SEGUNDA EDIÇÃO DE SEGUNDA-FEIRA, 21/10/2019

NO O ANTAGONISTA
O Grand Bazaar do MDB
Segunda-feira, 21.10.19 07:51
A PF cumpre na manhã desta segunda-feira mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao deputado federal Sérgio Souza, do MDB do Paraná, em operação que investiga esquema criminoso de pagamentos de vantagens indevidas ao parlamentar por pessoas envolvidas em fraudes a fundos de pensão, diz a Crusoé.
A operação foi batizada de “Grand Bazaar” e, de acordo com a PF, cumpre 18 mandados de busca e apreensão em Curitiba, São Paulo e Brasília, autorizados pelo ministro Celso de Mello, decano do Supremo Tribunal Federal. A investigação tem por base a delação premiada do doleiro Lúcio Funaro.
Leia a matéria completa aqui.

O Grand Bazaar da CPI dos Fundos de Pensão
21.10.19 08:13
O deputado Sérgio Souza, alvo da PF, foi relator da CPI dos Fundos de Pensão, em 2016.
A Grand Bazaar envolve buscas a autoridades públicas, operadores financeiros, um advogado e empresários que teriam pagado vantagens indevidas ao parlamentar em troca de proteção na CPI.
Deputado Sérgio Souza (MDB-PR)

“Muitos investidores japoneses perderam fortunas com o governo do PT”
21.10.19 07:45
Jair Bolsonaro, em Tóquio, disse que a Amazônia “tem que ser explorada”.
A fala completa foi reproduzida pelo Valor:
“A Amazônia interessa ao mundo todo, está aberta. Tem que ser explorada, é nossa a Amazônia, não abro mão disso (…).
O Brasil tem grande potencial. Temos nossa Amazônia, tem que ser explorada de forma racional, o livre comércio, restabelecer a confiança. Muitos investidores japoneses perderam fortunas com o governo do PT com roubalheira, com corrupção, e o trabalho nosso é restabelecer essa confiança.”

A imprensa está perto do fim
21.10.19 07:39
O Estadão, em editorial, festejou o fim da Lava Jato:
“A Operação Lava Jato, ou ao menos a força-tarefa de Curitiba, a mais conhecida, está perto do fim. É bom que assim seja porque o que deve ser perene é o império da Constituição, das leis e do devido processo legal, não algumas operações específicas. Respeitadas as leis e garantido o devido processo pelo Poder Judiciário, não há mais razões para crer que o combate à corrupção sofrerá algum revés apenas porque a notória operação chegou ao fim. Esta, aliás, foi uma das muitas falácias usadas como pretexto para justificar alguns abusos cometidos no curso da Lava Jato.”
O jornal é contrário à iniciativa de se criar um órgão permanente de combate à corrupção, sob o comando de Deltan Dallagnol:
“A solução, de acordo com um grupo de procuradores ligados a Dallagnol, seria a criação de um grupo permanente de combate à corrupção, nos moldes dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) dos MPs estaduais. Deltan Dallagnol teria de solicitar ao Conselho Superior do Ministério Público sua promoção a procurador regional, de modo que possa coordenar esse Gaeco do MPF e, então, implementar a ‘doutrina’ de combate à corrupção criada pela Lava Jato no novo órgão, de natureza permanente.
Ambas as iniciativas, tanto a criação de um ‘Gaeco’ federal como a perpetuação da tal ‘doutrina lavajatista’, são uma temeridade. A doutrina do MPF é e sempre deve ser exclusivamente a lei. A bíblia que vale para nortear sua atuação é a Constituição. Toda ação que dela se desviar é abuso, é ilegalidade.”
Lembrando: a Lava Jato não é ou foi uma operação clandestina.

O lobby paralelo
21.10.19 07:08
O lobby das igrejas e das universidades venceu.
Segundo a Folha de S. Paulo, Tasso Jereissati vai retirar da PEC paralela da reforma da Previdência o fim da isenção tributária a entidades filantrópicas.
A medida vai representar um desfalque de 155 bilhões de reais em dez anos.

Mortos e feridos do PSL
21.10.19 06:55
Jair Bolsonaro, em Tóquio, disse que a ferida no PSL vai se cicatrizar:
“A maioria no PSL é novo na política. É muito isso que está acontecendo no PSL. Novato chega e acha que sabe de tudo. Eu passei 28 anos ali sem um cargo [no Poder Executivo]. Problemas eu tive lá dentro, mas sem chegar ao nível que um parlamentar chegou agora, com linguajar que nunca vi em lugar nenhum do mundo (…).
As coisas acontecem. É igual uma ferida, cicatriza naturalmente. Entre mortos e feridos, todo mundo vivo”.

“A memória de muitos se volta para os militares”
21.10.19 06:39
Jair Bolsonaro reuniu-se com Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes no mesmo dia em que eles tramavam o fim da prisão em segunda instância.
Fernando Gabeira comentou os efeitos da manobra do STF:
“Há duas perspectivas para os grandes ladrões: empurrar o processo até a prescrição ou levar para o túmulo o risco de ser preso. As consequências de decisões como essa trazem um profundo descrédito na democracia. E aí reside o perigo maior. Esgotadas as formas legais de combate, sobretudo as desenvolvidas pela Lava Jato, a memória de muitos se volta para os militares.
Os próprios militares, indiretamente, dão sinais de descontentamento com a volta da impunidade. Mas eles também se comprometeram com o governo Bolsonaro. E sem examinar algumas evidências. Bolsonaro não combateu a corrupção de frente no seu período de deputado. Ele era do PP, apoiou o Severino Cavalcanti.”
A conclusão de Fernando Gabeira:
“Nenhuma força política isolada conseguirá desatar o nó da impunidade. É tarefa de longo alcance.”

Os encontros de Bolsonaro com Toffoli, Gilmar, Alexandre
21.10.19 06:11
“Jair Bolsonaro recebeu no Planalto, há cinco dias, três togas supremas”, diz Josias de Souza.
“Entre 10h e 10h15, conversou com Dias Toffoli e Alexandre de Moraes. Das 11h às 11h25, esteve com Gilmar Mendes. O que aconteceu entre as quatro paredes do gabinete presidencial só os interlocutores podem dizer. Mas qualquer brasileiro está autorizado a concluir que vai mal uma República em que a população é incapaz de reconhecer a seriedade das autoridades e estas são incapazes de demonstrá-la (…).
Os garantistas do Supremo, sobretudo Gilmar, utilizam as mensagens roubadas dos celulares de procuradores da Lava Jato como matéria-prima para minar o surto anticorrupção que acometeu o País nos últimos cinco anos e meio. Ganha um kit completo com as mídias do Intercept quem for capaz de recordar uma frase de Bolsonaro em defesa do ex-juiz Sergio Moro.
O material que chega às manchetes em conta-gotas de fato tisna o trabalho de Curitiba. Mas a dúvida que boia na atmosfera é a seguinte: as comunicações sigilosas de Bolsonaro com as togas amigas resistiriam à ação de um hacker?”

Bolsonaro diz que “o bem vencerá o mal”
21.10.19 05:00
Ao desembarcar em Tóquio, Jair Bolsonaro comentou a disputa no PSL:
“As providências estão sendo tomadas. O bem vencerá o mal”.
O bem, para ele, é Eduardo Bolsonaro (ou alguma outra figura) como líder do partido; o mal, claro, é Luciano Bivar e sua turma.
Ele disse também:
“A política, como dizia Ulysses Guimarães, é uma nuvem”.
O MDB realmente tomou conta do governo.

Bolsonaro rebate matéria sobre gastos do cartão corporativo
Domingo, 20.10.19 21:28
Jair Bolsonaro foi ao Twitter neste domingo rebater a matéria do Globo, repercutida neste site, sobre o aumento de 24% nos gastos do cartão corporativo da Presidência da República.
“Os gastos com cartões incluem as despesas do Presidente e do Vice. Como Temer não tinha Vice, obviamente no meu governo os gastos são um pouco maiores”, afirmou.
Como publicamos, os gastos no cartão de Bolsonaro estão na mira da ala bivarista do PSL. Depois que o presidente defendeu que seja aberta a “caixa-preta” do partido, Delegado Waldir e outros parlamentares ligados a Luciano Bivar cobraram transparência em relação aos gastos do cartão.

O que Bolsonaro não explicou sobre os gastos com cartões corporativos
20.10.19 23:08
Jair Bolsonaro, no Twitter, disse que o aumento de 24% nos gastos com cartões corporativos da Presidência ocorreu porque neste ano as despesas do presidente e do vice somadas são naturalmente maiores do que os gastos de Michel Temer, que não tinha vice.
O que Bolsonaro não explicou sobre a matéria do Globo, repercutida neste site, é como os gastos de 2019 são maiores também do que no governo Dilma Rousseff, quando o emedebista fazia parte do governo petista.
Segundo o jornal carioca, os gastos com os cartões corporativos da Presidência são os maiores desde 2014. Entre fevereiro e setembro deste ano, Bolsonaro consumiu 62% acima dos R$ 2,8 milhões de 2016 e 26% a mais do que os R$ 3,6 milhões de 2015.


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