SEGUNDA EDIÇÃO DE SÁBADO, 07/3/2020

NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Sábado, 07/03/2020
Antes de afirmar que os policiais militares do Ceará “fizeram greve e não motim”, o presidente Jair Bolsonaro deveria ter lido antes o artigo 149 do Código Penal Militar (CPM). Está tudo lá: a lei enquadra os arruaceiros no crime de motim. Mais que isso, se condenados, por estarem armados, os amotinados estão sujeitos a penas de até vinte anos de prisão, com aumento de um terço para quem os liderou.

07/03/2020
O PM comete crime de motim, diz o CPM, como ocorreu no Ceará, se agir contra ordem superior ou, sem ordem, praticar violência.

07/03/2020
É motim quando viaturas da PM são usadas para a prática de violência em desobediência ou em detrimento da ordem ou da disciplina militar.

07/03/2020
Os amotinados favoreceram o crime e, como bandidos, usaram capuzes para impor o terror e até obrigar o comércio a fechar as portas.

07/03/2020
A própria Justiça jogou a lei no lixo soltando 47 amotinados e, depois, um cabo politiqueiro que dizia liderar o movimento criminoso.

07/03/2020
As declarações agressivas contra o governo feitas nesta sexta (6), em São Paulo, pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foram em reação ao decreto do presidente Jair Bolsonaro tornando mais rigorosos os critérios para utilização de aviões da FAB no transporte de autoridades. Agora, as aeronaves só poderão ser usadas em viagens oficiais, jamais em deslocamentos pessoais. O decreto atinge Rodrigo Maia em cheio. Em 2019, ele fez mais viagens pela FAB que Bolsonaro: 250 no total.

07/03/2020
Maia é o recordista absoluto no uso de jatos da FAB: desde julho de 2016, quando assumiu a presidência da Câmara, ele fez 769 viagens.

07/03/2020
A 769ª viagem de Rodrigo Maia pela FAB foi para São Paulo, ontem, para participar de evento de caráter privado do instituto FHC.

07/03/2020
Deputados ligados ao presidente da Câmara dizem que nunca o viram tão “descompensado”, ao ser informado do decreto de Bolsonaro.

07/03/2020
Bolsonaro janta neste sábado na casa do americano Donald Trump, na Flórida. Ser recebido pelo presidente dos EUA em casa é honra para poucos brasileiros. A última vez foi Bush com Lula, em Camp David.

07/03/2020
Demitido da Casa Civil da presidência da República, Giócomo Trento grudou no presidente do Senado para descolar um cargo. Alcolumbre foge dele com o diabo da cruz, dizem assessores da Mesa Diretora.

07/03/2020
O primeiro dia sem registro de casos novos na província de Wuhan, epicentro da epidemia, mostra que o coronavírus perdeu força e que logo será mais uma gripe cujas dimensões terão sido superestimadas.

07/03/2020
Carlos Marun esteve em Brasília, esta semana, para a filiação de Datena ao MDB, seu partido. Reencontrou deputados saudosos do seu tempo de ministro da articulação política de Michel Temer.

07/03/2020
O Salão do Automóvel não será realizado este ano, em São Paulo. Foi adiado para 2021. Deixarão de ser movimentados R$320 milhões pelos mais de 700 mil visitantes. Sem contar 30 mil empregos temporários.

07/03/2020
O IBGE anunciou a abertura de um processo seletivo para ocupar 200 mil vagas de trabalho no Censo 2020. Serão abertas vagas em todos os municípios brasileiros. O trabalho terá duração de 3 a 5 meses.

07/03/2020
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado marcou duas sessões para discutir a PEC Emergencial, aquela do teto de gastos permanente, pesadelo de parasitas do setor público.

07/03/2020
Rodrigo Maia é uma raposa: em vez de explicar por que, em 2020, a sua Câmara vai trabalhar apenas durante 15 das 52 semanas do ano, ele criticou o governo por não pautar o trabalho dos deputados.

07/03/2020
...se em tempo de coronavírus, ninguém segura a mão de ninguém, por que o Palácio do Planalto é que tem de botar a Câmara para trabalhar?

NO PODER360
Eis a newsletter de hoje 
[Sábado, 07/03/2020]
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NA FOLHA DE SÃO PAULO
Sábado, 7 de março de 2020
Estrangeiro tira R$ 44,8 bi da Bolsa e já supera 2019
Até quarta (4), estrangeiros sacaram em 2020 R$ 44,8 bilhões da Bolsa de Valores brasileira. O valor supera o montante retirado em todo o ano de 2019, de R$ 44,5 bilhões, sem contar ofertas de ações. A saída também supera a de 2008, no auge da crise e a maior da série histórica, corrigidos R$ 44,6 bilhões. A fuga de capital externo não é exclusividade do Brasil, mas ocorre com mais intensidade e rapidez no país devido à importância desse tipo de agente para a Bolsa e à ampla liquidez do mercado nacional. Por volume de compra e venda de ações, estrangeiros são responsáveis por 45% dos negócios. 
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