DA MÍDIA SEM MORDAÇA



COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO

Dilma quer acabar 'feudo do PDT’ no Ministério do Trabalho

A presidenta Dilma Rousseff pretende acabar com o ‘feudo do PDT’ montado pelo ex-ministro Carlos Lupi no Ministério do Trabalho. Durante as negociações que levaram à escolha de Brizola Neto (PDT-RJ) ao comando da pasta, o Planalto impôs a nomeação de secretário-executivo ligado à Central Única dos Trabalhadores (CUT), do PT. E também a divisão dos cargos da Força Sindical com outras centrais.

Número 2

Ex-dirigente da CUT e amigo de Lula, o espanhol José Lopez Feijoo é cotado para secretário-executivo. Ele é assessor de Gilberto Carvalho.

Fábrica de sindicato

O Planalto pretende ainda submeter a criação de novos sindicatos ao Conselho Nacional, e não mais à Secretaria de Relações do Trabalho.

Advogado diz que depósito de Cachoeira é ilação de Gurgel

O advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o “kakay”, disse ontem que a acusação do procurador-geral Roberto Gurgel, de que o senador Demóstenes Torres (GO) recebeu um depósito bancário de Carlos Cachoeira no valor de R$ 1 milhão, é ilação baseada em interpretação equivocada de grampos telefônicos editados. “Não houve o depósito, e a quebra do sigilo bancário vai demonstrar isso”, diz ele, que pergunta: “O dr. Gurgel vai fazer meia culpa, após a comprovação do seu erro?”

Prato do dia

Após a Coreia do Norte ganhar feijão, Bangladesh receberá do Brasil 7 mil toneladas de arroz, cerca de US$ 3,3 milhões, através da ONU.

Trabalhadores do Brasil

Novo ministro do Trabalho, Brizola Neto apanhou no microblog Twitter: “No Dia do Trabalho, Dilma nomeia quem nunca trabalhou.”

Lupi, uma vergonha

Brizola Neto tentava virar ministro do Trabalho desde março de 2011, enquanto organizava brizolistas históricos para destronar Carlos Lupi da presidência do PDT. Para ele, Lupi sempre envergonhou o partido.


Ajoelhou...

A “vergonha” Carlos Lupi mostrou força: mesmo demitido em dezembro sob denúncias de malfeitorias, ele foi o principal obstáculo à nomeação de Brizola Neto. Só cedeu quando o garotão pediu a bênção a ele.


Último a saber

O líder do PDT, o deputado André Figueiredo (CE) foi avisado por telefone pelo ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) da nomeação de Brizola Neto para ministro do Trabalho.


BLOG DO CORONELEAKS

PMDB quer impedir depoimento de Cabral, amigão e patrocinador da Delta, na CPI.

Tranquilos até poucos dias atrás com o tiroteio entre PT e oposição, que mantinha o PMDB distante do alvo central da CPI do caso Cachoeira, integrantes da cúpula do partido começaram a se mobilizar no fim de semana para tentar blindar o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e evitar que seja aprovada sua convocação para depor logo no início dos trabalhos. Dirigentes peemedebistas não escondiam nesta segunda-feira o desconforto e a preocupação com a superexposição das relações de Cabral com o dono da Delta, Fernando Cavendish, em fotos divulgadas pelo ex-governador e deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ).
A avaliação feita em conversas reservadas era de que a CPI começa a caminhar com as próprias pernas, e que a cúpula do PMDB terá que rever sua estratégia inicial de se manter à margem da CPI que nunca quis. Por isso, apesar do feriado de hoje, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), chega a Brasília para uma reunião com o presidente licenciado do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e com o presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB), para discutir como conduzir o caso e não deixar que o foco da CPI extrapole o objeto de sua criação: o esquema Carlinhos Cachoeira, Delta e o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
A preocupação é com o descontrole das investigações além dos limites dos negócios da Delta no Centro-Oeste — que podem atingir os governadores Marconi Perillo (GO) e Agnelo Queiroz (DF). O governador do Distrito Federal é o único que já tem pedido de inquérito aberto pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, sob a alegação de que assessores receberam propina para facilitar contratos em seu governo. Marconi Perillo é acusado de relações estreitas com o grupo de Cachoeira e Demóstenes, que teriam indicado servidores em postos de alto escalão em seu governo. Mas não há ainda inquérito ou gravações que o incriminem diretamente.
Um dos representantes do PMDB na CPI, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) disse, num primeiro momento, que seria inevitável a convocação de Cabral. — Será uma oportunidade para ele se explicar sobre as denúncias de que privilegiou a Delta por ser amigo do Fernando Cavendish. Não faria sentido chamarmos outros governadores acusados de envolvimento na teia da CPI, como o Perillo e o Agnelo, e deixarmos o Cabral de fora só porque pertence ao PMDB ou porque governa o Rio — declarou Ferraço no domingo ao site IG.
Nesta segunda-feira, depois da mobilização da cúpula peemedebista, Ferraço estava mais cauteloso, alegando que Garotinho estava fazendo disputa política: — O Renan me deu liberdade para agir de acordo com minhas convicções. E minha convicção é que não vou ser instrumento de lutas regionais. Pode tirar o Garotinho da chuva! — disse Ferraço, ontem, ao GLOBO.
Preferindo manter-se no anonimato, um deputado do PMDB faz a mesma avaliação que Ferraço: — A CPI começa a ganhar rumo próprio. Quem é que vai convocar o Perillo e o Agnelo e depois botar a cara lá para defender o Cabral? Quem defender Cabral vira alvo. Como que o Renan, que quer ser presidente do Senado, vai defender isso? Só por baixo dos panos. Nas conversas de bastidores, peemedebistas avaliaram que a situação de Cabral se complicou muito no final de semana com a divulgação dos vídeos e fotos. Mas a ordem interna é não alimentar essa polêmica.
A CPI é para investigar o Cachoeira e as investigações das operações da Polícia Federal. Se tem outras ramificações, lá na frente a CPI terá que investigar. Temos que aguardar o plano de trabalho da comissão para ver onde e o que tem de ligação com Cachoeira — disse ex-líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), ressaltando que não é da CPI. Cabral, que não tem relação estreita com seus partidários no Congresso, está procurando aproximação maior e sondou pessoas do partido para refutar suspeitas de que privilegiou a Delta.(O Globo)
 

Delúbio, tesoureiro mensaleiro reabilitado pelo PT, envolvido em novas fraudes.

Em Presidente Kennedy, no litoral sul do Espírito Santo, a Justiça determinou no mês passado a prisão do prefeito e afastou o vice e quatro dos nove vereadores da Câmara. A decisão foi o primeiro resultado de uma operação da Polícia Federal, batizada de Lee Oswald (assassino do presidente norte-americano John Kennedy em 1963), contra esquema de fraude a licitações e desvio de verbas que envolveria empresários e administradores da cidade
As investigações da PF e do Ministério Público estadual encontraram indícios, no entanto, que Presidente Kennedy -distante 150 quilômetros de Vitória- seria apenas a ponta de um esquema que se espalha por outros municípios do Espírito Santo, Goiás, Bahia, Minas e São Paulo. Em dado momento, apareceu nas investigações o nome do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, um dos réus do processo do mensalão, conforme revelou a coluna Painel. Delúbio teria discutido formas de vender a outras cidades lousas digitais, um dos focos de fraude apontados.

De acordo com denúncia do Ministério Público, os atos criminosos eram liderados pelo prefeito de Presidente Kennedy, Reginaldo Quinta (PTB), 65. Os vereadores afastados seriam responsáveis por evitar que os contratos fossem fiscalizados. A CGU (Controladoria Geral da União) calcula que R$ 55 milhões foram desviados. Um dos casos diz respeito a contrato de pouco mais de R$ 1 milhão para instalar três lousas digitais nas três escolas do município, mediante aluguel mensal de R$ 101 mil
O contrato foi fechado pela secretária de Educação, Geovana Costalonga, sobrinha do prefeito, com Jurandy Nogueira Júnior, sócio da Matrix Sistemas e Tecnologia. Quando as lousas foram instaladas não havia internet na cidade, nem os professores receberam treinamento. Na época da licitação, a empresa, especializada em moda, mudou sua razão social. Sua proposta foi apresentada 15 minutos antes da abertura dos envelopes. 
A Matrix tem como endereço um terreno baldio. O empresário fez o mesmo negócio em Anchieta (ES).Em janei­ro, diz a PF, Nogueira pediu ajuda ao deputado estadual Misael de Oliveira (PDT-GO), que prometeu apresentá-lo a prefeitos. O deputado, segundo a investigação, intermediou encontro entre o empresário e Delúbio Soares. No dia 31 de janeiro, Nogueira e seu sócio se encontraram com o ex-tesoureiro do PT em restaurante do Aeroporto Santos Dumont (Rio), por 35 minutos.
Na mesma noite, Nogueira liga para a mulher e conta que conversou com o "presidente do PT". Depois, fala do encontro com o deputado Misael e diz que "foi tudo bem". Recordista no recebimento de royalties do petróleo no Estado -R$ 98 milhões em 2011-, Presidente Kennedy tem 10 mil habitantes, cerca de 20% deles analfabetos, e um dos piores IDHs do Estado: o 74º lugar entre 78.(Folha de São Paulo)
 

"Vassourão" pode custar R$ 1,5 bilhão.

O governo federal reabriu a compra de um novo avião presidencial, processo que estava parado desde que Dilma Rousseff tomou posse, no ano passado. O futuro avião, apelidado informalmente de Aerodilma, será maior e terá maior autonomia do que o atual Aerolula, e poderá custar quase seis vezes mais. 
Três empresas poderão fazer ofertas: a Airbus europeia, a Boeing norte-americana e a IAI israelense, que não fabrica aviões, mas adapta modelos usados. Segundo a Folha apurou, não há decisão final sobre a compra no Planalto. O custo é o problema: tanto o avião-tanque quanto o VIP novos podem sair por quase US$ 300 milhões (R$ 570 milhões) cada; modelos usados, um terço do preço.(Folha de São Paulo)

Comentário: a conta vai fechar, com decoração e treinamento, em  R$ 1,5 bilhão.
 

O maior doador pessoal da campanha de Brizola Neto em 2010 foi Lindbergh Farias.

Mas bah, Lindinho, que baita contribuição destes para campanha do guri!

Carlos Daudt Brizola, vulgo Brizola Neto,  não se elegeu deputado federal em 2010, pelo PDT do Rio de Janeiro. Ficou na suplência. Mesmo que o seu maior doador individual tenha sido Lindbergh Farias, senador eleito pelo PT, que doou R$ 50 mil para a campanha do blogueiro da esgotosfera. Talvez agora, como Ministro do Trabalho, possa agradecer ao PT e ao Lindinho por todo o apoio recebido, já que o PDT não assume a paternidade da sua indicação. Para saber quem pagou a campanha do ministro, clique aqui. 
 
 
BRASIL 247
 

Restaurante de Cabral é o mais caro do mundo

Restaurante de Cabral é o mais caro do mundo Foto: Divulgação

Comandado pelo chef Alain Ducasse, o Louis XV fica em Monte Carlo, Mônaco, e lá ninguém entra pagando menos de 280 euros; curiosamente, o hotel tem o mesmo nome da Operação da Polícia Federal que prendeu Carlos Cachoeira, sócio informal da Delta, de Fernando Cavendish

30 de Abril de 2012 às 17:55
247 – O salão é uma réplica do Palácio de Versalhes, sede da monarquia francesa em seus tempos áureos. Nele, os relógios param à meia-noite, para que os clientes saibam que, no Palácio do Prazer, o tempo é irrelevante. O que importa é se entregar às delícias da boa gastronomia. É assim que Alain Ducasse, chef mais premiado do planeta, descreve seu restaurante mais precioso: o Louis XV, no Hotel Paris de Monte Carlo, em Mônaco.
Foi lá que o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, jantou ao lado do dono da Delta, Fernando Cavendish, e teve um filme divulgado pelo deputado e adversário político Anthony Garotinho (PR/RJ). De acordo com Garotinho, a “farra” de Cabral teria custado R$ 400 mil, mas é impossível saber. O menu básico do Louis XV custa 280 euros por cabeça. A conta final depende dos vinhos consumidos. E o restaurante de Alain Ducasse se vangloria de ter a mais refinada adega do mundo, com 400 mil garrafas e preciosidades como os clássicos Chateau Pétrus e Chateau Lafitte.
De acordo com a assessoria do governo do Rio de Janeiro, Cabral estava acompanhado de Fernando Cavendish, dono da Delta, mas pagou a conta com recursos próprios. O governador do Rio também afirmou que nunca negou a amizade com Cavendish – embora não misture relações privadas com negócios públicos. E disse que Garotinho teria cometido um ato de “crueldade” ao expor imagens de pessoas que já faleceram, como Jordana Cavendish, ex-mulher do empreiteiro.
Garotinho no ataque
Em seu blog, no entanto, continua no ataque. E levanta até uma curiosidade: a ação da Polícia Federal que prendeu Carlos Cachoeira e atingiu a Delta foi batizada justamente como Operação Monte Carlo, numa referência clara ao paraíso dos cassinos. Aparentemente, porque atingiu um bicheiro, Carlos Cachoeira, que se vendia como “empresário de jogos”. Mas Garotinho insinua que o nome pode ter relação com o local do encontro entre Cabral e Cavendish. O restaurante Louis XV fica no Hotel Paris de Monte Carlo.
Para um ex-diretor da Polícia Federal, Marcelo Itagiba, a operação Monte Carlo terá ainda uma nova etapa, chamada Pedra Bonita, que irá se desenrolar no Rio de Janeiro. Cavendish, por meio de seus advogados, já entrou com pedido de habeas corpus preventivo, para evitar sua prisão.


 
 
 
 

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