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SEGUNDA EDIÇÃO DE SEXTA-FEIRA, 20/3/2020

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Sexta-feira, 20/03/2020
Na Sala de Situação ao lado do seu gabinete, no Palácio Buriti, Ibaneis Rocha monitora cada novo dado da expansão do coronavírus em Brasília e no mundo. Ele e sua equipe examinam as melhores opções de protocolo que permitem ao governador do Distrito Federal se antecipar aos demais e adotar, sem hesitações, todas as medidas. O “DataRocha”, como já chamam o sistema criado por Ibaneis, é uma usina de notícias apavorantes, como a previsão de que o DF chegará a espantosos 16.279 infectados por Covid-19 daqui a duas semanas.

20/03/2020
No total são 21 monitores, cada um deles gerando cada detalhe do combate ao coronavírus, indicando casos suspeitos e confirmados.

20/03/2020
O “DataRocha” gera informações, dados estatísticos e gráficos mostrando onde a doença avança imparável e onde perde força.

20/03/2020
No início da tarde de quinta (19), o “DataRocha” indicava quase 2.500 casos suspeitos de contaminação somente no DF.

20/03/2020
Ibaneis já cogita instalar um hospital com 300 leitos no estádio Mané Garrincha, e até desapropriar e tornar públicos hospitais privados.

20/03/2020
O grupo argentino Corporacion America Airports, dono da Inframerica, vencedor da disputa bilionária para gerenciar os aeroportos de Brasília e Natal, fez o lançamento de suas ações na Bolsa de Valores de Nova York em fevereiro de 2018 por US$ 16,6 a ação. Em junho de 2019, o valor da ação já havia despencado quase 50%. Ontem fechou valendo apenas US$ 1,7. Ou seja, quem investiu US$ 100 na oferta inicial dessas ações em 2018, acabou ontem o dia com praticamente US$ 10.

20/03/2020
A CAAP/Inframerica tenta culpar o coronavírus pela desvalorização da empresa. Mas a ação perdeu quase 80% do valor antes do surto.

20/03/2020
A Inframerica já havia decidido “devolver” a concessão do aeroporto de Natal ao governo federal. A desculpa: não faturaram como esperavam.

20/03/2020
Entre 2014 e 2018, a Inframerica perdeu R$ 670 milhões em Natal. E a sua parceira no negócio era a Engevix, uma das estrelas da Lava Jato.

20/03/2020
O ex-deputado Flávio Bierenbach acha que o ministro Paulo Guedes “só usa a máscara para disfarçar o sorriso”. Para o ministro aposentado do STM, “dizimando pobres, velhos e vulneráveis, o Estado nunca mais haverá de intervir. Deixa tudo por conta do livre mercado."

20/03/2020
Enquanto deputados avançaram no pescoço de Eduardo Bolsonaro (SP) por causa do incidente com a China, um atuava solitário em sua defesa: Marcos Feliciano, aquele dos dentes de porcelana chinesa.

20/03/2020
A embaixada do Brasil em Lisboa trabalhou com muita competência e obteve a ajuda da diplomacia local para que Portugal abrisse exceção e autorizasse a empresa aérea Azul a operar quatro voos Lisboa-Campinas, hoje e amanhã, para trazer de volta brasileiros retidos.

20/03/2020
A CNN Brasil afirmou ontem categoricamente, e repetiu, que Chile e Equador “não fazem parte da América do Sul”. Não é o que mostram o mapa do continente e nem o que ensinam as aulas de Geografia.

20/03/2020
Eduardo Bolsonaro não mentiu ao dizer que o coronavírus nasceu na China e quando lembrou tentativas da ditadura de esconder a epidemia. Qualquer pessoa sabe disso, mas o filho do presidente não pode chutar na canela do maior cliente de produtos brasileiros.

20/03/2020
O panelaço surpreendeu mesmo pela preguiça dos manifestantes. As panelas foram batidas por alguns segundos, gravados no celular, e o som reproduzido em loop em caixas de som posicionadas nas janelas.

20/03/2020
O especialista em Controladoria e Finanças, Fernando Cabral, resumiu como “pandemia psicológica” o que ocorre nas bolsas de valores. 
“É o efeito manada, em que todos seguem investidores de peso”, explicou.

20/03/2020
Funcionários da Infraero reclamam a plenos pulmões contra a política da empresa de manter bloqueados sites de notícias durante essa crise, enquanto poucos felizardos têm Facebook liberado na hora do almoço.

20/03/2020
... sucesso dos protestos serão medidos, em breve, não pelo número de apoiadores, mas pela potência das caixas de som.

NA CNN BRASIL
Bolsonaro critica medidas de estados: 'Remédio em excesso faz mal ao paciente'
Por Guilherme Venaglia da CNN Brasil, em São Paulo
Quinta-feira, 19 de Março de 2020 às 19:57
O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta quinta-feira (19) medidas tomadas por governadores de estados para conter a propagação do novo coronavírus. Em transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro não citou nomes, mas mencionou medidas relacionadas ao fechamento de comércios e divisas, adotadas em estados como São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente. O argumento do presidente é de que as medidas podem prejudicar a economia.
"Algumas autoridades estaduais estão tomando medidas. Tem gente que critica, tem elogio também, mas eu deixo claro remédio quando é excessivo pode fazer mal ao paciente. Uns querem fechar supermercado, outros querem fechar aeroporto, outros querem impor barreira na entrada dos estados. A economia tem que funcionar, porque caso contrário as pessoas vão ficar em casa e não vão ter o que se alimentar. Se faltar o emprego, falta o pão em casa e os problemas se avolumam", afirmou. 
Bolsonaro também afirmou que pedirá ao Ministério da Saúde que detalhe o quadro clínico dos pacientes que forem contabilizados como mortes relacionadas a COVID-19. A intenção da medida, segundo o presidente, é ver "até que ponto o vírus influenciou". "O nome a gente preserva a privacidade, mas a gente informa a idade e se a pessoa já sofria de alguma doença".
O presidente afirmou que o almirante Sergio Segóvia, presidente da Agência Brasileira de Promoção às Exportações (Apex), testou positivo para o novo coronavírus. Segundo Bolsonaro, tanto Segóvia quanto os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e Bento Albuquerque (Minas e Energia), também diagnosticados com a doença, estão bem de saúde e sem sintomas.
'Alongar a curva'
Apesar das críticas às medidas tomadas pelos governadores de estados, Bolsonaro defendeu as medidas tomadas pelo governo federal, como restrições do espaço aéreo e fechamento de fronteiras com outros países.
O presidente afirmou que é preciso "alongar a curva" das infecções, ou seja, diminuir a velocidade do crescimento do número de casos para evitar um colapso do sistema público de saúde. 
“O trabalho de todos os países no momento é de alongar a curva da infecção, porque não temos meios de atender essas pessoas no hospital”, disse. 
Bolsonaro afirmou que a crise deverá diminuir apenas em "três ou quatro meses". Ele estima que a total normalidade deva ser retomada em "seis ou sete meses".
Jair Bolsonaro ainda afirmou que conversou com autoridades em Israel e que no prazo de um mês, o país terá uma vacina. 
“Se Deus quiser, mais uma vez Israel poderá nos socorrer desse mal que tem nos causado estrago.” 
Medidas
O presidente comemorou a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do reconhecimento do estado de calamidade pública no Brasil.
"Em grande parte, nós só podemos atender porque o Congresso aceitou nosso pedido de estado de calamidade pública. Então, é um momento que a gente vai extrapolar o teto e não vamos responder à Lei de Responsabilidade Fiscal. Graças ao Congresso vamos poder atender essas pessoas”, comentou, sobre a medida que permitirá ao governo descumprir as previsões de déficit fiscal estabelecidas no começo do ano.
Bolsonaro ressaltou o fato de que o governo incluiu mais um milhão de beneficiários no programa Bolsa Família. Ele fez a ponderação que já adotou em outros momentos, de que o programa precisa ter "porta de saída", mas afirmou que "nesse momento de crise, fica mais difícil fazer a peneira".
Entre as medidas anunciadas pela equipe econômica, Bolsonaro disse que o governo vai fazer o possível para atender os trabalhadores informais. A expectativa é de que a medida alcance 20 milhões de pessoas. O governo destinará R$ 200 por trabalhador ao mês, o que totalizaria R$ 4 bilhões.

NO G1 GLOBO
Quinta-feira, 19/3/2020 
Medida começa a valer na segunda e atinge cidadãos de China, Austrália, Japão e União Europeia. Fronteiras terrestres também foram fechadas.





NA COLUNA DO FERNANDO MAIA
No Jornal O Estado
Atraindo o PSB
Quinta-feira, 19 de março de 2020
O ex-ministro Ciro Gomes, em suas novas investidas rumo à Presidência da República, parece se achar menos propenso aos equívocos do pleito de 2018, quando chegou a crer no apoio dos petistas de Lula. Agora, por exemplo, ele já conseguiu importantes compromissos com o Partido Socialista Brasileiro. Tanto assim que, já confirma abertamente seu apoio ao presidente nacional do PSB, Mário França, pré-candidato à Prefeitura de São Paulo. Trata-se de uma importante manobra muito bem acompanhada pelo mundo político do estado do Ceará. Conforme especulado ao longo dos últimos meses, não têm sido nada sutis as manobras do PSB nacional para ter em seus quadros o governador Camilo Santana, do Ceará. Seria a maior conquista daquela sigla em sua história recente. Quem conhece a competência de Ciro Gomes sabe muito bem que ele não bate prego sem virar a ponta. Sendo assim, sua parceria com Márcio França poderá ter muitos desdobramentos para a sua candidatura, assim como para promover uma importante reviravolta na política do Ceará, com o PT sofrendo o grande desfalque da saída de Camilo Santana que, como todo o Estado sabe muito bem, é um dos menos petistas do PT.
Choro e ranger de dentes 
Com o avanço do coronavírus, Camilo Santana assinou, ontem, duríssimo e rigoroso decreto que se assemelha a lei marcial, norma implantada pelo Estado para substituir as leis e autoridades civis por leis militares, em casos de conflitos beligerantes. Esse decreto é uma medida de força para proteger o Estado diante da grave crise sanitária que ameaça vários países. Pelos próximos 10 dias, o Governo fecha tudo, indo além das suas atribuições institucionais, assumindo o controle de todas as atividades sociais, políticas e religiosas.
O “vírus mental” 
Protagonista de declarações lastimáveis, Eduardo Bolsonaro atacou a China, nosso mais importante parceiro comercial pela pandemia que ameaça a humanidade. Disse o que todos sabem, mas foi pronta e imediata a resposta do embaixador Wanming acusando-o ser portador de um “vírus mental”.
Sessão remota 
Na manhã de hoje, o deputado José Sarto (PDT) presidiu a sua primeira sessão remota, utilizando-se do recurso chamado de “skype”. Na estreia do sistema, o presidente do Legislativo testou a eficiência da inovação pondo em votação o reajuste dos PMS, assim como dos trabalhadores da Saúde.
Defesa 
A Defensoria Pública do Estado do Ceará e a Associação dos Defensores e Defensoras Públicos protocolaram proposta de lei na Alece, com o objetivo de deter o aumento abusivo de preços e, ao mesmo tempo o corte de serviços essenciais – água e energia – por conta de casos de inadimplência.
Ações suspensas 
Por determinação do senador Cid Gomes e do deputado André Figueiredo, o PDT deverá suspender, por duas semanas, as comemorações de novas filiações. O motivo é o coronavírus. Outro recado aos que desejam ser pedetistas: a sigla não quer gente apenas para “encher linguiça”.
Disparada pedetista 
Na Câmara Municipal de Fortaleza as mais recentes informações dão conta de que o partido que mais se aproximará do PDT é o PROS que pode chegar a sete vereadores. Entretanto, é chocante a distância para o PDT, que estaria caminhando para 20 vereadores.
Avançando 
O PT-CE, um dos partidos que mais sofreu perdas após o consulado Dilma Rousseff, faz o caminho da recuperação avançando aos poucos. Depois da ex-deputada Mirian Sobreira, atrai o prefeito de Crato, Zé Ailton Brasil.
O PSDB e o coronavírus 
O presidente regional do PSDB, Luiz Pontes, quer defender junto ao TSE a prorrogação da “janela partidária”, que entende prejudicada pela pandemia que ataca o País. No caso do PSDB até mesmo o seu pré-candidato à Prefeitura de Fortaleza, Carlos Matos, se acha isolado devido ao vírus.


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