JUAZEIRO VELHO
Por Wanderley Pereira

Antes tão grosso, copa verde imensa,
Como um carvalho protegendo a flora,
Velho juazeiro da caatinga, agora
Geme ao peso do tempo e da doença.

Dele contam-se lenda, história e crença
De assombração, dos gritos do caipora,
E hoje o cupim dos anos o devora,
Deixando-o fraco e a fronde menos densa.

Mas nele uma alma intrépida resiste,
Não como a nossa, amargurada e triste,
Ante a velhice que aproxima a morte.

É que a velhice nele é diferente:
Sabe que vai morrer, mas da semente
Que ele espalhou vai renascer mais forte!

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Fortaleza,CE, 25/6/12

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