DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 15-5-2013

NO BLOG DO EGÍDIO SERPA


Operação guincho: a diferença


Um aviso aos cearenses proprietários de automóveis:

Faça tudo para não estacionar seu veículo em um local proibido em Fortaleza.
A AMC – autarquia metropolitana que cuida do trânsito de Fortaleza – começou a operação guincho.
Se, porém, você estacionar nas proximidades de restaurantes self service, fique tranquilo, mesmo se isso for proibido.
Os agentes da AMC não aparece nessas áreas, só os do Ronda do Quarteirão.
Assim, estacione e almoce com tranquilidade e plena segurança.

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Gilberto Carvalho terá de explicar
caso Rosemary no Senado Federal

Foto
MIN. GILBERTO CARVALHO
O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, terá de explicar no Congresso o caso Rosemary Noronha, amiga íntima do ex-presidente Lula que é acusada por tráfico de influência e enriquecimento ilícito. Rosemary chefiava o escritório da Presidência da República em São Paulo e usava o cargo para conseguir benefícios em órgãos públicos para agentes privados em troca de favores e dinheiro. A denúncia foi publicada na revista Veja, que também informou que a Casa Civil realizou uma sindicância para investigar o caso. O requerimento de convocação foi feito pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e aprovado em reunião nesta terça-feira (14)

Justiça condena
farra com cartões
corporativos

A juíza federal Vânia Hack de Almeida, de Porto Alegre, condenou o delegado Mauro Marcelo, diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) no primeiro governo Lula, e outros dez servidores (sete da Presidência da República), a devolverem mais de R$ 2 milhões gastos em despesas ilegais e abusivas, com cartões corporativos, em bares e restaurantes, aluguéis de carro, medicamentos, compra de DVDs etc.

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Tarda, mas não falha

A sentença decorre de ação popular movida em 2003 por Antonio Peni Beiriz, um advogado gaúcho indignado com a farra dos cartões.

Os excluídos

Dilma Rousseff, que era chefe da Casa Civil, e os ministros Antonio Palocci (Fazenda) e Paulo Bernardo (Planejamento) foram absolvidos.

PMDB agora
quer forçar
orçamento impositivo

Após colocar a faca no pescoço do governo na Medida Provisória dos Portos, o PMDB liderado por Eduardo Cunha (RJ) tenta aliciar votos utilizando desta vez métodos mais republicanos. A idéia é apresentar uma proposta que soa como música aos ouvidos da base aliada: aprovar o “orçamento impositivo”, obrigando a presidenta Dilma a liberar emendas parlamentares independentemente de negociação.

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Bicho vai pegar

Com descontentamento generalizado na Câmara, o PMDB garante já ter número suficiente para aprovar proposta de orçamento impositivo.

Valor do rateio

O Palácio do Planalto trabalha com a informação de que empresários do setor portuário “investiram” R$ 50 milhões para tentar desfigurar ou melar o texto original da MP dos Portos, para virar a “MP dos Porcos”.

Confusão na Câmara: deputado é
retirado do plenário por seguranças

O deputado Toninho Pinheiro (PP-MG) foi contido nesta terça-feira (14) por seguranças da Câmara após subir na tribuna para fazer um protesto durante a votação da MP dos Portos. Com uma faixa enorme nas mãos, o deputado tentou denunciar que “R$ 8,3 bilhões estão sendo retirados da saúde”. Quando o presidente da Casa, Henrique Alves, alertou o deputado que não era permitido esse tipo de manifestação, os seguranças imediatamente cercaram o parlamentar que começou a gritar: “Eu não sou mensaleiro. Vocês não podem fazer isso”.

São uns artistas

“Artistas” e palhaços não faltam, mas a Câmara dos Deputados realiza licitação para contratar “serviços de representações teatrais” em suas dependências, nos feriados, fins de semana e datas comemorativas.

Pensando bem...

...é na troca de insultos, como a de ontem na Câmara dos Deputados, que os políticos finalmente falam a verdade.


NO BLOG DO NOBLAT

Para Procuradoria, mensalão não anulou Reforma da Previdência

Carolina Brígido, O Globo
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou nesta terça-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer recomendando que a Reforma da Previdência, aprovada em 2003 pelo Congresso Nacional, não seja revogada por conta do mensalão. No ano passado, o PSOL entrou com ação direita de inconstitucionalidade pedindo que a reforma fosse anulada porque ela foi aprovada na mesma época em que o esquema ocorria.
A ação do PSOL chegou ao STF em dezembro do ano passado e foi sorteada para a relatoria da ministra Cármen Lúcia. Com o parecer do procurador-geral em mãos, ela vai elaborar um voto e submeter ao plenário do STF. Não há previsão de data para o julgamento.



NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

50 tons de fascismo – Em evento do PT a que Dilma comparece, Lula ataca e imprensa, e Falcão e Tarso Genro ameaçam o jornalismo livre; a presidente preferiu chutar a oposição e os pessimistas

É… Eles não estão para brincadeira. Se vão conseguir o que pretendem, isso não sei. Ontem foi a vez de Porto Alegre receber a caravana do PT para comemorar os 10 anos do partido no poder. A presidente Dilma Rousseff compareceu, o que é o fim da picada. Coisas assim, que eu saiba, são inéditas no mundo democrático. A razão é simples: como o pressuposto da democracia é a possibilidade de haver alternância no poder, partidos não comemoram a não alternância, ainda que tenha sido essa a vontade do eleitor. Mas vá lá. Isso é o de menos. Requer certo requinte teórico para ser percebido e um compromisso essencial e, ousaria dizer, ancestral com a democracia. Não era o caso ali de nenhum dos presentes. Lula discursou. E abusou da bobagem e da falta de lógica, mesmo quando se é Lula. Leiam esta fala, segundo transcreve Flávio Ilha, no Globo.
“Eles (a mídia e a oposição) vivem exilados dentro do Brasil. Não estão compreendendo o que está acontecendo no Brasil. Por isso estamos caminhando fortemente para que Vossa Excelência seja presidente por mais quatro anos”.
Lula se refere a Dilma. Leiam de novo. Ele não sabe o que é uma locução conjuntiva conclusiva. Mas as locuções conjuntivas conclusivas continuam a existir, a despeito de sua ignorância. Vejam lá. Para o Apedeuta, a “mídia” e a oposição não compreendem o que acontece no Brasil. E então conclui: “por isso” Dilma será reeleita. A constatação inescapável: caso mídia e oposição tivessem, então, a devida compreensão, a presidente estaria enfrentando mais dificuldades… Como expressão da realidade, isso não faz sentido. No terreno da vigarice política, a fala se explica: o chefão do PT quer empurrar a imprensa para o terreno dos “derrotados” eleitorais — exceção feita, é evidente, aos veículos que puxam o saco do partido.
Rui Falcão, presidente nacional do PT, com a graça habitual e o pensamento sofisticado que tão bem o caracteriza, exibiu ao menos uma virtude: não tentou enganar ninguém. Pregou abertamente o controle da imprensa:
“Nossa missão fundamental é a reeleição da presidente Dilma, para que consolidemos nosso segundo grande salto e tornemos determinadas conquistas irreversíveis. Considero que as opiniões não podem ser de pensamento único dos grandes meios (de comunicação) monopolizados. Não é censura, mas não há como aprofundar a democracia com os conceitos dos proprietários e dos acionistas de jornais”.
Voltei
Entendi. Se é impossível “aprofundar a democracia com os conceitos dos proprietários e acionistas dos jornais”, entendo que essa consolidação terá de se dar sem eles, certo? Talvez Falcão tenha em mente, assim, uma coisa à moda venezuelana, equatoriana ou argentina…
Tarso Genro, governador do Rio Grande do Sul, o poeta do sêmen derramado, não se conteve:
“A oposição está sem rumo e sem projeto. E, quando a direita está sem projeto e se vê perdida, apela para a desconstituição da democracia até com atos de força ou para a manipulação da opinião pública por meio de grandes grupos monopolistas de mídia. Tenho certeza que vamos avançar porque estamos bem liderados”.
Comento
Alguém poderia me reportar algum ato “da direita” de “desconstituição da democracia” nos dias de hoje? Que eu saiba, quem está tentando cassar prerrogativas do Supremo Tribunal Federal é o PT. Quem saiu vociferando contra uma pobre blogueira cubana, impedindo-a de falar, foi o PT.
“Grupos monopolistas”? Onde está o monopólio? De quê? Especialmente em tempos da Internet, quem é dono da opinião? O PT, sim, se esforça par encabrestar a opinião. Todo mundo sabe que o dinheiro público, por meio de estatais e da administração direta, financia uma rede de difamação na Intenet, cuja tarefa é falar bem do partido e de seus aliados e difamar a oposição e a imprensa independente.
Digamos que a imprensa fosse mesmo antipetista… É mentira! Na média, vocaliza o pensamentos da esquerda, vamos dizer, “modernizada”. Insisto na hipótese: ainda que fosse, o PT ficará pelo menos 12 anos no poder, com boas chances de emplacar mais quatro anos. Ora, não é o próprio Lula a dizer que essa imprensa está “exilada”, a sustentar a sua irrelevância, a garantir que ela quer uma coisa, e o povo, outra? Logo, controlar o quê e pra quê?
É aí que bate o velho espírito totalitário, a única herança genuinamente esquerdista que os petistas conservaram: eles não querem crítica nenhuma. Eles querem silenciar os adversários — extingui-los se possível. Mas a imprensa é essa adversária? Ora, o jornalismo que se preza é inimigo não do PT, mas do autoritarismo.
Finalmente, Dilma
A presidente não fez bonito duas vezes: ao comparecer ao evento, absurdo em si, e ao fazer um discurso que ecoa, vejam que curioso!, a antiga linha dura do Regime Militar. Leiam a sua fala:
“Fazem o papel de pessimistas sistemáticos. Ao contrário deles, a visão sobre o Brasil é muito mais realista porque percebe o imenso potencial que temos. Fomos o país que durante a crise mais emprego criou no mundo, fato reconhecido pelo FMI. Um dos pratos prediletos de crítica é a fragilidade da Petrobras. Mas é extraordinário que (a estatal) tenha captado US$ 11 bilhões no mercado internacional a taxas baixas, o que é um reconhecimento à força da Petrobras.”
A presidente se referia às oposições daqui e à suposta visão que os estrangeiros têm do Brasil. Como esquecer o lema com que a linha dura militar tentou desmoralizar “os pessimistas” durante a ditadura? Vai a imagem:
Caminhando para a conclusão
Os petralhas me enviam dezenas de mensagens, todos o dias, me convidado cair fora do Brasil: “Se você não gosta do país, cai fora”.  Sim, sim, Dilma também reclamou da imprensa, com menos contundência.
Não, um evento dessa natureza não seria possível em nenhuma democracia do mundo. Tampouco um presidente se reuniria com seu antecessor e correligionário, em companhia da cúpula do partido, para demonizar a oposição e a imprensa, tratadas como sabotadoras do país.
É o comportamento desses luminares na democracia que nos dá uma pálida ideia do que teriam feito se tivessem sido bem-sucedidos (eles próprios ou seus antecessores ideológicos), no passado, em seu esforço de instaurar o Brasil uma ditadura comunista.
O fascismo, a exemplo do socialismo, não existe mais como ideia pura. Ambos foram ganhando, com o tempo, novos contornos. Acima, vão alguns dos tons do fascismo — ou do socialismo, tanto faz; eram irmão siameses.
Os donos de jornais que se cuidem. O presidente do PT está tornando a ameaça mais ampla. Se alguém acha que eles se contentariam apenas em dividir as Organizações Globo, eis um ótimo momento para renunciar à inocência. A famigerada Lei Falcão, aquele ministro do regime militar, seria brincadeira de criança perto de uma que seguisse os voos teóricos do Falcão do PT.
Por Reinaldo Azevedo


As mentiras oficiais no leilão bem-sucedido para a exploração de petróleo. Ou: O PT provocou um atraso de cinco anos no setor

Oposição faz falta às democracias. Sem aquela, estas vão virando ditaduras do consenso ou da mentira. O governo comemorou com foguetório o sucesso do leilão de novas áreas para a exploração de petróleo. “Recorde”, gritou-se. Sem dúvida! Leiam o que a VEJA.com informou. Volto em seguida.
Após cinco anos sem fazer nenhum leilão, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) começou nesta terça-feira a 11ª Rodada de Licitações. Em seu primeiro dia de licitações, a agência já arrecadou 2,8 bilhões de reais, um novo recorde. O valor supera o recorde anterior, de 2,1 bilhões de reais, da 9ª rodada de concessões realizada em 2007, e superou com um dia de antecedência a meta inicial de que o montante somasse entre 2 bilhões de reais e 2,5 bilhões de reais. A ANP já licitou áreas nas bacias de Parnaíba, Foz do Amazonas, Barreirinhas, Potiguar, Espírito Santo, Ceará e Pará-Maranhão.
Empresas como Petrobras, OGX, Petra Energia, Ouro Preto, Queiroz Galvão e as estrangeiras Total, BP, BHP Billiton, Galp e BG apareceram como as principais vencedoras das disputas. O maior lance na primeira parte do leilão foi feito pelo consórcio formado pela francesa Total, a britânica BP e a Petrobras, por um bloco na Foz do Amazonas: 345,9 milhões de reais. A concessão dos oito blocos ofertados na região custou, no total, mais de 750 milhões de reais.
Na avaliação do governo, o intervalo de cinco anos desde a última licitação de áreas de exploração fez com que houvesse uma valorização das áreas que estão sendo ofertadas. “Nunca vimos nada parecido”, disse o secretário de Petróleo do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Martins Almeida, em entrevista à Reuters, durante o leilão.
Voltei
Pois é… E por que o governo ficou cinco anos sem fazer leilão nenhum? Ah, porque a palavra de ordem era substituir o antigo modelo de concessões pelo de partilha, que passou a vigorar no caso do pré-sal. E o país ficou parado, sem fazer leilão nenhum. Agora fez. E, por incrível que pareça, seguiu o mesmo modelo que vigorava no governo FHC: o de concessão. As empresas se interessaram e pagaram um ágio grande. Essas áreas licitadas ontem não têm nada a ver com o pré-sal, mas um modelo contaminou o outro.
E como a governo justifica esses cinco anos sem fazer contrato nenhum? Ah, diz que foi até bom porque, assim, as áreas de valorizaram. É embromação! O sucesso do leilão de ontem esconde cinco anos de atraso.
Por Reinaldo Azevedo


NO BLOG DO CORONEL

PGR mira Padilha por fraude em convênios.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, avalia a abertura de um inquérito para investigar suspeitas de irregularidades na Fundação Nacional de Saúde (Funasa) que envolvem o ministro Alexandre Padilha, um dos nomes do PT cotados para disputar o governo do Estado de São Paulo nas eleições do ano que vem.
Dois convênios da Universidade de Brasília (UnB) com o Departamento de Saúde Indígena firmados em 2004 são alvo da investigação. Naquela época, Padilha comandava o órgão da Funasa e teria mantido repasses de dinheiro público para a UnB mesmo após a identificação de fraudes nos serviços.
"O atual contexto probatório dos autos indica que Alexandre Padilha possuía significativo poder de decisão sobre a política de terceirização da Funasa por via de convênios e que, efetivamente, em uma reunião ocorrida na Casa Civil da Presidência da República, foi decidida a manutenção do convênio, nada obstante as notícias de irregularidades, inclusive de falta por inexistência de serviços pelos quais houve o pagamento resultando num prejuízo de pelo menos R$ 300 mil", afirma relatório do Ministério Público no Distrito Federal.
O documento associa o agora ministro a um "complexo esquema voltado para o desvio de verbas públicas da Funasa, por intermédio de convênios e subcontratações de fundações" e que foram feitos para driblar a Lei de Licitações. O suposto esquema envolvia uma triangulação com a Fundação Universidade de Brasília (FUB), destinatária final do dinheiro.
"Não é crível e foge a qualquer raciocínio lógico imaginar que a FUB, sediada nesta capital federal, teria condições técnicas e finalidade institucional para desenvolver todas as ações de saúde indígena demandadas pelas comunidades xavante e ianomâmi", afirmam os procuradores do Distrito Federal que investigaram o caso até agora. (Informações do Estadão)


NO BLOG UCHO.INFO

Pescaria política: MD pede que Comissão de Ética da Presidência analise conduta do ministro Crivella

Isca no anzol – O líder da Mobilização Democrática (MD) na Câmara, deputado federal Rubens Bueno (PR), ingressa nesta terça-feira (14) com pedido para que a Comissão de Ética Pública da Presidência da República analise a conduta do ministro da Pesca, senador Marcello Crivella (PRB-RJ), que estaria usando a pasta para a cooptação em massa de representantes de pescadores para o seu partido. “Há indícios de uso da máquina estatal em benefício do partido do ministro e nossa função é pedir, imediatamente, uma apuração do caso”, afirmou o deputado, que após a fusão do PPS com o PMN comanda a bancada da MD no Congresso.

Reportagem divulgada na segunda-feira (13) pelo jornal “O Globo” afirma que Crivella está filiando ao PRB líderes sindicais ligados ao setor pesqueiro. Um dos atraídos na rede do ministro é presidente da Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores (CNPA), Abraão Lincoln, que agora, além de acompanhar o cadastramento dos pescadores em todo o país para o recebimento do seguro-defeso, o chamado “Bolsa Pesca” – também se tornou, no último dia 20, presidente do PRB do Rio Grande do Norte.
A reportagem aponta ainda que, no fim de 2012, o presidente da Federação de Pescadores de Rondônia, Hélio Braga, filiou-se ao PRB. “E nos próximos dias deve também se filiar à sigla a presidente da Federação de Pesca de Alagoas”, registra a matéria, que também questiona o compartilhamento da agenda no ministro Crivella com seu projeto “Cimento Social”.
O pedido de investigação
No texto da representação, que será protocolada ainda hoje, o líder da MP argumenta que o Código de Conduta da Alta Administração Federal estabelece que uma das finalidades das regras de conduta é estabelecer regras básicas sobre conflitos de interesses públicos e privados. “Ainda que a atividade político-partidária não seja considerada, propriamente, uma atividade profissional, há uma suspeita de utilização do cargo do Ministro para vitaminar seu partido político, em um claro conflito de interesses”, diz trecho da representação do deputado Rubens Bueno.
No pedido de investigação, o parlamentar ressalta ainda que o artigo 3º do código estabelece que “no exercício de suas funções, as autoridades públicas deverão pautar-se pelos padrões da ética, sobretudo no que diz respeito à integridade, à moralidade, à clareza de posições e ao decoro, com vistas a motivar o respeito e a confiança do público em geral”.
Na avaliação do líder da MD, os padrões éticos de conduta não estão circunscritos a atividades de caráter profissional. “O que se exige da autoridade pública é a observação daqueles padrões entre todas as atividades públicas e privadas, de modo a prevenir eventuais conflitos de interesses. Inclui-se aí, portanto, as atividades político/partidárias”, reforça Bueno.
O deputado argumenta também que não pretende, nem mesmo de longe, sugerir que um Ministro de Estado não possa exercer atividade político-partidária, até porque quase a totalidade dos ministros, em qualquer governo, são políticos. “Entretanto, não se mostra compatível com os padrões éticos que regem as regras de conduta das autoridades públicas a utilização do cargo para a defesa de interesses partidários”, pondera o líder da MD.

Imprensa amestrada continua fazendo jornalismo de encomenda para atender aos desejos do PT

Covardia explícita – Nada existe de pior no jornalismo do que um veículo de comunicação que se rende às imposições do poder, não sem antes passar no caixa oficial com regularidade. Apontar as mazelas do Estado, como um todo, é obrigação de qualquer profissional do jornalismo que encara o ofício com seriedade e coerência, mas é preciso levar ao cidadão uma análise ampla dos fatos, especialmente porque o Brasil é uma barafunda política que funciona à base de um jogo sórdido de interesses.

Há instantes, a Vênus Platinada levou ao ar em um dos seus telejornais uma matéria sobre a superlotação do Metrô paulistano, com direito a imagens registradas dentro dos trens. Enquanto realizada na seara do Metrô, a matéria foi tão insossa que mais parecia um encontro forma de diplomatas. Na bancada do jornal, a reportagem exibiu o seu viés de encomenda, uma vez que o PT continua sonhando com o Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista.
Como informar ao telespectador é o que se pode chamar de “chover no molhado”, o apresentador do telejornal, cumprindo ordens superiores, decidiu comparar o Metrô paulistano com os de Nova York e da cidade do México. De chofre é preciso lembrar que o Brasil nem de longe é os Estados Unidos ou o México.
Se o objetivo fosse apenas levar ao ar uma matéria jornalística, a emissora deveria ter comparado também o perfil dos governantes dos países citados. Partindo da premissa de que a meta era achincalhar o governo do tucano Geraldo Alckmin, a reportagem pecou pela essência tendenciosa.
Em Nova York, o Metrô funciona com certa tranquilidade porque os governantes norte-americanos sabem o que é planejamento e não transformam a população em massa de manobra política durante todo o tempo.
Governar um país qualquer exige experiência e, pelo menos, rasos conhecimentos de planejamento. Acreditar que a governança é um painel extenso e complexo e que ao apertar qualquer um dos botões surgirá a solução é sinônimo de ignorância irreversível. Quando decidiu gerar empregos, como forma de garantir uma irresponsável e criminosa bolha de consumo, o messiânico Lula não considerou o impacto que esse movimento causaria nas grandes cidades brasileiras.
Do transporte público à produção de lixo, tudo aumenta proporcionalmente com o consumo e a geração desordenada de postos de trabalho, mas os palacianos preferiram dar as costas ao óbvio para garantir a eleição da “gerentona inoperante” Dilma Rousseff, que agora tenta escapar do tiroteio da inflação. Em apenas dois anos (2008-2010), o número de passageiros do Metrô da cidade de São Paulo cresceu 70%. E não há como o transporte público absorver, sem planejamento sério e consistente, uma repentina disparada de demanda, principalmente porque ampliar o Metrô não se resume a comprar mais alguns vagões de trem.
Fazer jornalismo superficial para esconder uma encomenda é muito fácil e rende fortunas, mas não é esse o caminho para se levar uma nação ao desenvolvimento contínuo e equilibrado. Para isso é preciso que os jornalistas e as empresas de comunicação não tenham medo de apontar o dedo na direção do equívoco oficial, mesmo que isso resulte em retaliações. Afinal, é melhor o sono dos justos em uma cama humilde do que uma noite de insônia dentro do cofre.

Lula ressurge na esteira da mitomania e culpa a imprensa pela fuga de investimentos no País

(Foto: Filipe Araújo - Agência Estado)
Face lenhosa – Indiscutivelmente um animal político, o ex-presidente Luiz Inácio da Silva começa a afrouxar a fantasia de fugitivo da imprensa e participa de eventos públicos destinados a simpatizantes. Em evento na cidade de São Paulo, na segunda-feira (13), Lula disse que a imprensa é responsável pela fuga de investimentos no País. Habituado a culpar a mídia pela inoperância dos governos do PT, Lula torna-se enfadonho e pouco criativo ao repetir a cantilena visguenta que não encontra mais espaço na seara em que predomina o óbvio.
Os investidores estrangeiros mudaram o destino do dinheiro porque o Brasil tornou-se pouco confiável por causa da persistência da crise econômica e pela incapacidade de enfrentamento por parte do governo. Lula é um falastrão profissional e pode falar o que bem quiser, pois só a sua amestrada claque é que irá aplaudi-lo, mesmo diante de sandices. O que não se pode aceitar é que os veículos de comunicação sejam culpados pela incompetência que marca os quadros do PT e a passagem da legenda pelo poder central.
Lula afirmou que a imprensa brasileira erra ao apresentar o Brasil de forma negativa, o que, de acordo com o petista, estaria comprometendo o fluxo de investimentos para o País. O ex-metalúrgico sabe muito bem que essa fuga de capitais internacionais se deve à situação do País, que só não é revelada de forma isenta porque parte da imprensa passa regularmente pelo Palácio do Planalto, sem contar os pagamentos direcionados feitos a alguns profissionais da comunicação com dinheiro de origem não tão ortodoxa.
Sempre apoiado em alguma declaração galhofeira, o que serve para criar uma cortina de fumaça diante do óbvio, Lula disse que o acusam de lobista. “Tem um jornal que está tentando agora me transformar num lobista. Não é fantástico? “Não sou lobista, não sou conferencista, não sou consultor”, declarou o ex-presidente. Nove entre dez pessoas de bom senso sabem que empreiteiras não contratariam a peso de ouro, apenas por diletantismo, palestras de político acusado de ancorar o maior escândalo de corrupção da história nacional. De igual modo, essas empresas não patrocinariam sem interesse viagens internacionais de um ex-presidente que mandou pelo ralo do cotidiano uma década e colocou sobre o fio da navalha a economia brasileira.
Incapaz de sustentar as próprias palavras, Lula, ao falar sobre o custo de suas palestras, preferiu fugir do tema, mas deixou claro que mentir é sua especialidade. “Cobro caro e não digo quanto cobro. Se quiserem saber quanto eu cobro, me contratem”, afirmou.
Lula é um misto de néscio com espertalhão que só arranca aplausos daqueles que o adulam diuturnamente. Ainda devendo ao povo brasileiro explicações sobre escândalos de corrupção, começando pelo Rosegate, Lula continua agindo de forma covarde ao recusar o convite do editor do ucho.info para um debate de duas horas ou mais. Para que o ex-presidente não comete a leviandade de afirmar que somos intransigentes, o editor concorda que o petista utilize todos os recursos que entender necessários, inclusive assessores.




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