades ou sanar contradições do resumo da decisão tomada no ano passado. Para alguns réus, ainda há esperança na apresentação de outro tipo de apelação, chamada de embargos infringentes, quando a condenação acontece por margem apertada.
O STF ainda decidirá se esse tipo de recurso é válido. Como as condenações de Valdemar foram por ampla margem, ele não terá esse direito. No final da sessão de ontem, ministros homenagearam o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que encerrou seu mandato. Hoje o STF deve analisar o recurso, entre outros, do ex-deputado Roberto Jefferson, que delatou o esquema em entrevista à Folha, em 2005. (FSP)


NO BLOG DO NOBLAT

Há exatos três anos, Eike Batista, então o homem mais rico do Brasil e o oitavo do mundo, anunciou em cerimônia pública que doaria R$ 20 milhões por ano para o governo do Rio construir e equipar as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Seriam, até 2014, R$ 100 milhões para “um projeto fantástico, modelo para o Brasil e para o mundo”.
Logo depois, no Natal de 2010, Eike daria uma entrevista ao jornal britânico The Guardian em que reafirmaria esse compromisso, classificando-o como fundamental para alcançar um de seus dois principais objetivos: transformar o Rio em um “lugar inacreditável” na próxima década.
Segundo definiu ao Guardian, o Rio X seria ”uma mistura de Califórnia, Nova York e Houston, combinando praias estonteantes com importância financeira e arquitetura ultramoderna.”
Para a capital, ele prometia, além da pacificação das favelas, a despoluição da Lagoa Rodrigo de Freitas, a recuperação da Marina da Glória e a transformação do Hotel Glória em suntuoso cinco estrelas, comparável aos de Dubai.
O outro objetivo primordial do bilionário, de acordo com o Guardian, era alcançar a primeira posição na lista da Forbes. Para isso, a holding EBX estimava investir R$ 34 bilhões no Estado na construção de portos, indústrias e prospecção de petróleo.
Entre 2010 e 2012, o grupo financiou a compra de uma centena de carros e motos para UPPs.Também construiu as sedes da Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, e da Fazendinha e da Nova Brasília, no Complexo do Alemão.
Foto: Thiago Lontra / Extra

Há um ano, durante a inauguração no Alemão, os jornais registraram que, mesmo ausente, Eike Batista recebeu mais elogios e agradecimentos do governador Sérgio Cabral (PMDB) do que os chefes militares responsáveis pela ocupação do Complexo durante um ano e meio.
Naquele momento, Cabral não parecia ver qualquer problema na onipresença de Eike nas esferas pública e privada do Rio. Até o Maracanã corria o risco de ganhar um X se, nos últimos dois meses, a popularidade de Cabral e o valor das ações de Eike na Bolsa não tivessem despencado juntos, meteoricamente.
Fora do rol dos bilionários, com uma fortuna agora estimada em R$ 400 milhões, o empresário rescindiu na semana passada, em silêncio, o convênio milionário para as UPPs.
Infelizmente suspenso, o mega projeto Rio X começa a se desintegrar por uma de suas melhores faces – a filantropia de grande alcance social. A Secretaria de Segurança disse que irá organizar seu orçamento para assumir, com ajuda de outros parceiros, os custos.
Enquanto isso, a UPP da Rocinha – e outras – estão provisoriamente instaladas em contêineres – como aquele para onde Amarildo foi levado antes de desaparecer.
(*) Mara Bergamaschi é jornalista e escritora. Foi repórter de política do Estadão e da Folha em Brasília. Hoje trabalha no Rio, onde publicou pela 7Letras “Acabamento” (contos,2009) e “O Primeiro Dia da Segunda Morte” (romance,2012). É co-autora de “Brasília aos 50 anos, que cidade é essa?” (ensaios,Tema Editorial,2010). Escreve aqui às quintas-feiras.

Indique a resposta certa:
Por que Lula repete com tanta insistência que o PT não precisa da opinião de “formadores de opinião” para saber como se comportar com decência?
Opção A: Porque a opinião dos “formadores de opinião” rejeitada por ele costuma ser contrária ao modo de o PT se comportar. Se fosse favorável, ele não reclamaria;
Opção B: Porque detesta “formadores de opinião” em geral e alguns em particular. Beneficia-se da opinião daqueles que o reverenciam, mas nem desses gosta muito;
Opção C: Porque a crítica aos “formadores de opinião” lhe garante largo espaço nos meios de comunicação. Isso massageia seu ego e atrai a solidariedade dos petistas;
Opção D: Nenhuma das opiniões acima;
Opção E: Todas as opiniões acima.
Foto: Ricardo Stuckert

(Não responda sem antes refletir um pouco. Lula é um cara complexo. Salvo a turma de sua época de sindicalista, poucos o conhecem de fato. Por esperto, espertíssimo, engana correligionários e adversários com facilidade. Com frequência não diz o que pensa, mas o que seus interlocutores querem ouvir. E depois faz o que quer. Em resumo: é um político nato à moda antiga. Mais para samurais do que para ninjas.)
De volta ao questionário. Cravou uma das opções?
A certa a meu ver: a opção E (Todas as opiniões acima).
Lula trata o PT como um filho. Por sinal, vive comparando o PT a um filho desde a época do estouro do escândalo do mensalão. Disse algo assim: “Qual o pai que pode saber o tempo todo o que seus filhos estão fazendo?”
Com isso quis se declarar inocente.
Entre ser entrevistado ao vivo pelo Jornal Nacional no dia seguinte à sua eleição em 2002 e começar a apanhar quando Roberto Jefferson denunciou o suborno de deputados, foi um pulo. Ali acabou a lua de mel de Lula com a imprensa.
Saiu de cena o ex-sindicalista que passou a perna em todo mundo e alcançou a presidência da República. Entrou o ex-sindicalista que se dizia perseguido pelas elites – embora elas jamais tenham lucrado tanto quanto no governo dele, embora ele as tenha paparicado sempre que pode, embora elas, hoje, torçam por sua volta ao poder.
O fato de não ter estudado porque não quis e de ter sucedido alguém que nunca parou de estudar alimentou em Lula um certo desprezo por aqueles que sabem pensar e expressar o que pensam.
Como se acha bem-sucedido – e de fato o é – imagina-se merecedor de todos os elogios possíveis e um injustiçado quando eles escasseiam. Ou quando são superados pelas censuras.
Disse um dia (cito de memória): “Gosto de publicidade. De notícias, não”.
Existe publicidade positiva e negativa. É da primeira que naturalmente ele gosta. Sobre a notícia ele não exerce controle. Exerce sobre a publicidade desde que pague a conta. Ou que tenha quem pague.
Talvez tenha sido o primeiro político dos tempos interessantes que vivemos a intuir que tratar mal a imprensa lhe renderia generoso e gratuito espaço na... imprensa. E assim procede até aqui.
Seus admiradores mais simplórios apreciam a disposição com que ele destrata jornalistas, formadores de opinião e os mais poderosos conglomerados de comunicação. Lula lhes fornece argumentos para justificar todos os passos do PT. E eles se sentem aptos a travar discussões com seus desafetos.
Não é bacana?

Maria Lima, O Globo
Sumido desde sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por fraude em licitações no período em que foi prefeito de Rolim Moura, o senador Ivo Cassol (PP-RO, foto abaixo) reapareceu nesta quarta-feira no plenário e, chorando, disse que não cometeu crime, não roubou, não superfaturou e não desviou dinheiro público.
O senador admitiu que está “pendurando as chuteiras”, mas vai recorrer e lutar até o fim para reverter a pena imposta pelo Supremo de 4 anos, 8 meses e 26 dias de prisão em regime semiaberto, além de multa de R$ 201.817,05. O processo para perda de mandato só acontece depois da sentença transitada em julgado, mas desde já ele contou com o apoio e solidariedade de senadores do PP, DEM e PRB contra a cassação.
Foto: André Coelho / O Globo


Ariel Palacios, Estadão
Depois de dois dias em silêncio, até mesmo no Twitter, a presidente argentina, Cristina Kirchner, reapareceu nesta quarta-feira, 14, discursando em uma cerimônia na Grande Buenos Aires na qual atacou a oposição e criticou a imprensa pela cobertura da imprensa às eleições primárias ocorridas no domingo.
A governista Frente pela Vitória sofreu sua maior derrota política, seus pré-candidatos ao Parlamento obtiveram 26% dos votos. Fragmentada, a oposição reuniu 74% das intenções.


O Globo
Após o massacre promovido pelo Exército na remoção de dois acampamentos de partidários do ex-presidente Mohamed Mursi no Cairo, o Prêmio Nobel da Paz e vice-presidente interino, Mohamed ElBaradei (foto abaixo), anunciou sua renúncia ao cargo. Em uma carta, ele afirmou que houve a chance de uma solução pacífica para a crise política e reforçou que deixa o governo por não concordar com a repressão. O Egito declarou estado de emergência em todo o país durante um mês a partir desta quarta-feira, e toque de recolher nas principais cidades, incluindo Cairo, Alexandria e Suez.
A investida das Forças de Segurança deixou um número indefinido de mortos: enquanto a Irmandade Muçulmana denuncia centenas de vítimas, o ministério de Saúde cifrou os mortos em 235, além de 43 policiais, totalizando 278 mortes. Mais de de 2 mil pessoas ficaram feridas. Horas depois do massacre, o ministro do Interior, Mohamed Ibrahim culpou partidários da Irmandade por tentar “espalhar o caos no país”, em discurso em rede nacional.


NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

"Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles." (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)




NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

A imagem que ilustra este post é a famosa máscara de Guy Fawkes que esconde o rosto dos vândalos que promovem a anarquia e quebra-quebra durante os protestos nas ruas do Brasil e em todo o planeta. Tudo a ver.
A verdade é que boa parte, senão a maioria dos camuflados por trás da máscara de Fawkes, não sabem explicar a origem desse adereço. 
A máscara é uma criação do desenhista David Lloud, coautor da HQ V de Vingança (1982) e representa Guy Fawkes, um inglês que participou da Conspiração da Pólvora, que planejava explodir o Parlamento durante um discurso do rei James I. Em 5 de novembro de 1605, Fawkes foi preso em condenado a morte por traição.
Em 2006, V de Vingança foi adaptado para o cinema. Dois anos depois, o movimento hacker Anonymous adotou a máscara para protestar contra a igreja da Cientologia nos Estados Unidos.
O acessório se tornou um símbolo de 2011, quando foi visto em protestos por todo o mundo, como nos movimentos Occupy. Mas mesmo sendo um ícone anticorporações, a venda da máscara dá muito dinheiro a uma grande empresa. A Time Warner detém seu direitos autorais. Um exemplo concreto de como o capitalismo é capaz de transformar em mercadoria qualquer coisa e fazendo dinheiro, movimentando a economia, criando empresas, gerando empregos e matando a fome de muita gente. Enquanto alguns bobalhões mascarados destroem propriedades públicas e privadas usando a máscara de Guy Fawkes, por certo sabem pouco sobre o personagem que originou esfígie, a mostrar a avassaladora ignorância da dita “cultura pop’.
A propósito, encontrei um texto excelente da jornalista Isabela Boscov, crítica de cinema da revista Veja, numa edição de 2006, quando ela detona o filme dos irmãos Wachowski.
Destaco a parte que se refere à venerada máscara de Guy Fawkes. Em determinada altura a crítica de Boscov é impiedosa e consistente sobre esse filme cultuado principalmente por uma geração de idiotas completos. Diz a articulista: “O que chama atenção em V de Vingança são sua ignorância obstinada e a afiliação irrefletida ao pensamento de que o “sistema”, seja ele qual for, é corrupto e nocivo.” 
De fato é isso que acontece e se pode constatar nas arruaças difusas que explodem nas ruas das grandes cidades. Claro, nas pequenas cidades, nas zonas rurais, as pessoas estão plantando e produzindo a comida que mata a fome dos vândalos mascarados.
Mas a parte mais interessante do texto de Isabela Boscov, é a que resume quem foi Guy Fawkes, revelando, por outro lado, que um espaço intransponível separa dois contextos históricos e políticos que tornam non sense, para não dizer uma tremenda idiotice, os que cobrem o rosto com a famosa máscara.
Diz a articulista, ao referir-se ao filme em questão e a Fawkes: “Ainda mais curiosa que a lógica de V, por exemplo, é o homem que ele imita na vestimenta e na máscara: Guy Fawakes, um católico que, em 1605, planejou dizimar a aristocracia protestante explodindo a Câmara dos Lordes. Fawkes foi flagrado nos porões do parlamento com 36 barris de pólvora e enforcado, proporcionando aos ingleses uma brincadeira parecida com a malhação de Judas. 
Todo 5 de novembro, data da chamada Conspiração da Pólvora, bonecos de Fawkes são enforcados e queimados e fogos de artifício pipocam por toda a Inglaterra.”
E aqui vem a parte mais elucidativa do texto de Boscov, ou seja, a questão dos contextos históricos que expõem a ignorância da dita cultura pop: “Que, em 2006 ou 2020, alguém ache Fawkes uma figura inspiradora é intrigante. Quatrocentos anos atrás, o edifício do Parlamento era um símbolo do absolutismo. Hoje, ao contrário, ele representa outro tipo de “sistema” - o constitucionalismo, e numa de suas versões mais bem-sucedidas. É difícil também imaginar que, em 2400, americanos venham a se divertir malhando efígies de Osama bin Laden. Se Fawkes se presta a brincadeira é porque não teve a competência de sua contrapartida saudita para cometer um assassinato em massa. Mas bem que tentou”.
Moral da história: Há quatrocentos anos Guy Fawkes morreu na forca por combater o absolutismo. Em sua versão do século XXI redivivo no rosto dos vândalos, Fawkes luta para restabelecer, vejam só, o absolutismo representado nestes tempos pelo “socialismo do século XXI”. O parlamento constitucional e democrático costuma ser o alvo preferido dos mascarados. Exigem o fechamento do Congresso, justamente o sustentáculo do regime democrático. A instituição é impoluta, quem a conspurca são os homens que lá estão.
A ignorância não tem limites.

Vejam só. O líder do PT na Câmara Federal, o deputado cearense José Guimarães, que é irmão do José Genoíno, é o grande líder agora da causa do plebiscito que o PT pretende empurrar goela abaixo dos brasileiros para transformar o Brasil numa republiqueta bolivariana no estilo da Venezuela.
O envolvimento do deputado José Guimarães (PT-CE), decorreu do fato de um assessor dele, José Adalberto Vieira, ter sidoi preso no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, com 100.000 dólares escondidos na cueca, e mais 209.000 reais numa maleta de mão.
O fato aconteceu no dia 8 de julho de 2005, em meio aos desdobramentos do mensalão, e precipitou o afastamento do então deputado José Genoino da presidência do PT. Irmão de Guimarães, Genoino era alvo de investigação da CPI dos Correios e cogitava deixar o comando do PT.
De acusa no escândalo dos dólares na cueca, José Guimarães é atualmente o líder da bancada do PT na Câmara Federal, e neste quarta-feira aparece em matéria do site da Folha de S. Paulo como ponta de lança de Lula para atochar o plebiscito. Leiam:
Depois do fracasso na tentativa de emplacar um plebiscito sobre a reforma política proposto pela presidente Dilma Rousseff na esteira das manifestações de junho, as bancadas de PT, PSB, PDT e PC do B decidiram tomar um gesto político de levar à frente a tentativa de viabilizar algum plebiscito, ainda que desfigurado em relação à proposta original e sem qualquer consenso com o PMDB e outros partidos aliados.
Os líderes destes partidos convocaram a imprensa na tarde desta quarta-feira (14) para anunciar o início da coleta de 171 assinaturas, o mínimo necessário para iniciar a tramitação de um Projeto de Decreto Legislativo de Plebiscito.
Somados, esses partidos têm 154 deputados. Portanto, considerando que todos seus integrantes assinariam o pedido de plebiscito, ainda faltaria a adesão de outros 17 deputados federais. E, ainda que essas assinaturas sejam alcançadas, a tramitação de um pedido demandaria muito debate.
"Nós vamos para a luta", disse o líder do PT, José Guimarães (CE). Segundo ele, o objetivo é conseguir as assinaturas até o fim de agosto. "O Congresso não pode deixar de fazer a reforma política."
Pelo plebiscito proposto pelos quatro partidos, serão três questões levadas à avaliação popular: o modelo de financiamento de campanhas; a possibilidade de participação da população via internet em projetos de lei de iniciativa popular; e coincidência de eleições, em que a escolha de vereadores a presidente da República ocorreriam ao mesmo tempo.
Não há chance de as regras que impactam nos processos eleitorais serem alteradas a tempo das eleições de 2014.
PLEBISCITO
A ideia do plebiscito surgiu pouco depois de proposta original de Dilma, a realização de uma Assembleia Constituinte, ser criticada por opositores e aliados da petista.
O governo chegou a enviar um documento ao Congresso com sugestão de perguntas que poderiam ser feitas à população. Depois disso, o caso passou a ser estudado pelo Legislativo, mas não há garantias de que ele saia do papel. Do site da Folha de S. Paulo


NO BLOG UCHO.INFO

Deputados têm dúvidas sobre o que fazer com o mandato de parlamentar condenado à prisão pelo STF
Bagunça oficializada – Depois que o Supremo Tribunal Federal decidiu que cabe ao Legislativo decidir sobre a perda de mandato de parlamentares condenados com sentença transitada em julgado, a Câmara dos Deputados, ao analisar o caso de Natan Donadon (sem partido – RO), está mostrando à sociedade o que deve acontecer no caso dos mensaleiros.
Durante sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, nesta quarta-feira (14), os membros do colegiado entraram em desentendimento por conta de pedido de vista apresentado pelo deputado federal Wladimir Costa (PMDB-PA), que alegou precisar de mais tempo para analisar o processo de perda de mandato de Donadon.
Natan Donadon foi condenado à prisão pelo STF em processo a que respondia por integrar uma quadrilha que desviou dinheiro público dos cofres da Assembleia Legislativa de Rondônia, do qual era diretor financeiro.
Apesar de Donadon estar preso, seu nome ainda aparece no painel do plenário da Câmara dos Deputados e sua família continua se beneficiando dos privilégios dos passaportes diplomáticos. É inimaginável que um parlamentar preso e com sentença definitiva continue no exercício de mandato eletivo, dependendo a sua cassação, que deveria ser automática, de deliberação dos seus pares.
O Brasil é um país de irresponsáveis que usam um mandato para desrespeitar o cidadão, como se não importasse a legislação vigente, começando pela diuturnamente vilipendiada Constituição federal. Após o pedido de vista do deputado Wladimir Costa, a decisão sobre o caso de Donadon foi transferida para a próxima quarta-feira (21).


NO BLOG ALERTA TOTAL

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net
O Brasil vive seu momento mais delicado como Nação com potencial para ser realmente desenvolvida. Precisa definir, urgentemente, que modelo vai adotar e seguir, preferencialmente capitalismo, com foco em investimentos em infraestrutura e empreendedorismo, racionalizando a carga tributária e tornando a burocracia viável.
Do contrário, vai se consolidar naquilo que já é: um País com riqueza, mantido artificialmente na miséria, cumprindo um papel periférico na economia mundial, por falta de vontade nacional própria e por imposição e conveniência do esquema globalitário. A Oligarquia Financeira Transnacional não quer o sucesso do Brasil. Quer apenas, como de costume, ganhar dinheiro a nossas custas.
A tendência de subida do Dólar, que já passa dos R$ 2,30, é apenas um aviso de que o modelo atual, sob direção do PT, apresenta falência múltipla dos órgãos, com alto risco de comprometer o futuro do Brasil. Investidores internacionais, consultados pelas mais diversas fontes, repetem, praticamente, um mesmo discurso. Não pretendem investir aqui em infraestrutura.
Os motivos são insegurança jurídica, excesso de burocracia, exagerada ingerência política nos negócios, dificuldades em lidar com a corrupção sistêmica e, talvez o que torna tudo pior ainda, a cultural “estadodependência” dos brasileiros. Em resumo, nosso modelo Capimunista consagra nosso fracasso como Nação.
O Brasil não avança em indicadores fundamentais para o desenvolvimento. Infraestrutura, que é ruim, não tem perspectiva de melhora – a não ser na propaganda enganosa do governo. O mesmo acontece com a Educação – onde existe financiamento e subsídio ao ensino superior, mas falta investimento consistente no ensino básico, salvo raras exceções, tanto na esfera pública quanto na privada.
E como o País aceita se submeter a um processo forçado de desindustrialização, ficamos cada vez mais distantes dos necessários investimentos em Ciência & Tecnologia. Sem isto, o Brasil nunca vai se desenvolver. Será apenas, como sempre foi, um País periférico, fornecedor de matéria-prima e, eventualmente, de mão de obra (no caso, a pouquíssima qualificada disponível). 
Tal falta de soberania nacional se reflete, diretamente, na Expressão Militar. Na verdade, nossas Forças Armadas se tornam, a cada dia, mais inexpressivas. Não têm a menor condição de cumprir o papel primordial de Defesa Nacional. O projeto globalitário é torná-las inúteis e desnecessárias. O sucateamento histórico, com “investimentos” apenas para pagar a folha de pessoal, é a evidência do caos.
Nesse cenário, qualquer discussão político-partidária-ideológica se torna tão útil quanto o debate sobre qual time de futebol tem a melhor torcida. O Brasil precisa ser reinventado para dar certo algum dia. E como falta vontade nacional para isso, a tendência é que continuemos o tradicional processo de enxugamento de gelo. Por isso, o momento histórico é delicadíssimo para o Brasil.
Estamos perdendo o timming para as mudanças infraestruturais. Tal atraso tende a nos condenar a continuar na periferia do sistema político-econômico mundial. Se o negócio parece ruim agora, pode ficar ainda pior. Politicamente, não há sinais de mudança no horizonte. Se o PT perder a eleição do ano que vem, aquele que ganhar (seja quem for) fará algo diferente da mediocridade praticada hoje?
A resposta é um não rotundo...
No Egito, o pau está comendo. Aqui, o anão-gigante voltou a tirar a costumeira soneca, até novos rompantes de bronca pública, sem objetivos bem definidos, por pura falta de uma liderança com um projeto viável para o Brasil.
No Egito, parece hora da múmia beber água. Aqui, as múmias continuarão paralíticas, na sombra, esperando para ver o que acontece... Enquanto isso, os ratos do esgoto da politicagem fazem a festa... E os faraós tirando onda com a nossa cara...
Confissões de um Presidentro

Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 26/02/2024 - SEGUNDA-FEIRA