DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 02-10-12
COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Destino de Pizzolato, réu do mensalão,
seria Itália
Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil no governo Lula, foi para a Itália cuidar de sua transferência, segundo informações que chegaram a ministros do Supremo Tribunal Federal. Ele tem dupla nacionalidade e pode se radicar na Itália sem dificuldades, como o ex-banqueiro Salvatore Cacciola, para fugir da Justiça. Pizzolato sumiu em julho, antes do julgamento do mensalão, e nunca mais foi visto.

Gurgel: Será difícil a defesa de Dirceu convencer ministros de sua inocência
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta segunda-feira (1º), que continua convencido da atuação do ex-ministro José Dirceu no "mensalão". "Continuo absolutamente convencido da participação dele [José Dirceu]. A prova é mais que abundante, a prova é torrencial em relação ao ministro José Dirceu", disse, após ser indagado pela imprensa das versões que serão apresentadas pela defesa do réu. "A posição da defesa é legítima, mas será difícil convencer os ministros porque as provas são suficientes", completou.
‘Na Europa’O advogado de Pizzolato, Marthius Sávio Lobato, garantiu que ele está “na Europa”, sem especificar o País, e que voltará ao País em breve.
Condenado
Em decisão unânime, o STF condenou Pizzolato por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Pode pegar, no mínimo, 12 anos prisão.
Efeito Battisti
Criminosos de dupla nacionalidade vão para a Itália confiando que não serão extraditados, após o Brasil acolher o terrorista Cesare Battisti.
Monitoramento
O sumiço de Pizzolato reforçou a necessidade, no STF, de “monitorar” os demais réus, a fim de evitar eventuais fugas.
‘Crise’ nas aéreas TAM e GOL é
só de gestão
A ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) deu declarações preocupada com a “crise” na TAM e na GOL. Essas empresas aéreas registram grandes prejuízos, apesar dos aviões lotados e de serem amplamente beneficiadas com medidas protecionistas, em desfavor da clientela. Segundo especialistas, o problema não é de crise, mas de gestão, sob o manto e a proteção da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Destino: fracasso
Tanto a GOL quanto a TAM são geridas com a mesma expertise de empresas de ônibus, em termos de rotas. Não tem como dar certo.
Caminho do ouro
A presidente Dilma será mais que bem recebida ao Peru, nesta terça-feira: tal como no governo Lula, ela foi generosa com o nosso dinheiro: despachou para Lima US$ 500 milhões para obras em rodovias.
Falta do que fazer
Dilma, Lula e o presidente palestino Mahmud Abas confirmaram presença em Porto Alegre, em novembro, no tal Fórum Palestina Livre, bancado pelo contribuinte por decisão do governador Tarso Genro.
Efeitos do mensalão
O julgamento do mensalão provoca consequências nos municípios. No Guarujá, litoral paulista, o ex-prefeito Farid Madi, novamente candidato ao cargo pelo PDT, perdeu a liderança nas pesquisas. Ele é acusado de montar esquema idêntico de compra de votos na Câmara Municipal.
Vapt-vupt
Em tempo de eleição valem até férias-tampão: a ministra Ideli (Relações Internacionais) tirou-as ontem e hoje para ir a Tubarão (SC) e Aloizio Mercadante (Educação) para ajudar na campanha de Haddad.
Carbonara
A esta hora o Pizzolato, condenado no mensalão, deve estar assando uma pizza perto de Roma...
AVISO AO PT: CUIDADO COM OS TURCOS
Por Carlos Chagas
Vale relembrar a tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453. Há mais de um século que os otomanos vinham assediando a capital do Império do Oriente, já tendo até sido contornada pela ocupação de territórios ao Norte, onde hoje estão a Bulgária e a Romênia. Por conta de suas muralhas e de sua situação geográfica, a cidade parecia inexpugnável, apesar de haver perdido a maior parte dos antigos domínios. Havia entre seus habitantes imensa presunção e arrogância, entregues a debates teológicos e filosóficos que não raro terminavam em sangue. Discutiam se Deus havia criado primeiro o ovo ou a galinha, matando-se também a respeito do sexo dos anjos. Os turcos furaram túneis, utilizaram a pólvora e um belo dia entraram, passando metade da população pela espada e escravizando os demais. Constantinopla virou Istambul, até hoje, sem que fossem resolvidas tão fundamentais indagações envolvendo anjos, ovos e galinhas.
O episódio se conta a propósito do Império dos Companheiros. Tão confiantes ficaram, no poder, que não prestaram atenção nos turcos. Suas muralhas estão sendo solapadas, breve deixarão de servir para abriga-los. As eleições do próximo domingo poderão demonstrar o começo da derrocada. Daqui a dois anos, então, será o fim, caso não despertem para a realidade e interrompam suas tertúlias vazias, como a de saber quem Deus, perdão, o Lula, privilegia mais: se os fisiológicos ou os dogmáticos. A soberba conduz os dois grupos à possibilidade de perderem a cabeça, depois de explodidas as muralhas.
CONDENAÇÃO SEM PRISÃO?
Entre os advogados dos mensaleiros começa a soprar um ventinho que eles gostariam transformado em ventania. A condenação de seus clientes, com raras exceções, já começou e parece inevitável. Dedicam-se, assim, a analisar as penas, imaginando que a maior parte dos ministros do Supremo não seguirá integralmente o voto do relator Joaquim Barbosa. Debruçam-se no cipoal da legislação penal para obter alforria para a maioria dos réus. Invocam a necessidade de o julgamento ater-se, na sua fase finalíssima, a detalhes técnicos e não à voz rouca das ruas. Pode tratar-se de batalha inglória, mas garantir, ninguém garante...
CPI DO CACHOEIRA, ADEUS
As dúvidas resumem-se apenas em saber se a CPI do Cachoeira morreu de morte morrida ou de morte matada. Apenas em novembro serão reabertos seus trabalhos, mas sem maiores objetivos que a produção de um relatório final que nem ao Ministério Público deve ser encaminhado. No final, sobrará a evidência de que o bicheiro traficou influência e mandou dinheiro para o exterior. Algum ilustre advogado logo conseguirá sua libertação.
BLOG DO NOBLAT
Visão republicana, por Merval PereiraMerval Pereira, O Globo
O 30º dia do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal trouxe duas definições fundamentais para o aperfeiçoamento da democracia brasileira: a maioria do plenário formalizou o entendimento de que houve compra de apoio político no Congresso por parte do Executivo, e o ministro Celso de Mello denunciou que essa prática, inaceitável, coloca em risco o equilíbrio entre os poderes da República.O decano do STF pronunciou um dos votos mais importantes não só do processo em julgamento, mas da história do STF, definindo que “o Estado brasileiro não tolera o poder que corrompe e nem admite o poder que se deixa corromper”.
Também o presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, deu a dimensão da gravidade do esquema criminoso que está sendo julgado ao concordar que ele é representativo “de poder ideológico partidário”, acontecendo “mediante a arrecadação mais que ilícita, criminosa, de recursos públicos e privados para aliciar partidos políticos e corromper parlamentares e líderes partidários”.
Os dois votos, e mais o de Marco Aurélio Mello, deram a maioria do plenário à tese de que o que houve foi a compra de apoio político, e não caixa dois eleitoral, tese que só o revisor Ricardo Lewandowski abraçou explicitamente.
Até mesmo Dias Toffoli, que nos tempos em que trabalhava para o PT disse que o mensalão “ainda está para ser provado”, admitiu que houve compra de votos no caso do PL.Joaquim Barbosa, Luiz Fux e Gilmar Mendes foram taxativos quanto à compra de votos, e Rosa Weber aderiu à tese de modo indireto: disse que seguia integralmente o voto do relator.
Mas o mais importante do dia foi mesmo o voto de Celso de Mello, pelo enquadramento do objeto do julgamento na ótica da preservação da República.
Leia a íntegra em Visão republicana
Maioria do STF vê compra de apoio político no mensalão
Justiça quebra sigilo de ONG ligada ao PT
Russomanno reabilita ícones da máfia dos fiscais
Rio: MP abre investigação sobre aliança do PTN
Falcão:‘O juiz ausente é um funcionário público que falta ao trabalho’
Policiais federais decidem continuar em greve por tempo indeterminado
Governo quer coibir abusos em tarifas bancárias
Diretores financeiros do Brasil estão entre os mais bem pagos
Presidente colombiano tem câncer de próstata e será operado
ALERTA TOTAL
Petralhada alopra porque maioria do Supremo contrariou Lula e confirmou que o Mensalão existiu
Luiz Inácio Lula da Silva e sua companheirada sofreram ontem a maior derrota até agora no julgamento do Mensalão. Seguindo a tese do relator Joaquim Barbosa, a maioria dos ministros ratificou que existiu compra de apoio político, derrubando a insustentável tese defensiva de que o “mensalão não existia” e que tudo não passava de um “crime de caixa 2 já prescrito”. Conclusão: a petralhada aloprou geral no trigésimo dia do julgamento da Ação Penal 470, porque o STF sacramentou a existência do Mensalão.O ponto alto da sessão de ontem foi o voto do decano do Supremo. O ministro Celso de Mello falou exatamente aquilo que cada brasileiro honesto gostaria que fosse verdade: “Se impõe a todos os cidadãos dessa República um dever muito claro: o de que o Estado brasileiro não tolera o poder que corrompe e nem admite o poder que se deixa corromper”. Melhor seria se tal retórica correspondesse à realidade, no Brasil em que tudo parece dominado pelo Governo do Crime Organizado...
Celso de Mello foi além no discurso que confirmou a prática do uso da máquina pública para fins delitivos: “Este processo criminal, senhor presidente, revela a face sombria daqueles que, no controle do aparelho de Estado, transformaram a cultura da transgressão em prática ordinária e desonesta de poder, como se o exercício das instituições da República pudesse ser degradado a uma função de mera satisfação instrumental de interesses governamentais ou desígnios pessoais”.
Momento super aguardado
A grande expectativa é para a sessão de hoje. Se der tempo, o relator Joaquim Barbosa, começa a apresentar ainda hoje seu voto sobre réus do alto-comando do exército de militantes Petistas: José Dirceu de Oliveira e Silva (apontado injustamente como o único chefe da organização criminosa), José Genoíno (ex-presidente do partido e agora assessor especial do Ministério da Defesa) e Delúbio Soares (ex-tesoureiro petista).
Os três são acusados de corrupção ativa, no ítem 6 do julgamento.
Dirceu teria arquitetado o plano de compra de apoio, Delúbio teria indicado a Valério quem deveria receber os recursos e Genoino teria sido o interlocutor político – conforme acusações da Procuradoria-Geral da República.
Prova torrencial contra Dirceu
O Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, voltou a repetir ontem que existem provas suficientes para condenar José Dirceu por crime de corrupção ativa e como chefe da organização criminosa do Mensalão:
“Na verdade, o que eu tenho dito sempre é que não se pode exigir em relação a ele o mesmo tipo de prova direta que nós temos em relação a algumas outras pessoas, mas é uma prova indiciária, abundante, torrencial mesmo, e que respalda integralmente a acusação feita no sentido de que ele é o chefe da quadrilha. Por exemplo, um batedor de carteira é ato direto. É diferente quando se fala de crime organizado”.
Filosofia necessária
As palavras de Celso de Mello deviam servir como manual de conduta para os políticos no Brasil, se aqui fosse uma República de verdade:
“A conduta dos réus, notadamente daqueles que ostentam ou ostentaram funções de governo, maculou o próprio espírito republicano. Em assuntos de Estado ou de governo, nem o cinismo, nem o pragmatismo, nem a ausência de senso ético e nem o oportunismo podem justificar práticas criminosas, como as ações de corrupção do alto poder executivo ou de agremiações partidárias. É nesse contexto que se pode dizer que a motivação ética é de natureza republicana. Isso passa pela virtude civil do desejo de viver com dignidade. E pressupõe-se que ninguém poderá viver com dignidade em uma República corrompida”.
O decano do STF fechou com chave de ouro o raciocínio sobre a filosofia republicana:
“O conceito de República aponta para o consenso jurídico do governo das leis e não do governo dos homens, ou seja, aponta para o valor do Estado de Direito. O governo das leis obstaculiza o efeito corruptor do abuso de poder, das preferências pessoais dos governantes por meio da função equalizadora das normas gerais, que assegura a previsibilidade das ações pessoais e, por tabela, o exercício da liberdade”.
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
O insuportável ignóbil da silva
A hora da saideira
BLOG DO CORONELEAKS
Dirceuzinho Beira Mar.
Aloprados atacam Russomanno desesperadamente.
Marta: Ministério da Cultura "é uma confusão".
Mensalão: Brasil comemora fim da farsa montada por Lula.
BLOG DO JOSIAS
STF faz desandar o cinismo que rege a política
Destino de Pizzolato, réu do mensalão,
seria Itália
Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil no governo Lula, foi para a Itália cuidar de sua transferência, segundo informações que chegaram a ministros do Supremo Tribunal Federal. Ele tem dupla nacionalidade e pode se radicar na Itália sem dificuldades, como o ex-banqueiro Salvatore Cacciola, para fugir da Justiça. Pizzolato sumiu em julho, antes do julgamento do mensalão, e nunca mais foi visto.
Gurgel: Será difícil a defesa de Dirceu convencer ministros de sua inocência
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta segunda-feira (1º), que continua convencido da atuação do ex-ministro José Dirceu no "mensalão". "Continuo absolutamente convencido da participação dele [José Dirceu]. A prova é mais que abundante, a prova é torrencial em relação ao ministro José Dirceu", disse, após ser indagado pela imprensa das versões que serão apresentadas pela defesa do réu. "A posição da defesa é legítima, mas será difícil convencer os ministros porque as provas são suficientes", completou.
‘Na Europa’O advogado de Pizzolato, Marthius Sávio Lobato, garantiu que ele está “na Europa”, sem especificar o País, e que voltará ao País em breve.
Condenado
Em decisão unânime, o STF condenou Pizzolato por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Pode pegar, no mínimo, 12 anos prisão.
Efeito Battisti
Criminosos de dupla nacionalidade vão para a Itália confiando que não serão extraditados, após o Brasil acolher o terrorista Cesare Battisti.
Monitoramento
O sumiço de Pizzolato reforçou a necessidade, no STF, de “monitorar” os demais réus, a fim de evitar eventuais fugas.
‘Crise’ nas aéreas TAM e GOL é
só de gestão
A ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) deu declarações preocupada com a “crise” na TAM e na GOL. Essas empresas aéreas registram grandes prejuízos, apesar dos aviões lotados e de serem amplamente beneficiadas com medidas protecionistas, em desfavor da clientela. Segundo especialistas, o problema não é de crise, mas de gestão, sob o manto e a proteção da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Destino: fracasso
Tanto a GOL quanto a TAM são geridas com a mesma expertise de empresas de ônibus, em termos de rotas. Não tem como dar certo.
Caminho do ouro
A presidente Dilma será mais que bem recebida ao Peru, nesta terça-feira: tal como no governo Lula, ela foi generosa com o nosso dinheiro: despachou para Lima US$ 500 milhões para obras em rodovias.
Falta do que fazer
Dilma, Lula e o presidente palestino Mahmud Abas confirmaram presença em Porto Alegre, em novembro, no tal Fórum Palestina Livre, bancado pelo contribuinte por decisão do governador Tarso Genro.
Efeitos do mensalão
O julgamento do mensalão provoca consequências nos municípios. No Guarujá, litoral paulista, o ex-prefeito Farid Madi, novamente candidato ao cargo pelo PDT, perdeu a liderança nas pesquisas. Ele é acusado de montar esquema idêntico de compra de votos na Câmara Municipal.
Vapt-vupt
Em tempo de eleição valem até férias-tampão: a ministra Ideli (Relações Internacionais) tirou-as ontem e hoje para ir a Tubarão (SC) e Aloizio Mercadante (Educação) para ajudar na campanha de Haddad.
Carbonara
A esta hora o Pizzolato, condenado no mensalão, deve estar assando uma pizza perto de Roma...
AVISO AO PT: CUIDADO COM OS TURCOS
Por Carlos Chagas
Vale relembrar a tomada de Constantinopla pelos turcos, em 1453. Há mais de um século que os otomanos vinham assediando a capital do Império do Oriente, já tendo até sido contornada pela ocupação de territórios ao Norte, onde hoje estão a Bulgária e a Romênia. Por conta de suas muralhas e de sua situação geográfica, a cidade parecia inexpugnável, apesar de haver perdido a maior parte dos antigos domínios. Havia entre seus habitantes imensa presunção e arrogância, entregues a debates teológicos e filosóficos que não raro terminavam em sangue. Discutiam se Deus havia criado primeiro o ovo ou a galinha, matando-se também a respeito do sexo dos anjos. Os turcos furaram túneis, utilizaram a pólvora e um belo dia entraram, passando metade da população pela espada e escravizando os demais. Constantinopla virou Istambul, até hoje, sem que fossem resolvidas tão fundamentais indagações envolvendo anjos, ovos e galinhas.
O episódio se conta a propósito do Império dos Companheiros. Tão confiantes ficaram, no poder, que não prestaram atenção nos turcos. Suas muralhas estão sendo solapadas, breve deixarão de servir para abriga-los. As eleições do próximo domingo poderão demonstrar o começo da derrocada. Daqui a dois anos, então, será o fim, caso não despertem para a realidade e interrompam suas tertúlias vazias, como a de saber quem Deus, perdão, o Lula, privilegia mais: se os fisiológicos ou os dogmáticos. A soberba conduz os dois grupos à possibilidade de perderem a cabeça, depois de explodidas as muralhas.
CONDENAÇÃO SEM PRISÃO?
Entre os advogados dos mensaleiros começa a soprar um ventinho que eles gostariam transformado em ventania. A condenação de seus clientes, com raras exceções, já começou e parece inevitável. Dedicam-se, assim, a analisar as penas, imaginando que a maior parte dos ministros do Supremo não seguirá integralmente o voto do relator Joaquim Barbosa. Debruçam-se no cipoal da legislação penal para obter alforria para a maioria dos réus. Invocam a necessidade de o julgamento ater-se, na sua fase finalíssima, a detalhes técnicos e não à voz rouca das ruas. Pode tratar-se de batalha inglória, mas garantir, ninguém garante...
CPI DO CACHOEIRA, ADEUS
As dúvidas resumem-se apenas em saber se a CPI do Cachoeira morreu de morte morrida ou de morte matada. Apenas em novembro serão reabertos seus trabalhos, mas sem maiores objetivos que a produção de um relatório final que nem ao Ministério Público deve ser encaminhado. No final, sobrará a evidência de que o bicheiro traficou influência e mandou dinheiro para o exterior. Algum ilustre advogado logo conseguirá sua libertação.
BLOG DO NOBLAT
Visão republicana, por Merval PereiraMerval Pereira, O Globo
O 30º dia do julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal trouxe duas definições fundamentais para o aperfeiçoamento da democracia brasileira: a maioria do plenário formalizou o entendimento de que houve compra de apoio político no Congresso por parte do Executivo, e o ministro Celso de Mello denunciou que essa prática, inaceitável, coloca em risco o equilíbrio entre os poderes da República.O decano do STF pronunciou um dos votos mais importantes não só do processo em julgamento, mas da história do STF, definindo que “o Estado brasileiro não tolera o poder que corrompe e nem admite o poder que se deixa corromper”.
Também o presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, deu a dimensão da gravidade do esquema criminoso que está sendo julgado ao concordar que ele é representativo “de poder ideológico partidário”, acontecendo “mediante a arrecadação mais que ilícita, criminosa, de recursos públicos e privados para aliciar partidos políticos e corromper parlamentares e líderes partidários”.
Os dois votos, e mais o de Marco Aurélio Mello, deram a maioria do plenário à tese de que o que houve foi a compra de apoio político, e não caixa dois eleitoral, tese que só o revisor Ricardo Lewandowski abraçou explicitamente.
Até mesmo Dias Toffoli, que nos tempos em que trabalhava para o PT disse que o mensalão “ainda está para ser provado”, admitiu que houve compra de votos no caso do PL.Joaquim Barbosa, Luiz Fux e Gilmar Mendes foram taxativos quanto à compra de votos, e Rosa Weber aderiu à tese de modo indireto: disse que seguia integralmente o voto do relator.
Mas o mais importante do dia foi mesmo o voto de Celso de Mello, pelo enquadramento do objeto do julgamento na ótica da preservação da República.
Leia a íntegra em Visão republicana
Maioria do STF vê compra de apoio político no mensalão
Justiça quebra sigilo de ONG ligada ao PT
Russomanno reabilita ícones da máfia dos fiscais
Rio: MP abre investigação sobre aliança do PTN
Falcão:‘O juiz ausente é um funcionário público que falta ao trabalho’
Policiais federais decidem continuar em greve por tempo indeterminado
Governo quer coibir abusos em tarifas bancárias
Diretores financeiros do Brasil estão entre os mais bem pagos
Presidente colombiano tem câncer de próstata e será operado
ALERTA TOTAL
Petralhada alopra porque maioria do Supremo contrariou Lula e confirmou que o Mensalão existiu
Luiz Inácio Lula da Silva e sua companheirada sofreram ontem a maior derrota até agora no julgamento do Mensalão. Seguindo a tese do relator Joaquim Barbosa, a maioria dos ministros ratificou que existiu compra de apoio político, derrubando a insustentável tese defensiva de que o “mensalão não existia” e que tudo não passava de um “crime de caixa 2 já prescrito”. Conclusão: a petralhada aloprou geral no trigésimo dia do julgamento da Ação Penal 470, porque o STF sacramentou a existência do Mensalão.O ponto alto da sessão de ontem foi o voto do decano do Supremo. O ministro Celso de Mello falou exatamente aquilo que cada brasileiro honesto gostaria que fosse verdade: “Se impõe a todos os cidadãos dessa República um dever muito claro: o de que o Estado brasileiro não tolera o poder que corrompe e nem admite o poder que se deixa corromper”. Melhor seria se tal retórica correspondesse à realidade, no Brasil em que tudo parece dominado pelo Governo do Crime Organizado...
Celso de Mello foi além no discurso que confirmou a prática do uso da máquina pública para fins delitivos: “Este processo criminal, senhor presidente, revela a face sombria daqueles que, no controle do aparelho de Estado, transformaram a cultura da transgressão em prática ordinária e desonesta de poder, como se o exercício das instituições da República pudesse ser degradado a uma função de mera satisfação instrumental de interesses governamentais ou desígnios pessoais”.
Momento super aguardado
A grande expectativa é para a sessão de hoje. Se der tempo, o relator Joaquim Barbosa, começa a apresentar ainda hoje seu voto sobre réus do alto-comando do exército de militantes Petistas: José Dirceu de Oliveira e Silva (apontado injustamente como o único chefe da organização criminosa), José Genoíno (ex-presidente do partido e agora assessor especial do Ministério da Defesa) e Delúbio Soares (ex-tesoureiro petista).
Os três são acusados de corrupção ativa, no ítem 6 do julgamento.
Dirceu teria arquitetado o plano de compra de apoio, Delúbio teria indicado a Valério quem deveria receber os recursos e Genoino teria sido o interlocutor político – conforme acusações da Procuradoria-Geral da República.
Prova torrencial contra Dirceu
O Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, voltou a repetir ontem que existem provas suficientes para condenar José Dirceu por crime de corrupção ativa e como chefe da organização criminosa do Mensalão:
“Na verdade, o que eu tenho dito sempre é que não se pode exigir em relação a ele o mesmo tipo de prova direta que nós temos em relação a algumas outras pessoas, mas é uma prova indiciária, abundante, torrencial mesmo, e que respalda integralmente a acusação feita no sentido de que ele é o chefe da quadrilha. Por exemplo, um batedor de carteira é ato direto. É diferente quando se fala de crime organizado”.
Filosofia necessária
As palavras de Celso de Mello deviam servir como manual de conduta para os políticos no Brasil, se aqui fosse uma República de verdade:
“A conduta dos réus, notadamente daqueles que ostentam ou ostentaram funções de governo, maculou o próprio espírito republicano. Em assuntos de Estado ou de governo, nem o cinismo, nem o pragmatismo, nem a ausência de senso ético e nem o oportunismo podem justificar práticas criminosas, como as ações de corrupção do alto poder executivo ou de agremiações partidárias. É nesse contexto que se pode dizer que a motivação ética é de natureza republicana. Isso passa pela virtude civil do desejo de viver com dignidade. E pressupõe-se que ninguém poderá viver com dignidade em uma República corrompida”.
O decano do STF fechou com chave de ouro o raciocínio sobre a filosofia republicana:
“O conceito de República aponta para o consenso jurídico do governo das leis e não do governo dos homens, ou seja, aponta para o valor do Estado de Direito. O governo das leis obstaculiza o efeito corruptor do abuso de poder, das preferências pessoais dos governantes por meio da função equalizadora das normas gerais, que assegura a previsibilidade das ações pessoais e, por tabela, o exercício da liberdade”.
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
O insuportável ignóbil da silva
A hora da saideira
BLOG DO CORONELEAKS
Dirceuzinho Beira Mar.
Aloprados atacam Russomanno desesperadamente.
Marta: Ministério da Cultura "é uma confusão".
Mensalão: Brasil comemora fim da farsa montada por Lula.
BLOG DO JOSIAS
STF faz desandar o cinismo que rege a política
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