DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 28-5-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Alves teme que
briga MP x PF
gere denuncismo

Diante da guerra de lobbies entre Polícia Federal e Ministério Público, o presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), sinalizou que só votará a PEC 37, que discute poder de investigação de promotores, em caso de “consenso absoluto”. O presidente teme que o acirramento de ânimos resulte em uma enxurrada de denúncias das instituições para demonstrar força, além de confusão no plenário durante a votação.

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Pergunta na bilheteria

Já que os traficantes do Rio saúdam eventos esportivos a bala, o ingresso para os jogos da Copa vêm com seguro de vida?

Que lorota, seu Cabral!

Os traficantes do Complexo do Alemão não precisaram de mais de dez minutos de chuva de balas, após mais um “toque de recolher”, para liquidar de uma vez a lorota de favelas cariocas “pacificadas”.

Lula business

Para quem não entendeu a viagem da presidenta Dilma à Etiópia: o Brasil vai financiar, via BNDES, a ferrovia de R$1 bilhão que uma empreiteira brasileira vai construir até o sul do Sudão, como adiantou a coluna em janeiro. Tudo arrumado pelo ex-presidente Lula, claro.

Todos por um

Petistas ligados à presidenta Dilma reclamam que o ex-presidente Lula só dificultou a governabilidade ao antecipar corrida eleitoral para salvar a própria pele no ‘caso Rose’ e ofuscar o julgamento do mensalão.

Chacolhada

Durou exatamente um mês a caxirola criada pelo músico Carlinhos Brown. Como esta coluna antecipou, a Fifa proibiu a tosca imitação do caxixi da capoeira. Será conhecida no museu como “caxirolo”.

E na Copa?

Parlamentares que tinham agenda ontem à tarde em Brasília dizem ter passado um verdadeiro perrengue para conseguir comprar passagens aéreas com destino à capital. Os voos estavam superlotados.

Feriado antecipado

Com o feriado de Corpus Christi na quinta, os líderes da base aliada já avisaram ao governo que terão dificuldade para garantir o quórum esta semana para votar as duas MPs que caducam na próxima segunda (3).


NO BLOG DO NOBLAT

Cavendish e ex-prefeito são condenados por desvio de verbas

O Globo
A Justiça Federal condenou o sócio da Delta Fernando Cavendish (foto abaixo) e o ex-prefeito de Iguaba Grande Hugo Canellas a quatro anos e seis meses de prisão, em regime semiaberto, por desvio de verba destinada à despoluição da Lagoa de Araruama, na Região dos Lagos.
Somente para mobilizar e desmobilizar equipamentos para a obra a empresa cobrou R$ 191 mil, apesar de o valor de mercado para o serviço ser de R$ 14 mil. Ainda cabe recurso.
Mário Erly Aguiar Souza, secretário de fazenda de Iguaba Grande e responsável por acompanhar a execução financeira do contrato à época dos fatos , foi condenado também a 4 anos e 6 meses, em regime semiaberto.



Endividamento das famílias bate recorde: 43,99% da renda

Gabriela Valente, O Globo
As famílias brasileiras nunca estiveram tão endividadas quanto no fim do primeiro trimestre deste ano. De acordo com o Banco Central (BC), o índice de endividamento subiu de 43,79% para 43,99% em março. Isso significa que as famílias devem às instituições financeiras quase a metade do que ganham durante o ano.
O endividamento chegou ao maior nível desde quando a autoridade monetária começou a registrar os dados, em 2005. Naquela época, as famílias tinham um endividamento de 18,39% da renda bruta anual.


Gurgel pede que Supremo absolva Feliciano de acusação por estelionato

Cristiane Bonfanti, O Globo
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel (foto abaixo), encaminhou nesta segunda-feira documento ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a absolvição, por falta de provas, do deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), acusado de crime de estelionato por não comparecer a um evento religioso em 2008.
Feliciano foi acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, em 2009, de ter recebido de uma produtora de eventos religiosos R$ 13,3 mil, em valores corrigidos, e não ter ido ao evento. Pastor de uma igreja evangélica, o deputado se tornou alvo de manifestações e protestos depois de assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Além de estelionato, ele é acusado de racismo e por supostas falas homofóbicas.


Governo vai parcelar R$ 22,2 bilhões em dívidas de estados e cidades

Martha Beck, O Globo
O governo publicou nesta segunda-feira, no Diário Oficial da União, as regras para o parcelamento de R$ 22,2 bilhões em dívidas atrasadas de estados e municípios relativas ao pagamento do INSS e do Pasep. O benefício foi concedido no ano passado por meio da medida provisória (MP) 589, mas só abrangia a contribuição previdenciária e valia para débitos vencidos até outubro de 2012.
No entanto, durante a tramitação da MP no Congresso, os parlamentares tornaram o parcelamento mais vantajoso e conseguiram incluir nele o Pasep. De acordo com a lei 12.810, na qual a MP 589 foi convertida, podem ser parceladas dívidas tanto de INSS quanto de Pasep vencidas até fevereiro de 2013.



NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Vocês têm de ver isto e espalhar país afora para o debate: são 30 segundos que resumem o Brasil. A sociedade tem de fazer isso porque as oposições têm medo de falar com quem paga a conta!

Quero que vocês vejam este vídeo, bem curtinho. Esta senhora que fala aí é uma assistida do Bolsa Família lá de Fortaleza. São só 30 segundos. Mas eles resumem o Brasil que aí está e também apontam para um futuro — não muito promissor. Assistam. Volto em seguida.
Voltei
Escrevi ontem à noite um post sobre a irresponsabilidade dupla da Caixa Econômica Federal — que alterou o sistema de pagamento do Bolsa Família sem avisar ninguém e depois negou que o tivesse feito, sendo desmentida por reportagem da Folha — e das autoridades do governo federal, que saíram a acusar ou as oposições, caso de Maria do Rosário (a ministra dos Direitos Humanos, de inumana compreensão), ou um complô conspiracionista, sugerindo que, no fundo, seriam mesmo as oposições: José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça e aspirante a disputar o governo de São Paulo pelo PT, e Dilma Rousseff. A governanta classificou a boataria sobre o Bolsa Família de “desumana e criminosa”. Tudo não passou de uma trapalhada da Caixa Econômica Federal, pela qual se desculpou Jorge Hereda, presidente da instituição. Só desculpas?
Pois é… O que antes era “desumano e criminoso” não merecerá da soberana, pelo visto, nem mesmo um puxão de orelha. Cardozo continua em busca de um bode expiatório. Quem sabe apareça alguém para confessar, não é?, e se descubra, então, que ele é vizinho da tia da cabeleireira que vem a ser prima da cunhada da faxineira do secretário-geral do PSDB de Arapiraca… É ridículo! Mais do que o boato do fim do Bolsa Família, o que se espalhou como rastilho de pólvora foi a informação de que havia uma graninha a mais na CEF, um bônus. As pessoas que lá iam constatavam: havia mesmo! Aí, meus caros, foi o que se viu… Como pergunta Silvio Santos — numa indagação que, suponho, toca universalmente o coração e o intelecto: “Quem quer dinheirooo?” No post em questão, destaquei também o ar robusto, primaveril mesmo em alguns casos, dos assistidos do Bolsa Família. O valor médio do benefício pago a cada família está aí na casa dos R$ 150. Muita gente recebe menos, mas há quem receba mais: nunca menos de R$ 32, nunca mais de R$ 306 — é o que informa o governo. Muito bem. Agora volto à assistida do vídeo que está lá no alto. A entrevista foi concedida ao Jornal Nacional de sábado. Reproduzo a sua fala, uma das maiores contribuições jamais prestadas à compreensão sociológica destes dias.
“Eu fui na lotérica, como vou de costume, fazer um depósito na poupança do meu esposo. Fui depositar o dinheiro. Como eu já estava lá, eu tinha de ir fazer isso, eu aproveitei, levei o cartão e tirei o meu Bolsa Família. Quando eu tirei, saiu (sic) os dois meses”.
Entendi. Ela foi depositar, como faz habitualmente, um dinheiro na poupança do marido, certo? Já que estava lá, levou o cartão do Bolsa família e pimba! Saíram os dois meses de uma vez só. Ai, ai, ai… Longe de mim querer cassar o benefício da distintíssima senhora Diane dos Santos — e espero que ninguém pegue no pé dela. Mas me parece que alguém que tem dinheiro para fazer poupança não precisa do… Bolsa Família, certo? Reitero: acusarei aqui perseguição caso queiram lhe cortar o benefício — porque, é fato, como ela, há uma legião, há milhões hoje em dia. O problema não é ela, mas o programa. Eu até confesso uma certa simpatia por Diane, uma brasileira brejeira, com o cabelo arrumado, brincos, pele boa… Ela desmoraliza os delírios dos bem-pensantes sobre o atavismo da fome no Brasil, que faz o coitadismo que embala as ideias de reparação social da esquerda universitária. Ela não! É, reitero, distinta! Ela nem fala “marido” — deve achar meio grosseiro. Prefere, como Daniela Mercury, mas mudando o gênero, a palavra “esposo”.
“Então Reinaldo Azevedo sustenta que não existem mais a fome, a miséria…” Aquela fome africana, que Lula dizia existir em 2002, que ele curaria com dois pratos de comida, não existe mais no Brasil há décadas, embora haja, é evidente, nichos de famélicos em algumas áreas do sertão e até nas periferias extremamente pobres das grandes cidades. Isso persiste. Da mesma sorte, há, sim, pessoas com renda abaixo de R$ 70 em áreas restritas do Brasil profundo. Mas os pobre — eu sei do que falo — somos duro de morrer, fiquem certos, sobretudo de fome. Sempre se arranja um bico pra fazer, um serviço extra, alguma coisa que garanta o sustento dos filhos. No mais das vezes, essa renda per capita entre R$ 70 e R$ 140 é uma fantasia estatística. Ou será que a distinta dona Diane está “depositando na poupança do marido” o dinheiro do Bolsa Família? Ela nem havia sacado ainda o de abril — e já era dia 17! Certamente, o depósito que fora fazer era uma sobra, não?, depois de satisfeitas as necessidades básicas. Sobra de que renda? Não era do Bolsa Família!
Sim, é possível que haja alguns milhões de brasileiros que precisam efetivamente de um Bolsa Família, mas serão mesmo 40 milhões, 45 milhões talvez, divididos em mais de 13 milhões de família? Não é só dona Diane dos Santos que prova que não. Vocês certamente se lembram desta senhora, que, diz, “só ganha R$ 134 há oito anos”, o que, segundo ela, não dá nem comprar uma calça para a filha, “uma jovem de R$ 16 anos”, porque, afinal, uma calça para essa faixa etária custaria R$ 300…
De fato, ela não tem a menor dúvida de que comprar uma calça para a sua filha é, sim, um problema do governo brasileiro, não dela própria, do marido ou de sua família. “Ah, o Bolsa Família vai custar em 2013 apenas R$ 24,9 bilhões. Perto do que o governo gasta com o Bolsa BNDES ou com o Bolsa Juros… Reinaldo não quer dar grana para os pobres”. Nem para os ricos!!! Eu não acho que governos tenham de dar dinheiro para ninguém. No caso dos pobres, tem é de criar programas sociais que os estimulem a buscar uma saída. E a injeção de recursos na conta do vivente só deve ser feita mesmo em último caso. E já está mais do que claro que o Bolsa Família, para muita gente, virou uma doação… O Nobel da Paz Muhammad Yunus está no Brasil (ver post na home). Ele criou o programa de microcrédito em Bangladesh que deu origem a um banco. Ele critica no Bolsa Família justamente seu caráter assistencialista.
O “andar de cima”, como quer Elio Gaspari, com essa categoria sociológica haurida da construção civil, consome bem mais do que os R$ 25 bilhões do Bolsa Família em subsídios, trapaças, aditamento de contratos etc? Certamente! Não deixa de ser uma forma de “bolsismo”, não é?, e das mais perversas. Os dois extremos — os ricos cuidadosamente selecionados para as prebenda e os pobres que recebem todo mês um dinheirinho — se tornaram pilares de um modo de fazer política. Uns são gratos ao governo de turno com doações eleitorais e outras que não aparecem nos registros do TSE; os outros expressam a sua gratidão com votos.
O Bolsa Família se tornou, assim, uma formidável máquina eleitoreira, e os que mais se entusiasmam com o governo nem são, suponho, os que realmente precisam, mas os que, não precisando, temem uma mudança de guarda e a perda de uma benefício de que, no fundo, sabem ser descabido. Assim, é melhor deixar tudo como está. 
Oposição
Compreendo que a oposição venha a público disputar a paternidade dos programas sociais porque, com efeito, o Bolsa Família nada mais é do que a reunião dos programas que existiam no governo FHC numa única rubrica. Já demonstrei faz alguns anos que isso é verdade. Faço-o de novo transcrevendo, em vermelho, trecho da Medida Provisória nº 132, que “criou” o Bolsa Família, no dia 20- de outubro de 2003. Essa MP foi depois convertida na lei Lei 10.836tp, de 9 de janeiro de 2004. O conteúdo era o mesmo. Prestem atenção:
(…) programa de que trata o caput tem por finalidade a unificação dos procedimentos de gestão e execução das ações de transferência de renda do Governo Federal, especialmente as do Programa Nacional de Renda Mínima vinculado à Educação – “Bolsa Escola”, instituído pela Lei n.° 10.219, de 11 de abril de 2001, do Programa Nacional de Acesso à Alimentação – PNAA, criado pela Lei n.° 10.689, de 13 de junho de 2003, do Programa Nacional de Renda Mínima vinculado à Saúde – “Bolsa Alimentação”, instituído pela medida provisória n.° 2.206-1, de 6 de setembro de 2001, do Programa Auxílio-Gás, instituído pelo Decreto n.° 4.102, de 24 de janeiro de 2002, e do Cadastramento Único do Governo Federal, instituído pelo Decreto n.° 3.877, de 24 de julho de 2001.
Retomo
Assim, é claro que os programas foram originalmente criados pelo governo FHC. A questão é saber se dá para disputar essa paternidade hoje. Parece-me que não! E a máquina de propaganda montada com o Bolsa Família tem, sim, um efeito eleitoral evidente, como ficou claro em 2006 e 2010. Menos do que fazer tal disputa, as oposições teriam de ter a coragem de perguntar quem paga a conta. É claro que os petistas partiriam pra cima, acusando-a de querer acabar com o programa. Ocorre que o eleitorado cativo, meus caros, cativo já está. Não será desse mato que vai sair tucanos. Não saem mesmo! Os que se apõem ao petismo, reitero, tem de aprender a falar com quem paga a conta — muito especialmente os trabalhadores.
Que país existe na outra ponta dessa forma de assistencialismo? Não tem outra ponta nenhuma! A outra ponta é esta que está aí. Está bom assim? É é o que o modelo permite. As virtudes  já se esgotaram.  Com Bolsa BNDES e Bolsa Família, a gente vai ficando assim. Teremos um dia uma oposição capaz de politizar o que tem de ser politizado, fugindo do demônio do consenso, que é, numa democracia, o que é a censura na ditadura? Não sei. Se e enquanto não o fizer, pode ir brincar de outra coisa. Chegou a hora de conversar com quem, não tendo o Bolsa Família, não tem também uma sobra para depositar na poupança do “esposo”.
Por Reinaldo Azevedo

Nobel da Paz diz que Bolsa Família é assistencialista e que o assistencialismo deve dar espaço a soluções de longo prazo

Por Cecília Araújo, na VEJA.com:

O Nobel da Paz Muhammad Yunus está no Brasil nesta semana para para lançar um fundo de apoio aos negócios sociais, além de uma filial do Yunus Social Business Centre, o primeiro Centro Acadêmico de Negócios Sociais da América Latina. O objetivo da instituição será fomentar o conceito e a prática do “negócio social”. “Ao se enveredar para o mundo dos negócios, a pessoa deve escolher entre acumular dinheiro ou solucionar problemas”, explicou Yunus, em palestra nesta segunda-feira em São Paulo, para um público formado por estudantes, professores, empresários e jornalistas. “Caso opte pela segunda alternativa, é preciso criar metas anuais de alcance para seu projeto como incentivo, da mesma forma como as empresas tradicionais focam no lucro”, completou. O modelo já existe no Japão, Coreia, Itália, Alemanha, Estados Unidos, França e Turquia.
Ao ser questionado por um jornalista, “por que o Brasil?”, Yunus rebateu com outra pergunta: “por que não o Brasil?”. Segundo ele, o país tem se mostrado muito consciente sobre as questões sociais e interessado em achar soluções locais e mundiais. Mas Yunus também critica o modelo assistencialista adotado pelo governo brasileiro ao falar sobre programas como o Bolsa Família. “É importante ajudar as pessoas que precisam, mas é preciso tomar cuidado para que elas não se tornem dependentes dessa ajuda por um tempo longo demais. A Europa criou um problema nesse sentido, com várias gerações de pessoas desempregadas. É necessário pensar em ideias para tirar as pessoas dessa situação de dependência, a começar por um grupo pequeno. Esse é o desafio do negócio social”. Para Yunus, o assistencialismo deve dar espaço para soluções de longo prazo, tornando os cidadãos responsáveis e colaborando para a sua integração à sociedade.
Problemas e soluções – Vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 2006 e conhecido como “banqueiro dos pobres”, Yunus é o fundador do Grameen Bank, em Bangladesh – o primeiro banco do mundo especializado em conceder microcrédito a pessoas de baixa renda. Sua história tem servido de inspiração para governos e pessoas de várias partes do mundo. “A diferença do negócio social para as contribuições de caridade é que estas não são parte de um processo de conscientização: elas fazem um ótimo trabalho, mas o dinheiro investido para ali. Para ajudar mais pessoas, é preciso começar do zero e fazer uma nova arrecadação. Já o negócio social permite que o mesmo dinheiro seja investido várias vezes”, explica. “Para todo problema que vejo, penso em um negócio que busque uma solução para ele. Se a encontro, crio novas instituições para alcançar outras pessoas que enfrentam o mesmo problema”.
Para diminuir o desemprego, por exemplo, é possível incentivar a formação de profissionais que estão em falta no mercado. “É preciso combinar demanda e oferta”, diz. Já o microcrédito é a maior prova de que a solução de um problema local pode ser usada em vários países do mundo, sejam eles desenvolvidos ou não, por mais diferentes que sejam suas realidades. “Às vezes os problemas parecem tão gigantes, que individualmente nos sentimos minúsculos. Meu conselho é: não se sintam ameaçados pela amplitude dos problemas em questão. Tente pensar em como ele reflete em cada indivíduo. Se você conseguir solucionar o problema para uma única pessoa, você amplia a solução para centenas, milhares, milhões: ele pode ser aplicado em qualquer lugar do mundo. A fome, o analfabetismo e o desemprego não são problemas de uma só cidade, mas de todo o país, de toda a região, de todo o planeta”, pontua.
Trajetória
Yunus estudou economia nos EUA e voltou a Bangladesh depois que o país se tornou independente do Paquistão (1971). Diante de uma situação desesperadora, em que a fome era protagonista, criou uma solução inusitada: emprestar pequenas quantias de dinheiro aos pobres, que jamais conseguiriam ajuda dos bancos convencionais. Em 1976, quando ainda era professor universitário, fez a primeira experiência desse tipo ao oferecer 27 dólares a um grupo de 42 artesãos em dificuldades, grande parte deles mulheres. A soma foi suficiente para que comprassem matéria-prima, vendessem sua produção de tamboretes de bambu e garantissem a continuidade do negócio. Animado com as possibilidades que a iniciativa apresentava, o intelectual virou banqueiro no ano seguinte. Fundou o banco Grameen, que significa “banco da aldeia” em bengali, e passou a fomentar a atividade econômica entre os pobres.
Em 2011, porém, Yunus foi demitido da direção do banco que fundou. Naquele ano, o banco já tinha cerca de 955 milhões de dólares em empréstimos a 8,3 milhões de tomadores de crédito. Segundo o governo, o Nobel da Paz deveria ter se aposentado das funções no banco aos 60 anos. O ministro bengali das finanças, A.M. Muhit, chegou a sugerir que Yunus era muito velho para dirigir o banco. Deixando de lado as questões legais, alguns bengalis não descartaram a possibilidade de o economista ser vítima de uma campanha política movida pela primeira-ministra, Sheikh Hasina Wajed. À época, Hasina declarou publicamente que os fornecedores de microcrédito estão “sugando o sangue dos pobres”. Os desentendimentos entre os dois começaram em 2007, quando Yunus sugeriu que criaria seu próprio partido político para limpar seu país da corrupção na administração pública.
Por Reinaldo Azevedo

A caxirola, o instrumento búlgaro de percussão, está oficialmente banido dos estádios nas competições internacionais. Ahhh…

Dilma, Marta Suplicy e Carlinhos Brown: a trinca queria ensinar o povo a ser povo com esse instrumento búlgaro de percussão…
Aquela mistura de granada com soco-inglês, a caxirola, criada por Carlinhos Brown, o brasileiro mais bem-sucedido em dar uma dimensão transcendental e pós-moderna ao atraso brasileiro, está oficialmente banida dos estádios na Copa das Confederações e na Copa do Mundo. Ah… O resto do planeta fica, assim, impedido de saber que nós, os brasileiros, não tínhamos culpa nenhuma pela existência da caxirola, pela existência de Carlinhos Brown e de folclorizadores do subdesenvolvimento de modo geral… Já escrevi sobre a dita-cuja e a nossa búlgara da percussão. Leiam texto publicado na VEJA.com.
Alívio para os torcedores que estão ansiosos pelos jogos da Copa das Confederações. Quem conseguiu um ingresso para o torneio ouvirá apenas os sons tradicionais de uma partida de futebol, como as reações do público, o apito do juiz e os ruídos dos chutes dos jogadores. A ameaça da caxirola, enfim, foi afastada – por decisão conjunta do governo, da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL), o chocalho de plástico inventado por Carlinhos Brown não poderá ser usado no torneio. A proibição foi anunciada nesta segunda-feira pelo chefe de segurança do COL, Hilário Medeiros. “Não é permitida a entrada de torcedores com qualquer instrumento musical, e a caxirola entra neste quesito”, avisou Medeiros em entrevista coletiva no Rio. “Estamos adotando isso já nos jogos-testes e, na Copa das Confederações, a regra também vai valer.”
No mês passado, durante uma partida entre Bahia e Vitória, torcedores da equipe tricolor protestaram atirando no gramado as caxirolas que tinham sido distribuídas gratuitamente antes do jogo. Os jogadores do Bahia tiveram de retirar os objetos de plástico do campo para que a partida pudesse ter sequência, num episódio que acabou ficando conhecido como “a revolta das caxirolas”. O chocalho de plástico foi vetado no clássico seguinte, depois de uma reunião que contou com a participação de representantes da PM, da prefeitura, da Federação Baiana de Futebol, da Justiça e de torcidas organizadas. O uso das caxirolas como arma despertou a preocupação da Fifa e do COL, que já estudava banir o objeto das partidas do Mundial para evitar qualquer tipo de risco.
Por Reinaldo Azevedo


NO BLOG DO CORONEL

PF indicia 22 e desmonta quadrilha dentro do governo petista do Acre. Mas poupa governador.

A Polícia Federal indiciou ontem 22 pessoas por formação de um suposto cartel para fraudar licitações e contratos no governo do Acre, entre eles um sobrinho do governador Tião Viana (PT) -Tiago Viana - e dois secretários de Estado. No documento, a PF anexou um relatório complementar com citações ao governador e uma conversa telefônica dele com um dos investigados para que o Tribunal de Justiça avalie se abre apurações sobre seu suposto envolvimento no caso ou encaminha o material ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). 
"Ficou caracterizado, com os documentos e depoimentos a formação do cartel. No material apreendido na casa dos empresários e nas secretarias do Estado, constatamos não só a participação de agentes públicos, mas também o envolvimento deles no planejamento do esquema investigado", afirmou o delegado Maurício Moscardi, chefe da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado.
"Em conluio eles simulavam competições nas licitações do Estado", informa o inquérito da PF. Para isso, conforme as investigações, os indiciados se valiam do trânsito que tinham dentro do poder público. Dos 22 indiciados, 15 foram presos preventivamente no dia 10, quando foi deflagrada a operação. Nove são pessoas próximas ao governador e ao seu irmão, o ex-governador e atual senador Jorge Viana (PT-AG). O governador e o senador já negaram qualquer envolvimento no caso ou irregularidades. 
A PF ressalta que, "apesar de constar áudios em que o governador manteve contato com alvos da operação, ou em que foi citado", ele não foi investigado. Segundo Moscardi, cabe à desembargadora Denise Bonfim, do TJ do Acre, e ao STJ a adoção de eventuais providências. Dos presos, apenas o sobrinho do governador foi solto por decisão do STJ. Ele, porém, está impedido de voltar a ocupar cargo no Executivo estadual.(Estadão)

Contabilidade criativa do PT abre buraco negro de R$ 590 bilhões na economia.

Imagine um gastador contumaz que decide mudar de vida. A partir de agora, ele vai poupar boa parte do que ganha até equilibrar suas contas. Para facilitar seu esforço de austeridade, porém, ele prefere não contabilizar como dívida as prestações de um apartamento na praia. Por outro lado, resolve contar como poupança os futuros dividendos de ações que acaba de comprar. Ou seja, seu impulso de gastador continua lá — mas ele tenta se convencer de que sua situação não é tão ruim assim. De maneira simplificada, é isso que o governo tem feito para cumprir a meta do superávit primário, a economia de recursos para o pagamento de juros da dívida pública.
Desde 2009, parte das dívidas, dos gastos e das receitas não é registrada adequadamente. O mercado apelidou os subterfúgios de “contabilidade criativa”. A consultoria econômica Tendências calculou os valores envolvidos nas manobras e mostra que seria melhor chamar a estratégia de “contabilidade destrutiva”. Em quatro anos, 48 bilhões de reais em receitas futuras foram incluídos no cálculo do superávit. Ou seja, dinheiro que ainda não existe foi contado como recebido. Outros 63 bilhões, de recursos empregados no Programa de Aceleração do Crescimento, foram somados à economia. E ficaram de fora dívidas de 479 bilhões de reais — o equivalente ao PIB da Finlândia — em repasses do Tesouro Nacional a bancos públicos, em especial ao BNDES.
Somando o que não entrou na conta (mas deveria) e o que foi incluído (e não deveria), o governo inflou sua economia em 590 bilhões de reais de 2009 a 2012. No papel, as metas de superávit foram cumpridas. Na vida real, a história foi bem diferente. “O governo acredita que a contabilidade criativa é a saída para ter recursos, investir e fazer o país crescer”, diz Felipe Salto, economista da Tendências responsável pelo levantamento. “Mas ela não gera crescimento, prejudica a política fiscal, deteriora as contas públicas e coloca em descrédito as regras que deram credibilidade ao país."
A dívida brasileira é o tema central da discussão. Muitos economistas que defendem o Estado como indutor do crescimento alegam que o governo agora pode poupar menos porque a dívida pública é baixa. “Não é verdade”, diz Mansueto Almeida, economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. “Nossa dívida, além de cara, é alta para o atual padrão dos emergentes.”
Pelos critérios do Fundo Monetário Internacional, a dívida pública bruta do Brasil equivale a 69% do PIB — acima da de países como México (44%), Colômbia (33%), Peru (20%) e Chile (11%). A contabilidade criativa agrava o problema: cobre débitos de bilhões com o manto da invisibilidade. O quase meio trilhão de reais transferido do Tesouro para os bancos federais veio da emissão de títulos públicos. No futuro, o Brasil terá de resgatá-los e remunerar os investidores, pagando o juro prometido.(Revista Exame)

O PT e sua bolsa cheia de mentiras.

O governo petista mentiu o tempo inteiro no escandaloso caso dos boatos que geraram os tumultos e a corrida para sacar a Bolsa Família. Mentiu que tinha sido a oposição. Mentiu que não tinha depositado o dinheiro na sexta-feira. Mentiu que havia mentido porque não sabia. A última mentira é para abafar a maior mentira, que uma empresa de telemarketing tinha sido identificada no Rio de Janeiro como a origem organizada dos boatos. Agora a informação de que o call center havia sido localizado pela Polícia Federal e que o caso estaria solucionado nas próximas horas virou apenas "uma linha de investigação". O PT não cansa de abrir a sua bolsa de mentiras. Até quando?

Dilma Bolada, a porta-bandeira da Unidos da Lama e do Esgoto, a escola de samba virtual do PT.

O perfil fake Dilma Bolada, que faz sucesso no twitter, não é fake. É uma bem elaborada estratégia desenvolvida pela fina flor da esgotosfera que serve aos interesses do PT. Acima, um ataque organizado contra o candidato Aécio Neves. O post referido, sobre uma ação aberta desde 2003 no TJMG, foi colocado no facebook no sábado e logo depois apagado. Ontem, a mesma nota foi postada no Blog do Nassif, velho conhecido da lama da internet, processado sabe-se lá quantas vezes. A partir de agora, baseado na matriz da Dilma Bolada e do Nassif, as milícias virtuais do PT farão o resto do trabalho sujo.
O carioca Jeferson Monteiro, responsável pelo perfil, não esconde que é um militante e orgulha-se de ser procurado até por ministros do PT. Um deles, Alexandre Padilha, chegou a lhe segredar que Dilma ficou muito feliz com um prêmio internacional por ele recebido.
A baixaria contra Aécio veio antecedida de um teaser, tipo uma ameaça, feita pelo Jeferson Ribeiro. Vejam, abaixo, os tuítes iniciais, de sábado:

O link fornecido pelo perfil Dilma Bolada é da Revista Forum, que faz parte da rede de apoio ao PT. Leia aqui a notícia que originou o tuíte. Agora vejam quem patrocina esta revista, sediada em Porto Alegre, que surgiu por ocasião da realização do Forum Social Mundial naquela cidade. Ali está o logotipo do Banco do Brasil, do BNDES, da Petrobras e do Governo Federal.

Também é interessante ver quem são os parceiros da revista Forum. Primeiro, os veículos de "mídia livre" que a apóiam. É a mesma rede que atuou em 2010 plantando notícias contra a candidatura Serra. Basta entrar em cada um deles para ver quem paga a sua existência. Mas tapem o nariz. Ali só tem anúncio de sindicato, do governo e de estatais pagando noticias pró Dilma e governo. Casualidade, não?
Agora adivinhem quem são os blogueiros que estão "parceirizados" com a Revista Forum, que dá link de notícia suja para o perfil Dilma Bolada. Bingo! São os BlogProg! Aqueles que querem grana do governo para... espalhar notícia suja para ele.
A "afinidade" é tanta que a Dilma Bolada do twitter até adivinha o que a Dilma do Planalto vai falar, inclusive em notas oficiais. Hoje, às 11:55, o tuiteiro antecipou:
Agora vejam como saiu a nota de pesar seca e gelada publicada pelo Palácio do Planalto, às 13:55, duas horas depois. Leiam bem como a nota começa.
Aqui, você pode conhecer o que de verdade existe sobre este processo contra Aécio Neves. A campanha de 2014 começou. Dilma Bolada é a rainha da bateria. A escola de samba é a mesma. Unidos da Lama e do Esgoto. Olha o PT aí de novo, gente!

NO BLOG DO JOSIAS

Dilema de Renan: derrotar Dilma ou desdizer-se

Dia 16 de maio de 2013. Sessão vespertina do Senado. Na pauta, a votação da medida provisória dos portos. Fora aprovada pela Câmara no início da manhã, após uma maratona de 41 horas. Perderia a validade à meia-noite. Para evitar, Renan Calheiros atropelara as normas e perdera o recato. Numa tentativa de atenuar o constrangimento, o presidente do Senado assumiu, sob holofotes, um compromisso:
“A partir de hoje, qualquer medida provisória que venha com menos de sete dias da Câmara dos Deputados não será pautada no Senado Federal, pelo menos enquanto eu for presidente. Essa anomalia institucional não vai continuar, não pode continuar. Ela apequena o Senado. E o Senado não pode conviver com isso.”
Decorridos 12 dias, Renan será abalroado nesta terça-feira (28) por um desses dilemas definidores: ou o presidente do Senado impõe a Dilma Rousseff uma derrota constrangedora ou desmoraliza-se. O governo tentará votar na Câmara, até o meio da tarde, duas medidas provisórias que chama de “essenciais”. Ambas perdem a validade em 3 de junho.
Ou seja: se o Planalto conseguir mobilizar sua infataria na Câmara –algo que tenta desde a semana passada, sem sucesso— os senadores terão seis dias para deliberar, não sete. “Nós vamos cobrar a promessa do Renan”, disse ao blog na noite passada o senador Alvaro dias (PR), vice-líder do PSDB. “Foi um compromisso que ele assumiu solenemente. Ficará mal para ele se não cumprir a palavra. E para o Senado, que virou, como tenho dito, almoxarifado do Executivo.”
São mesmo relevantes as medidas provisórias que se encontram sob ameaça de caducar. Uma, a 605, foi editada para assegurar o desconto que Dilma concedeu às contas de luz em janeiro. Outra, a 601, estende a vários setores da economia o benefício da desoneração da folha de pagamento. O diabo é que, a despeito da relevância das matérias, o Planalto não conseguiu mobilizar sua tropa na Câmara. Tentou na quarta-feira (22). Nada. Realizou nova tentativa na noite passada. Necas. Voltará à carga nesta terça (28).
A oposição obstruiu as votações. Porém, somando-se todas as cadeiras ocupadas por deputados oposicionistas, chega-se a 90 votos. Um contingente mequetrefe se comparado com os 423 votos da brigada dos partidos governistas e suas agremiações agregadas. Líder do PT, o deputado José Guimarães (CE) foi ao microfone para atacar a turma do PSDB, do DEM e do PPS.
“A oposição não tem compromisso com o fortalecimento da indústria brasileira?”, indagou Guimarães. “A oposição não quer as desonerações? Vamos continuar dando condições para as tarifas de energia baixarem? Essa MP 605 faz isso. A oposição vai obstruir? Essas MPs interessam ao país.”
O líder petista soaria mais lógico se dirigisse o mesmo discurso aos companheiros de condomínio. No enredo do Parlamento, cabe à oposição se opor. O diabo é que, para desassossego de Dilma, a obstrução ganhou a adesão de levas de governistas. Lidera o bloco de insurretos o PSD de Gilberto Kassab, uma legenda que acaba de ser premiada por Dilma com o Ministério da Micro e Pequena Empresa.
Vitaminado pelo PSC do deputado-pastor Marco Feliciano, pelo pseudo-independente PV e por insatisfeitos de todas as colorações partidárias, o PSD impõe uma condição para levantar o bloqueio imposto às MPs. Exige que seja pautada também a votação de um projeto de lei que extingue o adicional de 10% do FGTS pago pelas empresas nos casos de demissão sem justa causa.
Instituída em 2001, essa alíquota destinava-se a compensar perdas impostas por dois planos econômicos –o Plano Collor e o Plano Verão. Hoje, a cobrança já não faz nexo. Mas o governo recusa-se a abrir mão da receita. Coisa ao redor de R$ 3 bilhões por ano. Numa tentativa de furar o bloqueio, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, levou à mesa uma proposta: em troca do quórum para a votação das MPs, incluiria o projeto do FGTS na pauta de agosto. O PSD insiste em votar antes do recesso do meio do ano, ainda em junho.
A sessão foi aberta às 18h. Para que a votação fosse iniciada, o governo precisaria levar ao painel eletrônico pelo menos 257 presenças. Dos 513 deputados, havia na Casa 364 deputados. Desse total, apenas 164 se animaram a dar as caras no painel até as 19h30. Decorridas mais duas horas, o quórum do painel subiu para 233. Estava entendido que o condomínio governista abandonara Dilma à própria sorte.
Diante da reiteração do inusitado, Henrique Alves viu-se compelido a encerrar a sessão, remarcando a votação para esta terça. “É incrível, mas a base do governo, com 420 deputados, não consegue dar um quórum mínimo de 257. Isso numa votação de matérias medidas provisórias importantíssimas, que estão próximas de caducar!”, comentou o presidente da Câmara em conversa com o blog. “A oposição faz o papel dela. Cabe ao governo fazer o seu.” É, faz sentido. Resta agora saber que papel Renan Calheiros reservará para si nesse enredo.


NO BLOG UCHO.INFO

Trabalhadores vão à Justiça contra fraude do governo que retirou bilhões de reais do FGTS

Bomba-relógio – Assinada pela Força Sindical, uma das maiores ações coletivas dos últimos tempos inicia sua trajetória nas trilhas da Justiça na terça-feira (28). O objetivo é fazer com que o governo federal arque com um rombo bilionário produzido no cofre no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), em prejuízo de toda a massa assalariada do País.

De acordo com o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da silva (PDT-SP), a dívida é de alguns bilhões de reais e resulta da não atualização correta dos saldos do FGTS desde o ano de 1999.
O FGTS é uma conta que todo trabalhador possui na Caixa Econômica Federal, na qual os empregadores devem depositar, mensalmente, o equivalente a 8% do salário registrado em carteira.
De acordo com a Lei 8.036/90, esses valores têm de ser atualizados com juros anuais de 3%, acrescidos da correção monetária mensal. É exatamente neste ponto que a conta não fecha, ressalta o sindicalista Paulinho da Força, pois o governo vem atualizando as contas com valores abaixo da inflação, por meio da manipulação da Taxa Referencial (TR), índice utilizado na correção.
O jornalista Oscar Andrades lembra que em 2000, quando a inflação foi de 5,27%, o governo aplicou apenas 2,09% de atualização nas contas, situação repetida ao longo dos últimos anos. O valor que foi tirado do trabalhador em muitos casos chega a 82% do valor do fundo. Se forem considerados somente os dois últimos anos, a perda chega a 11%.
Esta não é a primeira vez que as contas do governo abocanham o dinheiro do trabalhador. Em 2001, após muita luta e uma marcha a Brasília, o movimento sindical conseguiu um acordo para que o governo pagasse as perdas no FGTS provocadas pelos Planos Collor I e Verão. Mais de 32 milhões de trabalhadores foram beneficiados pelo acordo.
Não exige nenhum esforço extra do raciocínio imaginar o que aconteceria com as contas do FGTS se o partido do governo que aí está não fosse dos trabalhadores.

No país da Copa do Mundo, fatos preocupantes mostram a paralisia de um Estado governado por ufanistas

(Ilustração - Mário Alberto)
Caos no horizonte – Oucho.info continua afirmando que o Brasil não tem qualquer condição para sediar a Copa do Mundo de 2014, decisão que representou um equívoco por parte da FIFA e uma irresponsabilidade pelo governo do então presidente Lula.
Não bastassem os muitos problemas existentes que há anos aguardam uma solução, o País vem registrando episódios que comprovam sua incapacidade para abrigar eventos de grande magnitude. Deixando de lado fatos que ocorreram há mais de uma semana, destacamos os que marcaram o noticiário nas últimas horas e que são suficientes para um contínuo sinal de alerta.
No domingo (26), traficantes que ainda atuam no Complexo de Favelas do Alemão provocaram atraso em evento esportivo na região por causa de intenso tiroteio em um dos morros locais, que chegou a atingir a cabine da polícia pacificadora. Ocupado por forças policiais e considerado pacificado pelas autoridades, o Complexo do Alemão ainda abriga o crime organizado. O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, parecia ter descoberto a pólvora quando classificou o tiroteio de “irresponsável” e “criminoso”.
Para fingir que tudo está bem na Cidade Maravilhosa, a polícia ocupará pelo menos quatro favelas para garantir a segurança do papa Francisco, que estará na cidade para participar da Jornada Mundial da Juventude.
Prefeito do Rio de Janeiro, o peemedebista Eduardo Paes deu mostras no final de semana que não está preparado para lidar com o contraditório. Em um restaurante da Zona Sul da capital fluminense, Paes, que jantava com a esposa e amigos, desferiu socos no rosto de um músico que lhe ofendeu. Não que o músico tenha agido corretamente, mas quem opta pela vida pública precisa ter doses mínimas de equilíbrio para lidar com críticas.
Em São Paulo, maior cidade brasileira, os criminosos continuam agindo deliberadamente, sem que as autoridades tomem qualquer medida prática para conter a onda de violência. Enquanto os bandidos cometem seus crimes, aterrorizando a população, o governador Geraldo Alckmin e o secretário de Segurança, Fernando Grella Vieira, não conseguem se entender. Nos últimos meses vem, São Paulo registrou preocupante aumento no número de latrocínios (roubo seguido de morte). Fora isso, a exemplo do que também acontece no Rio, disparou o número de estupros.
Em Salvador, um fiasco foi registrado em um dos palcos da Copa do Mundo. A cobertura da recém inaugurada Arena Fonte Nova rompeu. A construtora responsável pela obra do novo estádio soteropolitano alegou que o incidente ocorreu por causa do acúmulo de água da chuva. Ora, se a cobertura de ume estádio não suporta o peso das águas celestiais, o melhor a se fazer é fechar o Brasil para balanço.




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