DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 24-5-2013

COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Como Zavascki,
escolha de Barroso
é elogiada

A indicação de Luiz Roberto Barroso para o Supremo Tribunal Federal foi tão bem recebida nos meios jurídicos quanto a do futuro colega Teori Zavascki. Especialista em direito constitucional, é considerado muito preparado e independente, politicamente neutro, sem ligações partidárias. Foi convidado nesta quinta às 11h30 pela presidenta Dilma, em reunião no Planalto com o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça).

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Bye, bye, Berlim

Luiz Roberto Barroso iria em setembro morar em Berlim (Alemanha), onde seria professor sênior do Instituto de Estudos Avançados.

'Mercadada'

Alexandre Padilha (Saúde) brecou Aloizio Mercadante (Educação), que propôs bolsa para residentes que monitorarem médicos estrangeiros.

Discurso ufanista de Henrique Alves faz parecer que estamos no 1º mundo

É muito bom para a auto-estima do Brasil e dos brasileiros quando nossos políticos, em viagens ao exterior, lançam discursos que nos exaltam. Não há como não ficar com o peito e o espírito estufados de convencimento quando vemos, por exemplo, o presidente de nossa Câmara dos Deputados,  Henrique Eduardo Alves, a proclamar a importância de nossa ajuda para o restabelecimento da economia americana (que mesmo na crise tem crescido a taxas mais altas do que as nossas). Além do mais, na empolgação do discurso, o parlamentar nos promoveu de país emergente a potência consolidada. Nem se deu conta que com essa promoção o Brasil corre o risco de perder uma série de vantagens comerciais decorrentes do fato de ser ainda emergente. Leia o artifo do jornalista e embaixador Pedro Luiz Rodrigues.

NO BLOG DO NOBLAT

Dilma e PT são acusados de fazer propaganda eleitoral antecipada na TV

O Globo
A presidente Dilma Rousseff e o PT foram acusados pela Procuradoria Geral Eleitoral de fazerem propaganda eleitoral antecipada em programas de televisão em abril e maio deste ano, afirmou o Ministério Público Federal em nota nesta quinta-feira.
Na representação apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral, a vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, pediu a imposição de multa e a cassação do direito de transmissão de propaganda eleitoral em bloco, a que tem direito o partido, no próximo semestre.
A vice-procuradora considerou que é de conhecimento público que Dilma é pré-candidata à reeleição pelo PT e que houve evidente promoção pessoal nos programas veiculados nos dias 27 e 30 de abril e 2 de maio em espaço reservado à propaganda político-partidária, e não à propaganda de candidato eletivo.


Ordem católica pagará US$16,5 mi para abusados sexualmente

O Globo
Uma ordem da Igreja Católica concordou em pagar 16,5 milhões de dólares para mais de 400 adultos que disseram ter sido abusados ​​sexualmente quando crianças por líderes religiosos, anunciaram as partes nesta quinta-feira em declarações separadas.
As vítimas alegaram abuso em escolas e creches pertencentes aos grupos Christian Brothers e Christian Brothers da Irlanda em 17 Estados norte-americanos e no Canadá a partir de fim dos anos 1940 ou início dos anos 1950 até a década de 1980, disse James Stang, um advogado que representa os acusadores.



NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Futuro ministro do STF é um dos emblemas do pensamento politicamente correto; Dilma decide dar uma resposta aos “conservadores”

A questão que não quer calar é uma só — ou, agora, se me permitem, a “questão são duas”, a depender da velocidade com que as coisas avancem no Supremo: como Luís Roberto Barroso, o novo indicado para o Supremo (e certamente será aprovado pelo Senado), vai se comportar no caso do mensalão? O outro enigma é Teori  Zavascki. Fato número um, e vamos ver o peso que isto tem: há muito tempo ele é um dos prediletos de Márcio Thomaz Bastos para a o cargo. Bastos, como se sabe, é ex-ministro da Justiça e atual advogado de mensaleiro (José Roberto Salgado). Não se pode dizer, no entanto, que Barroso fosse o preferido do establishment petista. Havia outros à frente. Mas é certo que, numa dimensão, digamos assim, gramsciana, o partido não tem do que reclamar. Barroso é afinadíssimo com a metafísica petista e com os valores que o partido pretende transformar em imperativos categóricos.
Currículo, sem dúvida, ele tem. Inclusive no pensamento politicamente correto — ou politicamente engajado; já chego lá. Cumpre lembrar, antes de tudo, que Barroso foi a estrela da advocacia que atuou em favor do terrorista Cesare Battisti, “convocado” que foi para auxiliar Luís Eduardo Greenhalgh. Já escrevi o suficiente sobre esse caso, como sabem. Barroso faturou a causa por um voto, e o Brasil ficou com um bandido a mais à solta em suas plagas. UMA NOTA À MARGEM – Caso os mensaleiros não obtenham sucesso em sua empreitada, o futuro ministro do STF certamente não se alinhará com aqueles que pretendem evocar o Pacto de San José da Costa Rica, né? Afinal, a Corte Europeia de Direitos Humanos rejeitou os recursos de Battisti e declarou que ele havia tido, sim, à diferença do que se noticiou por aqui, amplo direito de defesa. Sigamos.
Barroso atuou ainda em favor da pesquisa com células-tronco embrionárias, união civil de homossexuais e do aborto de anencéfalos. Estivéssemos nos EUA, ele seria apontado como “um liberal”, segundo o vocabulário que se emprega lá. Aqui, o sinônimo é “esquerda”, eventualmente “progressista” na novilíngua que se passou a usar por aí.
Há que se destacar que, num momento em que os conflitos de valores se tornaram uma pauta quente no Brasil, Dilma escolhe um nome que, obviamente, vai na contramão dos, deixem-me ver como chamar, “valores tradicionais” — e, obviamente, nada tenho contra os “valores tradicionais”. Muito pelo contrário. Barroso é um dos mais vistosos emblemas do “progressismo” em matéria de direito. Mas, dados os nomes que andaram circulando por aí, afirmo: dos males, o menor…
O advogado é também o mais midiático de todos eles. Aos 55 anos, já pertence à geração que tem página na Internet, onde faz digressões sobre direito, poesia, música… A gente fica sabendo, por exemplo, que ele gosta de Beethoven, de Ana Carolina e de Taiguara. Tá bom.
Em sua página, o futuro ministro do Supremo opina sobre isso e aquilo — tanto que há lá uma seção chamada “opiniões”. No texto sobre o aborto de anencéfalos, escreve:
“A interrupção da gestação constitui tema controvertido em todas as partes do mundo. No Brasil, a questão da descriminalização do aborto ainda aguarda um debate público de qualidade e sem preconceitos. Porém, deve-se deixar claro que a antecipação terapêutica do parto não constitui aborto, à vista da falta de potencialidade de vida extra-uterina do feto.”
É… Uma das minhas especialidades é arrancar o glacê das palavras para me concentrar na substância. Qualquer um que diga que o debate sobre o aborto deve ser feito “sem preconceitos” é defensor do aborto. É claro que as pessoas têm o direito de ter esse ponto de vista. O que me incomoda é considerar que o outro só pode pensar de modo diferente por “preconceito” — classificação que busca, obviamente, desqualificar o adversário intelectual. Nota: “antecipação terapêutica do parto” é eufemismo detestável. O nome é aborto mesmo, terapêutico ou não.
Mesmo sendo um dos preferidos de Márcio Thomaz Bastos, não sei como Barroso se comportaria no caso do mensalão. Uma coisa é certa: ele é um das mais vistosas reputações do pensamento politicamente correto no Brasil. Pensem aí uma “causa progressista”, qualquer uma: Barroso será a favor. Ao nomeá-lo, Dilma certamente procurou dar uma resposta àquilo que as esquerdas chamam “onda conservadora no Brasil” — que, de resto, não existe. Mas agora existe um ícone para combatê-la…
Texto publicado originalmente às 17h45 desta quinta
Por Reinaldo Azevedo


NO BLOG DO CORONEL

O lobby de Lula pelo "bem" da África.

Nesta semana, em Brasília, Lula foi o palestrante de um evento patrocinado pela Confederação Nacional da Indústria, CNI, onde fez lobby para que empresas brasileiras invistam na África, que seria a grande fronteira do desenvolvimento. Lula une o útil ao agradável ao defender aquele continente. Posa como defensor dos pobres e lá pousa nos jatinhos de construtoras, empresas transnacionais e empreiteiras para fechar negócios para as mesmas, aproveitando-se do relacionamento desenvolvido com dirigentes, muitos deles notórios corruptos, daquele continente. Vejam, abaixo, do que a Vale do Rio Doce está sendo acusada em Moçambique.


Lula com o presidente do Moçambique: lobby.




Lula com crianças pobres do Moçambique: marketing pessoal

Ativistas internacionais e moradores de uma região de Moçambique acusam a Vale de violar os direitos humanos no país africano. A ONG Human Rights Watch. (HRW) publicou um relatório em que denuncia a empresa brasileira por reassentar populações em locais onde não há água e a comida, O grupo exige que a empresa e o governo brasileiro tomem providências para remediar os problemas.
Um dos países mais pobres do mundo, Moçambique vem atraindo bilhões de dólares em investimentos na exploração de seus recursos naturais - sobretudo, carvão e gás. O boom econômico levou ao deslocamento forçado da população local, em meio a protestos e acusações de que as empresas e o governo não cumpriram o que fora prometido. Além da Vale, o relatório - intitulado o que é urna casa sem comida - contempla outras companhias, como a anglo-australiana Rio Tinto e a indiana Jindal Steel.
A Vale ganhou contratos para explorar a província de Tete, em Moçambique. Mas, para conduzir seus trabalhos, foi obrigada a despejar 1,3 mil famílias de suas casas. Tete tem cerca de 23 bilhões de toneladas de reservas de carvão, na sua maioria inexploradas. A empresa brasileira, junto com o governo de Moçambique, reassentou essa população em outras regiões. Entre 2009 e 2010, essas famílias foram levadas para uma aldeia recém-construída. Passados dois anos, a população está em pé de guerra com a empresa. "Apontamos nossos direitos e necessidades. Mas eles (Vale) simplesmente vão-se embora e nunca mais voltam com uma resposta", disse Malosa, uma das mulheres reassentadas. "Mão temos comida e não temos dinheiro para comprar comida", acusou. 
Na avaliação da HRW, essas empresas "desenraizaram comunidades agrícolas" que, em. sua maioria, eram autossuficientes. Agora, estão em terrenos áridos longe dos rios. Nisha Varia, pesquisadora da Human Rights Watch, defende que o governo brasileiro deve "monitorar a conduta de suas empresas em Moçambique em relação aos direito humanos, exigindo que elas relatem publicamente os impactos nos direitos humanos das suas operações". 
Manifestações. Diante da frustração, os protestos ganham espaço. O primeiro ocorreu em janeiro de 2012, com 500 moradores da aldeia de reassentamento da Vale bloqueando a ferrovia que liga a mina de carvão da Vale ao porto da Beira. Novos protestos acabaram ocorrendo em abril e neste mês. "Não é possível culpar apenas o governo moçambicano", disse Maria Laura Canineu, diretora da HRW responsável pelo Brasil. "As empresas têm obrigação de dar assistência à população." A Vale reconheceu parte dos problemas e, segundo o documento, "assumiu o compromisso de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas". (Estadão)


Rose atuou para agilizar credenciamento de curso de medicina da mulher do médico do Lula.

Documentos reunidos pela sindicância do Palácio do Planalto revelam detalhes sobre como a ex-chefe de gabinete da Presidência em São Paulo Rosemary Noronha atuou para obter no Ministério da Educação (MEC) o reconhecimento do curso de Medicina da Univix, grupo de faculdades no Espírito Santo. A protegida de Lula conduziu o processo do início ao fim: recebeu o pedido para acelerar os trâmites no ministério, fez contato com o ocupante de um cargo de chefia e o encaminhou à autora do pedido, a médica Cláudia Cozer, mulher de Roberto Kalil Filho, médico particular de Lula e de Dilma Rousseff. O MEC diz que o curso ainda não foi reconhecido.
A atuação de Rose aparece numa troca de e-mails obtidos pela comissão de sindicância que identificou suposto tráfico de influência praticado pela ex-servidora. Em fevereiro e em junho de 2012, Cláudia Cozer repassou ao e-mail institucional de Rose o pedido feito por Eliene Gava Ferrão, diretora acadêmica da Univix. A diretora pedia a publicação de portaria com o reconhecimento do curso de Medicina, que tem apenas a autorização de funcionamento, desde 2005. "O processo encontra-se na Secretaria de Educação Superior para análise final", diz o e-mail da diretora da Univix. Rose, então, acionou Rogério dos Anjos Araújo, que exercia a Assessoria Parlamentar da Educação.
O e-mail ao chefe da Assessoria Parlamentar explica que o processo se encaminha para o fim. "A meu ver está tudo ok. Acredito que depende mesmo é do seu Chefe", escreveu Rosemary ao servidor do MEC. Um dia depois, em 20 de julho de 2012, a então chefe de gabinete da Presidência deu uma resposta a Cláudia: "Já estou com a resposta da Faculdade do ES. Quando puder liga. Bjokas (sic)." 
O curso de Medicina é o mais caro na Univix, que tem 16 graduações: R$ 3,98 mil, por mês. No fim de 2011, uma comissão do MEC visitou a instituição para analisar se determinadas obrigações assumidas com o ministério haviam sido cumpridas. O último ato burocrático para chancelar o curso, o seu reconhecimento, viria em seguida. Ao GLOBO, a diretora acadêmica da Univix confirmou o pedido a Cláudia. - O reconhecimento do curso foi aprovado, mas não saiu a portaria. Recorri a Cláudia para agilizar a publicação - disse Eliene. A diretora afirmou não ter feito o pedido a Cláudia em razão do marido ou da proximidade a Rose. Cláudia é endocrinologista de Rose.
Foi "ignorância", diz médica
Cláudia confirmou que repassou o e-mail da diretora da Univix a Rose, o que classifica como um ato de "ignorância". Roberto Kalil Filho, por sua vez, sustentou não ter "conhecimento nenhum sobre o assunto".- Kalil não tem nada a ver com essa história - disse Cláudia. O servidor que recebeu o pedido de Rosemary no MEC afirmou que a conhecia "apenas de vista" e que a solicitação de reconhecimento do curso de Medicina não foi atendida. Rogério dos Anjos deixou a Assessoria Parlamentar do ministério e assumiu, em março, a assessoria especial da Secretaria de Educação da cidade de São Paulo. - Não sei a quem ela se refere (quando cita um "chefe" no e-mail). De qualquer forma, a faculdade não cumpria os requisitos e o reconhecimento não foi aprovado - afirmou Anjos. O MEC informou que "não foi emitida qualquer portaria de reconhecimento". Procurada, a defesa de Rosemary não foi localizada pela reportagem. (O Globo)



NO BLOG DO JOSIAS

Novo ministro do STF: ‘classe política vive num mundo à parte, de poder e interesses pessoais’ 


Presidente do STF, Joaquim Barbosa ateou revolta nos meios políticos ao afirmar, há cinco dias, que o Brasil tem “partidos de mentirinha” e um Congresso “inteiramente dominado pelo Poder Executivo.” Indicado por Dilma Rousseff para ocupar uma cadeira no Supremo, o advogado Luís Roberto Barroso, disse coisa muito pior numa entrevista concedida há sete meses à repórter Andrea Michael.
Para Barroso, “a classe política vive em um mundo à parte, de poder e de interesses pessoais.” As alianças partidárias são feitas “sem base ideológica”. O eleitor “vota em candidatos e não em partidos”, num “modelo que está na raiz de boa parte dos problemas políticos brasileiros, inclusive os de corrupção e fisiologismo.”
O novo ministro será sabatinado no Senado nos próximos dias. Depois, assumirá a vaga aberta com a aposentadoria de Carlos Ayres Britto. Chegará em tempo de participar do julgamento dos recursos protocolados no STF pelos 25 condenados no julgamento do mensalão. Na entrevista de outubro do ano passado, Barroso disse: “Minha maior preocupação é com o pós-mensalão.” Ele indagou: “O que o Brasil vai extrair de positivo desse momento ruim para a política?”
Na opinião de Barrroso, manifestada numa fase em que o julgamento ainda não havia encerrado, “mais do que a condenação de pessoas, o processo do mensalão constitui a condenação de um modelo político que não vem de ontem.” Nos últimos 20 anos, disse ele, o Brasil avançou muito. Sob FHC, “conquistamos a estabilidade monetária, que foi um divisor de águas.” Sob Lula, avançou-se na área social, “com a ascensão de milhões de pessoas acima da linha da pobreza.”
A despeito de ter “muito a celebrar”, afirmou o novo ministro, o Brasil também tem o que lamentar. “Nem FHC nem Lula tentaram mudar o modo de fazer política no Brasil.” Como assim? “Para implementar sua agenda política, eles aderiram a esse modelo” viciado. No dizer de Barroso, é preciso “romper com essa tradição”. Uma tradição “que promoveu duas consequências negativas drásticas.”
Uma consequência nefasta “é o decolamento entre a classe política e a sociedade civil, que não se sente identificada com sua representação parlamentar.” A outra é a “criminalização da política.” Afora a “baixa representatividade” dos políticos, disse Barroso, “vivemos um momento em que as notícias são sobre o mensalão mineiro, o mensalão do DEM, o do PT, sempre flagrando casos de corrupção.”
Nessa matéria, Barroso não tem dúvidas: “Há um problema no sistema e, se não enfrentarmos isso, ficaremos sempre à espera do próximo escândalo.” Tomado pelas palavras, o novo ministro enxerga no Legislativo brasileiro uma instituição débil. “Tem-se falado que vivemos um momento de excesso de interferência e de atuação do Judiciário em instâncias antes dominadas pelo mundo político. A meu ver, vivemos um momento de escassez da boa política.”
Barbosa acredita que a solução da encrenca depende do empenho do inquilino do Palácio do Planalto. “Alguém precisa ter coragem e desprendimento para comprar essa briga.” Ele avalia que Dilma Rousseff “poderia ter condições de fazê-lo”. Porém, já desperdiçou a sua primeira hora. Agora, só “no início do próximo mandato.” Por quê? “Digo isso porque no início do mandato é que se tem o maior capital político.”
Do modo como está estruturado, afirmou Barroso, o modelo político brasileiro leva “pessoas de bem, que querem mudar o país”, a “negociar votos [ no Congresso] com aqueles que usam a política para fazer negócios particulares.” O agora ministro do STF acrescentou na entrevista de outubro que o país convive com um sistema político que “joga bons e maus no mesmo pântano.”
O custo das eleições, realçou o ministro indicado, “faz com que ninguém possa ter um projeto político sem um farto financiamento eleitoral. E é aí que o Brasil formal e honesto se aproxima do submundo em que há dinheiro de todas as origens.” De resto, “o sistema eleitoral não contribui para a governabilidade”.
Por que não? Como o presidente eleito sai das urnas sem maioria no Congresso, “o sistema eleitoral e o sistema partidário exigem que, depois da eleição, o ele precise compor essa maioria.” Uma maioria “que não vem do voto, mas da negociação caso a caso.” É quando “se misturam as negociações legítimas com fisiologismo, liberação de verbas e nomeações para cargos públicos que são providos sem concurso no Brasil.”
Evocando o mensalão, Barroso disse que enxerga no julgamento do caso “uma grande denúncia do modelo político-eleitoral brasileiro.” Usou uma metáfora forte: “É um grito por reformas.” Ou são feitas as mudanças ou “não há como entrar para a política sem pactuar com esse modelo baseado no dinheiro.”
Perguntou-se a Barreto o que mudou no entendimento do STF ao longo do julgamento do mensalão. E ele: “O Supremo, que sempre teve uma posição bem liberal e em defesa do acusado, principalmente do princípio de presunção da inocência, revela uma guinada um pouco mais dura e punitiva, superando, inclusive, alguns precedentes, como no entendimento de que não é mais necessário um documento assinado pelo acusado ou um ato oficial dele para que o crime de corrupção seja configurado.”
Prosseguiu: “Minha avaliação é que houve certo endurecimento do STF, talvez como resultado de uma interação com a sociedade. Não acho justa a afirmação de que o Supremo seja pautado pela sociedade, mas ele é permeável aos seus anseios. Há uma mudança de postura. Se isso vai ser bom ou mau, o tempo dirá.”
O tribunal foi técnico ou político? “É impossível um julgamento desse porte, com essas consequências, não ter uma dimensão política”, respondeu Barroso. “Mas os votos têm sido técnicos. No direito em geral, existem extremos em que há a certeza positiva, a significar que algo aconteceu, e há extremos em que há certezas negativas, quando é possível afirmar que algo nao aconteceu.”
Nesse contexto, filosofou o indicado de Dilma, “para o bem e para o mal, entre um extremo e outro, existem muitas possibilidades. E aí as interpretações dependerão da visão de cada um.” O país está ávido por conhecer a interpretação que Barroso dará aos recursos dos condenados do mensalão.

CNJ quer acionar judicialmente autoridades que dispunham de verba e não aplicaram em prisões

O Conselho Nacional de Justiça quer processar autoridades de 11 Estados que, mesmo tendo dinheiro em caixa, deixaram de investir na construção de novos presídios e na reforma de cadeias antigas. Desde 2011, o Departamento Penitenciário Nacional, órgão do Ministério da Justiça, teve de cancelar 39 contratos por falta de utilização das verbas. Voltaram para os cofres da União R$ 103,3 milhões.
O CNJ encomendou a abertura das ações judiciais em ofícios remetidos aos procuradores-gerais de Justiça e ao Ministério Público Federal nos seguintes: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Alagoas, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe, Tocantins, Goiás e Mato Grosso do Sul.
A decisão de requerer a abertura dos processos foi tomada em sessão plenária do CNJ realizada no último dia 14. Os ofícios seguiram para os Estados na terça-feira (21). E a notícia foi veiculada no site do Conselho nesta quinta (23). O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) e o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, foram informados.
Autor do voto que prevaleceu na sessão do dia 14, o conselheiro Jorge Hélio Chaves de Oliveira realçou o paradoxo do desperdício de verbas por Estados que convivem com prisões medievais: “Diante de um cenário tão calamitoso, é incompreensível que tais Estados tenham simplesmente abdicado dos recursos federais para melhoria das condições de vida em seus presídios.”
Presente à sessão, o ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF e também do CNJ, espantou-se com a cifra devolvida pelos Estados à União: “R$ 103,3 milhões seguramente resolveriam os problemas de dois ou três Estados. Deixariam [o sistema prisional] em condições civilizadas, pelo menos”, disse, evocando dados que obtivera em viagem que fizera ao Rio Grande do Norte no mês de abril.


NO BLOG UCHO.INFO

Ligado ao mensaleiro condenado José Dirceu, advogado Luís Roberto Barroso é indicado para o STF

Capítulo final – Chegou ao fim o suspense em torno do nome do substituto do ministro Carlos Ayres Britto, já aposentado, no Supremo Tribunal Federal. O indicado é o advogado constitucionalista Luís Roberto Barroso, que nos últimos apareceu em diversas listas de candidatos a uma vaga da máxima instância da Justiça brasileira.
Vencidas a enxurrada de especulações, a presidente Dilma Rousseff confirmou o nome de Barroso após reunião, nesta quinta-feira (23), com o ministro da Justiça, o petista José Eduardo Cardozo, que logo mais fará o anúncio oficial.
A cadeira de Britto Ayres estava vacante há aproximadamente seis meses, um dos mais longos hiatos da história recente do STF. Apenas a nomeação do ministro Luiz Fux, em março de 2011, consumiu mais tempo. À época, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva preferiu deixar para sua sucessora, a neopetista Dilma, a escolha do nome do substituto do ministro Eros Grau, aposentado em agosto de 2010.
Com participações destacadas em julgamentos do STF, como o das células-tronco e do terrorista italiano Cesare Battisti, Luís Roberto Barroso é próximo a integrantes da cúpula do PT, começando por Jose Dirceu, e do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Não causará surpresa se o caso do Mensalão do PT sofrer uma reviravolta.

Médicos cubanos: a conta simples que o governo teve preguiça de fazer antes do anúncio desastrado
Calculadora quebrada – Após anunciar a intenção de “importar” seis mil médicos cubanos, que na verdade são agentes do regime comunista da ilha caribenha, o governo de Dilma Rousseff, diante da reação da opinião pública e da classe médica brasileira, decidiu remendar o assunto. Na sequência surgiu a ideia de facilitar a entrada de médicos espanhóis e portugueses no País, para atender nas regiões mais carentes e remotas.
O tema não prosperou como o Palácio do Planalto esperava e por isso foi colocado em banho-maria, até que o governo encontre uma oportunidade de trazer ao Brasil os agentes cubanos disfarçados de médicos, cuja missão será a doutrinação dos mais desavisados e a espionagem.
A primeira utopia desse projeto do governo está no fato de que os “médicos cubanos” desconhecem a realidade do País e não falam com desembaraço a língua portuguesa, o que dificultaria o atendimento. Sem contar que o espanhol falado em Cuba é diferente daquele que se ouve no restante do planeta.
Muito se fala na excelência da medicina cubana, mas isso não ficou comprovado no tratamento a que se submeteu o finado caudilho bolivariano Hugo “Pajarito” Chávez. Ademais, ao fazer contas percebe-se que há algo mal contado nessa ópera bufa comunista. Considerando que a população cubana é de 11 milhões de habitantes, o governo dos irmãos ditadores Castro não enviariam ao Brasil 6 mil médicos, sem deixar na ilha pelo menos o mesmo contingente de profissionais da medicina para atender os nativos.
Pois bem, se essa hipótese que ora levantamos for a tradução da realidade da ditadura castrista, Cuba tem um médico para cada mil habitantes. O que para um regime obsoleto e decadente é um enorme avanço. Para se ter ideia da extensão da farsa, no Reino Unido o índice é de 2,7 médicos por cada mil habitantes. No Brasil, 1,95 médico por cada mil habitantes.
O grande equívoco do PT é a preguiça de combinar a mentira e desdenhar da capacidade de raciocínio de parte da população. Considerando que para “exportar” 6 mil médicos para o Brasil a ilha caribenha precisa ter pelo menos 12 mil profissionais da medicina, Cuba é o endereço do paraíso terrestre e ninguém avisou.

Truculento e autoritário, PT quer investigar adversários políticos, mas não aceita ser investigado

Duas medidas – Que a política é a arte da incoerência todos sabem, mas a desfaçatez petista ultrapassa os limites da ousadia. Preocupado em evitar mais danos à imagem do partido, o PT palaciano vem pressionando o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) para que não prospere o requerimento de criação da CPI da Petrobras. O avanço da proposta causaria um enorme estrago ao governo e principalmente à presidente Dilma Rousseff assim como a seu antecessor, o lobista fugitivo Lula.
O pedido, que contou com as assinaturas de integrantes da chamada base aliada, entre eles 60 deputados do PMDB, foi apresentado após a queda de braços travado com o líder da legenda, deputado Eduardo Cunha (RJ), e o Palácio do Planalto durante a polêmica votação da Medida Provisória 595, a MP dos Portos. A relação entre o governo e o PMDB vem se deteriorando rapidamente nas últimas semanas e pode chegar facilmente à irreversibilidade.
No contraponto, o PT vem insistindo para que a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprove a criação da CPI da Máfia do Asfalto, para investigar os desdobramentos da Operação Fratelli, da Polícia Federal, que flagrou um esquema criminoso de superfaturamento em pavimentação de rodovias no estado a partir de verbas de emendas parlamentares.
Na Alesp, o requerimento foi apresentado pelo líder da bancada do PT, deputado estadual Luiz Claudio Marcolino, que insiste que a comissão investigue licitações e contratos entre empresas ligadas ao empreiteiro Olívio Scamatti, apontado como chefe do esquema que desviou mais de R$ 1 bilhão, e o governo do Estado, no período de 2003 a 2013.
Em outras palavras, o PT quer investigar os adversários a qualquer custo, mas sequer aceita ideia de ser investigado. Nenhum parlamentar, na Câmara dos Deputados ou na Alesp, tem o direito de evitar que crimes sejam investigados, até porque esse não é o desejo da população, a quem esses doutos senhores (sic) devem satisfações. Um mandato não transfere ao eleito a prerrogativa de decidir contra os interesses da nação e da sociedade.

Governo continua embalsamando a crise econômica para garantir a reeleição de Dilma Rousseff

Enganação oficial – Diante de uma crise econômica que preocupa cada vez mais, o governo de Dilma Rousseff, a gerentona inoperante, continua chagando atrasado e sendo pontual na adoção de medidas. Os palacianos preferem combater isoladamente cada consequência, sem em nenhum momento se preocuparem com a causa. Essa estratégia absurda se deve à necessidade de blindar a campanha de Dilma pela reeleição. Ou seja, a ordem é manter defunto maquiado até a hora do sepultamento.
O aumento das tarifas de ônibus, metrô e trem metropolitano na cidade de São Paulo, a maior do País, deve causar impacto na inflação, mesmo com a decisão do governo de abrir mão do PIS e Cofins que recaem sobre o setor.
Essa saída é paliativa, pois no contraponto o dinheiro dessas duas contribuições faltará nos cofres oficiais e exigirá do governo, mais adiante, o desembolso equivalente. No momento em que o Planalto anuncia corte de R$ 28 bilhões no orçamento, não é preciso qualquer dose extra de raciocínio para perceber como serão de agora em diante os investimentos oficiais. Se até então eram pífios, ficarão ainda piores.
No vácuo de um acordo selado com o governo paulista e a prefeitura paulistana, o Palácio do Planalto conseguiu conter em patamares menores a elevação das tarifas de transporte público. O que não significa que as empresas que executam o serviço ficarão no prejuízo.
No âmbito dos ônibus municipais, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, já anunciou aumento do subsídio pago às empresas de transporte, que em 2013 será de R$ 1,2 bilhão. Em outras palavras, o estrago não virá na inflação do mês seguinte, mas de alguma forma aparecerá ao longo do ano.
Em relação ao metropolitano e aos trens, o governador Geraldo Alckmin terá de abrir os cofres paulistas e custear o Metrô e a CPTM, que pelo exíguo apertado não podem sequer sonhar com prejuízo.
Resta saber até quando o governo federal, que simplesmente ignora as mais básicas lições de planejamento, sustentará a mentira em que se transformou a tão festejada administração petista. Provavelmente, por causa desses desastrosos resultados é que Lula tem recebido tantos títulos de doutor honoris causa ao redor do planeta.
Enfim, como disse certa vez um conhecido comunista e filósofo de botequim, “nunca antes na história deste país”.










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