SEGUNDA EDIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, 02/12/2019

NO O ANTAGONISTA
Crivella investigado
Segunda-feira, 02.12.19 06:13
Marcelo Crivella é investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.
Segundo O Globo, o doleiro Sérgio Mizhay, num de seus anexos, delatou o empresário Rafael Alves, acusando-o de ter montado um “QG da propina” dentro da prefeitura:
“Rafael Alves viabiliza a contratação de empresas para a prefeitura e o recebimento de faturas antigas em aberto, deixadas na gestão do antigo prefeito Eduardo Paes, tudo em troca do pagamento de propina.”

Vítimas de terrorista em Londres trabalhavam com ex-presos
Domingo, 01.12.19 22:28
Foram revelados os nomes das duas vítimas fatais do ataque a faca na London Bridge, perpetrado por Usman Khan. O ataque foi reivindicado pelo Estado Islâmico e o terrorista, abatido pela polícia.
A primeira vítima é Jack Merritt, de 25 anos, formado em Cambridge e que atuava num projeto chamado Learning Together, do instituto de criminologia da universidade, destinado à reabilitação de ex-presos — como Usman Khan, que saiu da cadeia em 2018, com tornozeleira eletrônica. Ele coordenava o projeto.
A segunda vítima é Saskia Jones, de 23 anos, que trabalhava no projeto como voluntária.
No momento do ataque, ambos estavam participando da conferência organizada pela Learning Together onde o atentado teve início.
No Twitter, o pai de Merritt disse que espera que a morte do filho não sirva para que as penas para terroristas assassinos sejam endurecidas no Reino Unido.
O Ocidente continuará a ser esfaqueado.

A fraude grotesca de Evo Morales
01.12.19 20:30
Em artigo publicado no Estadão, Mario Vargas Llosa explica por que Evo Morales caiu:
“Os bolivianos não se livraram dele porque era ‘índio’ (o que ele não é), mas porque, por meio de várias ameaças, ele conseguiu permanecer 14 anos no poder, contrariando a Constituição boliviana. E tentava, mediante uma fraude grotesca, pela qual a apuração eleitoral foi suspensa por alguns dias pelos membros do Supremo Tribunal Eleitoral (agora presos e condenados pela Justiça), permanecer indefinidamente no governo, como costumam fazer líderes militares e civis da América Latina.”

NO PODER360
Eis a newsletter de hoje 
Segunda-feira, 02/12/2019
PODER EM FOCO
Só Agenda Social pode conter protestos a la Chile no Brasil, diz Tabata Amaral
Proposta tem apoio de Rodrigo Maia


CONGRESSO
Congresso corre com vetos e MPs perdendo validade nesta semana
Precisam analisar também verbas extras


CONGRESSO
Senado deve votar isenção de ICMS para igrejas na 3ª feira
Estende benefício por 15 anos


GOVERNO
Governo Federal perde cerca de 24.000 servidores públicos em 2019
Menor número de contratação desde 2001


CONGRESSO
TSE pode cassar senadora Juíza Selma Arruda nessa 3ª feira por omissão de gastos
Já foi cassada pelo TRE do Estado


GOVERNO
Bolsonaro e Michelle vão a show de pastor comediante em Brasília
'Intimado' pela primeira-dama


INTERNACIONAL
Presidente do México diz que Evo Morales foi vítima de golpe de Estado
Morales está exilado no México


ECONOMIA
Nos EUA, houve mais compras online do que em lojas físicas na Black Friday
Alta de 19,6% nas vendas online


INTERNACIONAL
Trump e seus advogados decidem não participar de audiência do impeachment na 4ª feira
Informação foi confirmada em carta


NIEMAN
Inteligência artificial não vai matar nem salvar o jornalismo, mas quanto mais cedo entrar na redação, melhor
Leia o artigo do Nieman Lab

NO BLOG DO PERCIVAL PUGGINA
A GRANDE MENTIRA
Por Percival Puggina (*) 
Sábado, 30.11.2019
Há um número significativo de pessoas para as quais a causa da pobreza no Brasil é a concentração da riqueza “nas mãos de uns poucos”. Ou, em outras palavras, que os pobres são pobres porque os ricos são ricos. Ou ainda, numa perspectiva instrumental, que para acabar com a pobreza é preciso dividir a riqueza (a palavra mais usada é “partilhar”).
Mensagens assim são disparadas cotidianamente desde várias fontes, nos meios de comunicação, nas redes sociais, nas salas de aula, nos sindicatos, nas igrejas, nas conversas de bar e nos ambientes culturais. Sob tal bombardeio de inverdades seria impossível que o conceito não derrubasse as resistências que a razão pudesse propor, fazendo de toda riqueza um mal e de todo rico um sujeito perigoso.
Andaríamos mais rapidamente e melhor na direção certa se entendêssemos o quanto é enganadora essa leitura ideológica, a partir da qual a utopia socialista é receitada como remédio no teclado do micro, na folha do livro, na coluna do jornal e na sala de aula.
Existem explicações muito mais racionais para a pobreza de tantos brasileiros e para a pobreza do País. 
O Estado brasileiro se agigantou e engole mais de 40% do PIB nacional, gerando uma brutal concentração de renda em torno de si mesmo e obrigando os cidadãos a trabalharem de 1º de janeiro até 31 de maio para pagar impostos. Tais impostos são pagos para um retorno em serviços que, ou não são prestados, ou não têm a qualidade que se deveria esperar.
A corrupção e os corporativismos atacam, simultaneamente, o bolso dos cidadãos gerando uma apropriação privada de recursos que, em tese, deveriam estar a serviço de todos, produzindo desenvolvimento econômico e social. Os dois fatores espantam investidores externos e tornam o País pouco atrativo a quem tenha destinos mais seguros para seus recursos.
Nosso modelo institucional é causa de permanente instabilidade política e de crises que se sucedem umas às outras, somando-se aos fatores de risco do País. A irracionalidade do presidencialismo dito de “coalizão” transforma o voto parlamentar em commodity com preço no mercado dos interesses em jogo, levando a corrupção para dentro do parlamento. 
Por mais que pareça lugar comum, a afirmação segundo a qual a maior riqueza de um país é representada pelo seu povo não pode ser negligenciada ao avaliarmos os motivos da existência de tantos pobres e de tão evidentes sinais de pobreza no Brasil. Uma rápida busca no Google evidenciará que algo entre 60 e 82% dos postos de trabalho abertos no País não são providos por falta de capacitação dos pretendentes. É reprodutor de miséria e causa de baixo desenvolvimento social um sistema de ensino de pouca qualidade. Todo ano, em proporções demográficas, apresentam-se ao mercado de trabalho jovens egressos do Ensino Médio que não conseguem montar uma regra de três, não sabem interpretar o que leem e não se expressam de modo adequado no idioma nacional. Onde encontrar o bom emprego e o salário digno? Ademais, há uma razoável possibilidade de que parcela significativa de tais jovens tenha recebido, em sala de aula, a lição freireana de que é oprimida pelo capitalismo opressor...
Por incrível que pareça, é dentro desse cenário que a grande mentira encontra seu público, disperso em todas as classes sociais. Chega a ser criminoso atribuir à empresa privada, ao investidor, ao empregador, ao gerador de riqueza as culpas pela pobreza visível no País e, ao mesmo tempo, perversamente, inocentar os verdadeiros responsáveis: o Estado e a carga tributária, a corrupção e os corporativismos, a irracionalidade do modelo institucional, a instabilidade política e a má qualidade da Educação.
(*) Percival Puggina (74), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no País. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A tomada do Brasil. integrante do grupo Pensar+.


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