Por Ernesto Caruso (*)
A senadora Ana Rita do PT-ES comemorou a aprovação do seu projeto na Comissão de Educação de mudar o nome da Ala Senador Filinto Müller para Ala Senador Luiz Carlos Prestes. Uma afronta à História se comparada a trajetória do patriota mato-grossense Filinto Müller com a de quem, cumprindo ordens de Moscou, deflagrou a Intentona Comunista de 1935 e afirmou no mesmo Senado que pegaria em armas em favor da Rússia em caso de guerra com o Brasil.
Um acordo e a proposta do senador Inácio Arruda (PCdoB) retirando o nome atual sem definir o outro, permitiram a corrupção de valores.
Filinto Müller nasceu em Cuiabá capital do então Mato Grosso, um só coração com o Mato Grosso do Sul. Teve uma vida de dedicação ao Brasil, do governo Vargas até 1973 quando faleceu. Foi eleito quatro vezes senador pelo Mato Grosso (1947/55/62/70), líder do então PSD e do governo Kubitscheck (democrata por excelência) e Presidente daquela casa. Uma História, um currículo contra uma folha corrida.
Projeto semelhante foi apresentado por Sergio Cabral, apoiado na tribuna pelo petista Eduardo Suplicy e rejeitado em 2003 com o parecer do Sen Edison Lobão: “O autor da proposição... naturalmente ignora a profunda estima e respeito que o saudoso Senador Filinto Müller angariou no Congresso Nacional. Nos inúmeros mandatos que exerceu como representante do então Estado de Mato Grosso, Filinto Müller conquistou a amizade e a admiração de Senadores e Deputados de todas as bancadas, inclusive das que se opunham ao seu partido. Exercendo uma liderança incontestada, presidiu o Senado com reconhecida correção, quer política quer administrativamente.”
Querem fazer uma faxina no passado de Prestes enlameando quem o combateu e impediu de fazer neste Brasil os mal afamados Muro de Berlin e “paredón” de Fidel. Usam de todos os meios, fazem filmes, seriados como “Olga” a demonstrar um lado romântico, “da paz” para comover, mas, na real, um passado manchado de sangue de inocentes. Vã tentativa de redenção.
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