DA MÍDIA SEM MORDAÇA (MATINAIS) 11-6-12

BLOG DO MOURÃO


Antonio Mourão Cavalcante (*)

O modo como a imprensa noticia é curioso: uma pacata senhora, esposa de um rico empresário – numa noite de loucura – mata o marido com um tiro na cabeça, espera algumas horas, vai esquartejá-lo, colocar os pedaços em malas e distribuí-los por estradas sem fim…
Assim dito, dá a impressão que qualquer casal, a qualquer momento, pode produzir a mesma cena. A busca mórbida por audiência – vide diariamente os programas policiais – tenta impor uma ditadura do escatológico para garantir um mínimo de atenção. Pobre imprensa que faz tanto strip tease da condição humana em busca de grana.
Voltando ao caso de São Paulo. Não é fácil compreender o que acontece dentro de um casal. Sabemos apenas de alguns detalhes ou fatos quando chamam atenção.
Esse episódio expressa uma violenta agressividade. Claro que um casamento pode se acabar. Existe a separação legal. Por que essa paixão bestial? Justamente porque não existia o amor. Essa violência é o contrário do amor.
O comportamento remonta, provavelmente, a fatos do passado. A intolerância diante do sofrimento. Algo que não podia se repetir. Ela joga tudo para cima. Destrói e pronto! E uma evidente dimensão autopunitiva. Ao mesmo tempo que ela mata, ela se acaba. Sua vida está igualmente liquidada.
Em Psiquiatria, o diagnóstico provável vai se situar no campo das psicopatias. Uma grande dificuldade em introjetar a lei, um flerte com a morte – por que tinha tantas armas? – e a impossibilidade de suportar uma desfeita. Tudo tem que ser conseguido e aquele que a impede de concretização vira inimigo.
O professor Yves Pelicier advertia que o psicopata é “uma história cheia de histórias.” Se formos atrás, outros episódios indicativos dessa tendência poderão ser detectados. Nesse caso, o novo nunca é súbito. Essa situação vinha sendo planejada. A atitude não é indicativa de amor. Nem de ódio. Mas de não conseguir entender que amar é um verbo que se conjuga a dois… E, agravante ainda maior, a vida não pode ser o troco para tal contrariedade.

(*) Cearense, médico e antropólogo, professor universitário. Autor do livro <O ciúme patológico> (Ed. Record)


 BLOG   DO EGÍDIO SERPA

Seca: Dilma castiga pecuaristas

Quando o primeiro sinal de queda nas vendas de automóveis surgiu, o Governo Federal agiu feito relâmpago: abaixou – e em alguns casos reduziu a zero – o IPI dos carros.
O Nordeste enfrenta uma grave seca que reduziu drasticamente a produção de leite.
O que fez o Governo?
Abaixou o preço do milho de R$ 33 para R$ 18 – para os produtores do Programa de Agricultura Familiar (Pronaf) e para R$ 21 – para os médios e grandes produtores.
Em compensação, também reduziu a quota de milho para apenas 3 toneladas por mês por produtor. Isto é, beneficiou os chamados “pronafianos”.
Quem tem um rebanho de 400 vacas precisa de 15 toneladas de milho por mês.
Sem subir a quota mensal de milho para o médio produtor, Dilma castiga o Nordeste.

Vai mudar a diretoria do BNB


Da Folha de S. Paulo: A presidente Dilma Rousseff deverá promover mudanças na diretoria do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), após suspeitas levantadas pela Polícia Federal de que um esquema de fraudes em operações de crédito desviou R$ 100 milhões da instituição. No sábado, o presidente do banco, Jurandir Santiago, demitiu seu chefe de gabinete, Robério Gress do Vale, suspeito de comandar o suposto esquema, revelado pela revista “Época” anteontem.
Segundo interlocutores de Dilma, serão afastados diretores indicados por PT e PMDB. Hoje, 11, o conselho de administração do BNB, que conta com dois representantes do Ministério da Fazenda, vai analisar a auditoria interna realizada para investigar operações do banco. Essa investigação, segundo a revista, apontou que uma empresa de cunhados de Vale obteve R$ 12 milhões em créditos fraudulentos. A suposta fraude teria se concentrado entre o final de 2009 e o início de 2011.
Em nota, o banco informa que, em julho de 2011, ao tomar conhecimento dos indícios de fraude, abriu sindicância e, desde então, já afastou funcionários. A Folha não localizou o assessor demitido. A assessoria do banco não respondeu à reportagem.


BLOG DO REINALDO AZEVEDO


Prendam a imprensa e deixem José Dirceu solto! Por um Brasil mais decente! Ou: Márcio Thomaz Bastos lutou pela democracia na ditadura e luta por ditadura na democracia. Ou: Bastos pressiona o Supremo!;
Gravações envolvem braço direito de Agnelo em suposto lobby na Anvisa;
Agnelo — Ex-assessor diz que empresa prometeu doação;
Marconi Perillo: “Interferência de Lula em CPI seria muito mesquinha”‘;
Cachoeira intermediou venda da casa de Marconi Perillo;
Dilma deve trocar cúpula do Banco do Nordeste;
Brasil já gastou quase R$ 2 bilhões no Haiti;
Parada Gay dos “4 milhões” reúne apenas 270 mil pessoas, afirma Datafolha;
Tucano Otávio Leite lança candidatura no Rio; a difícil, mas não impossível, tarefa de apear Eduardo Paes da Prefeitura; 


COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Rio+20: aluguel
custa o triplo do
preço de compra

O Governo Federal vai gastar R$ 7 milhões para alugar 22 mil itens de mobiliário para a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que acontece nesta semana no Rio de Janeiro. Empresas que participaram do pregão garantem: o valor é três vezes mais alto do que se fossem comprados. Na Eco-92, os móveis foram comprados e até hoje são utilizados em órgãos públicos federais.

Faltam provas

A assessoria da Rio+20 garante ter sido feita “pesquisa de mercado”, diz que o aluguel saiu “mais barato”, mas não mostra comprovantes.

Tenda dos milagres

O Foro de São Paulo, dos “cumpanhêro” socialistas da América Latina, terá uma tenda na Cúpula dos Povos, paralela à Rio+20, no Aterro.

Ladeira

Mais um setor em queda: o do tráfego de passageiros. O crescimento de 16%, em 2011, caiu para 5% em Março, e subiu só 0,3% em Abril.

Novo Refis
beneficia calote
das universidades

O governo federal articula, na moita, o novo projeto de refinanciamento Refis 6, para beneficiar universidades particulares que devem R$ 15 bilhões em impostos. Isto depois de terem sido beneficiadas pelo INSS com a renúncia a créditos de R$ 8 bilhões. As universidades prometem pagar os R$ 15 bi com bolsas, mas nem o Ministério da Fazenda nem o MEC sabem quantas bolsas foram geradas pelos R$ 8 bilhões.

Caixa dois

Programas de refinanciamento Refis sempre aparecem às vésperas de eleições, suspeitam auditores da Receita, para alimentar o caixa dois.

Trabalheira

Além do ministro Brizola Neto, 13 pessoas, entre assessores, técnicos, secretários e sindicalistas estão por nossa conta em Genebra (Suíça) até 15 de junho, para a 101ª Conferência Internacional do Trabalho.

Gastança secreta

O governo federal gastou R$ 10,9 milhões com cartões corporativos nos primeiros cinco meses do ano. Os gastos são "sigilosos", apesar das promessas de transparência.

Garimpo no DNIT

Membro da CPI do Cachoeira, o deputado Onyx Lorenzoni  (DEM-RS) se debruça sobre os mais de seis mil contratos firmados entre o DNIT e a Delta Construções: “Pega o PT em cheio”, garante.

Doa a quem doer

Líder da minoria, o deputado Mendes Thame (PSDB-SP) acredita que, “mesmo que prejudique José Serra” na disputa pela prefeitura de São Paulo, o ex-diretor do Dnit, Luiz Antonio Pagot, precisa ser convocado na CPI de Cachoeira: “Temos de deixá-lo falar, doa a quem doer”.

Médicos paralisam atividades na terça

Conforme antecipado por esta Coluna, a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) marcou para esta terça (12) uma paralisação da categoria em protesto contra a Medida Provisória (MP) nº 568, de 2012, que, segundo a entidade, reduz o salário dos médicos do serviço público federal em 50%. “A medida é considerada pelo presidente da entidade, Cid Carvalhaes, como um enorme retrocesso em um país já tão castigado pela carência do Sistema Único de Saúde [SUS] e pela desvalorização dos profissionais de medicina”, diz, em nota, a Fenam. “As entidades médicas compreendem que a MP traz a determinados setores do funcionalismo avanços importantes, que devem ser mantidos e até ampliados. Entretanto, particularmente nos artigos 42 e 47, prejudica os atuais e futuros servidores médicos, dobrando jornadas sem acréscimo de vencimentos, reduzindo a remuneração em até metade e cortando valores de insalubridade e periculosidade. As perdas atingem, inclusive, aposentados (e pensionistas), que tanto já se dedicaram ao serviço público, enfrentando baixos salários e condições de trabalho adversas”, completa.


BLOG DO CORONELEAKS

Não tem "batalha final", Zé. É apenas o julgamento de três dezenas de corruptos.

Comentário: sobrou uma meia dúzia de estudantes corruptos, como os dirigentes da UNE que vêm esfolando os cofres públicos para defender o chefe da sofisticada organização criminosa do Mensalão.  Velhos e jovens ladrões querendo peitar a Democracia, atacando a Liberdade de Expressão e a Justiça. Abaixo, notícia da Folha de São Paulo.
O ex-ministro José Dirceu pediu sábado, durante encontro da UJS (União da Juventude Socialista), que os estudantes saiam às ruas em manifestações pela absolvição dos réus do mensalão. Dirceu foi chefe da Casa Civil no início do governo Lula e é um dos 38 réus do processo. Ele é acusado pela Procuradoria-Geral da República de formação de quadrilha e corrupção ativa. Durante o evento realizado no Rio, segundo o jornal "O Globo", Dirceu chamou o julgamento de "a batalha final" e criticou a imprensa. Na última semana, o STF (Supremo Tribunal Federal) marcou o início do julgamento para 1º de agosto.
"Todos sabem que este julgamento é uma batalha política", disse Dirceu. "Essa batalha deve ser travada nas ruas também, porque senão a gente só vai ouvir uma voz, a voz pedindo a condenação, mesmo sem provas. É a voz do monopólio da mídia. Eu preciso do apoio de vocês." O petista, segundo o jornal, pediu aos estudantes que fiquem "vigilantes" e não permitam um julgamento "fora dos autos". "Me lincharam, me condenaram. Mas agora é a batalha final. Eu quero esse julgamento. Quero olhar nos olhos dos que me acusaram e me lincharam esses anos todos", disse Dirceu, que foi cassado pela Câmara dos Deputados em 2005 por causa de seu envolvimento no escândalo.

Brasil gasta seis vezes mais no Haiti do que com a Força de Segurança Nacional.

O que começou como uma operação emergencial de seis meses, com um custo previsto de R$ 150 milhões, completou no início deste mês oito anos de duração, a um preço de quase R$ 2 bilhões. A operação militar do Brasil no Haiti, iniciada em 1º de junho de 2004 como parte do plano do governo Lula para obter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, consumiu até agora mais de seis vezes o que foi gasto pelo governo federal com a Força Nacional brasileira entre 2006 e 2012. Além disso, equivale a cerca de dois anos de gastos do principal programa de segurança pública da União, o Pronasci.O valor de R$ 1,97 bilhão, já descontada a inflação do período, foi obtido pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação junto ao Ministério da Defesa.
A conta total é ainda maior, pois o ministério alegou não dispor de informações sobre auxílios, indenizações e outros benefícios previstos numa lei, criada após a entrada do Brasil no Haiti, que trata da remuneração de militares que atuam em missões internacionais de paz. Mais de 16 mil militares brasileiros estiveram no país desde 2004. Segundo o levantamento, uma boa parte do dinheiro gasto pelo Brasil no Haiti foi dirigida à modernização de equipamentos. O Brasil adquiriu veículos (R$ 162,3 milhões), explosivos e munições (R$ 24,3 milhões), armamentos (R$ 22 milhões) e embarcações e equipamentos para navios (R$ 18,1 milhões).
Uma parte dos gastos do Brasil no Haiti é reembolsada pela ONU, responsável pela missão de paz. Até outubro de 2010, foram R$ R$ 328 milhões, ou apenas 25% do total (o ministério não repassou números atualizados). Em nota, o ministério afirmou à Folha que os gastos estimulam a indústria militar brasileira. "A aquisição de material moderno para equipar os militares brasileiros permite, além da eficiência no emprego da tropa, fomentar a indústria de defesa brasileira e projetar o Brasil internacionalmente."
Um dos generais que lideraram a missão no Haiti disse, sob garantia de não ser identificado, que o Brasil "já devia ter pensado em sair" do país caribenho. O oficial reconhece que o Brasil não vai retirar suas tropas "tão cedo" e por uma razão política: a missão é usada como cartão de visitas do Brasil no exterior, como um exemplo de sucesso. (Da Folha de São Paulo)
 











 

 

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