PRIMEIRA EDIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, 28/01/2020

NO GUIA DE MÍDIA
Na mídia de hoje no Brasil e no mundo
Terça-feira, 28/01/2020
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NA COLUNA DO CLÁUDIO HUMBERTO
Terça-feira, 28/01/2020
O governador do Rio, Wilson Witzel, está sujeito a processo civil e até a impeachment, caso a maioria da Assembleia Legislativa (Alerj) entenda que ele ofendeu a dignidade ou decoro do cargo, como prevê a Lei 1.079/50, ao gravar e divulgar telefonema ao vice-presidente Hamilton Mourão. Especialista em Direito Constitucional, o advogado Jean Raphael diz que gravar a própria conversa não viola a lei. Mas pode ser classificada de antiética. Para além de erro político.

28/01/2020
— “Fica o desvio no campo de mera conduta antiética”, diz o especialista. Politicamente, Witzel pode ter aberto caminho para uma ação na Alerj.

28/01/2020
Se Mourão se sentir prejudicado, ele também pode representar contra Witzel na esfera civil pela violação da intimidade.

28/01/2020
— “O fato de o governador ser ex-juiz, conhecedor da lei e do tolerável, agrava bastante o nível da falta de zelo com a intimidade”, diz Raphael.

28/01/2020
A situação de Wilson Witzel na Alerj não é confortável. Sua bancada soma de 30 a 35 dos 70 votos. O impeachment requer 2/3 dos votos.

28/01/2020
Wilson Witzel queimou uma das últimas pontes que restavam com o governo federal ao gravar o general Hamilton Mourão e ainda colocar a conversa no viva-voz sem avisar o interlocutor.

28/01/2020
O Ministério das Relações Exteriores precisa sugerir ao embaixador da Suíça, Andrea Semadeni, que modere as manifestações de desagrado por estar no Brasil. Domingo (26) pela manhã, ele chamou a Polícia contra o ruído de poda de árvores nas proximidades de sua casa, em Brasília. Quando policiais explicaram ao irritadiço diplomata que não dá para prender quem nada faz de ilegal, sua excelência perdeu a linha: 
— “Neste País não há leis!”.

28/01/2020
A Lei do Silêncio que vigora em Brasília fixa os horários em que não se pode produzir ruídos. Após as 9h de domingo, pode.

28/01/2020
Faria bem ao suíço ler sobre as regras da diplomacia, na Convenção de Viena. E descobrir que falar mal do Brasil é privativo de brasileiros.

28/01/2020
Tentamos ouvir o embaixador sobre sua incontinência verbal, mas a assessoria negou que o fato, com várias testemunhas, tenha ocorrido.

28/01/2020
A Rádio Bandeirantes de São Paulo apurou que, em média, mais de 5.000 criminosos não voltam à cadeia, após usufruírem as “saidinhas” ou “saidões”. Nos últimos quatro anos, foram mais de 21 mil bandidos. E ainda tem gente que defende a manutenção dessa regalia absurda.

28/01/2020
A brasileira Taurus, cujas armas disparam acidentalmente, matando ou ferindo pessoas, acertou com um grupo indiano uma joint venture para fabricação e comercialização de armas na Índia. Que Deus os proteja.

28/01/2020
Ao elogiar Jair Bolsonaro, o senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ), desabafou, através das redes, a frustração com os governos do PT: 
“Quanto tempo perdido por miopia política e má fé de esquerdopatas”.

28/01/2020
De acordo com o Ministério da Educação, a região Nordeste foi a que registrou o maior número de inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), em 2020: 1,37 milhão do total nacional de 3,5 milhões.

28/01/2020
Filha bilionária do ex-presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, um dos líderes do levante comunista que acabou o domínio português, contratou a banca Schillings Partners para processar o consórcio de jornalistas investigativos que a acusaram de desviar R$500 milhões.

28/01/2020
...as coisas melhoraram no Brasil: até há pouco tempo, antiético era roubar o governo, agora é gravar autoridades sem que elas saibam.

NO DIÁRIO DO PODER
R$5 milhões pagos a irmão de Ciro compraram o apoio do PP a Dilma
Dono de supermercado revelou à PF que pagou propina a mando de Joesley Batista
Redação
Segunda-feira, 27/01/2020 às 15:54 | Atualizado às 00:03
Senador Ciro Nogueira presidente nacional do PP. Foto: Moreira Mariz/Agência Senado

O irmão do senador Ciro Nogueira (PP), Gustavo Nogueira, recebeu R$5 milhões em mochilas, a pedido do executivo da J&F Joesley Batista. É o que revelou à Polícia Federal o empresário Reginaldo Mouta Carvalho, dono do Supermercado Carvalho, no Piauí, em depoimentos prestados em fevereiro e em abril de 2019, no âmbito da Operação Compensação.
A investigação apura o pagamento de quase R$43 milhões da holding para a suposta compra do apoio do PP à reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em 2014, e à sua permanência no cargo, por ocasião do impeachment de 2016.
Em fevereiro de 2019, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, determinou o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra endereços de Nogueira e de outros investigados. Na ocasião, Reginaldo Mouta Carvalho detalhou que pagou as primeiras parcelas em mãos a Gustavo Nogueira, e que as demais parcelas ele determinou que fossem pagas pelo tesoureiro da empresa, Gilson de Oliveira Andrade, que já havia revelado à PF uma planilha que demonstrava os repasses feitos pelo supermercado ao irmão do senador.
O empresário ainda relatou que o dinheiro era acondicionado em mochila pelo próprio Gustavo Nogueira, após conferência; que o irmão do senador compareceu sozinho, e que desconhece em qual veículo ele chegava. E detalhou que a ordem para efetuar o pagamento no valor total de R$ 5 milhões foi dada diretamente por Joesley Batista em uma única ocasião, porém foi executada em diversas parcelas, conforme o vencimento das faturas.
— “Os valores constantes da planilha foram compensados e descontados dos valores efetivamente devidos pela Comercial Carvalho à empresa J&B [sic], em razão do fornecimento de produtos faturados, conforme informado à Receita Federal”, disse Reginaldo Mouta Carvalho.
As informações sobre o depoimento foram divulgadas pelo jornalista Fausto Macedo, do Estadão.
Amizade e crise com empresário
As informações confirmaram relatórios que a PF já tinha em mãos, sobre empresas e familiares de Ciro Nogueira. Mas o senador Ciro Nogueira e seu irmão negaram o recebimento dos R$ 5 milhões do empresário, rechaçaram a planilha de repasses e afirmaram, em depoimentos, que Mouta mentiu ao negar proximidade com eles, ao alegar que têm relações com o dono do supermercado há anos.
Gustavo Nogueira detalhou que manteve amizade de mais de dez anos com Reginaldo Mouta Carvalho e que chegou a ir com o dono do supermercado assistir uma corrida de Fórmula 1 em São Paulo.
Já o senador Ciro Nogueira relacionou os depoimentos do empresário a dificuldades financeiras graves por que o Supermercado Carvalho estaria passando por uma crise econômica em virtude de brigas entre Reginaldo Mouta e sua ex-esposa. O presidente Nacional do PP disse em depoimento que ‘passou a entender que Reginaldo possui uma dependência muito grande de Joesley Batista, podendo esse ser um dos motivos pelos quais Reginaldo Carvalho teria assumido essa versão sobre o repasse de dinheiro para ele’.
Ciro disse “saber dizer” que o dono do supermercado “sempre manifestou um apreço muito grande por Joesley Batista, dizendo que o grupo J&S [sic] é uma das principais âncoras da Comercial Carvalho e sem ele provavelmente a empresa fecharia”.
Após os depoimentos dos irmãos Nogueira, o empresário voltou a negar a amizade e a confirmar os repasses de R$ 5 milhões ao irmão do senador. E disse nunca ter assistido corrida de Formula 1, ao relatar que chegou a ir a São Paulo, para ver uma corrida de Kart.
O dono do supermercado disse que manteve com Gustavo Nogueira conversas sobre a venda de imóveis, nunca concretizada.
Segundo os delatores da J&F, R$ 40 milhões dos supostos repasses a partidos para garantir apoio a Dilma teriam sido enviados ao MDB. Esquema este investigado no âmbito da Operação Alaska, teve como alvos o senador Renan Calheiros (AL) e Eduardo Braga (AM).

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