Posted: 24 Jan 2013 08:06 AM PST
Em política não existem gestos inúteis. Ganha ou perde. Esse episódio do show de Ivete Sangalo é um exemplo. A inauguração do Hospital Regional de Sobral foi armada como uma grande operação de marketing do governador. Primeiro, homenagear o pai, Euclides Ferreira Gomes, como nome do equipamento de saúde, apesar do nominado senhor não ter sido médico ou tido qualquer atuação na área de saúde. Por que da homenagem? Ser o saudoso pai dos irmãos Ferreira Gomes. Entretanto Sobral foi/é um celeiro de grandes figuras na Medicina e nas ciências da saúde. Pura vaidade?
Doutra parte, para inaugurar o hospital, um show com Ivete Sangalo, a musa do axé baiano. Nada a ver com o hospital. Mas, a bela cantora emprestaria seu charme ao evento (e público!). Objetivamente, daria a repercussão desejada. Por isso, o cachê exigido foi salgado. 650 mil reais. Quem paga? Nós, os contribuintes.
O Ministério Público quis averiguar melhor essa história do pagamento da cantora. O Governador, pela reação que teve, não gostou da iniciativa. Disse que faria sempre isso, doa em quem doer…
As repercussões dessa inauguração não deram o resultado político esperado. A imprensa local e a do sul comentaram o affaire de modo negativo.
Conclusão: o que poderia ser divulgado de modo lisonjeiro e positivo de uma ação do Governo do Estado, revelou – mais uma vez – a face arrogante e autoritária que esse costuma assumir. O tiro saiu pela culatra.
Por Blog do Mourão
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