AS SAUDADES


As saudades de Casimiro de Abreu

O poeta Casimiro José Marques de Abreu (1839-1860) nasceu em São João da Barra (RJ) e foi um intelectual brasileiro da segunda geração romântica. Sua poesia tornou-se muito popular durante décadas, devido à linguagem simples, delicada e cativante, conforme o poema “Saudades”, em que os amargores são prantos cheios de dores, através da saudade dos seus amores e da sua terra.

SAUDADES
Casimiro de Abreu
Nas horas mortas da noite
Como é doce o meditar
Quando as estrelas cintilam
Nas ondas quietas do mar;
Quando a lua majestosa
Surgindo linda e formosa,
Como donzela vaidosa
Nas águas se vai mirar!
Nessas horas de silêncio
De tristezas e de amor,
Eu gosto de ouvir ao longe,
Cheio de mágoa e de dor,
O sino do campanário
Que fala tão solitário
Com esse som mortuário
Que nos enche de pavor.
Então – proscrito e sozinho -
Eu solto aos ecos da serra
Suspiros dessa saudade
Que no meu peito se encerra
Esses prantos de amargores
São prantos cheios de dores:
Saudades – dos meus amores
Saudades – da minha terra!

(Colaboração enviada por Paulo Peres – site Poemas & Canções)
Da Tribuna da Imprensa de 06-4-2013

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