FORTALEZA E A COPA DAS CONFEDERAÇÕES

Copa das Confederações: vulnerabilidades locais

A questão da segurança é um dos itens principais e abarca problemas mais complexos

Fortaleza é a cidade com maiores índices de riscos altos (11%) relacionados com a Copa das Confederações, dentre todas as seis sedes que abrigarão a competição, segundo relatório feito pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Faltando menos de três semanas para o início do evento, o desafio é encontrar respostas rápidas e eficazes para as vulnerabilidades apontadas.
Como se sabe, a Copa das Confederações é um torneio de futebol realizado a cada quatro anos, sob a batuta da Fifa, reunindo seleções nacionais ou, mais precisamente, os seis campeões continentais mais o país-sede e o campeão mundial, somando no fim um total de oito países. Tudo começou em 1992, quando a primeira disputa teve como país anfitrião a Arábia Saudita.
Foi em 2001 que se teve a primeira conjunção entre Copa das Confederações e Copa do Mundo, com a primeira sendo a prévia da segunda, no mesmo país anfitrião. Foi o caso da Coreia do Sul e Japão (que compartilharam simultaneamente ambos eventos); igualmente, em 2005, quando o país-sede da Copa do Mundo de 2006 - Alemanha - sediou a Copa das Confederações; em 2009, com a África do Sul realizando a primeira e, em 2010, a segunda; e, agora, Brasil, com a Copa das Confederações, em 2013, e a Copa do Mundo, em 2014. Ou seja, um evento serve de teste para o outro, ajudando a corrigir falhas eventuais.
No Brasil, a atenção volta-se para as seis sedes que vão abrigar os dois eventos: Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza e Recife. A questão da segurança é um dos itens principais e abarca problemas mais complexos – de ordem internacional –, como o terrorismo. Neste item, a averiguação feita pela Abin, em Fortaleza, não suscita grandes preocupações. Mas, o risco alto – o maior, aliás, entre todas as cidades-sedes observadas – localiza-se justamente nos itens crimes comuns e incidentes de trânsito.
Nem mesmo aquilo que se tem constituído um elemento de perturbação constante na nossa rotina futebolística (incidentes com torcedores) aparece com destaque. Os dois problemas apontados pela Abin, aliás, confirmam os registros feitos pela mídia local, nos últimos tempos. Chegou a hora de encará-los com a gravidade que merecem.

Editorial do Jornal O Povo de 28-5-2013.

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