SEGUNDA EDIÇÃO DE TERÇA-FEIRA, 20/8/2019

NO O ANTAGONISTA
Bolsonaro: “O MST, para mim, também é grupo terrorista”
Terça-feira, 20.08.19 10:45
Jair Bolsonaro disse que o governo pretende considerar oficialmente o Hezbollah como um grupo terrorista.
E é mesmo.
Ele falou também sobre o MST:
- “São grupos terroristas, como o MST, para mim, também é grupo terrorista. Os caras levam o terror no campo aqui. Queimam propriedades. Desestimula o homem do campo a produzir. É no Brasil todo, essa praga do MST.”

VÍDEO: Moro ovacionado em universidade
20.08.19 10:07
Sergio Moro foi ovacionado ontem à noite, em uma cerimônia realizada em uma universidade de Marília, no interior de São Paulo.
O ministro da Justiça e da Segurança Pública deu uma palestra e recebeu o título honoris causa da instituição.
Assista ao vídeo: https://youtu.be/p4jV-HvphNU

Bolsonaro cita ônibus 174 e defende “sniper”
20.08.19 10:02
Jair Bolsonaro defendeu o uso de “snipers” — os atiradores de elite — para resolver casos como o do sequestro do ônibus na ponte Rio-Niterói, nesta manhã, no Rio, noticia a Crusoé.
O sequestrador foi baleado por um atirador de elite e morreu.
O presidente citou o sequestro do ônibus 174, em 2000, no Rio, que terminou com a morte do criminoso e de uma refém.
- “A ordem superior era fazer qualquer coisa, menos atirar”, criticou o presidente ao lembrar do caso. “Não tem que ter pena.”

“O certo seria deixar explodir os reféns?”
20.08.19 10:01
Janaina Paschoal defendeu os policiais que libertaram os reféns na ponte Rio-Niterói:
- “O sequestrador de Niterói não foi abatido pela Polícia. A Polícia, com base na lei, lançou mão da LEGÍTIMA DEFESA DE TERCEIROS e agiu no ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL! Ou alguém entende que o certo seria deixar explodir os reféns?”

Brasil não dá “abrigo a criminosos ou terroristas”, diz Bolsonaro
20.08.19 09:47
Assim como Sergio Moro, Jair Bolsonaro foi ao Twitter para comemorar a extradição de Maurício Norambuena para o Chile.
“É nossa política cooperar com outros países e não dar abrigo a criminosos ou terroristas”, tuitou o presidente.

SEQUESTRADOR É MORTO
20.08.19 09:22
Um atirador de elite baleou o criminoso que sequestrou um ônibus na ponte Rio-Niterói. Ele foi atingido pouco depois das 9h, não resistiu e morreu.
O sequestro chegou ao fim depois de quase quatro horas.
Por volta das 5h30min desta terça-feira, o criminoso fez 36 passageiros e o motorista do ônibus como reféns. Ele ordenou que o condutor deixasse o veículo atravessado na pista.
Ao longo das negociações com a Polícia, seis pessoas foram liberadas.
O homem dizia estar armado de um revólver e uma pistola de choque — ele também tinha gasolina e ameaçava incendiar o ônibus. Mais tarde, a PM confirmou que a arma utilizada pelo sequestrador era de brinquedo.
O ônibus sequestrado

E a CPI da UNE?
20.08.19 09:00
Os dois pedidos de criação de uma CPI para investigar o uso irregular de dinheiro público por parte da União Nacional dos Estudantes (UNE) apresentados na legislatura passada caducaram.
Rodrigo Maia não instalou a comissão após um acordo com seu amigo Orlando Silva para garantir o apoio do PC do B nas suas eleições à Presidência da Câmara.
Nesta legislatura, ainda não foi apresentado nenhum pedido nesse sentido.

Alcolumbre recebeu subprocurador a pedido de Flávio Bolsonaro
20.08.19 08:52
Davi Alcolumbre recebeu na semana passada, fora da agenda oficial, Antônio Carlos Simões Soares, um dos cotados para ser nomeado procurador-geral da República.
A Crusoé revela que o encontro foi pedido por Flávio Bolsonaro, que vem tentando esconder seu papel na manobra para indicar o subprocurador.
Leia a nota completa aqui.

MPF rastreia pagamentos de R$ 8,3 milhões para Arlindo Chinaglia
20.08.19 08:30
Por Renan Ramalho
Perícia do Ministério Público Federal concluída em fevereiro nos sistemas da Odebrecht encontrou registros de pagamentos que somam R$ 8,35 milhões para o deputado Arlindo Chinaglia, entre 2008 e 2014.
Em novembro de 2018, como mostrou O Antagonista, a Polícia Federal já havia rastreado repasses de R$ 1,5 milhão, entregues em espécie a emissários do petista em hotéis.
O dinheiro era parte de uma propina de R$ 10 milhões prometida ao deputado para viabilizar a contratação da empreiteira para obras nas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau.
Agora, vasculhando os sistemas Drousys e MyWebDay, o MPF encontrou novos pagamentos, que confirmam os relatos iniciais feitos por delatores.
“Os pagamentos foram divididos da seguinte forma: R$ 500 mil no ano de 2008; R$ 1,54 milhão no ano de 2009; R$ 1,3 milhão no ano de 2010; R$ 450 mil no ano de 2011; R$ 2,56 milhão no ano de 2012; e outros R$ 2,0 milhões no ano de 2014”, registra o MPF em novo laudo.
As entregas para “Grisalho”, como Arlindo era conhecido pelos executivos, eram feitos mediante senhas como “Botafogo”, “Veludo”, “Pedregulho”, “Framboesa”, “Mandioca”, “Panqueca”, “Sorvete”, “Melão”, “Sapoti”, “Loreal”, “Águia”, “Marola”, “Aquário”, “Mosquito”, “Caju”, “Castanha”, “Rocambole”, “Fumaça”, “Piscina”, “Goiaba”, “Pandeiro”, “Funil”, “Cigarro”, “Perdiz”, “Cenoura”, “Canivete”, “Atum”, “Tamborim”, “Melancia” e “Encomenda”.

Bolsonaro e Toffoli: uma aliança de conveniência em Brasilia. CONFIRA

O acordão amigo
20.08.19 08:15
Jair Bolsonaro associou-se à Lava Jato para se eleger.
Agora ele ataca alguns de seus pilares – a PF, a Receita Federal, o Coaf – e atropela Sergio Moro na escolha do PGR e no pacote anticrime.
Como mostrou a Crusoé, isso é resultado do acordão com Dias Toffoli, que pode culminar, na semana que vem, com a soltura de Lula e o fim da Lava Jato.

Onyx não abre mão do foro
20.08.19 08:00
A Primeira Turma pode julgar hoje um pedido de Onyx Lorenzoni para manter no STF investigação sobre recebimento de R$ 300 mil da JBS em 2012 e 2014.
Marco Aurélio Mello enviou o caso à primeira instância da Justiça Eleitoral, por entender que o suposto caixa 2 não tinha relação com o mandato de deputado federal.
Mesmo no cargo atual de ministro-chefe da Casa Civil, Onyx argumenta que o recebimento foi feito quando era deputado e em razão do cargo, razão pela qual o caso deve ficar no STF.

A “parceria tóxica” de Bolsonaro e Toffoli
20.08.19 07:24
Josias de Souza comentou a “parceria tóxica” de Jair Bolsonaro com Dias Toffoli, dizendo que equivale a um “estelionato eleitoral”.
Leia aqui:
“Está em franco andamento algo muito parecido com uma megaoperação abafa. O movimento passa por intervenções em órgãos estratégicos como Receita Federal, Polícia Federal e Coaf. Inclui a sucessão na Procuradoria-Geral da República. Envolve, de resto, investidas legislativas como a recém-aprovada Lei de Abuso de Autoridade, pendente de sanção presidencial.
Um dos aspectos mais incômodos do abafa é o comportamento de Jair Bolsonaro. Eleito como solução por mais de 57 milhões de eleitores, o capitão tornou-se parte do problema. Atua movido pelo interesse pessoal e dos filhos. As conveniências do filho 01 conduziram Bolsonaro para um cerco ao Coaf e à Receita, numa parceria tóxica como o presidente do Supremo, Dias Toffoli (…).
Mantida a lealdade do presidente da República à sua dinastia em detrimento dos interesses republicanos, será preciso começar a chamar o fenômeno pelo nome: estelionato eleitoral. Bolsonaro elegeu-se enrolado nas bandeiras da ética e da meritocracia. Está entregando outro tipo de mercadoria.”

Os inimputáveis
20.08.19 07:41
O Estadão, em editorial, comentou as investidas de Jair Bolsonaro no Coaf, na Receita Federal e na PF:
“O presidente tem se dedicado nos últimos dias a constranger órgãos de controle e investigação, que por definição devem estar completamente a salvo de pressões políticas – afinal, depois de tantos protestos dos cidadãos contra a corrupção, o mínimo que se espera é que não haja mais no País quem consiga escapar da lei em virtude de conexões e boas relações com quem está ocupando temporariamente o poder (…).
Ao levantar suspeitas sobre a atuação da PF e da Receita Federal em assuntos de seu interesse, Bolsonaro constrange de modo inaceitável o trabalho desses órgãos, cujas eventuais providências a respeito da família do presidente doravante tendem inevitavelmente a ser julgadas não por seu aspecto técnico, mas sim à luz desse atrito – ou seja, a isenção da PF e da Receita estará sempre sob dúvida. Agindo dessa maneira, o presidente viola claramente o princípio constitucional da impessoalidade, que jurou respeitar, e sinaliza disposição de colocar a si e a seus familiares na condição privilegiada de inimputáveis.”

Coaf ainda sem prioridade no STF
20.08.19 07:30
Na última sexta, completou-se um mês da decisão de Dias Toffoli que suspendeu todas as investigações baseadas no Coaf, Receita e Banco Central sem prévia autorização judicial.
No mesmo dia, chegou ao gabinete do ministro um ofício de Raquel Dodge pedindo prioridade para o julgamento do recurso no plenário do STF.
Até o momento, não houve qualquer sinal do presidente da Corte sobre a data.

Moro: “Mais um criminoso que se foi”
20.08.19 07:07
Maurício Norambuena, chefe de um grupo terrorista de esquerda, condenado por assassinato, foi extraditado para o Chile nesta madrugada.
Sergio Moro comemorou no Twitter:
“Mais um criminoso que se foi. Extraditado com autorização do STF, foi entregue nessa madrugada ao Chile para cumprir as penas, comutada a perpétua para 30 anos, as quais foi condenado naquele país. Brasil não é refúgio para criminosos.”

A última semana de Lula na cadeia?
20.08.19 06:26
Lula está preso há 500 dias.
Apesar de ter comandado o maior esquema de propinas de todos os tempos, ele pode ser solto e inocentado na semana que vem.
Se isso ocorrer, o Brasil vai virar uma Venezuela.

O outro lado de Gleisi e Dilma
20.08.19 06:38
A Folha de S. Paulo, para comemorar os 500 dias de Lula na cadeia, publicou um manifesto assinado por Gleisi Hoffmann, pedindo a soltura do chefe da ORCRIM.
Como o jornal é equilibrado, resolveu publicar também um segundo manifesto, assinado por Dilma Rousseff, pedindo a soltura do chefe da ORCRIM.

O aparelhamento do novo Coaf
20.08.19 06:08
Jair Bolsonaro extinguiu o Coaf.
Pior ainda: ele abriu as portas para o aparelhamento político da Unidade de Inteligência Financeira, que substituiu o Coaf.
A MP publicada hoje, de fato, permite que ocupantes de cargos comissionados componham o quadro técnico-administrativo do novo órgão.
É escandaloso.

Bolsonaro está em crise com algumas das instituições-pilares da Lava Jato. Leia mais

MOMENTO ANTAGONISTA: MEU JATINHO, MINHA VIDA
Segunda-feira, 19.08.19 22:22
Confira a íntegra da live de Claudio Dantas sobre a caixa-preta dos jatinhos do BNDES: https://youtu.be/m-f8kcav4bw

EUA mantêm conversas com número 2 do chavismo, diz agência
19.08.19 20:12
Os EUA têm mantido contato com o número dois da ditadura venezuelana, Diosdado Cabello. A informação foi passada à agência Associated Press por um oficial sênior da Casa Branca e divulgada hoje pelo Washington Post.
Segundo a agência, Cabello se reuniu em Caracas em julho com um alto oficial da administração americana, e um segundo encontro está sendo planejado.
Aliados de Maduro têm buscado garantias de que não serão processados em caso de queda do ditador –e Cabello já foi acusado pelos EUA de tráfico de drogas e corrupção, entre outros crimes, registra a Folha.
O oficial sênior da Casa Branca nega apoio ao “número dois” e diz que o objetivo dos encontros é aumentar a pressão sobre o regime chavista.

NO INSTITUTO MILLENIUM
PESSOAS E PRAGAS
Sábado, 18/08/2019
Por J.R. Guzzo




Todo mundo sabe o que é um tomate. Ou melhor, falando uma linguagem mais científica: grande parte dos 7 bilhões de habitantes do Planeta, talvez a maioria, sabe o que é um tomate. O que bem menos gente sabe é que o tomate é também um dos vegetais que mais recebem defensivos químicos em toda a agricultura mundial — ou “agrotóxicos”, como diz o universo ecológico brasileiro. Não muitos, enfim, sabem que os melhores tomates do mundo são cultivados na área do vulcão Vesúvio, vizinha a Nápoles, na Itália (pelo menos na opinião praticamente unânime dos italianos). O tomate dali é maravilhoso, mas não é mágico. Recebe toneladas de defensivos agrícolas todos os anos, sem falar de fertilizantes, produtos para aumentar o rendimento das culturas e intervenções genéticas de última geração. Os napolitanos não fazem isso porque gostam de gastar dinheiro com “agrotóxicos”, mas porque, se não o fizerem, seus tomates morrerão. E aí: o que seria da pizza? E do molho al sugo? E do ketchup?
O problema não seria só com a pizza de Nápoles e do resto da Itália. Sem tomate iria acabar, do mesmíssimo jeito, a pizza da Mooca, de São José dos Ausentes e da Groenlândia, porque ninguém ainda descobriu como seria possível cultivar tomates, em volume que faça algum sentido, com a ação natural das abelhas, trato de algas marinhas e outras lendas presentes no aparelho mental da população naturalista, orgânica, vegana, e por aí afora. Você decide, então: ou existe tomate do jeito que ele é na vida real, ou não existe tomate. A lógica comum diria que é melhor deixar os tomates quietos, como eles estão — mesmo porque, ao que se sabe, pouquíssima gente morre neste mundo por comer a macarronada da mamma. Mas vá você dizer isso a um combatente a favor da alimentação natural e contra “o veneno na minha comida”. Será acusado de ser um “defensor do agronegócio”, da “indústria química”, da “ganância”, do “lucro” e daí para baixo. Mais: vai ser carimbado como retrógrado, fascista e inimigo da saúde humana em geral.
Não se trata de uma questão só de tomates. O trigo e a soja, o arroz e o feijão, o milho e a batata, e todos os alimentos produzidos em massa na face da Terra têm de receber hoje montanhas de produtos químicos para sobreviver — ou é assim ou desaparecem. O problemão, nesse caso, é como alimentar na prática os 7 bilhões de cidadãos citados acima. Não apareceu até agora uma única resposta coerente para isso. O que existe mesmo, no mundo das realidades, é a seguinte opção: ou você alimenta as pessoas ou alimenta as pragas. Pior ainda, quem vai levar na cabeça são os mais pobres, pois a maioria da população global é constituída de pobres — e, por eles serem muitos, criam o incômodo de consumir mais comida que todas as classes médias, altas ou altíssimas do mundo somadas. São eles os que vão comer menos — até porque não têm dinheiro para comprar sua janta nas lojas “biô”, orgânicas ou naturalistas do Leblon.
Nunca houve tanto agronegócio no mundo. Nunca se consumiram tanta carne, frango e outras proteínas básicas. Nunca houve tanto alimento para o homem — e nunca se produziu e vendeu tanto produto artificial para o campo. Ao mesmo tempo, jamais a população do Planeta foi tão grande como hoje. Nem tão bem alimentada, até por questões legais — uma Volkswagen, por exemplo, é obrigada por lei a oferecer pelo menos dois tipos de proteína em seus refeitórios, no almoço e no jantar, todos os dias. Só consegue cumprir a lei se acha frango e boi em quantidade suficiente — e para isso frangos e bois têm de engordar cada vez mais depressa, o que é impossível sem hormônios, rações com componentes químicos, vacinas. Milhares de outras empresas brasileiras precisam, por lei, fazer exatamente a mesma coisa — ou os fiscais vão lhes socar em cima uma quantidade de multas capaz de levar até o Google à falência.
Como fica, então? Se estivessem pondo “veneno” na comida, você iria ver gente caindo morta na sua frente em cada esquina, todo dia. Em vez disso, a população só aumenta. É óbvio que o uso da química, biogenética e outras tecnologias na agricultura é uma questão de doses certas, produtos de qualidade, mais segurança quanto aos seus danos potenciais à saúde, mais competência no manejo. Mas nunca, também, houve progressos tão espetaculares na melhoria científica dos adubos, pesticidas, transgênicos e tudo o mais que se põe nas lavouras. São os fatos. A alternativa é voltar à Idade da Pedra, quando a alimentação era 100% natural — e o sujeito precisava ter uma sorte do cão para chegar vivo aos 30 anos de idade.
Fonte: Veja, 17/08/2019

NO BLOG DO POLÍBIO BRAGA
Dória, que tentou assumir o papel de “anti-Lula”, também se beneficiou da corrupção petista
Terça-feira, 20/08/2019 às 08:54
Tudo junto e misturado!
Logo no início dos eventos de abertura da caixa-preta do BNDES, uma aparição surpreendente.
O governador de São Paulo, João Dória Júnior.
O político tucano financiou junto ao BNDES, durante as gestões do PT, um jatinho pela bagatela de R$ 44 milhões.
A transação foi lesiva aos cofres públicos.
A área técnica do banco calculou em R$ 700 milhões – em valores corrigidos – os subsídios para essas operações de financiamento de jatinhos para amigos do poder.
Justo ele, Dória, que oportunisticamente tentou se colocar como alternativa para a sucessão presidencial, atacando com veemência o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Mera encenação.
Hoje, se vê que tanto o presidiário quanto o governador bebiam na mesma fonte.
Da Redação

NO REPÚBLICA DE CURITIBA
O desespero de Lindberg Farias sem foro privilegiado
Segunda-feira, agosto 19, 2019
Publicado por República De Curitiba
O projeto de Lei de Abuso de Autoridade é uma espécie de benefício exclusivo para todos os que estimam caminhar na estrada da corrupção. Para quem tem foro privilegiado é o teto que abriga e esconde as falcatruas no uso do dinheiro público. Mas, para quem perde esse teto da impunidade, é compreensível o desespero.
O ex-cara pintada, ex-prefeito de Nova Iguaçu-RJ e ex-senador Lindberg Farias, que já tem uma condenação em 2ª instância, está em total desespero,  em estado absoluto de impotência, perplexo pelo fracasso da tentativa de reeleição para o Senado Federal.
Por que a perplexidade?
A República de Curitiba apurou que, durante o processo antes das eleições, se tivesse aceitado a proposta de candidatura a deputado federal ou mesmo estadual, como cogitado, certamente ele teria saído vitorioso e prolongaria sua tranquilidade debaixo do teto da impunidade, que sem dúvida alguma estaria sossegado.
Todavia, o que estava ruim piorou ainda mais, diante da nova delação de Antônio Palocci; o temor se tornou terror para o mocinho do PT.
Agora o Brasil compreende ainda mais essa audaciosa urgência na aprovação da Lei de Abuso de Autoridade, que gentilmente o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), gerenciou em prol dos coleguinhas em total desprezo pela luta contra a corrupção em nosso País.
Por Júnior Santos – República de Curitiba

NA COLUNA DO ALEXANDRE GARCIA
"Estão falando em blindagem da Receita e da PF. Espera aí, tem um chefe!
Por Alexandre Garcia
[Segunda-feira, 19/08/2019] [22:39]
Na segunda-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro recebeu bem cedo, às 8h, na sua residência oficial – o Palácio Alvorada – o ministro da Justiça, Sergio Moro, para examinar o texto desta abusada Lei do Abuso de Autoridade.
Ela saiu assim das mãos de Renan Calheiros, embora tenha origem no senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Randolfe acabou desconhecendo o “filho” e pediu que o Senado não aprovasse, mas a casa aprovou e a Câmara também - em uma votação simbólica muito mal explicada.
Agora o presidente tem que vetar, nem que sejam algumas coisas. Sergio Moro teria apontado nove artigos que teriam de ser vetados. Muita gente fica preocupada porque depois do veto o projeto volta para o Congresso e os congressistas podem manter o texto original. E aí, o que vai acontecer?
Dificilmente vão manter o texto original, porque depois que a Nação se revoltou contra esse truque dos corruptos com medo da Lei e da Justiça, provavelmente, ninguém vai ter coragem de, em uma votação nominal no Senado (onde o projeto teve origem), derrubar os vetos. Sequer esse projeto vai para a Câmara de novo.
Outra questão
Uma portaria dos ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Justiça, Sergio Moro, proíbe a entrada no Brasil de altos funcionários do governo venezuelano que tenham sido acusados de violações de direitos humanos e de crimes contra a democracia.
O governo está fazendo aquilo que foi combinado na campanha eleitoral.
Sobre a MP do Coaf
Estão falando em blindagem da Receita Federal e da Polícia Federal para que o governo não se meta. Espera aí! Esses dois órgãos não são do governo? Eles são órgãos de Estado, sim.
Tem um chefe. Nós elegemos um presidente da República para ele mandar no poder Executivo - não é para mandar nas nossas vidas, empresas ou nossa maneira de ser ou viver. Ele não manda em nós, mas manda no seu governo.
O chefe do poder Executivo não manda no Legislativo, nem no Judiciário. Mas foi eleito para mandar no Poder Executivo. Eu já ouvi de Bolsonaro que ele precisa exercer o poder porque senão vira um banana. Essa é a verdade.
Põe-se que a gente é ingênuo. O que está acontecendo é que todos esses órgãos foram aparelhados por décadas pelos governos anteriores e, agora, estão agindo contra o desaparelhamento. É isso que está acontecendo.
Tem que haver desaparelhamento. Vai ser órgão de Estado? Então vai ser órgão de Estado. Não vai estar a serviço de ideologias. Não venham dizer para mim que a Receita não era influenciada pelo governo.
No governo Lula, o ex-secretário Everardo Maciel, da Receita, me chamou atenção porque é pau mandado. Fizeram-me pagar duas vezes o mesmo imposto: uma vez na pessoa física e outra pessoa jurídica. Só que na segunda vez – em um imposto já pago – teve acréscimo de 150%, 300%. Eu paguei R$ 1,34 milhão para não calarem a minha boca.
Então não venham me falar de blindagem agora. Vamos desaparelhar, sim, o que está aparelhado no governo. E tem muita coisa ainda para desaparelhar!"
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