DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 13-4-2013

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Precipitação pode ser fatal para Dilma

Falta experiência política a  Dilma Rousseff e, pelo jeito e pela primeira vez, os conselhos do Lula deixaram de dar certo. Porque não era hora de botar a procissão na rua, a  um ano e sete meses da eleição. Melhor faria se estivesse cuidando da performance de seu governo, com menos viagens pelo país e mais planejamento em Brasília para enfrentar questões prementes como a alta do custo de vida, o retorno da inflação  e a seca no Nordeste. Menos para ser vista, mais para ser respeitada em 2013, a presidente desperdiça um ano de trabalho. Sem esquecer que toda campanha desgasta e aumenta o percentual de atritos, política e até fisicamente para quem já passou dos 60 anos. Acresce que nem todas as peças encontram-se dispostas no tabuleiro. Adiantará, para Dilma, sabotar o governador de Pernambuco, se o verdadeiro adversário for Aécio Neves? E se Marina Silva surpreender? Leia mais no artigo do jornalista Carlos Chagas.

Jovem casal em
jato da FAB intriga 
os gaúchos

Com a presidenta Dilma e seu possante Airbus 319 já na cidade, um outro avião da FAB, em geral usado pelo vice-presidente, chegou a Porto Alegre levando apenas um jovem casal como passageiros. Indagada sobre a identidade deles, a assessoria do Palácio do Planalto, nervosa, sugeriu que a pergunta fosse feita à Aeronáutica: “O avião é deles, ué, do mesmo jeito que você ligou aqui, você liga lá”.

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Segredo de Estado

O Grupo de Transportes Especiais da FAB não dá informações sobre integrantes das comitivas de Dilma, alegando “questões segurança”.

Fenômeno presidente

Dilma quer José Maria Marin fora da CBF, adoraria ver Leonardo no cargo, mas concorda com a sugestão de Josef Blatter: Ronaldo.

Quem deve, teme

O Tribunal de Contas da União publicou resolução ontem no Diário Oficial blindando seus ministros de divulgar motivo e destino de viagens feitas com dinheiro do contribuinte. Eles podem gastar até R$ 53 mil.

Quase o dobro

A Capricórnio S/A, que vende mochilas, ofereceu 137.000 cisternas de polietileno a Codevasf, do Ministério da Integração, a R$ 5.680 a unidade, e foi declarada vencedora da licitação. O DNOCS, do mesmo ministério, pagou 40% menos pelo mesmo produto: R$ 3.510.

Ministério da Integração conta lorota,
ao tentar explicar licitação de cisternas

Foto 
PERNAS CURTAS: NO SITE DO GOVERNO, AO CONTRÁRIO DO QUE INFORMA O MINISTÉRIO, A VENDEDORA DE MOCHILAS GANHOU E ESTÁ HABILITADA
A coluna Claudio Humberto revelou nesta sexta-feira (12) que a empresa Capricórnio S/A venceu licitação para instalar 137 mil cisternas no Nordeste, no valor global de R$ 780 milhões, mesmo sendo uma firma especializada em outro ramo: a venda de uniformes e mochilas escolares. Em nota, o Ministério da Integração Nacional garantiu que o consórcio mencionado foi inabilitado. Mas não é o que informa o portal ComprasNet, do Governo Federal, onde consta que a Capricórnio S/A foi “aceita e habilitada”. O edital foi publicado às vésperas do carnaval e o pregão foi presencial e não eletrônico, onde as fraudes são dificultadas. Uma empresa concorrente, a Compecc Engenharia, ingressou com recurso enumerando várias irregularidades.

Ops, Carvalho!

O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência) criticou os programas do próprio governo, atribuindo a onda de crimes de menores à “discriminação e falta de oportunidades aos negros”.

Cheiro de encrenca

Deputados estão preocupados com pegadinha do programa de humor CQC, que colocou uma garota com um gravador escondido para se insinuar e entregar currículos a políticos. Descoberta, a moça foi levada por seguranças da Câmara para depor.

Pensando bem...

...a inflação do tomate aumenta o pepino do governo.


NO BLOG DO NOBLAT

PT minimiza abertura de inquérito para investigar Lula no mensalão

Lideranças do partido chegaram a considerar o caso uma ‘notícia velha'
O Globo
Reunidos no diretório nacional do PT, as lideranças petistas tentaram minimizar, nesta sexta-feira, a abertura de um inquérito da Polícia Federal (PF) para investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A cúpula do partido não discutiu o assunto e, aos repórteres, as lideranças chegaram a considerar o caso uma "notícia velha".
- A investigação é sobre se a campanha do presidente Lula teve utilização de caixa dois e não é uma investigação sobre o presidente Lula - disse o presidente nacional do PT, deputado Rui Falcão, em entrevista na sede do partido em São Paulo.



Para especialistas, aumentar punição a menor é paliativo

Gilberto Carvalho diz que governo é contra projeto de Alckmin
O Globo
Uma reforma do Estatuto da Criança e do Adolescentes (ECA) para aumentar a punição a menores infratores que cometem delitos graves é uma medida paliativa e não tem efeito prático na redução da criminalidade. A opinião é de especialistas em segurança pública e direitos da criança e do adolescente ouvidos pelo GLOBO.
O debate sobre esse tema foi retomado nesta semana, após o universitário Victor Hugo Deppman, de 19 anos, ter sido assassinado na porta de casa, na capital paulista, por um jovem de 17 anos durante um assalto. O menor praticou o delito dois dias antes de completar 18 anos. Nesse caso, a lei atual estabelece como punição a internação por três anos.








Este ano, 600 jornais no mundo devem ter cobrança de conteúdo

O Globo
Um dos principais temas tratados no encontro semestral do Grupo de Diarios América (GDA), que este ano aconteceu no Rio, foi o conteúdo pago na internet. Até o fim deste ano, ou no máximo em 18 meses, todas as versões digitais de ao menos 600 jornais no mundo deverão ter um paywall — método pelo qual os leitores acessam determinado número de matérias no site e depois pagam para continuar lendo.
A previsão é do americano Ken Doctor, analista de novas indústrias, autor do livro “Newsonomics”, que lista as tendências do jornalismo na era digital, e um dos palestrantes do encontro.
— Estamos no momento do “cross-over”, da busca de um delicado equilíbrio entre o jornal de papel e sua versão digital — disse Doctor.
Para ele, os jornais de papel vão prosseguir existindo, mas é preciso investir em novas estratégias para capitalizar os novos leitores on-line.
— O paywall é apenas uma peça desse quebra-cabeças — explica Doctor. — Os jornais devem aproveitar a internet para reforçar o senso de comunidade que sempre tiveram, de se reconectar emocionalmente com seus leitores. Sim, porque a relação dos leitores fiéis a um jornal, dos consumidores fiéis a uma marca (os chamados core consumers) é de cunho emocional.
Para atingir tal fim, contam-se entre as novas ideias criar eventos envolvendo o jornal; investir em marketing de conteúdo; e, em vez de oferecer assinatura, tornar o leitor um membro da comunidade do site noticioso, integrando-o mais a ela com promoções e ofertas.


Na Venezuela, candidatos disputam país que sustenta 40% dos eleitores

Eleição de domingo é a primeira em duas décadas sem Chávez na cédula de votação
José Casado, O Globo
Ele morreu há um mês, considerando-se o anúncio oficial de 5 de março. Em Caracas, no entanto, parece mais vivo do que nunca, pois não há uma quadra na cidade sem algum registro em memória de Hugo Chávez.
Um passeio de meia hora por avenidas e principais ruas suburbanas é revelador: grafites, pinturas toscas, murais ladrilhados e outdoors nas fachadas dos prédios públicos multiplicam-se em fusão com a paisagem. Sugerem que, uma vez morto, Chávez conquistou em definitivo algo desejado por todo político vivo: a onipresença. 
Ele paira na disputa por sua sucessão e, como em vida, mantém o país dividido. São 19 milhões os venezuelanos aptos para votar no domingo. É a terceira eleição no espaço de seis meses - um recorde.
Elegeram um presidente em outubro. Renovaram o Legislativo e os governos estaduais, em dezembro. O presidente eleito morreu em março. A eleição de domingo é a primeira em duas décadas sem Chávez na cédula de votação. Mesmo ausente, todos continuam se movendo em torno dele.


Ex-presidente da Alemanha é indiciado por corrupção

O Globo
O ex-presidente da Alemanha, Christian Wulff, foi indiciado nesta sexta-feira pela promotoria de Hannover. Wulff, obrigado a renunciar em fevereiro de 2012, foi acusado de suborno pelo produtor cinematográfico David Grönewold, quem era amigo próximo do ex-presidente. Ele é suspeito de ter tido as despesas pagas em um hotel por Groenewold, em troca de seu apoio para um projeto de filme. É a primeira vez que um chefe de Estado é processado na Alemanha, o que gerou muita expectativa sobre o julgamento. 


Que país é este? (Petrobrás desmente notícia para depois confirmá-la)

...onde a presidente da principal empresa estatal do país, a Petrobrás, desmente notícia dando conta do atraso no cronograma de cinco das sete plataformas programadas para entrar em operação este ano, e, um dia depois, reconhece que há "descolamentos" de prazo nos sete projetos.
Disse Graça Foster ao O Globo:
- A cada mês, a cada trimestre, a cada ano o progresso [das obras] é esse, segundo a curva de produção. E você tem o desempenho físico, a obra acontecendo como ela é. Há descolamentos [entre um e outro] sim. Nos confirmamos a curva de produção com essas unidadas [as plataformas] entrando em operação, umas com mais celeridade, com menor risco, e outras com risco maior. São riscos administráveis.
Vocês entenderam?
Embromação! Das mais flagrantes.
Troque "descolamento" por "atraso" que fica mais fácil de entender.




NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Conforme previ – Ministro silencia sobre morte de Deppman, mas defende legislação que protege assassinos

Ele não quer mudar nada na legislação: em defesa da lei que protege infratores e silêncio sobre a morte de Victor Hugo Deppman
Podem não gostar de mim, e muita gente não gosta — não sou mesmo um doce de coco —, mas é difícil negar que eu os conheça como a palma da mão. Num post desta manhã, escrevi escrevi o que vai em azul:
Ouvem este silêncio ensurdecedor?
É da ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, diante do corpo de Victor Hugo Deppman.
Ouvem este silêncio ensurdecedor?
É do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, diante do corpo de Victor Hugo Deppman.
Ouvem este silêncio ensurdecedor?
É do secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, diante do corpo de Victor Hugo Deppman.
Ouvem este silêncio ensurdecedor?
É das ONGs que se dizem dedicadas à defesa dos direitos humanos diante do corpo de Victor Hugo Deppman.
Em breve eles começarão a falar. Bastará que comece a tramitar no Congresso uma PEC alterando o Artigo 228 da Constituição, que define a inimputabilidade penal até os 18 anos, ou uma lei que mude o Artigo 121 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que estabelece um limite de três anos de “recolhimento” mesmo para assassinos, e toda essa gente falará freneticamente.
Retomando
Mas quê… Eles nem esperaram a tramitação de coisa nenhuma! Alguns leitores ainda observaram: “Pô, você está pegando no pé do Gilberto Carvalho; o cara ainda nem falou nada.” Pensei cá comigo: “Esperem pra ver!”. Bingo! Ele já saiu atirando contra a proposta de mudar a legislação. Sobre o assassinato de Victor Hugo Deppman, não disse uma vírgula. Como o Geraldo Alckmin defende mudança na legislação, teve de se referir à fala do governador de São Paulo. Afirmou Carvalho, segundo informa a Folha:
“A gente é completamente contra. Não quero falar em uso político, não estou me referindo à declaração do governador. Estou me referindo ao tema da [redução da] maioridade penal, que temos uma posição historicamente contrária”.
Vamos verPra começo de conversa, Alckmin não está defendendo exatamente a redução da maioridade penal, o que demandaria mudança na Constituição. O que ele defende é que o menor que pratica crime hediondo possa ficar recolhido mais do que os atuais três anos e que isso signifique perda da primariedade. Cumpriria, no entanto, a chamada medida sócio-educativa em estabelecimento especial, não num presídio. A minha proposta é que não haja idade mínima nem idade-limite para o recolhimento (depende do crime) ou para o tempo em que o menor fica apartado da sociedade (depende do crime também). Adiante.
Aconteceu conforme o esperado. Carvalho, na prática, silencia diante da morte de um estudante e trabalhador e sai em defesa de um legislação que protege assassinos. Por quê? Porque ele acha que é a pobreza que leva alguém a matar. Leiam esta fala:
“Queremos dar ao jovem alternativas de trabalho, cultura, lazer, formação profissional; uma possibilidade que não seja o crime. Nossa ênfase é isso. Reduzir a menoridade penal é uma lógica que não tem fim”.
É uma fala tola, que embute um raciocínio perigoso, que legitima, queira ou não, o banditismo e o assassinato. No Canadá, na Espanha, em Israel e na Holanda, os jovens têm acesso a tudo isso, e se punem os infratores — ainda que com legislação especial —  a partir dos… 12 anos! Na Finlândia, na Suécia e na Dinamarca, países que disputam os primeiros lugares no IDH, a partir dos 15.
Carvalho finge acreditar que, quando todos tiverem acesso ao paraíso na terra, não haverá mais bandidos, não haverá mais assassinos. O secretário-geral da Presidência, em suma, quer deixar a legislação como está porque deve acreditar que o seu entendimento muito particular do humanismo pode abrigar os cadáveres de alguns inocentes. Há mais: na prática, ele está a dizer que ou esses benefícios todos são garantidos, ou o assassinato de inocentes vira uma consequência forçosa e natural. Logo, segundo esse ponto de vista, quem matou Deppman não foi aquele vagabundo, que fez 18 anos três dias depois, mas “a sociedade”.
Por Reinaldo Azevedo

Financiamento público – PT quer emenda popular para começar a engolir o PMDB. Veja como

O PT agora resolveu dar início a campanha para apresentar uma emenda de iniciativa popular instituindo o financiamento público de campanha. Eu sempre fico muito comovido quando a “inciativa popular” é comandada pelo partido do poder. Que coisa!
Os petistas julgam já ter engolido os adversários. Agora, dá início ao caminho que o levará, caso seja bem-sucedido, a engolir os aliados. E isso vale especialmente para o PMDB. A reforma política do partido deu com o deputado Henrique Fontana (PT-RS) n’água. Minha graça retórica não sugere que ele seja burro. Ao contrário: é até bastante esperto. O pilar principal de seu texto era, justamente, o “financiamento público de campanha”. Como os deputados não quiserem nem começar a discutir, teve de recuar. Mas o PT não desiste.
O PT quer criar um fundo para as eleições, alimentado por verba do Tesouro, e proibir as doações privadas. O partido do mensalão considera esse dinheiro “sujo”. Ulalá!!!
Nota: já existe uma montanha de dinheiro público nas eleições: quase R$ 300 milhões de verba do fundo partidário a cada ano e coisa de meio bilhão de reais a cada dois em razão da propaganda eleitoral, que não é gratuita. As emissoras descontam o custo da transmissão nos impostos. Adiante.
O PT quer porque quer o fundo. A OAB, que há muito tempo anda com a biruta torta em matéria de estado democrático e de direito, apoia essa porcaria. Candidamente, fala em divisão igualitária entre os partidos. Sei: legendas grandes como PT, PMDB e PSDB receberiam o mesmo que o PDPN, por exemplo? O que é PDPN? Partido Democrático da Zorra Nenhuma! Tenham paciência! Se assim se fosse, seria estúpido. Sendo como quer o PT, é antidemocrático.
Algum critério há de haver. O tempo de TV e a fatia do Fundo Partidário são distribuídos segundo o tamanho da bancada dos deputados federais. Poder-se-ia usar esse mesmo critério. O PT ficaria feliz. É dono da maior; em seguida, vem o PMDB. Aí o peemedebista tonto fica feliz: “Ah, então ajuda a gente também…”. É?
No texto de Fontana, a proposta era outra. A verba para a campanha seria distribuída levando-se em conta o número total de votos que o partido obteve para deputado. Sim, claro, o PT está na frente! Sua vantagem nesse quesito (16,06 milhões), em relação ao PMDB (12,49 milhões), é maior do que revela o tamanho das bancadas: 88 para o primeiro; 79 para o segundo.  No primeiro caso, é de 11%; no segundo, de 28,5%. Só para vocês terem uma ideia: o PMDB teve para deputado federal só um pouco de votos a mais do que PSDB: 12,49 milhões contra 11,33 (10,2%). Ocorre que os tucanos têm uma bancada de 54 deputados, e o PMDB, de 79 (diferença de 46%). Por que é assim? A forma como cada legenda fez suas coligações proporcionais conta, mas não muito. Ocorre que o PSDB elege seus parlamentares mais nos grandes centros, e o PMDB, nos grotões.
Curiosamente, ou nem tanto, esse critério seria ruim para o… PMDB. Há muito o PT quer pôr o seu “aliado” no devido lugar, não é? Mas atenção! Mesmo que se usasse o tamanho das bancadas como critério, os petistas estariam, no médio e no longo prazos, acuando adversários, sim, mas também aliados. Por quê?
Dificuldades específicasComo observou José Serra em artigo publicado no Estadão se o PT conseguisse proibir as doações privadas, continuaria, não obstante, a ser a única legenda a poder usar esses recursos, ainda que de modo sorrateiro. Cansamos de ver, campanha após campanha, a mobilização da máquina sindical, das ONGs e dos movimentos sociais em favor do partido. Ora, isso corresponde, não há como ignorar, a uma doação que pode ser estimada em dinheiro — além de ser intrinsecamente ilegal.
O PT teria, então, garantida a maior fatia do bolo — o que colaboraria para que continuasse a ser a maior bancada e para fazer as melhores campanhas —, e seguiria sendo o depositário da colaboração ilegal dos mecanismos de representação social aparelhados pelo partido. Teria ainda a vantagem da propaganda oficial (incluindo a de estatais), que remete sempre à metafísica partidária.
O PMDB não! Ficaria, de saída, com menos dinheiro, estaria impedido de captá-lo no mercado e não teria, por óbvio, a colaboração estimável em dinheiro da máquina aparelhada. Sob a desculpa de barrar a influência de interesses privados nas eleições, o PT quer dar um “golpe” (como chamou Serra) para tentar se eternizar no poder.
É claro que, hoje em dia, porque está no poder, os petistas têm mais facilidade para captar recursos. Mas os demais partidos também contam com suas respectivas máquinas, suas lideranças regionais etc. Os doadores aparecem — e não há mal nenhum nisso desde que tudo seja feito às claras.
Agora que está por cima, agora que tem a maior bancada, agora que tem o maior número de votos, os petistas pretendem impedir a livre captação das demais legendas para, obviamente, retirar-lhes a capacidade de concorrer em pé de igualdade. Infelizmente, as pequenas tendem a ver isso com simpatia porque, para elas, a captação é mesmo mais difícil. Se houver um cartório para cuidar do assunto, melhor.
Para as grandes legendas, que podem, em tese, sonhar com a Presidência da República, o financiamento público é um péssimo negócio se for aplicado com seriedade e um risco gigantesco se o for sem seriedade. Sim, meus caros, tenderia a crescer estupidamente a doação ilegal de campanha.
No melhor dos mundos, o pior
E que se note: no melhor dos mundos — todo mundo seguiria a lei, sem caixa dois —, ainda assim, se teria o pior dos mundos. Hoje, o fato de os partidos precisarem de doações privadas também lhes põe alguns freios, não é? Fico cá a imaginar os petistas, como o maior partido, dono da maior bancada e do maior volume de votos com uma montanha de dinheiro para a campanha garantido pelo cartório, sem precisar estabelecer compromissos — refiro-me a compromissos legítimos e democráticos — com ninguém…
Olhem aqui: essa conversa de financiamento público é uma de duas coisas — e não consigo ver a terceira opção: ou é coisa de gente de má-fé ou é coisa de idiotas. Idiota, o PT não é. Ou teria feito essa proposta quando tinha 8 deputados, não quando tem 88.
Texto publicado originalmente às 21h29 desta quinta
Por Reinaldo Azevedo

A jornalista da Economist, a TIM e a infraestrutura precária do país

Da VEJA.com:

Helen explicou que, ao ir a uma loja da TIM para pedir explicações sobre a má qualidade do serviço, a atendente, “sorridente”, de acordo com o relato, informou não só que a empresa havia fechado muitos contratos no ano e que isso deixava a rede sobrecarregada sempre, como também disse que levaria alguns anos para a companhia conseguir ajustar sua infraestrutura ao número de novos consumidores. Diante disso, a jornalista tomou a decisão de trocar seu número pelo de uma operadora concorrente, fazendo a chamada “portabilidade”.
Mas, segundo seu relato, foi aí que a saga começou. Depois de ela e sua assistente acumularem 20 protocolos de ligações e passarem 15 horas em lojas da operadora para tentar transferir seus números (Helen tinha mais de uma linha), a jornalista finalmente conseguiu fazer a troca, ainda que tenha ficado quase sem acesso móvel a e-mails por um mês.
Mas as dores de cabeça não pararam por aí. Por seis meses, ela recebia contas da TIM referentes às linhas que já tinham sido transferidas e chegou até a ameaçar entrar com um processo contra a operadora se o problema não fosse resolvido. Mesmo assim, três novas cobranças chegaram à sua casa. “Cada uma das operadoras falou que o problema de dupla-cobrança era de sua concorrente”, conta a jornalista.
Depois dos transtornos com a dupla cobrança, a jornalista pediu o cancelamento da conta da TIM — ainda ativa porque porque a portabilidade ainda não estava resolvida. Contudo, mesmo depois do cancelamento, a linha continuou funcionando, o que mostrava que o erro de cobrança era da TIM, e não da concorrente. Cinco meses depois de achar ter se livrado do problema, Helen recebeu outra fatura da TIM — e descobriu que a operadora jamais cancelara sua linha. Depois de inúmeros telefonemas, a operadora “concordou” em cancelar a linha sem cobrar nenhuma multa. “O que parece uma história chocante para estrangeiros é, infelizmente, familiar para brasileiros. O serviço de telefonia móvel do país é muito caro e pouco confiável”, escreveu Helen.
Por Reinaldo Azevedo

NO BLOG DO JOSIAS

Objetos de desejo! 
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Charge do Mário, via ‘Tribuna de Minas’.

Dilma anota ‘desaceleração’ da inflação e dos juros ao prestar contas de 2012 ao Legislativo 
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Em ofício assinado por Dilma Rousseff, o Planalto enviou ao Congresso a prestação de contas do governo referente ao ano de 2012. O documento seguiu na semana passada. Mas a íntegra só foi divulgada na internet nesta quinta-feira (11). Nos pedaços em que trata de economia, o relatório retrata uma realidade que ajuda a entender o dilema que a presidente e seus auxiliares vivem no momento.
Nos capítulos dedicados à conjuntura econômica, ouve-se o som do bumbo: em 2012, a inflação desacelerou e os juros recuaram, anota o texto. Até aí, nada de novo. A novidade é que o baticum chega aos congressistas num instante em que a carestia faz careta e até o ministro Guido Mantega (Fazenda) já admite que o Banco Central pode ter que elevar os juros. Quer dizer: os dados de 2012 são esmiuçados em ambiente eletrificado.
Lê-se na prestação de contas do Planalto: “A inflação apresentou trajetória de desaceleração em 2012, comparativamente a 2011, resultado associado a menores reajustes de preços administrados e a comportamento mais favorável no segmento dos preços livres, apesar de pressões pontuais ocorridas no grupo ‘alimentação’ e da reversão no movimento descendente dos preços de serviços a partir de meados do ano.”
Hoje, as pressões inflacionárias exercidas pelos alimentos já não são tão “pontuais”. E a curva “descendente” dos serviços experimenta reversão mais acentuada. Juntos os preços da comida e o custo de manter em casa uma empregada doméstica responderam por 73% do índice de inflação de março de 2013, que ficou 0,47%. Isso antes da regulamentação da PEC das domésticas, recém-promulgada.
Por sorte, manda a lei que o governo preste contas ao Congresso 60 dias depois do início do ano legislativo. Como deputados e senadores só começam a trabalhar em fevereiro, o Planalto tem até o final de março para lapidar o texto da sua prestação de contas. Foi o que fizeram os redatores do documento de 2012 ao incluir na peça uma tentativa de explicação para o efeito tomate:
“Após registrar recuo no primeiro semestre [de 2012], o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado em doze meses acelerou a partir de julho, como consequência de pressões inflacionárias no segmento de alimentação. Essas pressões foram, na maior parte, decorrentes de choques nos preços de produtos in natura e de grãos.”
Feita a ressalva, o documento retorna ao bumbo: “Ainda assim, no ano, a variação do IPCA atingiu 5,84%, dentro do intervalo fixado pelo Conselho Monetário Nacional, de 2,5% a 6,5%, o que configura o nono ano consecutivo de cumprimento da meta pelo Banco Central do Brasil.”
Por mal dos pecados, esse registro foi à internet um dia depois da divulgação da notícia que desautorizou os fogos: revelado o IPCA de março (0,47%), a máquina de calcular informa que a inflação acumulada nos últimos 12 meses bateu em 6,59%— acima, portanto, do teto da meta oficial de 6,5%.
Há mais bumbo no pedaço do relatório que trata dos resultados da política monetária em 2012: “O Copom realizou oito reuniões no ano. Nas sete primeiras reuniões, a taxa de juros básica foi reduzida, enquanto na última reunião do ano optou-se por manter a taxa em 7,25% ao ano.”
O documento realça que, de janeiro a novembro de 2012, houve “redução de 375 pontos básicos na taxa de juros”. Insinua que a queda poderia ter sido maior não fosse a combinação de dois fatores adversos: o “cenário de persistência de riscos limitados para a inflação”, associado às “incertezas” que, produzidas pelo “cenário externo”, inibiram “a utilização da capacidade produtiva” do país.
Agora, mal 2013 entrou em abril e o mercado já dá de barato que o Banco Central vai elevar os juros. Discute-se apenas se isso será feito já na reunião do Copom marcada para a semana que vem ou no encontro subsequente. Lendo-se o balanço governamental referente ao ano passado, compreende-se o porquê de Dilma Rousseff ter dito na África do Sul, na rumorosa entrevista do mês passado, que não crê em política de combate à inflação que sacrifique o crescimento econômico.
Uma candidata à reeleição que vinha se jactando de cortar os impostos da cesta básica não orna com a presidente do tomate 122,13% mais caro. Do mesmo modo, a presidenciável dos juros declinantes não combina com a perspectiva de elevação, ainda que moderada, da taxa Selic. Como se fosse pouco, há um complicador.
Normalmente, o BC costuma lançar mão do antídoto dos juros contra o veneno da inflação nos momentos em precisa jogar água fria no consumo. O diabo é que agora os preços fogem ao controle em meio a uma economia que vem de um crescimento ridículo em 2012: 0,9 %. Daí aquela frase de Dilma segundo a qual o remédio não pode matar o paciente.
Na escrituração do ano passado, o tópico que mais orgulha a presidente-candidata é a evolução do emprego. O relatório anota: “Em 2012, uma das características marcantes da economia do país foi o mercado de trabalho, que continuou demonstrando forte dinamismo. A taxa de desemprego de dezembro de 2012, segundo o IBGE, foi de 4,6%, e foi a mais baixa da série histórica para o mês.”
O texto prossegue: “No acumulado do ano até novembro, a geração de novos postos de trabalho alcançou 1,3 milhão. A continuidade das contratações em termos líquidos reforça que a economia retoma o crescimento.” Decerto não será difícil entregar em 2013 um PIB maior que os 0,9% do ano passado. Nada próximo, porém, dos 4% e até 5% que já pingaram dos lábios do ministro Mantega. A questão agora é outra.
Quais serão os efeitos colaterais da terapia anti-inflacioária?, eis a questão que embatuca Dilma e seus operadores políticos. Foi de olho nessa combinação de juros ascendentes com economia desaquecida que a presidente repisou na África do Sul a tese segundo a qual o remédio não pode matar o paciente. Nesta sexta (12), o Banco Central divulgou uma prévia do PIB. Em janeiro, a economia crescera 1,43%. Em fevereiro, deu marcha à ré. Caiu 0,52%.

NO BLOG DO ALUIZIO AMORIM

DILMA PISOU NO TOMATE: UM DESASTRE ANUNCIADO CHAMADO INFLAÇÃO.

A capa da revista Veja desta semana e que inspirou o artigo que segue:

Nos doze meses encerrados em março, a inflação estourou o teto estabelecido pelo próprio governo. A inflação é um animal tinhoso, e só entende uma coisa: aumento dos juros, corte de gastos do governo e aperto no crédito. A presidente não quer tomar essas medidas impopulares, mormente num ano que antecede a eleição presidencial.
Em síntese esse é o gancho da matéria de capa da revista Veja que desta semana que está chegando às bancas neste sábado.
De fato este é o assunto que interessa a todos os brasileiros, menos ao governo petista que meterá sem qualquer remorso a mão no jarro para reeleger a Dilma, mesmo que isso signifique a bancarrota do país.
Quem viveu os anos anteriores à estabilidade da economia implantada pelos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso sabe o quanto dói viver sob o signo da inflação. A geração que cresceu com a estabilidade, sobretudo a que vive de salário, não faz a mínima ideia do que é viver sob inflação.
Já escrevi em alguma oportunidade aqui no blog que por ironia do destino o Brasil caiu nas mãos do PT justamente quando as contas do país pela primeira vez estavam sob controle e começava a desvanecer a memória inflacionária abrindo espaço para os efeitos virtuosos do Plano Real que fora,  por incrível que pareça, alvo do escárnio dos petistas. Sim, pois se dependesse desses semoventes o Brasil continuaria patinando numa economia completamente estagnada.
Ao fazer-se um inventário da última década sob o governo do PT, ver-se-á que nada, absolutamente nada foi feito de novo no país. Nem mesmo a festejada “bolsa família”, que também foi uma herança do governo Fernando Henrique Cardoso. E diga-se de passagem, esses programas sociais só foram possíveis em decorrência da estabilidade da economia trazida pelo Plano Real, algo que seria impensável com o país sob o relho inflacionário.
Em boa hora a revista Veja traz como reportagem especial de sua edição desta semana um assunto que interessa a todos, principalmente àquele contingente de brasileiros menos afortunados que, se submetidos ao torniquete inflacionário, verão erodir da noite para o dia os seus salários.
Vive-se portanto neste momento uma situação de emergência que requer medidas de austeridade sobejamente conhecidas. Como o ano é pré-eleitoral o desastroso governo do PT continuará ampliando o gasto público com a finalidade de reeleger a Dilma a qualquer custo.
A completa ausência da Oposição a par de um empresariado chulé que vive às expensas de caraminguás estatais via BNDES, indica que o governo petista continuará tranquilamente a pilhar os cofres estatais tendo em mira apenas  a manutenção do poder a qualquer preço. O prognóstico dessa histriônica irresponsabilidade é, no mínimo, tenebroso.
Só não é para os comensais desse banquete de abutres, que quando o calo aperta saem da toca. É o caso do mega-empresário Marcelo Odebrecht, que em artigo publicado na Folha de São Paulo rasga elogios ao Lula e seus sequazes.  O título do artigo não pode ser mais infame: “Viaje mais, presidente”, quando justifica o patrocínio da empreiteira que preside às viagens de Lula. Odebrech desmancha-se em elogios ao Lula, qualificando-o de “liderança incontestável”.
É que o Apedeuta, agora investigado pela Polícia Federal em decorrência do mensalão, abre as portas das ditaduras africanas e latino-americanas aos interesses dos ditos empresários brasileiros, dentre eles, é óbvio, Odebrecht, que já opera em Cuba, Venezuela e Bolívia, países cujos governos fazem parte do Foro de São Paulo, a organização esquerdista que articula a deletéria ação da rapinante vagabundagem comunista no continente.
E, para completar, é mais do que sabido que o governo do PT viabiliza recursos para diversos países, como Cuba por exemplo, onde a Odebrecht atua. 
A sangria do erário, portanto, dá-se também pela drenagem de recursos do BNDES que desaguam nesses países cujos governos integram o Foro de São Paulo e fazem parte do jogo que viabiliza o PT no poder. Basta ver quem são os maiores doadores para as campanhas eleitorais do PT.
Toda essa farra com dinheiro público tem um custo astronômico que, por enquanto, se reflete jocosamente no preço do quilo do tomate.
Isto é apenas o começo de um desastre anunciado chamado inflação.

NO BLOG UCHO.INFO

PEC 37, conhecida como a “PEC da Impunidade”, é rejeitada por políticos e representantes do MP

Diga não – “Eu sou contra a PEC 37”, assim iniciou a sua fala o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) durante evento promovido pelo Ministério Público da Paraíba na manhã desta sexta-feira (12), na Estação Ciência Cultura e Artes em João Pessoa. A Proposta de Emenda à Constituição número 37 pretende acrescentar um parágrafo à Carta Magna, restringindo a investigação criminal às polícias Civil e Federal. Sendo assim, o Ministério Público e demais instituições não poderão mais investigar crimes.

“Posso dizer que se existe um abuso e excesso nas instituições públicas, também existem as corregedorias que investigam e os controles internos que devem ser aprimorados cada vez para punir eventuais abusos, mas não podemos confundir interesses de alguns com o poder republicano do Ministério Público. Estou neste evento para levar ao Congresso a nossa força e opinião contra a aprovação da proposta e acredito, com toda certeza, que não vai passar”, afirmou o senador.
O senador paraibano lembrou que desde a Assembleia Nacional Constituinte, cuja Carta Magna foi promulgada em 1988, já se posicionou favorável ao poder de investigação do Ministério Público. “Óbvio que por ser uma Instituição formada por homens e mulheres, o MP também é passível de erros, desvios e decisões equivocadas, movidas por personalismo ou ideologias, por exemplo, mas sem sombra de dúvida, os relevantes trabalhos realizados ao longo dos anos pela Instituição superam em muito os eventuais equívocos”, expressou Cássio.
Ele registrou que no Brasil atual não existe a menor possibilidade de uma proposta dos moldes da PEC 37 ser aprovada pelo Congresso Nacional “o Brasil não aceitaria abrir mão das suas conquistas”, concluiu.
A quem interessa
Tirar do Ministério Público, como um todo, o poder de investigação interessa apenas aos criminosos e corruptos que se valem do dinheiro grosso imundo para preservar a impunidade. Em um país onde a corrupção é a reza diária de parte dos operadores do Estado, imaginar que investigações policiais serão isentas é o mesmo que acreditar em cegonha.
Em Paulo, promotores e procuradores promoveram nesta sexta-feira (12) um ato contra a aprovação da PEC 37. O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Marcio Elias Rosa, afirmou que a referida proposta está “em desacordo com a realidade do Brasil” e que o Ministério Público deve continuar a investigar atos de corrupção e crimes econômicos, popularmente conhecidos como crimes do colarinho branco.
“A população brasileira libertou-se dos escuros porões da ditadura, mas ainda há escuridão para boa parte da população. Há crianças sem esperança, idosos sem sonhos, há miséria, exclusão, há moradores de rua e gente que não tem o que comer. Grande parte dessa carestia é resultante da prática de crimes contra a administração, delitos econômicos, sonegação fiscal. Nosso compromisso é reverter essas mazelas”, afirmou o procurador-geral.
Presidente da Associação Paulista do Ministério Público, Felipe Locke Cavalcanti, declarou que a aprovação da PEC 37 deixaria impunes os políticos que praticaram atos de corrupção.
“É preciso saber que essa PEC interessa aos corruptos, aos malfeitores, àqueles que agridem a sociedade”, disse Locke. “Nós temos um caso célebre, onde infelizmente um malfeitor, um criminoso, um corrupto, remete dinheiro ao exterior e tem ordem de prisão expedida pelas principais cortes internacionais e no Brasil é um dos principais defensores dessa PEC da Impunidade, não sem razão, pois é o principal beneficiário dela.

Aliado de Maluf, prefeito Fernando Haddad faz comentário jocoso sobre decisão da Justiça das Ilhas Jersey

Sem noção – Prefeito da maior cidade brasileira, São Paulo, o petista Fernando Haddaddeveria saber que pela importância do cargo o seu ocupante deve evitar determinados comentários. Ainda sem mostrar a que veio, pois a população paulistana ainda aguarda a sua posse de fato, Haddad aproveitou a decisão da Justiça das Ilhas Jersey, que indeferiu recursos apresentados pela família de Paulo Salim Maluf, para fazer comentários sobre o tema.

A Justiça do paraíso fiscal determinou que a prefeitura de São Paulo já pode cobrar de Maluf a devolução do equivalente a R$ 56 milhões, dinheiro desviado das obras de construção da Avenida Águas Espraiadas (atual Avenida Jornalista Roberto Marinho).
Em entrevista à rádio Estadão, Fernando Haddad disse que com esse dinheiro é possível construir pelo menos vinte creches. “Não tem a ver com valor, tem a ver com Justiça. Hoje você tem que tomar procedimentos todo dia para coibir qualquer tipo de abuso. Não estou aqui para julgar ninguém. Estou aqui para usar o recurso público em benefício do público”, disse Haddad, como se o governo do então presidente Lula, do qual ele próprio fez parte, tenha sido um exemplo de lisura e transparência.
Fernando Haddad tem o direito de falar o que quiser, pois afinal o Brasil ainda é uma democracia, mas é preciso ter estofo para fazer determinadas declarações e até mesmo balbuciar chistes políticos. O que o alcaide paulistano fez foi pegar carona política na decisão do Tribunal das Ilhas Jersey, como se ele não tivesse qualquer conexão com Paulo Maluf.
Ao lado de Lula, o agora prefeito Haddad se deixou fotografar ao lado do deputado federal Paulo Maluf (PP), quando foi à casa do parlamentar para negociar apoio à sua campanha. E é bom lembrar que esse apoio não saiu de graça. De chofre Maluf indicou pessoa de sua confiança para um cargo no Ministério das Cidades, controlado pelo PP, e depois abocanhou o setor de habitação da prefeitura paulistana.
Em outras palavras, Fernando Haddad teria sido mais feliz se ficasse calado, até porque política não é ofício para amadores e São Paulo não precisa de um fantoche que cumpra ordens à distância.

Emenda das domésticas é tão confusa que seus criadores não sabem como aplicar as regras

Bússola quebrada – A incompetência da extensa maioria dos políticos impede qualquer brasileiro de sonhar com dias diferentes e melhores, mas a sociedade insiste em permanecer nessa pasmaceira contemplativa, como se o cenário que se apresenta fosse dos melhores.

O Congresso Nacional jamais serviu como palco para uma legião de políticos tão despreparados e de baixíssimo nível intelectual. Sem saber fazer política, a maioria preocupa-se apenas em garantir e perpetuar as benesses, fazer negociatas que permitam pagar dívidas de campanha e colocar seus herdeiros na fila do parlamento. Esse é o cardápio diário da política nacional.
A maior prova dessa incompetência ficou vidente na Emenda Constitucional que estendeu direitos trabalhistas aos empregados domésticos. O que não significa que esses trabalhadores não façam jus a tais direitos. O assunto estava no desvio há décadas, mas por interesses político-eleitorais a matéria foi aprovada com celeridade e repleta de buracos como um queijo suíço. Não se pode criar uma lei que na sequência lança uma série de dúvidas que ninguém sabe responder e dependerá de regulamentações que exigirão estudos demorados.
Esses legisladores de araque são de tal forma incompetentes, que nem mesmo eles sabem como resolver o problema em suas próprias casas. A quase totalidade de deputados e senadores está perdida em relação aos procedimentos que devem ser adotados com os empregados domésticos que lhes servem. Trata-se de mais um absurdo da política nacional, que beneficiou apenas e tão somente um punhado de aproveitadores de plantão, até porque o próximo ano será de eleições. Custava esperar mais algumas e aprovar de forma coesa uma regra que já era tardia?

NO BLOG DO CORONEL

Lula chama Renan e pede ajuda.

 
Um dos maiores medos de Lula é ser convocado para depor em alguma comissão do Senado, no momento em que está sob investigação da Polícia Federal. Por isso, chamou o presidente Renan Calheiros, velho companheiro de tantas lutas,  para pedir que ele impeça que isso aconteça. Renan tranquilizou Lula e disse que fará de tudo junto aos senadores para não expor o ex-presidente. O encontro ocorreu no Instituto Lula, em São Paulo.


Campanha do PT contra a corrupção é reprovada por Zé Dirceu e Genoíno.

Segundo a Folha de São Paulo, na reunião de ontem para bater papo sobre corrupção, a primeira versão das peças publicitárias, elaboradas pelo marqueteiro João Santana, foi apresentada ontem ao Diretório do PT e reprovada pelos dirigentes. Estavam presentes os dois maiores especialistas em corrupção politica do Brasil: José Dirceu e José Genoino. A ausência de Lula e Delúbio Soares foi lamentada por todos. Em preto e branco e com imagem de cédulas de reais, as peças tratavam como "dinheiro sujo" o financiamento privado de campanhas eleitorais. Foram consideradas excessivamente agressivas e violentas pelos petistas, que as devolveram para a equipe de marketing. O partido pretende coletar, até fevereiro, cerca de 1,5 milhão de assinaturas para apresentar o projeto Estão previstos, no dia 16, quatro eventos, em Minas Gerais, no Distrito Federal, no Rio de Janeiro e em São Paulo --este último com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na comemoração do aniversário do Sindicato dos Bancários.





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