UMAS E OUTRAS DO HELIO FERNANDES

Os radicais querem a cabeça do enriquecido e ilícito Serginho Cabralzinho Filhinho. Nada contra. Mas precisam EXIGIR a melhor ideia de tudo isso: fim da reeleição e reunificação de todos os mandatos em 5 anos. Basta uma PEC, imediata. No início de 2014, Eduardo Campos no auge.

Helio Fernandes
Agora que aparentemente esmoreceu o movimento das ruas, as conversas e os encontros entre políticos devem aumentar substancialmente. Dona Dilma não fez nada, não deixou de aparecer na televisão, por isso foi quem sofreu maior desgaste, praticamente irrecuperável. Seu futuro no PT (interno) era quase tão grande negativamente quanto o desprestígio (externo).
Tida como obstinada, decidiu contra tudo e contra todos, não demitir um só dos ministros, nem fundir um só dos ministérios. Conselho de Mercadante, porta-voz, mas sem ser porta-votos. Tentou jogar a culpa de tudo no Legislativo, este se salvou, ela naufragou.
ABRIL-MAIO, O MÊS
DE EDUARDO CAMPOS

Durante todo esse movimento do povo nas ruas e depois a substituição pelos radicais, se manteve num silêncio irrepreensível. Uma ou outra conversa com Lula (e logicamente contra Dona Dilma), e fim da caminhada. Mas no início de 2014, obrigatoriamente debaixo dos holofotes.
Ele mesmo anunciou publicamente que em março-abril nascerá seu último filho, sensação-satisfação. Mas na mesma época, para se definir como presidenciável, a obrigatória suposição da desincompatibilização. Irrefutável: ele só deixará o governo pela tentativa de um cargo maior, o de presidente.
Alguns analistas amadores acreditam que pode disputar uma vaga no Senado. Tolice. Não precisa do Senado para nada, tudo o que fala sai na mídia amiga. E ficando no cargo, todas as chances de eleger o sucessor, que o vice do PDT ou o ministro que era aliado.
FIM DA REELEIÇÃO E
CINCO ANOS PARA TODOS

Excelente sugestão, que pode se transformar imediatamente em realidade. Basta uma PEC, que como exigência será aprovada, e haverá transformação completa na vida pública brasileira. Caras novas de 5 em 5 anos, pode até não ser a solução, mas pelo menos é uma tentativa sólida de mudança.
Os senadores com 5 anos, muito mais perto dos 6 da Constituição de Rui Barbosa do que os 8 de agora. E o fim da reeleição para todos os cargos, nada a ver com a reeleição comprada e paga por FHC. Durante 100 anos, de 1889 a 1989, nenhuma reeleição. Agora, o país daria um basta em tudo. Por que presidentes, governadores, senadores, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores deveriam ficar a vida inteira?
E outras modificações importantes seriam aprovadas na trajetória dessas. A começar pelo fim do voto OBRIGATÓRIO e do critério (?) proporcional.
O povo nas ruas começou com o aumento do preço dos ônibus, ganhou amplitude, expressão, repercussão. A partir das reivindicações coletivas e expressivas. A maior de todas, dirigida aos parlamentares: “Vocês não nos representam”. Atingiam alvos elevados. Pois se a gravidade da situação em um país tem como base a economia (e todas as suas ramificações), não há dúvida que a mudança ou transformações da sociedade tem que ser efetuada politicamente.
Atirando na falsidade e na falta de credibilidade da representatividade, o povo nas ruas demonstrava conhecimento do que acontecia. No primeiro mês (com a óbvia exclusão da violência, infiltrada ou não), nenhuma restrição às reivindicações Mas dispersaram demasiadamente o que pretendiam, obtinham poucos resultados.
Vitória mesmo, a derrubada da PEC 37, facílima. E mais nada. Foram enganados na transformação da “corrupção em crime hediondo”, que ninguém sabe o que significa. Depois veio a masturbação-legislativa-pirotécnica do fim dos suplentes em dois capítulos vergonhosos.
E o jeitinho do jatinho, comandado por Renan e Henrique Eduardo Alves? Dona Dilma pode impedir que eles voem, basta uma ordem ao ministro da defesa. Emparedada, Dona Dilma não faz nada, é a gerentona-faxineira, sem futuro e sem horizonte.
O “PASSE LIVRE” DÁ A IMPRESSÃO
DE TER DESISTIDO, FICARAM  OS RADICAIS

Os que estão falando que “a missão foi cumprida” não sabem se falam mesmo por eles. Pelo menos desapareceram. Em toda a semana passada, o povo nas ruas não foi visto. Os “pelegos”, convocados e favorecidos oficialmente, ameaçaram e intimidaram, mas não passaram de um fracasso retumbante.
A quinta-feira passada, com as ruas praticamente vazias, mostrava a impopularidade do governo e a incapacidade de mobilização. Agora, dizem: “Voltaremos, e com uma greve geral, vamos paralisar o país”. Ninguém acredita, o teste da semana passada foi desanimador.
O OBJETIVO AGORA É 
SERGINHO CABRALZINHO FILHINHO

Os radicais visam pessoas e não conquistas coletivas, que possam transformar a comunidade. Mudando o sistema político-partidário-eleitoral, querem que implantem um sistema que possa privilegiar a Saúde, Educação, Transportes, juros, inflação, câmbio, investimento, criando uma comunidade realmente progressista e em desenvolvimento.
E que possa impedir a participação na vida pública de gente que nunca trabalho na vida, enriquecer, se abastardou, como o governador do Rio.
SUA ILEGÍTIMA VIDA PÚBLICA,
ALVO MENOR, MAS VISÍVEL COMO 
SINÔNIMO DE CORRUPÇÃO ABERTA

Duas vezes derrotado para prefeito do Rio, deve ter sobrado muitos recursos dessas campanhas. Aí, eleito deputado estadual, dominou essa Alerj, em sociedade com o ínclito Jorge Picciani, acusado e denunciado pela “exploração de trabalho escravo”. O processo não andou, era tudo no Rio (ou Estado do Rio), onde mandavam de verdade.
Já estava rico quando se candidatou a senador. Mansão na Praia de Mangaratiba (com o iate obrigatório de quem tem mansão como aquela), apartamento no caríssimo Leblon, todos os privilégios e mordomias ostensivas, próprias de quem nasce pobre e pretende se elevar não apenas financeiramente, mas também de forma ilegítima.
AS VIAGENS A PARIS E OS
HELICÓPTEROS PARA FUGIR DAS RUAS

Governador, envolvido em escândalos e mais escândalos com empreiteiras, teve que se movimentar para encerrar uma CPI que viria derrubá-lo. (Salvou-se, mas salvou também os governadores de Brasília e Goias).
Estava tudo quase acertado para ser embaixador na França (para ele é apenas Paris), ficaria lá 2 anos, voltaria no fim de 2016 ou no início de 2017, continuaria a carreira. Agora, perdeu tudo. Pezão não se elege, o futuro governador será Garotinho ou Lindbergh. Cabral foi atingido na testa por uma frota de helicópteros, se “defendeu” com “acusações” como esta: “Todos fazem o mesmo que eu fiz”.
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PS – Mercadante não é “o articulador do caos”, como está sendo chamado. Bem ao contrário, articulou e produziu o caos. De forma “irrevogável”, como disse uma vez ao presidente Lula, que logo o revogou.

PS2 – Ninguém acumula tantos desafetos quanto o deputado Eduardo Cunha. Mas desde que é líder do PMDB e ataca diariamente o governo, não diminuiu os desafetos. Mas ganhou “seguidores” que vibram com seu comportamento estabanado.
PS3 – A estação do Engenho de Dentro, no Rio, foi eletrificada em 1937, quando o ministro da Viação e Transportes era o coronel Alencastro Guimarães.
PS4 – Objeto de reportagem, ontem, tinha o maior vão coberto da América Latina, sem uma estaca, sem qualquer apoio. Eu nasci no Meyer, jogava “pelada” ali perto, logo que saía da escola primária. Hoje, só decadência. Mas o Meyer não parou de crescer, reconhecido como a capital do subúrbio da Central.

Da Tribuna da Imprensa de 16-7-2013.

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