DA MÍDIA SEM MORDAÇA - 05-7-12



COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO


Disputa presidencial
começa na
eleição de BH


Após o PT romper a aliança com PSB pela reeleição do prefeito Márcio Lacerda em Belo Horizonte, a presidenta Dilma e o senador Aécio Neves (PSDB) correm contra o tempo para obter apoio dos partidos na capital mineira. Controlado pelo PSDB, o estado de Minas Gerais será, como sempre, fator essencial nas eleições presidenciais de 2014. Com o rompimento PT/PSB, Aécio desarticulou candidaturas do PTB e PV, que ele próprio havia estimulado para enfraquecer Lacerda.


Magoado por não ser o candidato do PT no Recife, Rands abandona o partido


RANDS DISSE QUE VAI ABANDONAR A VIDA PÚBLICA, MAS SEU DESTINO PODE SER O PSB.

O deputado Maurício Rands anunciou nesta quarta-feira (4) que vai se desfiliar do PT. Em carta, Rands entrega o cargo ao partido e abandona a Secretaria de Governo do Estado de Pernambuco. Ele critica ainda a Direção Nacional da legenda e afirma que vai apoiar o candidato do PSB, Geraldo Júlio. "Depois da decisão da Direção Nacional do PT, impondo autoritariamente a retirada à minha candidatura e a do atual prefeito, recolhi-me à reflexão", diz a carta. "No debate das prévias, minha candidatura buscou construir uma legítima renovação por dentro do PT e da Frente Popular. (...) Porém, setores dominantes da Direção Nacional do PT já tinham outro roteiro que não o do debate democrático com a militância do PT no Recife e sua deliberação. Ou seja, cometeram o grave equívoco de ter a pretensão de impor, a partir de São Paulo, um candidato à Frente Popular e ao povo do Recife", completa. Maurício Rands militava no PT há 32 anos e estava em seu terceiro mandato como deputado federal.

Inferno astral

O dono da Delta, Fernando Cavendish, alvo na CPI mista do Cachoeira, pegou vôo em avião de carreira, do Rio para Brasília, terça da semana passada. Passou todo o tempo de cabeça baixa.

Estratégias

O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), almoçou na última terça com o senador Eunício Oliveira (PMDB) em Brasília. Os dois partidos traçam estratégias para guerra contra o PT em Fortaleza.

Cartão vermelho

Após a declaração de idoneidade da Delta, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, substituiu a empresa nas obras de saneamento na cidade, 40% concluídas. E sem “aditivar” o contrato com acréscimos.

O repouso do tarado

O ex-diretor-geral do FMI Dominique Strauss-Kahn descansou semana passada no Rio, com a filha, das atribulações jurídicas de abuso sexual e da separação da mulher. A revista Le Point diz que ele voltou ontem em Paris de cadeira de rodas, com a perna machucada. Só a perna...

A guerra da seca

O padre Djaci Brasileiro, tuiteiro do interior da Paraíba, promete acampar no Planalto, semana que vem, com uma cruz de latas d’água se paralisarem as obras do lote 7 da transposição do São Francisco.

Saindo do caixão

A exumação de Yasser Arafat, para apurar a suspeita palestina de morte por envenenamento, pode danificar sua imagem do “valente guerrilheiro”. Para o serviço secreto de Israel, ele morreu de aids.

Virou Zoo

O ministro Guido Mantega tentou tirar o bode da sala da economia apelando ao “instinto animal” dos empresários. Tem gato na tuba.


BLOG DO CORONELEAKS

Descapitalizaram o PT.

O PT enfrentará uma dura batalha para conseguir sair das eleições de outubro controlando qualquer uma das dez maiores cidades do país. Com a definição de Patrus Ananias como candidato em Belo Horizonte, os petistas passaram a ter nomes próprios em sete delas. Mas, se há três semanas a situação geral parecia alvissareira, hoje o quadro é sombrio. O único candidato do partido que lidera as pesquisas em uma dessas capitais é o senador Humberto Costa, em Recife, mas lá ele terá de enfrentar o candidato do governador Eduardo Campos (PSB), com aprovação popular que já chegou a 90%, e que está construindo uma aliança com quase uma dezena de partidos que antes estavam com o PT.
Por isso, Costa não deverá contar com apoio de parte significativa de seus correligionários, ainda magoados com a retirada do nome do atual prefeito, João da Costa, que foi impedido pela direção nacional do partido de disputar a reeleição. Em São Paulo, o petista Fernando Haddad só agora chegou aos 8% de intenção de voto, ainda distante dos 30% do tucano José Serra. Terá contra si na campanha as máquinas da prefeitura de Gilberto Kassab e do governo de Geraldo Alckmin, ambos aliados de Serra. Para completar, ainda que Lula continue sendo apontado como principal eleitor na cidade, sua capacidade de influência vem se reduzindo nos últimos meses.
O cenário é parecido em Belo Horizonte. Com a ruptura sacramentada no fim de semana, o PT terá pela frente a missão de fazer Patrus Ananias superar os pesos das máquinas da prefeitura e do governo de Antonio Anastasia para derrotar o prefeito Márcio Lacerda, que lidera as pesquisas com grande folga. E o senador Aécio Neves, patrono da candidatura de Lacerda, é apontado nas últimas pesquisas como o principal eleitor na cidade. Leia mais aqui.

Lula usa Dilma para lavar a sua foto com Maluf.






Lula dobrou os joelhos e pediu o auxílio da "presidenta" para lavar aquela foto que ele fez com Maluf. No auge da popularidade e com Lula desabando, Dilma posou com o verme perseguido pela Interpol, hoje, no Palácio do Planalto. Será que lava?

Lula malufou o PT.

Nestes últimos dias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem desafiado a própria fama de infalível em estratégias políticas com uma série de "pisadas na bola", como se diz na gíria futebolística, que ele tanto aprecia, num território no qual sempre desfilou com desenvoltura. Enquanto os adversários tucanos se engalfinhavam em lutas internas intermináveis e injustificáveis para escolher o candidato à sucessão de Gilberto Kassab (PSD) na Prefeitura de São Paulo, Lula não ouviu lideranças locais, federalizou o pleito e lançou Fernando Haddad com a justificativa de que aposta no "novo" e repete a audácia de ter indicado Dilma Rousseff para presidente, em 2010. O risco é que, se Haddad perder, dará a Dilma a oportunosa ensancha de mostrar que ela não ganhou só por causa do apoio dele, mas teve méritos próprios.
Leia aqui a íntegra do artigo initulado "Lula quer provar que o neomalufismo compensa", de José Nêumane, publicado hoje, no estadão


BLOG DO JOSIAS

Em solenidade oficial, Maluf beija mão de Dilma




Convertido pelo PT em herói da resistência na cidadela paulistana, Paulo Maluf levou ao seu álbum particular uma fotografia com aparência de troféu. Duas semanas depois de posar ao lado de Lula, o neoalidado cavou uma nova imagem insólita.
Deu-se nesta quarta-feira (4), em ato oficial realizado no Planalto. Convocada pelo cerimonial da Presidência para que Dilma Rousseff anunciasse com pompa um plano para a safra da agricultura familiar, a solenidade tropeçou nas circunstâncias.
Além de adensar a platéia, Maluf achegou-se à anfitriã depois de apaudir-lhe o discurso. Reverenciou-a à moda dos antigos fidalgos, pespegando-lhe um beijo na mão. Por mal dos pecados, os fotógrafos eternizaram a coreografia.
Em tempos de Comissão da Verdade, a imagem desce à crônica dos dias que correm como símbolo dos novos tempos: o apoiador da ditadura militar e a torturada reunidos em carinhosa confraternização!
No caso de Lula, a aproximação com Maluf materializou apenas uma incoerência. Uma evidência de que já não há culpados no Brasil, apenas cúmplices. No caso de Dilma, a metamorfose é mais profunda.
Maluf era prefeito de São Paulo quando a Oban (Operação Bandeirante) deu seus primeiros passos na cidade. Sob estímulos do comando do 2o Exército um major chamado Waldyr Coelho azeitou, em 1969, a engrenagem que recebia e interrogava, sob suplícios, os suspeitos de atividades terroristas.
Num dos volumes em que dissecou esse período da história (A Ditadura Escancarada, Cia. das Letras), o repórter Elio Gaspari conta que “o major Coelho fazia tempo pensava em transferir o seu porão para outra sede, onde tivesse mais segurança e, sobretudo, discrição.”
Reportando-se às ‘Memórias de um soldado’, obra do general Ernani Ayrosa da Silva, que assumira as rédeas do 2o Exército em maio de 1968, Gaspari relata que a burocracia de Brasília dera sinal verde ao empreendimento do major Coelho –“desde que ele conseguisse equipar o quartel sem pedir dinheiro à caixa” do Ministério do Exército.
A cereja desse pedaço do bolo servido no livro de Gaspari vem no seguinte trecho: “O prefeito da cidade, Paulo Maluf, asfaltou a área do quartel, trocou-lhe a rede elétrica e iluminou-o com lâmpadas de mercúrio. O governador Roberto de Abreu Sodré cedeu-lhe espaço numa delegacia na esquina das ruas Tomás Carvalhal e Tutóia, a cinco minutos do QG do Ibirapuera, para que nela fosse instalada a Oban.”
Quer dizer: na tarde seca de uma Brasília inacreditável, uma Dilma impensável teve a mão beijada por um Maluf que, insuperável na sua capacidade de reposicionar-se em cena, ajudara a asfaltar e iluminar um dente da engrenagem repressora que moeria a ex-guerrilheira que hoje despacha no Planalto e seus companheiros de armas.

Na batalha que não houve, a Fiel salvou a noite

Os torcedores de futebol se parecem entre si como búfalos na pradaria. Exibem o mesmo comportamento de manada –trejeitos assemelhados, xingamentos iguais, idêntica aversão ao juiz.
Há, porém, um torcedor diferente dos demais. Ponha-se um capuz na cabeça de um corintiano e ele permanecerá inconfundível. Quando o sujeito morre de amores por um time, diz-se que é um torcedor doente. Verdade. Mas só o corintiano é incurável.
O verdadeiro torcedor de futebol ou é torcedor ou é lúcido. E nenhum torcedor é tão consciente de sua demência quanto o corintiano, que exercita sua inconsciência com método.
Para o corintiano, a partida é um detalhe. Ele quer mesmo é esganiçar-se, enfurecer-se, rugir contra tudo. Foi imbuída desse ímpeto que a Fiel torcida compareceu ao sanatório do Pacaembu na noite passada.
A massa preparara-se para um confronto sangrento. E teve de assistir à repetição da Batalha de Itararé, aquela que não houve. É grande a tentação de pespegar em Emerson, o autor dos dois gols cravados no peito do inimigo, o epíteto de herói. Bobagem.
O adversário como que desvalorizou o feito do craque. Velho algoz de equipes brasileiras em finais da Libertadores da América, o Boca Juniors apresentou-se diante do Timão e dos seus torcedores como um irreconhecível e inofensivo timinho.
A despeito do primeiro tempo sofrível, decepcionante, as arquibancadas conservaram aceso o alarido. Na volta do vestiário, o Corinthians recebeu de sua torcida uma recepção épica, mais efusiva que a do início da peleja.
O placar ainda registrava um angustiante zero a zero. Insinuava-se a repetição de humilhações jamais cicatrizadas. Ainda assim, lançaram-se aos céus rojões dignos de um triunfo de final de Copa do Mundo.
Os jogadores do Corinthians foram como que intimados a produzir um resultado que justificasse a celebração antecipada, eis a verdade. A Fiel parecia avisar que não suportaria um fracasso. Muito menos diante de um adversário desconjuntado.
Faltou de tudo na noite do Pacaembu. Faltou arte nos gols. Faltou um Boca Juniors digno do Boca Juniors. Faltou o Galvão Bueno para repetir o lero-lero de que a vitória sobre argentinos é mais gostosa. Faltou o roubo do juiz. Faltou até a previsível troca de sopapos depois do apito final.
Diante de tanta mediocridade, sobraram duas coisas: o formidável espetáculo dos corintianos e a decepção dos torcedores dos outros times, que, autoconvertidos em argentinos por uma noite, perderam o gostinho de zoar os doentes terminais na manhã seguinte.
- Ilustração animada de Maurício Ricardo, via charges.com.


Senado derruba voto secreto para cassação de parlamentares, mas não vale para Demóstenes

Com atraso de cinco anos, o Senadoaprovou na noite desta quarta (4) uma emenda que acaba com o voto secreto nas votações de perda de mandato de congressistas. A proposta seguiu para a Câmara. Numa escala de zero a dez, a chance de a novidade ser aplicada ao julgamento de Demóstenes Torres é de menos onze.
A emenda que passou no Senado é de autoria de Alvaro Dias, líder do PSDB. Foi apresentada em 2007, quando estava na grelha Renan Calheiros, absolvido em dois processos de cassação votados na sombra.
Depois de dormir nas gavetas por cinco anos, a proposta foi aprovada a uma semana do julgamento de Demóstenes, marcado para a próxima quarta-feira (11). Enviada à Câmara, vai perambular pelas comissões antes de chegar ao plenário. Deus sabe quando os deputados se dignarão a aprová-la.
Há um quê de jogo de cena no movimento desta noite. Há na Câmara outro projeto que fulmina o voto secreto no Legislativo. Apresentada em 2006, já foi aprovada em primeiro turno. Aguarda pela apreciação em segundo turno há arrastados seis anos.
Se quisesse julgar Demóstenes sob luzes, bastaria ao Congresso ter priorizado essa proposta da Câmara. Supondo-se que fosse aprovada nesta semana, iria ao Senado em tempo de ser votada até terça (10), véspera do cadafalso do amigo de Carlinhos Cachoeira.
Ao dar preferência ao texto do Senado –aprovado em dois turnos de uma tacada— o Legislativo informa à platéia que faz questão de oferecer a Demóstenes a possibilidade de ser içado do purgatório no escurinho de um placar secreto. Brasilllll!


BLOG DO NOBLAT


FRASE DO DIA
O PT quer vassalagem. Eles só conhecem o ‘Vem a nós’. Querem destruir o PDT, como estão fazendo com o PC do B. Mas, com o PSB, não vão fazer.

Ciro Gomes, sobre o fim das alianças municipais entre PT e PSB

Ciro Gomes critica PT: 'aliança não é para liquidar companheiro'

Christiane Samarco, Estadão.com.br

Em meio ao silêncio da direção do PSB sobre o embate com o PT, coube ao ex-ministro Ciro Gomes atacar a gula do aliado, que rompeu a aliança com o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), e lançou Patrus Ananias na disputa.
"O PT quer vassalagem. Eles só conhecem o ‘Vem a nós’. Querem destruir o PDT, como estão fazendo com o PC do B. Mas, com o PSB, não vão fazer", criticou Ciro, para quem nem o PT nem o PSDB do senador Aécio Neves (MG) pensaram nos interesses de Belo Horizonte ao esticarem a corda até o ponto de os petistas deixarem a coligação.
"Ao contrário do que o PT pensa, aliança não é para liquidar o companheiro. O que mais querem de mim além de terem aniquilado minha vida pública?", indagou, ao lembrar que o PSB abriu mão de sua candidatura a presidente para apoiar o PT de Dilma Rousseff.




Leia entrevista em Ciro aumenta o tom e critica PT: 'aliança não é para liquidar companheiro'


MPE: presença de Paes em inauguração é ilegal

Renato Onofre, O Globo

A brecha encontrada pela campanha do prefeito Eduardo Paes (PMDB) para, junto com a presidente Dilma Rousseff (PT), participar de três inaugurações nesta sexta-feira — primeiro dia oficial de campanha — é considerada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) como ilegal e caracteriza abuso de poder político.Nesta quarta-feira, o procurador regional eleitoral, Maurício da Rocha Ribeiro, encaminhou um ofício para o prefeito, candidato à reeleição, recomendando a sua não participação nos eventos.
Por meio de sua assessoria, Paes disse que só vai se manifestar após a notificação oficial. Pela legislação eleitoral, os candidatos ao Executivo com mandato em curso não podem participar de inaugurações ou eventos institucionais três meses antes do dia da votação. Este ano, o primeiro turno acontece no dia 7 de outubro e, por uma combinação de datas, a campanha começa três meses e um dia antes.







Leia mais em MPE: presença de Paes em inauguração é ilegal


























Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 10/12/2023 - DOMINGO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 1ª EDIÇÃO DE 05/8/2023 - SÁBADO

NOTÍCIAS EM DESTAQUE - 2ª EDIÇÃO DE 08/4/2024 - SEGUNDA-FEIRA