TERCEIRA EDIÇÃO DE SÁBADO, 23/11/2019

NO O ANTAGONISTA
STF nega pedido de viagem a senador condenado
Sábado, 23.11.19 11:33
O ministro Alexandre de Moraes negou um pedido de viagem apresentado pelo senador Acir Gurgacz.
Para Moraes, o pedido do senador para viajar para Ji-Paraná, em Rondônia, é uma “medida excepcional”. Neste mês, o senador já tinha sido autorizado a viajar para Cascavel, no Paraná.
Condenado a 4 anos e 6 meses de prisão, Gurgacz cumpre a pena em regime aberto.

Cuba vive a pior crise desde os anos 90
23.11.19 10:53
Uma combinação de fatores tem levado Cuba a passar pela sua pior crise econômica desde o “período especial”, na década de 1990, diz Duda Teixeira, na Crusoé.
O fim dos convênios de saúde, como o Mais Médicos, é apenas um dos motivos. Nos últimos doze meses, os acordos com Brasil, Equador e Bolívia foram interrompidos.
Leia a reportagem completa aqui.

STJ manda prender juiz alvo da Operação Faroeste
23.11.19 10:11
O ministro do STJ Og Fernandes determinou a prisão preventiva do juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio, da 5ª Vara de Substituições da Comarca de Salvador.
Afastado de suas funções desde a última terça-feira, o juiz é um dos alvos da Operação Faroeste, que mira esquema de venda de sentenças em processos sobre grilagem de terras na Bahia.
Atualização: o juiz foi preso na manhã de hoje pela Polícia Federal.

“Gostaram muito da ideia”, diz deputado sobre oficializar rachadinha
23.11.19 09:48
Como registramos, líderes partidários discutem a possibilidade de oficializar a rachadinha.
O responsável por levar a proposta aos demais parlamentares foi Luis Tibé, do Avante, que disse à Folha:
--“Eles até gostaram muito da ideia, até porque atenderia ao pleito de não tirar nada de outros investimentos públicos. Os envolvidos no pleito bancariam isso. E seria um valor pequeno, irrisório.”
A proposta prevê a taxação do salário de políticos e assessores em 3%, destinando cerca de R$ 4 bilhões para campanhas eleitorais.

A justificativa de Toffoli para o uso do avião da FAB
23.11.19 09:12
Como registramos mais cedo, Dias Toffoli requisitou um jato da FAB no último dia 14 de novembro para viajar para São Paulo, onde celebrou seu aniversário.
A assessoria do ministro enviou a Josias de Souza a seguinte justificativa para o uso do avião:
“É questão não só de direito, mas até de dever. Na função de presidente do Poder Judiciário, algumas coisas deixam de ser apenas direito para se tornarem também um dever. O uso da aeronave foi feito nesse sentido: um direito e um dever, ambos previstos em legislação.”

Greve na Petrobras
23.11.19 08:41
Sindicatos de petroleiros iniciam na próxima segunda-feira paralisação de cinco dias em protesto contra programas de demissão e de transferência de funcionários na Petrobras.

Só no ano que vem, Lula
23.11.19 06:30
A principal porta voz de Gilmar Mendes na imprensa confirmou que a manobra para inocentar o ex-presidiário Lula, jogando no lixo o processo do triplex, pode ficar para o ano que vem.
O recado das ruas foi claro.

Bogotá decreta toque de recolher após novos protestos
Sexta-feira, 22.11.19 21:08
Em meio à onda de protestos na Colômbia, o prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, decretou toque de recolher em toda a cidade a partir das 23h de hoje, registra O Globo.
Peñalosa expandiu para toda a cidade a medida, que antes valia apenas para três regiões específicas da capital.
Segundo o prefeito, 20 mil integrantes de forças de segurança, incluindo polícia e Exército, vão fazer valer o toque de recolher. 
--“De maneira alguma nós, a maioria, permitiremos que essa minoria ínfima de delinquentes destrua nossa cidade.”
Mais tarde, no Twitter, o presidente Iván Duque informou que havia requisitado a ação para “garantir a segurança de todos os habitantes de Bogotá”.

NO BLOG DO POLÍBIO BRAGA
Este é outro caso de assalto aos cofres da Petrobrás, tudo no âmbito da organização criminosa montada no PT e liderada pelo ex-presidiário Lula da Silva. A organização foi desbaratada p-ela Lava Jato, sob o comando do então juiz Sérgio Moro.
Na foto ao lado, o líder da organização criminosa da qual fez parte Marcondes Ferraz pelo lado empresarial.
A 4ª Seção do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), Porto Alegre, negou o recurso de embargos infringentes e de nulidade do empresário Mariano Marcondes Ferraz, representante executivo da Decall Brasil, que foi condenado em ação penal no âmbito da Operação Lava Jato. Foi mantida a pena de 9 anos e 7 meses de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática dos crimes de corrupção ativa e de lavagem de dinheiro.
A decisão foi proferida por unanimidade.
Ferraz foi denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF) em janeiro de 2017, sob acusação de oferecer vantagens indevidas ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, em razão dos contratos firmados entre a Decall Brasil e a estatal no ano de 2006, com aditivos em 2007 e 2009 e vigentes até 2012. Foram propinas de R$ 3,6 milhões.
CLIQUE AQUI para entender todo o caso.

O Tribunal de Justiça de SP atendeu pedido de procurador em investigação sobre suspeita de enriquecimento ilícito.
O MP quer saber como o patrimônio de Salles saltou de R$ 1,4 milhão para R$ 8,8 milhões entre 2012 e 2018.

Veja vídeo neste link: https://youtu.be/Ah95ofO149g
Sexta-feira, às 11/22/2019 08:17:00 PM

NO BLOG DO PERCIVAL PUGGINA
O ESTRANHO VOTO DE TOFFOLI
Por Percival Puggina (*)
Artigo publicado sexta-feira, 22.11.2019
Tenho certeza de que a atenção com que acompanhei o voto de Toffoli na questão das investigações que usassem relatório do ex-COAF e da Receita Federal, superou a prestada pela maior parte de seus pares.
Da atual composição do STF nada de bom se pode esperar, como os fatos vêm demonstrando. Por isso, meu temor de que também nesse conjunto importante de atribuições, sem as quais se suprimem meios do combate ao crime organizado e o terrorismo, o Supremo se mantivesse na trilha errada da leniência e da impunidade. Pergunto: não fora esse o rumo seguido por Dias Toffoli quando chamou a si todos os documentos produzidos e mandou sustar as investigações sobre Flávio Bolsonaro e, também, as que talvez incluíssem ou tangenciassem a ele, Toffoli? Que outra jogada de mestre poderia sair dali, no voto do Presidente da Corte? Então, olho na tela da TV.
De início chamou-me a atenção o tom sisudo com que lia suas páginas. Em longas pausas, seu cenho franzido se voltava a seus pares. Talvez lhe parecesse que aquele olhar sério desse testemunho de sua seriedade. No entanto, o ministro obviamente estava se explicando, fazendo uma vigorosa defesa dos direitos que poderiam ser maculados sempre que os dados não fossem submetidos a rigorosos controles (provavelmente como estavam ou estariam quando recolhidos por ele).
E o ministro falou, falou, falou, um dia inteiro, até que não lhe restasse, se não, um fio de voz. Periodicamente combatia uma imprecisa “lenda urbana” que deveria ser entendida como sinônimo de assacadilha a respeito das idas e vindas de sua conduta no caso. No final, o voto ficou tão confuso quanto os fatos nele narrados e os instáveis fundamentos utilizados. O olhar, sisudo, em prolongados silêncios, seguia seu roteiro pelas duas fileiras de poltronas onde sentam os ministros. Misteriosa sisudez, como que a mandar recados com a expressão facial...
É coisa sabida que o ministro não tem socorro de muitas luzes. Chegou à presidência por força do rodízio rotineiro. Seu desempenho no cargo está marcado por providências tomadas com forte viés autoritário. Valendo-se da maioria de ocasião formada quando ele próprio inverteu sua opinião sobre a questão, afrontou a Nação pondo em pauta a prisão após condenação em segunda instância. Foi ele que mandou apreender a edição da revista Crusoé e do site O Antagonista após publicarem matéria que o atingia. Foi ele que instaurou um tribunal de exceção para o qual contou com a colaboração do ministro Alexandre de Moraes.
Em 20 de novembro, coube-lhe proferir o voto com menos pé e ainda menos cabeça de que se tem notícia. A frase do colega Roberto Barroso (“tem de chamar um professor de javanês”) e a resposta de Edson Fachin ao repórter que lhe pediu opinião sobre o voto que ouvira (“Tem uma pergunta mais fácil?”), sintetizam um dos dias mais desperdiçados no ano judiciário.
_______________________________
(*) Percival Puggina (74), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no País. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

NO BLOG DO AUGUSTO NUNES
A Globo noticia em surdina a implosão da mentira que divulgou com estardalhaço
O porteiro do condomínio de Bolsonaro confirma que o Jornal Nacional não tem compromisso com a verdade
Do R7
Sexta-feira, 22/11/2019 - 09h30 (Atualizado em 22/11/2019 - 12h21)
Os primeiros segundos do Jornal Nacional de 29 de outubro incorporaram o presidente da República ao elenco dos envolvidos na trama que resultou na execução de Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes. Em dois depoimentos à Polícia Civil do Rio, informou o apresentador, o porteiro do condomínio onde vivia Jair Bolsonaro contara que, no dia da morte da vereadora, um dos assassinos estacionou seu carro na entrada e pediu autorização para visitar a casa do então deputado federal.
Entrada do condomínio de Bolsonaro/Marcos Vidal/Futura Press/Estadão Conteúdo

De acordo com o depoente, a entrada foi liberada pelo interfone por "seu Jair. Ao notar que o visitante rumara diretamente para o endereço do segundo acusado pelo assassinato, o porteiro ligou de novo para "seu Jair", que renovou a autorização. A segunda notícia lida pelos apresentadores colidiu frontalmente com a primeira: fotos e anotações colhidas pelos repórteres da Globo constataram que Bolsonaro passara aquele dia em Brasília, e estava no Congresso quando o porteiro imaginava conversar com "seu Jair".
Constatado o irremovível impedimento geográfico, um editor sensato teria poupado os espectadores da invencionice insustentável. "Falso testemunho de porteiro tenta envolver Bolsonaro no caso Marielle", teria informado o JN. O protagonista da história mal contada, evidentemente, não era Bolsonaro. Era o funcionário do condomínio que declamara duas vezes uma fantasia tão crível quanto um álibi de Lula.
Escrevi 124 reportagens principais da revista Veja. Jamais desperdicei títulos ou parágrafo iniciais com inverdades. Diretor de redação de quatro jornais e três revistas, monitorei a montagem de quase 10.000 primeiras páginas e capas. Nunca permiti que qualquer mentira virasse manchete. Escapei de naufrágios superlativos por saber que a soberba é uma parceira perversa, que desaconselha a partilha de decisões com tripulantes experientes.
Se me coubesse a palavra final, suspenderia a publicação da reportagem até decifrar o estranho comportamento do porteiro. O diretor de Jornalismo da Globo achou que merecia outra nota 100. Ou achava, até esta terça-feira, quando se conheceu o teor do novo depoimento prestado pelo errático guardião do condomínio. Agora ouvido pela Polícia Federal, o informante garantiu que não aconteceu nada do que jurou ter acontecido em dois interrogatórios.
Naquele dia, nenhum visitante pediu autorização para dirigir-se à casa de Bolsonaro. Não houve conversa alguma com "seu Jair". As anotações no livro de registros certamente foram ditadas pelo cansaço mental. Tudo somado, o depoimento avisa que o Jornal Nacional assustou o Brasil amparado numa fantasia costurada para instalar o presidente na cena do crime.
Atropelada pela certeza de que iludira a plateia, a Globo consultou a cartilha do jornalismo sem compromisso com a verdade. E registrou em surdina, com a discrição de uma carmelita descalça, a implosão da mentira que noticiou com o estardalhaço de quem torce para que aconteça o que lhe convém.


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