DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 16-01-13

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Alternativa

A má notícia: Lula vai falar... em Cuba. A boa: o “cumpanhêro” Hugo Chávez desconhece a fama nacional de pé-frio do ilustre visitante.

Pergunta na fila de lobistas

Se automóveis vendem menos por serem caros, por que a indústria não fica mais eficiente e reduz custos, em vez de pedir redução de IPI?

Plano de saúde
dos servidores 
em nova crise

Está feia a coisa na Geap, plano de saúde de servidores federais, onde já se fala em intervenção, apesar de a Anasps (associação dos servidores da previdência) acusar a agência reguladora ANS de fazer vistas grossas. Último diretor-executivo da Geap, Paulo Eduardo Gomes da Silva, indicado pelo PMDB-PB, foi nomeado em julho e demitido quatro meses depois. Ganhava R$ 45 mil por mês.

Enviar por e-mail Imprimir Twitter

Falhanço

Gomes da Silva substituiu um bancário formado em educação física, Carlos Célio, para gerir rombo de R$ 300 milhões nas contas da Geap.

Mico alado

O Paraguai, quem diria, deu alerta especial aos turistas contra o novo tipo de dengue “importado” de uma republiqueta chamada Brasil.

Fogo próximo

Quem pensava que eram “fogo amigo” as denúncias contra Henrique Alves (PMDB-RN) mudou de opinião após o ministro Garibaldi Alves (Previdência) revelar que tratou de emendas com o assessor do primo.

Sobrou para nós

Sob patrocínio da Caixa Econômica Federal, o Corinthians pagou mais de R$ 40,5 milhões (€ 15 milhões) pelo passe de Alexandre Pato. Portanto, como lembra um leitor, quem paga o Pato é o contribuinte.

Manifesto

Cristovam Buarque (PDT-DF) enviou carta a colegas criticando a “ineficiência” do Senado e cobrando compromisso do próximo presidente em votar reforma política e novo plano de educação.

BLOG DO NOBLAT

O Brasil vai bem, obrigado, por Elio Gaspari

Elio Gaspari, O Globo
Deve-se ao repórter Felipe Marques a informação de que os bancos brasileiros estão às voltas com um novo desafio: organizar um filtro para suas análises de crédito, capaz de absorver 42,5 milhões de novos clientes que entraram no circuito financeiro entre 2005 e 2012.
Há muito tempo não aparecia notícia tão boa. Em sete anos, a clientela da rede bancária cresceu uma Argentina. 
Pindorama vive uma época de perplexidade vocabular. Primeiro, apareceu uma tal de “nova classe média”, depois, uma milagrosa “classe C” que frequenta lugares onde não ia (aeroportos, por exemplo).

Outro dia Jânio de Freitas reclamou, com toda razão, que as operadoras de planos de saúde chamam sua clientela de “beneficiários”. Ora, beneficiárias são as empresas que mereceram a confiança dos fregueses.
Essa nova classe é o velho e bom trabalhador brasileiro. Milhões de pessoas que viviam nas fímbrias da sociedade, trabalhando sem carteira assinada e raramente tinham conta em banco. Iam ao aeroporto aos domingos para apreciar pousos e decolagens.
Essa “gente diferenciada” veio para ficar. Algum pesquisador poderá confirmar que o aparecimento de 42,5 milhões de novos clientes num sistema bancário é um fenômeno mundialmente inédito.
O número foi levantado há poucos meses pelo Banco Central. Ele decorre da ampliação do mercado de trabalho formal, batendo a marca dos 50 milhões de brasileiros.
Esse trabalhador tem conta em banco, direitos trabalhistas, crédito nas lojas que vendem móveis e fornos de micro-ondas. É um novo cidadão. Está num mercado consumidor onde a taxa de juros média mensal (5,4%) caiu ao menor nível desde 1995, quando passou a fazer sentido acompanhar esse índice.
Nada disso teria acontecido sem Itamar Franco, que botou Fernando Henrique Cardoso no Ministério da Fazenda; sem o Plano Real e os oito anos de FHC no Planalto; sem Lula, que abriu o crédito para o andar de baixo; ou sem Dilma, que forçou a baixa dos juros. Melhor assim.
Leia a íntegra em O Brasil vai bem, obrigado

Henrique Alves diz que sabia de empresa de assessor

Flávio Ilha, O Globo
O candidato do PMDB à presidência da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (RN, foto abaixo), disse nesta terça-feira em Porto Alegre que sabia, desde 1986, que seu assessor Aluízio Dutra de Almeida era sócio de uma empresa que participava de licitações públicas, e que recebia verbas federais garantidas por emendas parlamentares do próprio Alves.
Segundo o deputado, Almeida se desligou da gestão da empresa quando assumiu um cargo na escola técnica federal do Rio Grande do Norte e passou apenas à condição de acionista na Bonacci Engenharia e Comércio Ltda.
— Ele não recebeu recursos públicos, quem recebeu foi a empresa da qual ele era cotista. Não vejo problema nisso, tanto que o mantive esse tempo todo (13 anos) como meu assessor. Mesmo assim, para evitar distorções e embaraços políticos, ele teve a lealdade de dizer que iria se exonerar. E eu dei a exoneração. Assunto resolvido — disse o Alves, após encontro com o governador gaúcho Tarso Genro (PT).



Filho de Renan diz ser dono de rádio registrada em nome de funcionário

O Globo
O filho do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o deputado federal Renan Filho (PMDB-AL, foto abaixo), diz ser sócio de uma rádio que, oficialmente, nos registros do Ministério das Comunicações, nunca o teve como cotista e está em nome de um funcionário do gabinete de seu pai, Carlos Ricardo Nascimento Santa Ritta. Além disso, o parlamentar se apresenta como cotista da Rádio Correio de Alagoas.
No entanto, essa emissora não existe no cadastro do ministério, que está atualizado até 14 de janeiro deste ano e cujo conteúdo foi confirmado pela assessoria da pasta. O deputado informou, por meio de sua assessoria, que todas suas emissoras estão registradas em seu Imposto de Renda.
Em 2007, no auge da crise no Senado, quando corria o risco de perder o mandato, o senador Renan Calheiros veio a público negar que utilizasse laranjas para esconder uma suposta sociedade em rádios em Alagoas. Porém, passados cinco anos, a situação continua a mesma: o Sistema Alagoano de Radiodifusão, que aparece na declaração de bens entregue por Renan Filho à Justiça Eleitoral em 2010, está registrado oficialmente em nome de Santa Ritta e de José Carlos Pacheco Paes.



Randolfe Rodrigues anuncia candidatura à presidência do Senado

Ricardo Brito, Estadão
Após senadores independentes lançarem, nesta terça-feira, 15, um manifesto comparando a volta de Renan Calheiros (PMDB-AL) à presidência do Senado à escolha comandada pelos “antigos coronéis do interior”, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP, foto abaixo) anunciou que também é candidato à direção da Casa. A eleição, em votação secreta, está marcada para o dia 1º de fevereiro.
Para o senador do PSOL, que diz ter o apoio dos cerca de 10 independentes, há “sempre” o risco de o Senado voltar à crise política se não forem modificados a conduta e os procedimentos na Casa.
Entre as propostas, Randolfe defende que haja votação de projetos todos os dias no Congresso. Ele também é favorável a uma reforma administrativa e à formação de um comitê de fiscalização dos gastos do Senado.



Exército autoriza a policiais uso pessoal de armas mais potentes

O Globo
O Comando do Exército autorizou policiais civis, militares, rodoviários e bombeiros a comprar pistolas 45 para uso pessoal. A compra e porte desse tipo de arma, de forte impacto, era restrita até então a policiais federais.
O Exército diz que liberou o uso das armas a pedido de órgãos estaduais de segurança pública, mas não informou quais seriam essas instituições. Lígia Rechenberg, coordenadora da ONG Sou da Paz, classificou de absurda a decisão. Em geral, policiais civis e militares portam revólveres 38 ou pistolas .40:
— Vão dar armas para policiais que eles não sabem manusear. Isso vai colocar em risco a segurança do policial e da população. Essa é uma demanda da indústria de armas.

Banco Mundial reduz previsão para o Brasil e lança alerta a emergentes

BBC Brasil
O Banco Mundial revisou para baixo sua previsão de crescimento da economia brasileira e lançou um alerta para que os emergentes protejam seu crescimento, já que o caminho da recuperação mundial ainda é "espinhoso".
"As nações em desenvolvimento devem se concentrar em melhorar o potencial de suas próprias economias e, ao mesmo tempo, fortalecer suas reservas para enfrentar os riscos provenientes da zona do euro e das políticas fiscais adotadas pelos EUA", diz a edição mais recente do relatório Global Economic Prospects (Perspectivas Econômicas Mundiais), publicada nesta terça-feira.
De acordo com o novo relatório, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro deverá avançar 3,4% em 2013, abaixo da previsão anterior, feita em junho, de 4,2%.

Dilma pede a São Paulo e Rio que adiem alta de ônibus

O Globo
Preocupada com o impacto que as tarifas de transporte urbano têm sobre a inflação no início do ano, a presidente Dilma Rousseff decidiu pedir ajuda aos prefeitos do Rio e de São Paulo.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já conversou com Eduardo Paes (RJ-PMDB) e Fernando Haddad (PT-SP) e fez um apelo para que eles segurem os aumentos dos preços desse serviço.
Segundo técnicos do governo, o reajuste das passagens de ônibus, combinado com um aumento previsto da gasolina, e as tradicionais altas nas mensalidades escolares podem pressionar demais o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial. O receio é que chegue a um patamar próximo de 1% este mês.



Do Blog do Estênio - Por que a 'presidenta' não fez esse mesmo pedido à 'Linda Loura', ex-Prefeita de Fortaleza, que aumentou o preço das passagens de ônibus no 'apagar das luzes' de 2012, deixando o ônus político para o seu sucessor?

Lobão diz que governo não mudará planejamento energético

Veja
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou ontem  que o governo está seguro de que não há risco de racionamento de energia - e que não vai promover mudanças em seu planejamento para o setor elétrico diante de temores causados pelo baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas.
Questionado se o governo poderá lançar políticas para reforçar o parque de termelétricas, Lobão respondeu que nada mudará.
"A situação atual é meramente conjuntural. Podemos transmitir a garantia de que não haverá desabastecimento. Essa era ficou para trás há mais de 10 anos", completou, referindo-se ao racionamento de energia enfrentado pelo país entre 2001 e 2002, no fim do governo de Fernando Henrique Cardoso.



Elefantes cor de abóbora, por Carlos Tautz

Um absurdo passou batido pelas festas de final de ano, mas ainda é tempo de resgatar a barbaridade. Em 17 de dezembro passado, juntaram-se o filho do bilionário americano Donald Trump, a Caixa Econômica Federal e o sempre sorridente prefeito do Rio para anunciar que um elefante cor de abórora será construído na Zona Portuária do Rio. O bichão esquisito vai andar da seguinte maneira.

Pelo que anunciou a trupe do Trump, no segundo semestre começam a ser construídas na degradada zona portuária da cidade duas torres comerciais de 38 andares cada, com 150 metros de altura.
O negócio será dividido da seguinte forma: Trump entra com o nome e a Caixa, com algo entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões - dinheiro que, pela missão da empresa, deveria ser alocado em saneamento e habitação.
O R$ 1 bilhão de dinheiro público de diferença entre os dois prováveis orçamentos sabe-se lá para onde vai.
Já Eduardo Paes, o prefeito do bota acima, vai se encarregar de fazer o elefante abóbora passar lépido entre o emaranhado de instâncias de licenciamento.
Pelo previsto, esse animal esquisito deve ficar adulto em 2016 – número mágico, o do ano das Olimpíadas na Cidade. Até lá, esse número que identifica a febre obreirística que encanta governantes e suas empreiteiras seguirá justificando o andamento de uma manada inteira de elefantes abóboras na Cidade Maravilhosa.
Outro desses paquidermes hipetrofiados em custos, o dos corredores rodoviários expressos que já abrem buracos na pista poucos meses após sua inauguração, venceu sabe-se lá como a disputa com outros modais muito mais ecologicamente corretos e adequados aos transportes realmente de massa, como metrôs de superfície.
Depois do esburacado Transoeste, outros dois elefantes cor de abóra – a Transcarioca e a Transbrasil – estão a pleno vapor, para júbilo de construtoras e tesoureiros de campanhas eleitorais.
Para completar o faz e desfaz, o sorridente Paes inventou outra, por assim dizer, digna de nota (fúnebre). Cerca de cinco anos após ser construído, outro patrimônio público pode vir abaixo. Trata-se da Vila Olímpica da Gamboa, que atende a quase 2,5 mil pessoas, quase todas residentes no Morro das Providência.
A desculpa para a destruição desse enorme espaço de esporte, na cidade que hospedará partidas da Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos dois anos depois, é construir ali o Centro Integrado de Operação e Manutenção do Veículo Leve Sobre Trilho (VLT) que vai servir a Zona Portuária.
Detalhe importante de mais este elefante cor de abóbora: a Vila é pública. O VLT nascerá privatizado.

Carlos Tautzjornalista, coordenador do Instituto Mais Democracia – Transparência e controle cidadão de governos e empresas.


NO BLOG DO CORONELEAKS

Financial Times ironiza "jeitinho brasileiro".


Um dos jornais que serve de referência para o mundo das finanças, o FT, ironizou hoje em um artigo o “jeitinho brasileiro” aplicado aos temas monetários e chega a apontar que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o Banco Central estariam se transformando em “profissionais” nisso. O FT chega a explicar ao público estrangeiro o que significa o termo “jeitinho”. Trata-se, segundo eles, do hábito de desviar das regras ou convençoes por táticas altamente criativas e beirando a ilegalidade. 

Segundo o jornal, tanto Mantega quanto o BC mantem sua ação dentro da legalidade. No caso do Banco Central, o jeitinho é usado na manutenção da taxa de juros e a diferença entre o que a instituição de fato anuncia e as taxas de fato cobradas. Isso porque Alexandre Tombini estaria permitindo que as taxas cobradas durante a noite sejam reduzidas, dando um estímulo â economia, sem anunciar de fato uma redução nos juros desde 2011.

Mantega tambem estaria usando o jeitinho para combater a inflação. Citando a Radio Estadao, o FT aponta que o prefeito de Sao Paulo, Fernando Haddad, confessou que Mantega o pediu para nao elevar as tarifas de transporte, para segurar a inflaçao. Segundo o jornal, Mantega já um “especialista no jeitinho”, diante de sua administraçao do crescimento e da própria moeda. (Estadão)



Enquanto isso, no PMDB...

A CGU (Controladoria-Geral da União) aponta que a empresa do ex-assessor do deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) se beneficiou de licitações dirigidas para obras superfaturadas em três cidades do Rio Grande do Norte. A Bonacci Engenharia tem como sócio Aluizio Dutra de Almeida, que trabalhava desde 1998 com o Henrique Alves -favorito para se eleger presidente da Câmara no mês que vem.

Almeida deixou o cargo anteontem após a Folha revelar que a Bonacci recebeu recursos de emendas parlamentares do próprio Henrique Alves, além de verbas do Dnocs (Departamento Nacional de Obras contra as Secas), orgão controlado politicamente pelo peemedebista. As conclusões da CGU sobre a Bonacci constam de ampla auditoria feita pelo órgão de controle do governo federal sobre dezenas de convênios do Dnocs.

O trabalho apontou prejuízos totais de R$ 192 milhões em obras e levou à queda, em janeiro do ano passado, do diretor-geral do departamento, Elias Fernandes. Tanto ele quanto seu sucessor foram indicados por Henrique Alves.

Mais PMDB...

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) pediu uma restituição de R$ 10 mil ao Senado por um serviço que uma produtora de vídeo diz não ter prestado para ele. A nota foi apresentada com a data de 17 de novembro de 2012 por Renan, que é favorito para ser eleito presidente do Senado no mês que vem. A justificativa para esse gasto é a divulgação de sua atividade parlamentar. O Senado não discrimina qual serviço exatamente foi feito. 

A nota entregue por Renan é atribuída à Ovni Áudio e Video Produções. Ela tem como sócios o diretor da rádio Gazeta de Alagoas, Gilberto Lima, e o filho dele, Gilberto Júnior. A emissora é do senador Fernando Collor (PTB-AL). Procurado para comentar que serviço prestou, Gilberto Lima afirmou: "Eu não fiz nada para o senador Renan Calheiros, por enquanto. Quando a gente fez foi na campanha, não foi agora". 

Mais PMDB...

Dois filhos do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, estão envolvidos em uma polêmica judicial referente à compras de apartamentos em Ipanema, bairro nobre do Rio. Os imóveis teriam sido arrematados por Márcio Lobão e Edison Lobão Filho em leilão de 2010 que, segundo a juíza Marcia Cunha, tiveram várias irregularidades, como preço 20% abaixo da avaliação e divulgação limitada ao site do leiloeiro.

O leilão faz parte de uma investigação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), referente a irregularidades na administração de massas falidas no Rio Segundo a decisão da juíza, a venda foi anulada e o leiloeiro Luiz de Paula destituído. O leiloeiro afirma que deu prosseguimento à venda de dois imóveis seguindo a ordem de um promotor de Justiça. 

As notícias acima (todas elas) foram publicadas na edição de hoje da Folha de São Paulo

NO BLOG DO REINALDO AZEVEDO

Calheiros no Senado, Alves na Câmara e o Congresso no lixo

Ezra Pound dizia que os poetas são as antenas da raça. Entendo que os, digamos, artistas do regime são, então, as antenas do regime. Não faz muito tempo, o músico Wagner Tiso, comentando o lulo-petismo, se disse preocupado com resultados, não com a ética. O ator Paulo Betti defendeu a necessidade de se “enfiar a mão na merda” para governar. A era lulo-petista viverá, em breve, dois capítulos que recendem à ética bettiana e reafirmam o realismo tisiano. Quando Renan Calheiros e Henrique Eduardo Alves, ambos do PMDB, se sagrarem, respectivamente, presidentes do Senado e da Câmara, Betti e Tiso terão motivos para comemorar. Antenas.
Abaixo, há uma sequência de posts com uma pequena amostra da obra recente desses dois patriotas, como se não bastasse a folha corrida de atos pregressos. Para funções tão importantes da República, o PMDB pode não ter escalado os seus melhores homens, mas certamente indicou os mais influentes, aqueles que representam, por assim dizer, o sumo e a súmula moral do partido.
Henrique Eduardo Alves, na sua campanha eleitoral, percorre o país a bordo de um jatinho emprestado por um colega de bancada, o deputado Newton Cardoso (PMDB-MG), o famoso Newtão, ex-governador de Minas que encontrou tempo para se tornar bilionário mesmo sendo político. “Ou por causa”, intuirão os leitores mais desconfiados. Em tempo: Newtão não incluiu o avião entre os seus bens na declaração entregue ao TSE porque diz que o aparelho está arrendado. Certo. Ele tem dinheiro para comprar uma frota… O aparelho é só o seu pecado com asas.
A empreiteira para a qual Alves direcionou algumas de suas emendas é uma casa de periferia guardada por um bode. E isso, meus caros, não é metáfora nem trecho de alguma obra de realismo mágico, subgênero literário que encontrou na América Latina ambiente propício ao pleno florescimento. O surrealismo não precisa ser imaginado. Está nas coisas. Há mesmo um bode na tal casa. Só não está lá a empreiteira que recebeu a bufunfa. O dono da empresa era, até a semana passada, um seu assessor. O homem achou melhor se demitir.
Os Renans, o pai e o filho, que é deputado federal, não conseguem explicar a questão quântica que envolve a família e a propriedade de algumas rádios, que, a um só tempo, são e não são do clã. Tudo depende do modo como se olhe a coisa e dos documentos que são consultados.
Em 2007, Calheiros teve de renunciar à Presidência do Senado porque ficou claro que uma empreiteira pagava a pensão de um filho que ele teve fora do casamento. Homem ético, cuidadoso com as palavras, ao se referir ao episódio e ao período em que a amante estava grávida, ele dizia sempre “a gestante”, deixando claro que é um político de sangue-frio e que consegue manter o devido distanciamento crítico entre a Presidência do Congresso e as folias de alcova… Seus pares se negaram a cassar seu mandato.
Menos de seis anos depois, eis Calheiros, mais uma vez, como o primeiro da fila na sucessão ao Senado, candidato a dar sequência à gestão de José Sarney, o Nosferatu que confere ao PMDB o senso muito aguçado de eternidade que tem o partido.
É evidente que essa gente não chegou agora à política. Alves já foi da base de apoio de FHC, e Renan chegou a ser ministro da Justiça na gestão tucana. Os fatalistas, quem sabe convencidos por Betti e Tiso, dizem que o “Presidencialismo de coalizão” obriga a essas coisas… É besteira. Já tratei desse assunto em outras oportunidades e não vou entrar no mérito agora. Volto ao ponto: os petistas não inventaram esses caras, mas permitiram que alcançassem altitudes inéditas. Encontram no pragmatismo à moda peemedebista o instrumento necessário à consolidação de sua hegemonia.
Também em nome do realismo, as oposições, em especial o PSDB, buscarão uma composição com esses valentes, porque a resistência poderia lhes custar não participar da mesa diretora das respectivas Casas. Seria esse um risco a correr? Seria, sim, desde que houvesse alguma interlocução com a sociedade e um discurso. Mas não há. Vai, uma vez mais, se enrolar no administrativismo e articular um de seus muitos silêncios.
Quando alguns vigaristas acusam uma parcela da imprensa de ser o verdadeiro partido de oposição do país, não deixa de haver certa verdade no que dizem. Oposição à safadeza, à sem-vergonhice e à sem-cerimônia com que a política brasileira enfia a mão naquela metáfora de Paulo Betti.

O futuro da Câmara 2 – “Empresa” que recebeu R$ 6 milhões em convênios é uma casa simples, guardada por um… bode!!!

Por Leandro Colon, na Folha:

Contratada com dinheiro federal para construir casas, praças, barragens, instalações sanitárias e pavimentar ruas, a Bonacci Engenharia tem seu endereço numa casa simples num bairro de classe média baixa em Natal.
No local, não há nenhuma identificação de que ali deve funcionar a empreiteira que assinou contratos que somam pelo menos R$ 6 milhões com 20 prefeituras do Rio Grande do Norte, nos últimos cinco anos, por meio de convênios do governo federal.
Um bode branco, apelidado de “Galeguinho” pelos vizinhos, “guarda” a entrada do terreno baldio que cerca a casa de poucos cômodos. Ali é a sede da empresa de Aluizio Dutra de Almeida, ex-assessor de confiança do gabinete do líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), responsável pelo destino de parte do dinheiro recebido pela Bonacci.

O futuro do Senado 2 – Renan apresenta nota fiscal por serviço que empresa nega ter feito

Por Andreza Matais e Andréia Sadi, na Folha:

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) pediu uma restituição de R$ 10 mil ao Senado por um serviço que uma produtora de vídeo diz não ter prestado para ele. A nota foi apresentada com a data de 17 de novembro de 2012 por Renan, que é favorito para ser eleito presidente do Senado no mês que vem. A justificativa para esse gasto é a divulgação de sua atividade parlamentar. O Senado não discrimina qual serviço exatamente foi feito. A nota entregue por Renan é atribuída à Ovni Áudio e Video Produções. Ela tem como sócios o diretor da rádio Gazeta de Alagoas, Gilberto Lima, e o filho dele, Gilberto Júnior. A emissora é do senador Fernando Collor (PTB-AL).
Procurado para comentar que serviço prestou, Gilberto Lima afirmou: “Eu não fiz nada para o senador Renan Calheiros, por enquanto. Quando a gente fez foi na campanha, não foi agora”. Segundo ele, o serviço prestado na campanha não foi por meio da Ovni, mas pela P&P Inteligência de Marketing, que tem Gilberto Júnior como sócio. A empresa recebeu R$ 1,2 milhão da campanha do senador em 2010, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
(…) 

NO BLOG ALERTA TOTAL

Consumidor final será punido na hora de pagar a conta de luz mais cara por falta de chuva e uso de térmicas

Por Jorge Serrão – serrao@alertatotal.net 

O consumidor final é quem vai tomar um choque no bolso, na hora de pagar a conta de luz, sempre que houver falta de chuvas e os níveis dos reservatórios baixarem. Os prejudicados serão os atendidos pela eletricidade gerada pela Chesf, Furnas, Eletronorte, Emae e CEEE. Este foi o “benefício” dado pela gestão Dilma Rousseff para as empresas que renovaram suas concessões nos termos impostos pelo governo. Cemig, Cesp e Copel (que não renovaram) terão de se virar sozinhas com os eventuais prejuízos.

O negócio pode ficar ainda mais feio para os consumidores. As distribuidoras de energia pressionam o governo para autorizar o repasse imediato na conta de luz dos elevados custos com geração térmica de eletricidade. Como de costume, os brasileiros são vítimas de mais uma marketagem estelionatária da incomPTente gestão Dilma-Lula. O uso da geração térmica deve encarecer a tarifa de luz em 15% - anulando a cascateira redução média de 20% na conta de luz, prevista, ainda, para o ano eleitoral de 2014.

Especialistas no setor elétrico fazem a previsão de que o consumidor terá de bancar uns R$ 14,4 bilhões a mais, nos próximos 12 meses, para financiar o gasto de combustível nas termelétricas, enquanto ocorrer o chamado “risco hidrológico” (popularmente conhecido como falta de chuva nos reservatórios). As usinas a gás, óleo ou carvão respondem hoje por 20% da carga total do sistema elétrico brasileiro. Uma das maneiras de compensar tal gasto com térmicas a todo vapor é o governo aumentar os subsídios concedidos ao setor elétrico pelo sempre generoso Tesouro Nacional.

O governo sempre mente descaradamente na divulgação de promessas e de números. Por isso, o mercado não consegue dar credibilidade às palavras do ministro das Minas e Energia, Edson Lobão. O afilhado de José Sarney jura que não existe risco de apagão. Mas o racionamento de energia já está em vigor. As imagens dos reservatórios das hidrelétricas mostram exatamente o contrário. O governo aposta que chuvas fortes devem cair em março, abril e maio.

Se as águas não caírem e rolarem conforme programado, a culpa pela incompPTente gestão do setor elétrico – comandado há 10 anos pela parceria entrea “gerentona” Dilma Rousseff e a turma de José Sarney – pode ser atribuída a São Pedro. Com direito a reclamações dirigidas a Bento 16, no Vaticano. E o Brasil sem energia e com tarifas altas continuará impedido de crescer economicamente.

Por isso, vai ter graça nenhuma ver Dilma, Lobão & Cia rebolando na Dança da Chuva...

Filme queimado



Devendo alto

O economista Ricardo Bergamini apresenta o quadro demonstrativo da Dívida Líquida da União, segundo a fonte original Secretaria do Tesouro Nacional, com base em novembro de 2012:

1) Dívida Interna - R$ 2.734,5 bilhões.

2) Dívida Externa Líquida - R$ 93,0 bilhões.

3) Dívida Líquida Total (Interna e Externa) - R$ 2.827,5 bilhões (64,5% do PIB).

Cadeia bem remunerada

O INSS vai pagar até R$ 971,78 por mês para famílias de presos, em 2013.

A pensão dos presos é maior do que a recebida por trabalhadores assalariados que precisam se afastar do emprego por doença ou acidente.

Para receber, o detento precisa estar na condição de segurado, tendo contribuído para o INSS com salário de contribuição igual ou menor a R$ 915,05 até um mês antes da prisão.

Privilegiados

Os presos beneficiados custam R$ 37,6 milhões ao mês aos cofres da Previdência Social.

Do total de 549.577 presos em todo o Brasil, apenas 38.362 recebem o auxílio-reclusão.

De repente, os condenados no mensalão poderão pedir para receber o benefício, ainda mais se comprovarem que são cidadãos de baixa-renda...

Profissional necessário

O conhecido italiano Mássimo Signoracci, o mais famoso embalsamador do mundo, já fez esse serviço em dois papas, viajou repentinamente para Cuba... 

“O que será que ele foi fazer na ilha da prisão, da repressão, da violação constante dos direitos humanos, e onde está fazendo tratamento contra um câncer o presidente da Venezuela?”

Oportuna pergunta do leitor Benone Augusto de Paiva, de São Paulo...

Comando mortal

Mais uma da série de sérias piadinhas políticas na internet:

Na Venezuela, quem manda é um morto-vivo.

Na Coréia do Norte, quem manda é o filho do morto.

Em Cuba, quem manda é o irmão do morto.

Na Argentina, quem manda é a mulher do morto.

E, no Brasil, quem manda é um que tenta se fingir de morto.



Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.


NO BLOG UCHO.INFO

Incompetência do governo federal pode levar mais da metade dos municípios brasileiros à bancarrota

No brejo – Muitos dos prefeitos que assumiram no dia 1º de janeiro encontraram os cofres municipais zerados e dívidas milionárias deixadas pelo antecessor, tal vez por vários deles. A Lei de Responsabilidade Fiscal exige que o administrador público encerre o mandato com a contabilidade em dia, mas há muito que isso não acontece na maioria dos municípios brasileiros.

O descumprimento à Lei de Responsabilidade Fiscal torna o político inelegível, com base na Lei da Ficha Limpa, pois as contas de sua administração serão rejeitadas pelo Legislativo ou até mesmo pelo Tribunal de Contas, quando for o caso.
Nas próximas eleições municipais, o Brasil terá pelo menos 60% dos atuais prefeitos correndo o sério risco de se tornarem inelegíveis pelo motivo acima. Como o País abriga 5.570 municípios, mais de três mil prefeitos descumprirão a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Como se não bastassem as dívidas acumuladas ao longo dos anos, a queda na arrecadação comprometeu ainda mais a dificuldades financeiras de muitos municípios. Com a redução do IPI instituída pó Lula e seguida por Dilma Rousseff, como forma de estimular a economia, caiu proporcionalmente o valor do Fundo de Participação dos Municípios, como já noticiamos em matéria anterior. Na mesma toada caiu o valor do Fundo de Participação dos Estados.
Isso mostra que além de incompetente, o governo federal desconhece o mais simples significado da palavra planejamento, pois é inadmissível compensar a inoperância que toma conta do Palácio do Planalto fazendo cortesia com o chapéu alheio. O PT conseguiu arruinar o País em uma década, exigirá dos brasileiros aproximadamente cinco décadas de esforço continuado para reparar o dano.
Mesmo assim, os petistas continuam acreditando que o partido é a derradeira solução para o Brasil e para o mundo. Quando o brasileiro perceber o tamanho do estrago será tarde demais.

PT está rachado por causa dos seguidos escândalos e Tarso Genro parte para cima de José Dirceu

Artilharia caseira – Enquanto Lula adota um silêncio sepulcral por causa da repercussão dos escândalos que envolvem seu nome, o PT vive um racha cujas fissuras são expostas publicamente. E o fogo amigo vem do Rio Grande do Sul, como se fosse uma espécie de Revolução Farroupilha partidária.

Há dias, o ex-governador Olívio Dutra, que foi ministro de Lula, criticou duramente a decisão do companheiro José Genoino, condenado à prisão no escândalo do Mensalão do PT, de tomar posse na Câmara dos Deputados. A fala de Dutra repercutiu fortemente nos bastidores petistas e causou constrangimento entre as diversas facções da legenda. Quem mais perdeu com essa crítica de Olívio Dutra foi o próprio Lula, que não apenas endossou a decisão de Genoino, como disse que era preciso partir para o embate político.
Passada a saia justa envolvendo José Genoino, agora é a vez de o governador gaúcho Tarso Genro partir para o ataque. Em entrevista ao jornal “O Globo”, Genro questionou a atuação de José Dirceu, também condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal, como consultor de empresas e dirigente partidário.
“O fato é que toda essa situação significa que o PT tem de instituir regras muito rígidas em relação aos seus dirigentes, seus quadros e seus vínculos com empresas privadas. É totalmente incompatível dirigente partidário continuar se apresentando como tal e sendo ao mesmo tempo consultor de grandes negócios. Porque quando esta pessoa fala dentro do partido, quem está falando? É o dirigente ou o consultor? Essa regra não deve valer só para o PT, não estou me fixando em nenhum caso específico. Essas relações são sempre perigosas”.
É de conhecimento público que Tarso Genro nunca morreu de amores por José Dirceu, que sempre manteve sob seu controle do Partido dos Trabalhadores e o próprio Lula. Acontece que agora o ataque de Tarso foi mais duro e direto, apesar das evasivas que marcaram sua declaração.
A atuação de José Dirceu como consultor surgiram depois que ele foi apeado da Casa Civil e perdeu o mandato de deputado federal na esteira do escândalo do Mensalão do PT. É preciso lembrar que no rol de clientes do ex-ministro estão empresas que podem ter contribuído para reforçar o criminoso caixa do Mensalão, o maior escândalo de corrupção da história nacional, que foi arquitetado na sala contígua ao gabinete de Lula, que jamais soube de qualquer coisa.















Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 25/02/2024 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 26/02/2024 - SEGUNDA-FEIRA